Pesquisadores do Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx), sediado no Rio de Janeiro (RJ), liderados pela Profª Drª Sabrina Celestino, desenvolvem uma pesquisa voltada ao Monitoramento do Estado Geral de Saúde de Militares e Familiares Sediados nos Pelotões Especiais de Fronteira da Região Amazônica (MEGS/PEF).
A pesquisa tem o objetivo de referenciar a capacitação física como instrumento de manutenção da prontidão e higidez dos militares que realizam a defesa e a segurança das fronteiras, e a promoção da qualidade de vida dos familiares que os acompanham no cumprimento da nobre missão.
No período de 21 a 26 de julho de 2024, os pesquisadores visitaram o 1º, 2º e 3º PEF, localizados em Bonfim, Normandia e Pacaraima, respectivamente, ambos no estado de Roraima, a fim de realizarem a coleta de materiais e dados necessários ao estudo.
A pesquisa conta com o fomento do Pró-Pesquisa 2024/2025, do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), e o apoio logístico do Comando Militar da Amazônia (CMA).
2º Grupamento de Engenharia celebra 54 anos com cerimônia solene e inauguração de memorial modernizado
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O 2° Grupamento de Engenharia completou, no dia 28 de julho de 2024, 54 anos de criação Para comemorar a data solene, foi realizada uma Cerimônia Militar, que contou com a presença de diversas autoridades civis e militares. Na oportunidade, o Comandante do 2° Gpt E (Grupamento Rodrigo Octávio) leu o alusivo referente à data. A Solenidade teve, ainda, a entrega da Certificação do Programa de Conformidade do Sistema de Gestão Ambiental do Exército Brasileiro - Nível 1 IMBAÚBA - para o Comando do 2° Grupamento de Engenharia, Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e Hospital Militar de Área de Manaus (HMAM). Externando o mais profundo agradecimento e reconhecimento, foi entregue a 19 autoridades e personalidades o Diploma de Amigo do 2° Grupamento de Engenharia. Por fim, foi realizada a inauguração da Modernização do Memorial Rodrigo Octávio, com os objetivos de cultuar as raízes, tradições e valores do Exército Brasileiro e preservar a memória do General de Exército Rodrigo Octávio Jordão Ramos, patrono do 2° Gpt E.
A singularidade da profissão militar e o permanente estado de prontidão do Exército foram essenciais para o sucesso da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Karipuna, encerrada nesta terça-feira (30/07), com uma cerimônia realizada na Vila Panorama, com a presença de autoridades governamentais, representantes de órgãos de segurança e lideranças indígenas.
Iniciada em 1º de junho de 2024, a Operação Karipuna mobilizou um grande contingente de militares e agentes de diversos órgãos governamentais, com o objetivo de retirar invasores e garantir a segurança e a integridade da terra indígena. A 17ª Brigada de Infantaria de Selva foi responsável por montar e operar a Base Operacional, que serviu de apoio logístico para cerca de 200 agentes dos Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF).
O 17º Batalhão Logístico de Selva desempenhou um papel fundamental na operação, fornecendo todo o suporte necessário para os agentes dos OSPF. Ao longo de dois meses, a equipe logística serviu mais de 25 mil refeições, realizou a manutenção de cerca de 160 veículos, prestou 271 atendimentos médicos e garantiu o abastecimento de mais de 27 mil litros de água potável.
As comunicações táticas, também a cargo da Brigada, foram essenciais para a coordenação, comando e controle da operação. Através de sistemas de telefonia e transmissão de dados satelitais, rádios e sistemas informatizados, foi possível manter uma comunicação eficiente e integrada entre todos os envolvidos na operação.
Durante a Operação foram apreendidos 54 metros cúbicos de madeira ilegal e foram inutilizadas 25 edificações, 17 pontes e seis acessos ilegais à terra indígena.
O governo federal está elaborando o Plano Clima que será o guia da política climática brasileira até 2035. Uma comitiva de ministros fará debates na Caatinga, no Sistema Costeiro Marinho, na Amazônia, no Cerrado, no Pantanal, na Mata Atlântica e no Pampa. Das plenárias sairão propostas da sociedade civil que poderão ser incluídas no documento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentará a primeira versão do texto na COP 29, no Azerbaijão, em novembro.
Esta é mais uma etapa do processo de participação social no Plano Clima que foi lançado em junho. O governo está fazendo consultas diretas à população e debates com especialistas em meio ambiente, organizações da sociedade civil, conselhos de políticas públicas, movimentos sociais e sindicais, em todas as etapas de elaboração do texto.
