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Brasil : Pescadores temem que Manaus sofra escassez de peixes devido à seca
Enviado por alexandre em 25/09/2024 00:38:39

Para os feirantes o maior aumento foi na logística para trazer o pescado até Manaus. Foto: Lucas Macedo/g1 Amazonas

A seca severa que atinge o Amazonas deve ocasionar a escassez de peixe nas feiras e mercados de Manaus ainda em 2024, é o que diz a Federação de Pescadores do Amazonas (Fepesca-AM). Os impactos já são sentidos no bolso de quem compra e de quem depende da venda do animal para sobreviver.

Na sexta-feira (20), data da atualização mais recente, o nível do Rio Negro em Manaus era de 15,08 metros. No último dia 11, a Prefeitura de Manaus declarou situação de emergência na cidade.

Segundo a Fepesca-AM, com a redução drástica dos níveis dos rios, muitos pescadores enfrentam dificuldades para acessar os pontos de pesca tradicionais, o que pode significar uma redução na oferta de peixe no estado.

A situação se agrava com o aumento dos custos operacionais, uma vez que os pescadores precisam se deslocar para áreas mais distantes e menos produtivas. Durante o período de seca, as embarcações têm dificuldade de acesso aos locais. Por conta dessas variáveis, o preço dos peixes também pode subir.

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“Nessa estiagem a água também pode esquentar mais do que o normal e afetar o oxigênio para os peixes. Isso faz com que a produção desembarcada na cidade de Manaus tenha uma redução, e quando há essa redução é a lei da oferta e procura, a tendência do preço é aumentar”, destacou o presidente da entidade, Walzenir Falcão.

O pescador ainda ressalta que, o jaraqui, uma das espécies mais consumida pelos amazonenses, pode sofrer um aumento de até 40% neste devido a dificuldade da logística no atual cenário do estado.

Luiz Carvalho, de 52 anos, é vendedor de peixes na Feira da Manaus Moderna e garante que o frete para trazer o peixe está mais caro.

“Hoje tem mais dificuldade do peixe chegar até o consumidor. O que vem sendo caro é a logística, canoa, carreteiro, gelo”, explicou o feirante.

Outro trabalhador da feira, Thiago Queiroz, de 22 anos, afirmou que a dificuldade para o transporte da produção vem desde o início da seca, em julho deste ano.

“Quando o produto chega aqui para a gente já está muito caro. Desde que começou a secar os preços estão subindo. Por isso a gente tem que repassar o preço para o consumidor para ver se a gente ganha alguma coisa. Muita das vezes o freguês já sente isso, antigamente um peixe de 4 quilos era R$70 , hoje em dia já está R$80″, disse Thiago.

Os impactos já são sentidos pelos consumidores. A autônoma Célia Amazonas, 62 anos, diz que não abre mão do peixe na mesa de casa, mas se surpreendeu negativamente com os valores.

“Eu consumo bastante peixe, só que hoje o peixe está mais caro que a carne, um absurdo. Antes comprávamos seis unidades de jaraqui por R$10, hoje em dia está custando seis (unidades) por R$25 ou R$30″, comentou.
Impacto Econômico

Segundo a economista Michele Aracaty, uma alternativa para driblar a escassez é a importação de pescado do estado de Rondônia, mas a medida pode não surtir efeito por muito tempo.

“Tal cenário contribui para a estabilidade do preço do produto neste período de estiagem, mas poderemos ter impacto no futuro devido a elevação no preço da ração utilizada para a alimentação do pescado” explicou a economista.

A economista, ressalta ainda, que o impacto da seca não se aplica só aos peixes, mas em toda a produção que é comercializada no estado por meio dos rios.

Levando-se em consideração a relevância regional dos rios todo e qualquer alteração ocorrida neste cenário impacta sobre o cotidiano de todos. No período da estiagem ou seca dos rios culturalmente os produtos ficam mais escassos o que eleva o seu preço para o consumidor final sem contar a ampliação do prazo de entrega”, explicou Michele.
Medidas do Governo do Amazonas

Em nota, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), informou que o Governo do Amazonas está em fase inicial de estudos para encontrar uma solução para os pescadores que sofrem o impacto da estiagem.

Para mitigar os impactos da estiagem, algumas iniciativas estão sendo propostas, informou o Idam. Organizações locais e entidades governamentais estão discutindo estratégias para a recuperação dos habitats aquáticos e a implementação de sistemas de monitoramento que ajudem a prever e gerenciar melhor os recursos pesqueiros.

