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Regionais : STF e PF pressionam PGR por denúncia contra Bolsonaro
Enviado por alexandre em 17/07/2024 15:42:40


O procurador-geral da República, Paulo Gonet. Foto: reprodução

A recente onda de evidências contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está aumentando a pressão sobre o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para que ele acelere uma possível denúncia perante o Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações da colunista Carolina Brígido, do UOL.

Apesar da atuação do ministro Alexandre de Moraes e da Polícia Federal (PF) contra Bolsonaro, Gonet tem dito que não quer apresentar as denúncias durante o período eleitoral, visando evitar uma maior turbulência no cenário político nacional.

Atualmente, a previsão é de que as acusações sejam formalizadas a partir de novembro, logo após as eleições municipais. Contudo, setores do Judiciário e investigadores da PF preferem uma ação prévia ao início das campanhas, marcadas para 16 de agosto.

Isso poderia abrir caminho para uma nova fase nas investigações, potencialmente resultando em ações penais imediatas. Uma denúncia antecipada aumentaria as chances de uma condenação criminal e, consequentemente, de uma possível prisão do ex-presidente.

Por outro lado, postergar a denúncia para depois das eleições poderia prolongar as investigações, arriscando um julgamento próximo às eleições presidenciais de 2026 — o que poderia gerar maior incerteza política.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

Gonet, no entanto, tem indicado preferência por uma denúncia meticulosa, mesmo que isso demande mais tempo para sua elaboração.

Vale destacar que, em março, Bolsonaro foi indiciado pela PF por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informação, no contexto da investigação sobre fraude em certificados de vacinação contra a covid-19. A corporação ainda o indiciou no inquérito que apura a negociação ilegal de joias recebidas da ditadura saudita.

Além disso, no início da semana, Moraes tornou público um áudio no qual Bolsonaro, o ex-ministro do GSI Augusto Heleno e o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem discutem o uso irregular da Abin para espionagem.

Ainda segundo a colunista, há rumores em Brasília de que a PF poderá concluir em breve as investigações sobre os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023, possivelmente finalizando os elementos necessários para uma denúncia completa contra Bolsonaro.

Regionais : Amazônia: Comando Vermelho avança na região entre Brasil, Colômbia e Peru, aponta ONG
Enviado por alexandre em 17/07/2024 15:33:33

Nascida no Rio de Janeiro nos anos 1970, a facção Comando Vermelho cria uma rede de alianças que envolve um grupo de guerrilheiros colombianos, o Frente Carolina Ramírez, e traficantes de drogas peruanos.


Na região da Amazônia conhecida como “Três Fronteiras”, que engloba Brasil, Colômbia e Peru, a facção criminosa CV (Comando Vermelho) expande sua atuação em busca do domínio das rotas de tráfico de cocaína. É o que mostra a investigação divulgada hoje pela Organização Não governamental (ONG) International Crisis Group. Com sede principal em Bruxelas, a organização trabalha na região amazônica desde 2001. As informações são do colunista  Flavio VM Costa, do UOL.

Nascida no Rio de Janeiro nos anos 1970, a facção Comando Vermelho cria uma rede de alianças que envolve um grupo de guerrilheiros colombianos, o Frente Carolina Ramírez, e traficantes de drogas peruanos.

O aumento da produção de cocaína no Peru e a disseminação de outros esquemas criminosos, como a dragagem de ouro e a extração ilegal de madeira, ameaçam os modos de vida indígenas e de grupos ribeirinhos, aumentam o índice de homicídios e prejudicam o meio ambiente.

“As organizações criminosas se aninham e se multiplicam nas fronteiras do Brasil, da Colômbia e do Peru, onde as atividades ilícitas põem em perigo o bem-estar da floresta amazônica e das comunidades que ela abriga”, afirma Bram Ebus, jornalista e pesquisador, responsável pelo estudo. Agentes dos três países enfrentam uma realidade de recursos escassos para combater a expansão da criminalidade organizada.

Há quase cinco anos o CV lançou o Comando Vermelho Amazonas, desfazendo assim uma antiga aliança com a facção amazonense Família do Norte.

Autoridades policiais ouvidas por Bram Ebus afirmam que o CV tem superado inimigos pelo domínio criminoso na região, a exemplo do PCC (Primeiro Comando da Capital) e d’Os Crias, uma facção formada em sua maioria por jovens criminosos.

O objetivo atual do Comando Vermelho é obter a supremacia criminosa na região das Três Fronteiras, na esperança de se expandir para a Colômbia e o Peru, afirmou um membro da facção ao Crisis Group.

A facção visa controlar a cadeia de abastecimento de cocaína desde os campos de coca no Peru até as rotas de tráfico na Colômbia e as regiões amazônicas do Brasil. Estima-se que 70% da cocaína e da pasta-base de cocaína produzidas no Peru sejam traficadas para o Brasil, enquanto cerca de 30% são levadas para o Equador, principalmente pelo rio Napo.

Em uma região marcada por pobreza extrema e falta de oportunidades de trabalho, os traficantes cooptam os jovens.

Na Colômbia, o Comando Vermelho encontrou parceiros interessados na sua busca por expansão: a Frente Carolina Ramírez, uma facção dissidente das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

A investigação da Crisis Groupo mostram que os criminosos reinvestem o lucro do tráfico de drogas em outras atividades criminosas que prejudicam o meio ambiente, a exemplo de extração ilegal de madeira e de ouro, e pesca ilegal.

“As ameaças da criminalidade transfronteiriça exigem respostas coordenadas dos governos envolvidos. As estratégias de segurança da Amazônia devem começar pela salvaguarda das comunidades em maior risco, algumas das quais enfrentam ameaças existenciais”, diz Bram Ebus.

“Os governos devem adotar uma abordagem multifacetada para combater a corrupção arraigada e o envolvimento do Estado em atividades ilegais”, destaca,

“Em menor número de armas e de número, as agências da lei enfrentam uma batalha difícil, a menos que estabeleçam laços fortes com as comunidades e reconstruam a confiança corroída por escândalos de corrupção. A população local, mais bem posicionada para detectar ameaças de grupos violentos, precisa de uma resposta estatal que realmente atenda às suas necessidades”, diz Bram Ebus.

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