A plataforma digital do governo federal Brasil Participativo está recebendo as propostas da população até o dia 26 de agosto. Qualquer pessoa com CPF pode apresentar três propostas e votar em até 10 propostas de outros participantes. Também há espaço para comentários.
As 10 propostas mais votadas de cada um dos 18 temas definidos pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima poderão ou não ser incorporadas ao texto após análise do governo federal. As propostas debatidas nas plenárias serão inseridas na plataforma digital.
A participação social no governo federal é atribuição da Secretaria-Geral da Presidência da República. O modelo usado para o Plano Clima é o mesmo do PPA Participativo (Plano Plurianual 2024-2027) realizado no ano passado. Com metodologia de participação presencial e digital, o processo resultou na maior participação social da história do governo federal.
A visita das autoridades aos biomas começa por Recife (PE) em 1° de agosto. Depois, serão as plenárias de Teresina (PI), Macapá (PA), Imperatriz (MA), Campo Grande (MS), São Paulo (SP), terminando em Porto Alegre (RS) no dia 15. A abertura será em Brasília, dia 30/07, às 15 horas.
A última fase de elaboração do Plano Clima será em 2025, com a formulação de planos setoriais e a realização da 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente e Mudança do Clima em maio. A partir do texto, o governo federal deve propor outras mudanças na legislação ambiental do país.
Todo o processo de formulação de instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima, com participação direta da população, será apresentado na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece no Brasil, em Belém (PA), em novembro do ano que vem. Brasil Participativo
A plataforma Brasil Participativo foi lançada pelo governo federal no ano passado para a elaboração do Plano Plurianual 2024-2027, reconhecido como PPA Participativo. Aliando participação presencial e digital, o processo somou 34 mil pessoas em plenárias nas capitais brasileiras e na esfera digital, 1,4 milhão de participantes, mais de 1,5 milhão de votos, com 4 milhões de acessos na plataforma. Foi a maior experiência de participação social da história do governo federal.
O Brasil Participativo também está sendo utilizado para o apoio do governo federal ao Rio Grande do Sul, uma iniciativa de transparência no repasse de recursos e informações precisas para a população gaúcha. Também abrigou a inédita etapa digital da 4ª Conferência Nacional da Juventude o que permitiu a jovens do país inteiro serem eleitos delegados para participar do evento em Brasília.
Em 2021, com apenas 13 anos, a garra e o sorriso da skatista nascida na cidade de Imperatriz, no Maranhão, Rayssa Leal, conquistaram o coração dos brasileiros durante os Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela se tornou a mais jovem medalhista olímpica do Brasil ao ganhar a prata no Japão. Desde então já subiu ao pódio diversas outras vezes em competições da Street League, a liga mundial de skate.
Chamada carinhosamente de Fadinha e muito querida por fãs ou não desse esporte, nada mais natural que ela fosse convidada para ser a madrinha de um projeto que acaba ser lançado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Batizada de Floresta Olímpica do Brasil, a iniciativa faz parte da Olympic Forest Network, uma rede que prevê a restauração de florestas por comitês olímpicos nacionais no mundo todo. Na Amazônia, mais especificamente nos municípios de Tefé e Alvarães, o objetivo é o reflorestamento de 6,3 hectares de vegetação, através do plantio de cerca de 4.500 árvores de espécies nativas.
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Para o lançamento do projeto, Rayssa e outras atletas que participarão dos Jogos Olímpico em Paris, que começam no mês que vem, viajaram até a Amazônia, junto com representantes do Comitê Olímpico Brasileiro.
“Estou muito feliz de participar disso tudo. A gente precisa pensar cada vez mais em sustentabilidade, no nosso dia a dia mesmo. Me sinto honrada por estar aqui e plantar a primeira árvore da minha vida!”, disse a skatista, que também é a Embaixadora de Sustentabilidade do COB.
Nas áreas escolhidas para o projeto de reflorestamento – Bom Jesus da Ponta da Castanha e aldeia São Jorge da Ponta da Castanha, no Amazonas -, vivem populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas. Elas ficam localizadas dentro dos limites da Floresta Nacional de Tefé (FLONA). Entre as espécies selecionadas para o plantio estão justamente aquelas que podem ajudar na geração de renda para essas comunidades, como a castanha da Amazônia (Bertholletia excelsa) e o açaí (Euterpe oleracea).
No ano passado, os moradores participaram de uma capacitação para aprender como fazer a coleta, o beneficiamento e o armazenamento das sementes, e também, para o processo efetivo de restauração.
Rayssa Leal ao lado de integrantes do COB e de uma das comunidades beneficiadas pelo projeto Foto: Marina Ziehe / COB
Toda a ação de reflorestamento, assim como seu monitoramento, contará com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Segundo o COB, a iniciativa compensará a emissão de quatro mil toneladas de carbono (CO2) na atmosfera, gás apontado como o principal responsável pelo aquecimento global.