“O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) informa que está em fase de levantamento de informações, por meio de 75 Unidades Locais (UnLoc’s) e postos avançados próprios, para identificar as necessidades dos pescadores artesanais no estado, que, atualmente, são mais de 60 mil, durante a estiagem”, afirma a nota.

O órgão também explica que mesmo com a grande vazante das calhas dos rios, os valores dos pescados que são comercializados no estado, ainda não sofrem um grande aumento.

“Com relação ao preço do pescado durante a estiagem, embora a captura seja mais fácil por conta da baixa da água dos rios, a tendência é o aumento do valor em algumas regiões do estado devido aos entraves logísticos. Por isso, o Idam tem realizado ações de crédito para que o pescador artesanal tenha meios para custear a atividade e garantir a chegada da produção dele nos mercados consumidores”, conclui o IDAM. ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/manaus-escassez-peixes-seca/

Brasil : Papel é produzido a partir da fibra do caroço do açaí no Pará
Enviado por alexandre em 25/09/2024 00:35:18

Além de cultura alimentar na Amazônia, o açaí é um dos principais produtos de exportação do Pará. Dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) apontaram que só no primeiro quadrimestre de 2024, o Pará exportou 4,2 mil toneladas de açaí.  Um número que mantém o estado na liderança nacional de produção do fruto.

Mas a preocupação de pesquisadores como a professora Lina Bufalino, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), não é o açaí consumido ou o que sai da região. Mas o que sobra disso tudo.

“Se formos pensar que em um único fruto somente 20% é a polpa aproveitada para o consumo, temos aí 80% somente de resíduo, ou seja, de caroço. É um quantitativo muito alto”, explica a professora.

O caroço do açaí é um poluente ambiental que ainda não possui uma destinação adequada na região.

Diante dessa preocupação surgiu o AmazonCel, o primeiro laboratório de produção de celulose a partir da fibra de caroço do açaí. A fibra é aquele “pelinho” que encobre o caroço depois que é extraída a polpa. Pelo menos oito equipamentos instalados no laboratório possibilitam toda a linha de produção de celulose até a formação do papel.

“Existem outros laboratórios de celulose no Brasil, mas a intenção do AmazonCel é o contexto da Amazônia, porque a maioria dos laboratórios produz a partir do eucalipto, enquanto o AmazonCel visa atender demandas relacionadas à matérias-primas da Amazônia”, explica. O laboratório Amazoncel foi inaugurado na Ufra em junho de 2024, a partir de recursos da Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

O projeto visa o potencial da fibra do caroço do açaí na produção de embalagens, que podem ser utilizadas na indústria de cosméticos, farmacêutica, alimentícia. “Hoje fazemos um protótipo desses papéis, porque precisamos descobrir a melhor forma de produção e aí sim pensar num escalonamento de produção”, explica Bufalino.

Os estudos iniciais focam na fibra do caroço do açaí, mas há a possibilidade de que sejam utilizadas outras fibras de plantas amazônicas.  “A estrutura que temos vai permitir que futuramente possamos diversificar e testar outras matérias-primas, como o Miriti; cipó titica, Paricá, tachi branco, são várias possibilidades”, afirma.

Os pesquisadores já conseguiram produzir o papel de forma eficiente, agora estão realizando testes para verificar o quanto o produto é resistente.

“Iniciamos os teste de resistência mecânica, para verificar se ele ele aguenta força, se rasga fácil, se em contato com a água ele desmancha rápido. São testes científicos que vão dar suporte para para o desenvolvimento da tecnologia”.

O caroço, recolhido junto a batedores de açaí da cidade, precisa passar por um tratamento antes que vire papel. É preciso lavá-lo, secá-lo e depois separar as fibras. 

“Nesse primeiro processo há um grande potencial de envolvimento e parceria de cooperativas e das comunidades nessa separação, porque para a fabricação do papel precisamos de fibra em muita quantidade”, diz.

A equipe também está planejando o desenvolvimento de máquinas que possibilitem essa remoção e auxiliem no processo, visando a transferência dessa tecnologia para mais pessoas.

 

Etapas para a produção do papel

Com as fibras em mãos, o papel pode ser produzido em três dias, passando por oito equipamentos na linha de produção.

O primeiro processo se chama polpação ou cozimento, um processo em alta temperatura, pressão e com reagentes químicos. É um processo que serve para isolar a celulose.

A partir disso é preciso fazer uma limpeza dessa polpa, em um processo chamado depuração, onde será coletada qualquer sujeira ou fibra que não foi bem despolpada e precisa ser limpa. Depois disso é feito um refino, que serve para deixar a fibra mais reativa, o que dá uma resistência melhor ao papel. Então é feito o processo de formação da folha, onde são usados quatro equipamentos, incluindo uma prensa de folhas;

Aí se tem o papel pronto.

 

Óleo amazônicos

 Outra etapa do projeto é associar esse papel à óleos amazônicos bem conhecidos na região, como a copaíba e a andiroba. Lina Bufalino explica que esses óleos poderiam agregar ao papel capacidade antifúngicas antibacterianas, por exemplo, o que seria interessante para a indústria de cosméticos.

“Ultimamente também estamos fazendo alguns papeis com valor decorativo, então seria interessante esses aromas para a identidade de papéis da Amazônia”, observa.

Para esses estudos é necessário um Nanofibrilador, equipamento que deve chegar ainda esse ano ao laboratório.

 

O caroço que fica

Enquanto a fibra tem potencial para produtos de maior valor agregado, ainda assim sobra o caroço. Segundo a pesquisadora, o caroço apresenta enorme potencial de virar bioenergia e biocarvão, ambas pesquisas que também são feitas pelo grupo.

“Bioenergia seria a queima direta do resíduo para produção de energia, algumas empresas já fazem isso”. Ela explica que para a bioenergia é necessário que tenha muita disponibilidade de resíduo (biomassa), o que é o caso do caroço.

O caroço também tem alta densidade, o que significa que num pequeno volume de caroço há bastante massa e consequentemente bastante energia estocada. “ Na prática isso significa maior rendimento energético ou maior rendimento em carvão vegetal”.

Já na produção como carvão, o Biochar, o caroço tem a vantagem de ter um tamanho regular, o que possibilita que a carbonização seja feita de modo regular. Mas é preciso ter cuidado com a carbonização, a partir de um processo chamado pirólise. “É um processo que temos que ter a presença controlada ou ausência de oxigênio. Se não tiver isso, a biomassa vira cinza, para ela virar carvão, essa degradação térmica tem que ser controlada”, explica.

O Biochar tem sido utilizado na agricultura, especialmente como potencial para recuperação de solos degradados e como retenção de carbono, estimulando os chamados créditos de carbono. O projeto também é desenvolvido por outros pesquisadores da universidade.

Lina Bufalino explica que o maior desafio com relação à bioenergia e biocarvão é a alta umidade do caroço. Mas a equipe já tem esse trabalho em andamento, testando formas de secagem para acelerar esse processo. “Além de perspectivas futuras, como secadores solar”, diz a professora.

Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra

Regionais : Polícia Federal indicia Eduardo Braga, Renan Calheiros e Romero Jucá por corrupção e propina para favorecer farmacêutica no Senado
Enviado por alexandre em 25/09/2024 00:30:00

Inquérito tramita desde 2018, mas relatório final só foi enviado ao STF em agosto; PGR vai analisar se denuncia trio. Jucá e Braga negam irregularidades; Renan não se manifestou

A Polícia Federal indiciou os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) por, supostamente, terem cobrado propina para favorecer interesses do grupo farmacêutico Hypermarcas (hoje, Hypera Farma) no Senado.

 

A investigação começou como um desdobramento da operação Lava Jato, em 2018, mas o relatório final do inquérito só foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto. O relator é o ministro Edson Fachin.

 

O caso tramita em sigilo, e a conclusão do relatório foi revelada nesta sexta-feira (20) pelo portal UOL. A TV Globo confirmou as informações.

 

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O indiciamento é o procedimento em que o delegado de polícia, no âmbito de uma investigação, conclui que há indícios de crime e associa os possíveis delitos a uma pessoa ou grupo de pessoas.


Fachin enviou as conclusões da investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) – que vai analisar o material e pode apresentar denúncia ao STF ou defender o arquivamento da investigação.

 

Se a PGR denunciar e o STF receber essas denúncias, os políticos passam de indiciados a denunciados e, depois, a réus nesse inquérito.

 

Renan Calheiros e Eduardo Braga têm foro privilegiado porque continuam com mandato no Senado. Por isso, o indiciamento e a eventual denúncia seguirão tramitando no STF.