“Um projeto desse tipo no coração da Amazônia, dentro dessa área chamada de corredor ecológico da Amazônia Central, agrega a conservação da biodiversidade e valoriza a manutenção dos modos de vida das populações locais”, afirma Rafael Rabelo, biólogo pesquisador do Mamirauá e coordenador do projeto Floresta Olímpica do Brasil.
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Um estudo publicado no início de julho na revista científica Frontiers in Public Health aponta o aumento de 264% nas taxas de suicídio por autointoxicação intencional por medicamentos no Brasil, comparando os anos de 2003 e 2022. Com informações da Veja.
Diferente do perfil geral das vítimas de suicídio, os óbitos por overdose proposital de remédios foram majoritariamente de mulheres (55,5%), pessoas de 30 a 49 anos (47,2%), de raça/cor branca (53,2%) e na Região Sul (22,8%).
Em entrevista exclusiva, Jesem Orellana, doutor em Epidemiologia, chefe do Legepi e coordenador da pesquisa, atribui esse aumento “explosivo” às crises político-econômicas que o Brasil enfrentou desde 2015/2016 e, mais recentemente, à pandemia de Covid-19.
“Há uma vasta literatura mostrando que, em momentos de instabilidade política e econômica, guerras e desastres naturais, quando o sofrimento da população aumenta, muitas pessoas desistem de viver”, explica. “Isso parece justificar o cenário alarmante no Brasil a partir de 2015/2016 em relação às mortes por autointoxicação intencional medicamentosa.”
Além das crises, Orellana aponta falhas na fiscalização e regulação da venda de medicamentos e no treinamento de profissionais, especialmente em emergências.
FISCALIZAÇÃO E REGULAÇÃO NA VENDAS DE REMÉDIOS
De acordo com a pesquisa, 40,4% dos óbitos por suicídio por autointoxicação intencional envolvem medicamentos de circulação restrita, que requerem prescrições especiais, como antiepilépticos, sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e outros psicotrópicos. Outros 54,8% envolvem medicamentos não especificados, ou seja, qualquer remédio ou drogas sintéticas ou semissintéticas, vendidas livremente.
Esses dados são preocupantes devido às condições limitadas de vigilância hospitalar e epidemiológica em relação à intoxicação. “Há incertezas sobre o tipo de substância utilizada”, destaca o pesquisador, ressaltando a importância do preenchimento adequado da causa da morte nas declarações de óbito no sistema de informações sobre mortalidade no Brasil.
Outro problema é a falta de fiscalização e regulação das vendas de remédios. “Em qualquer farmácia, você pode comprar uma cartela de paracetamol, ou 15 cartelas, sem controle, apesar da toxicidade em altas doses”, alerta.
Apesar das crises econômicas, o varejo de medicamentos tem crescido significativamente no Brasil, com receitas recordes. O setor também tem aumentado as vendas on-line, promovendo ofertas especiais, como a compra de duas caixas de medicamentos com a terceira de graça.
Para agravar a situação, há falta de controle na distribuição e uso de medicamentos em hospitais e unidades de saúde, e um déficit significativo de psiquiatras no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede suplementar, nos planos de saúde.
Devido à alta demanda, muitos psiquiatras prescrevem medicamentos para tratar transtornos mentais comuns, como depressão e ansiedade, mas não conseguem acompanhar regularmente os pacientes. Na prática, prescrevem remédios para dois ou três meses de tratamento, e em casos excepcionais, até seis meses. “Precisamos prestar mais atenção em como os medicamentos são comercializados e prescritos nos consultórios médicos”, diz o pesquisador.
Orellana observa que o Brasil está entre os países que puxam para cima a curva de suicídios na América Latina nos últimos cinco ou seis anos, e é urgente enfrentar esse problema.
Além de maior controle e fiscalização dos medicamentos, o epidemiologista defende investimentos na qualificação de profissionais e em estruturas de suporte psicossocial, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Ele também destaca a necessidade urgente de melhorar o treinamento de profissionais em unidades básicas de saúde (UBS) e emergências. “Muitas pessoas chegam intoxicadas, em sofrimento psíquico ou social, e são atendidas de forma inadequada”, afirma. “Sem uma equipe treinada para identificar esses pacientes, oportunidades de resgate e acolhimento são perdidas”, lamenta.
Os dados são claros. Estamos diante de uma “epidemia silenciosa” que tem ceifado milhares de vidas. Apesar dos avanços na atenção à saúde mental no Brasil nas últimas décadas, ainda há muito a ser feito.