 

Como não tem mais mandato, a parte da investigação sobre Romero Jucá deve ser enviada à Justiça Federal no Distrito Federal (primeira instância).

 

Os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) durante sessão no dia 14 de março de 2017 — Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Romero Jucá

(PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL)

 (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

 

Em nota (leia íntegras abaixo), a defesa de Romero Jucá "repudia e repele o indiciamento" – e diz que a PF se baseou apenas na delação premiada de um executivo do grupo Hypermarcas.

 

"O ex-senador Jucá colaborou de forma efetiva com a investigação, prestando os esclarecimentos devidos e colocando-se sempre à disposição da autoridade policial", diz trecho da nota.

 

A defesa de Eduardo Braga chama o indiciamento de "ilações esdrúxulas" e diz não ter dúvidas de que o inquérito será arquivado.

 

Em nota, a Hypera Pharma diz que as apurações internas foram finalizadas em 2020 e que celebrou acordo de leniência em 2022, dando o tema por "concluído".


A assessoria de Renan Calheiros informou que o senador não vai se manifestar.

 

DELAÇÃO INDICA SUPOSTA PROPINA


Em setembro de 2020, o ministro Edson Fachin homologou as delações premiadas de executivos que atuaram na antiga companhia Hypermarcas (atual Hypera Pharma).

 

Os acordos de delação foram firmados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Das quatro colaborações, três foram validadas pelo relator da Lava Jato no STF.

 

De acordo com o UOL, consta no relatório final da PF que os três senadores do MDB receberam R$ 20 milhões da Hypermarcas para favorecer interesses da empresa no Senado.

 

Por exemplo, na tramitação de um projeto que tramitou em 2014 e 2015 sobre incentivos fiscais a empresas.


O UOL diz ainda que, no relatório da PF, consta que o senador Renan Calheiros teria indicado um nome à diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para favorecer interesses da Hypermarcas junto à agência reguladora.

 

O QUE DIZEM OS CITADOS


Leia abaixo as notas divulgadas pelas defesas dos citados nesta reportagem:

 

ROMERO JUCÁ 

 

Política: Deputados exigem em documento que Romero Jucá deixe comando do  PMDB - Blog Marcos Frahm

 

A defesa de Romero Jucá repudia e repele o indiciamento recente no inquérito instaurado com base única e exclusivamente na delação premiada do executivo do grupo Hypermarcas.

 

O ex-senador Jucá colaborou de forma efetiva com a investigação, prestando os esclarecimentos devidos e colocando-se sempre à disposição da autoridade policial. Conquanto o inquérito esteja baseado apenas na palavra anômala e perniciosa do delator, optou a autoridade policial por indiciá-lo.

 

Lamentavelmente, esse inquérito nada mais é que uma tentativa de criminalizar a política, pois é da natureza da função parlamentar a conexão com setores da sociedade, com empresários e grupos econômicos. Além do mais, contribuições legítimas para campanha política, dentro das regras eleitorais, com aprovação das prestações de contas do partido político pela justiça eleitoral, jamais podem ser consideradas como contrapartida de suposto ato de corrupção. Não há nos autos qualquer indício que possa, sequer em passant, apontar nexo causal entre a atuação legítima do ex-senador Romero Jucá e a doação de campanha por parte do delator.


A defesa de Romero Jucá confia na sua inocência e repudia as perniciosas palavras do delator que, sem nenhum crédito e despidas de qualquer indício, tenta criminalizar o brilhante legado que o ex-senador deixou na política brasileira.

 

Antônio Carlos de Almeida Castro, Roberta Castro Queiroz, Marcelo Turbay, Liliane Carvalho, Álvaro Chaves, Ananda Almeida

 

EDUARDO BRAGA 

 

Senador Eduardo Braga vai negociar mudanças na regulamentação da reforma  tributária com a Câmara e o Executivo - Portal do Marcos Santos

 

Trata-se de ilações esdrúxulas sem amparo nos elementos constantes do próprio inquérito. Há evidências claríssimas de que o parlamentar não manteve contato com o delator, que, além de mudar sua versão 4 anos depois, baseia suas declarações em mero “ouvir dizer”. Não tenho dúvidas de que inquérito será arquivado. Triste, porém, é ver mais um episódio de vazamento ilegal.

 

Fabiano Silveira

 

HYPERA PHARMA

 

Hypera Pharma – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fotos: Reprodução


A Hypera Pharma reforça que finalizou em 2020 apurações internas sobre irregularidades ocorridas entre 2013 e 2015. O assunto foi concluído mediante a celebração de acordo de leniência em 2022.

 

Assessoria de Imprensa – Hypera Pharma 

 


 

Fonte: G1

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Justiça : Barroso completa um ano na presidência do STF em meio a conflitos com Congresso e com Corte sob pressão
Enviado por alexandre em 25/09/2024 00:29:23

Ministro admite algum grau de tensão com outros Poderes, mas afirma que divergências fazem parte da democracia

No mês passado, após um “almoço institucional” que reuniu representantes dos Três Poderes para discutir novas regras para emendas parlamentares, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que houve um “consenso possível”, após um “diálogo franco” entre as autoridades. O episódio representou uma constante durante a primeira metade da gestão de Barroso no STF, que será completada no próximo dia 28: uma tentativa permanente de reduzir as tensões, principalmente com o Congresso, mas sem renunciar a determinadas pautas consideradas caras.

 

Barroso admite que houve “algum grau de tensão” nesse período, mas afirma que essas divergências fazem parte da democracia e que as relações entre Poderes são “harmoniosas”.

 

— Temos um excelente diálogo e tentamos construir consensos sempre que possível. Mas nem por isso cada um deixa de cumprir o seu papel. E o papel do STF é garantir o cumprimento da Constituição. Isso pode trazer algum grau de tensão, mas faz parte da democracia ter divergências que sejam absorvidas institucionalmente — disse ao GLOBO.

 

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Um dos principais embates ocorreu devido ao julgamento que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e estabeleceu o critério de até 40 gramas para diferenciar usuários e traficantes.

 

Barroso fez questão de concluir a análise dessa ação, colocando-a em pauta assim que era liberada, após seguidos pedidos de vista. Ele também fez um esforço para destacar o ponto do julgamento sobre a diferenciação entre usuário e traficante, para evitar a ideia de que a Corte estaria legalizando a droga.

 

Agora, o ministro cita a decisão como uma das importantes tomadas nos últimos 12 meses, dizendo que ela impede o “hiperencarceramento de jovens pobres e negros de periferia, em razão de pequenas quantidades de drogas”.

 

O processo, no entanto, causou reações no Legislativo, que considerou uma invasão de competência. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) proibindo o porte em qualquer circunstância. O projeto foi aprovado no Senado e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, e agora aguarda para ser analisado em uma comissão especial.

 

Também houve reações no Congresso contra a derrubada do marco temporal das terras indígenas (ocorrido no fim da gestão de sua antecessora, Rosa Weber) e contra decisões do ministro Flávio Dino que suspenderam o pagamento de emendas.

 

No primeiro caso, o ministro Gilmar Mendes iniciou uma conciliação, movimento apoiado por Barroso, mas criticado por indígenas.

 

— Conciliação, sempre que possível, é melhor do que conflito, porque em conflito sempre há vencedores e há vencidos — afirmou Barroso, no mês passado.

 

Em outro momento de tensão com o Legislativo, o presidente da Corte discursou no começo de uma sessão, no fim do ano passado, contra uma PEC aprovada no Senado que limita os poderes do STF. O projeto acabou ficando paralisado na Câmara.

 

Por outro lado, há uma relação de proximidade com o Executivo, com gestos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uma aproximação com a Corte. No Sete de Setembro, por exemplo, Lula convidou Barroso e outros ministros para assistir ao desfile, e depois para um almoço no Palácio da Alvorada. Também já ocorreram dois jantares do presidente com magistrados.

 

O cenário levou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a reclamar de um "dois a um " na relação entre os Poderes, em uma referência ao que seria, para ele, uma tabelinha entre Judiciário e Executivo para escantear o Legislativo.

 

Barroso ainda evitou outro atrito ao adiar o julgamento sobre a descriminalização do aborto. O ministro costuma dizer que é favorável à medida, mas que considera que a sociedade não está madura para o debate.

 

Para a segunda metade do mandato, Barroso afirma que quer reduzir a judicialização em áreas como a trabalhista e setor de saúde.

 

— Para este próximo período, pretendo me dedicar à redução da judicialização em outras quatro áreas: trabalhista, saúde, aviação e construção civil. Ainda temos muitos entraves a serem solucionados para a melhor eficiência da Justiça — adianta.

 

O presidente do STF também já disse que pretende pautar em breve ações que discutem a regulamentação de redes sociais. O entendimento é que, como o Congresso não atuou nesse tema, o STF não pode deixar de agir.

 

DERROTAS INTERNAS


Neste período, o plenário julgou 12 processos em que Barroso optou por continuar na relatoria — ao assumir a presidência, um ministro repassa a maior parte dos casos, mas pode manter os que estão prontos para serem julgados.

 

O presidente teve vitórias em 10 desses casos, incluindo a autorização para prisão imediata após um tribunal do júri e a determinação de transporte gratuito no dia das eleições.

 

Barroso, contudo, acabou derrotado em dois julgamentos importantes: o que debatia o uso de banheiros por pessoas transexuais e o que discutiu uma mudança na remuneração do FGTS.

 

No primeiro processo, a maioria dos ministros considerou que a ação nem mesmo deveria ser analisada pelo STF, sob protestos do presidente, que considerou que há uma discriminação inconstitucional. No segundo, venceu a posição defendida pelo governo, de correção pela inflação, e não pela caderneta de poupança, como sugerido por Barroso.

 

LINGUAGEM SIMPLES E DEFESA DE COLEGAS


Barroso também aplicou algumas mudanças nos ritos internos do STF. A principal foi a criação de um novo modelo de análise das ações, que tem sido utilizado em parte dos casos: a realização de uma sessão exclusiva para a apresentação das sustentações orais. A ideia é que os ministros possam refletir sobre os argumentos apresentados, e o julgamento ocorre posteriormente.

 

Adepto de um estilo didático, Barroso também defende nas sessões um "pacto pela linguagem simples", questionando o uso de termos jurídicos complicados pelos colegas.

 

O presidente ainda defendeu colegas em episódios em que foram criticados, como as viagens de Dias Toffoli e as mensagens de assessores de Alexandre de Moraes, e também rebateu ataques do empresário Elon Musk contra a Corte.

 

Barroso mantém boas relações com os colegas, inclusive com Gilmar Mendes, com quem já protagonizou uma das mais célebres discussões no plenário. No ano passado, os dois apresentaram um voto conjunto no julgamento do piso salarial nacional de profissionais de enfermagem — foi a primeira vez que isso ocorreu na história do STF. Recentemente, os dois repetiram a prática na análise sobre o fornecimento de medicamentos de alto custo.

 

O presidente do STF ainda tem dado atenção à inteligência artificial (IA), um dos temas do seu último livro. No ano passado, a Corte fez um chamamento público para selecionar protótipos de ferramentas que possam criar resumos de processo. Em agosto, Barroso assinou um acordo de cooperação técnica com o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) para o desenvolvimento de uma ferramenta com objetivo semelhante.

 


 

Barroso tem uma relação próxima com o vice-presidente do STF, Edson Fachin, que costuma participar das agendas vinculadas à Presidência, o que deve garantir uma transição suave. Para a próxima gestão, contudo, a expectativa é de uma mudança de postura, devido ao perfil mais discreto de Fachin. 

 

Fonte: O Globo

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Brasil : ONS estima que horário de verão trará economia de até R$ 1,8 bi
Enviado por alexandre em 25/09/2024 00:26:22

Números constam em estudo divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico

Brasil pode retomar o horário de verão Foto: Pexels/Joseph Redfield

Estudo divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que, se o Brasil retomar o horário de verão, os consumidores brasileiros podem ser beneficiados com uma economia de até R$ 1,8 bilhão a partir de 2026. Já os impactos para 2024 e 2025 foram avaliados em cerca de R$ 400 milhões.

O governo cogita retomar a medida para preservar o sistema elétrico brasileiro devido ao agravamento da seca. Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que iria recomendar a medida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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No estudo do ONS, a volta do horário de verão poderia trazer uma redução de até 2,9% da demanda por energia nos horários de pico de consumo de energia.

Na última semana, o ministro de Minas e Energias, Alexandre Silveira disse que já tinha conversado com Lula sobre o tema e que uma decisão seria tomada em breve. Ele afirmou ainda que a recomendação pela volta do horário de verão levou em conta critérios técnicos e científicos.

– Hoje, não temos problema de geração de energia, mas temos um momento do dia, entre 18h e 21h, que temos que despachar quase na totalidade o nosso parque térmico. E isso custa mais e estressa mais o sistema. Então, temos que considerar a economia para o consumidor e a confiabilidade do sistema – ressaltou.

 

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