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Coluna Você Sabia? : O que é a Síndrome do PC Gamer? Conheça o problema que afeta jogadores do computador
Enviado por alexandre em 21/06/2024 14:18:39

A questão é que a gente já evoluiu tanto, que alguns finalmente chegaram ao topo da pirâmide com a "Síndrome do PC Gamer".

Apesar do sucesso, é fato que nunca foi tão fácil assim ter um console, já que os preços estão sempre altos demais para a nossa realidade — então muitos recorriam à casa dos amigos ou às saudosas locadoras para se divertir.

 

O tempo passou e os videogames foram se tornando cada vez mais acessíveis, com a popularização dos computadores sendo um dos maiores vetores para essa democratização. A questão é que a gente já evoluiu tanto, que alguns finalmente chegaram ao topo da pirâmide com a "Síndrome do PC Gamer".

 

Embora não seja uma condição médica reconhecida, a Síndrome do PC Gamer é um termo que descreve um conjunto de comportamentos e hábitos associados aos jogadores. O termo, que vem ganhando força na internet, refere-se a várias características comuns entre alguns entusiastas do nicho.

 

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Entre elas, está a tendência a acumular inúmeros jogos que, em outro momento, tornaram-se objetos de desejo, mas nunca efetivamente jogá-los. Comumente, essa sensação aparece quando o jogador finalmente conclui, por exemplo, o projeto de um computador mais potente — capaz de rodar aquele jogo AAA do ano. E, claro, o mesmo vale para os tão sonhados consoles.

 

A Síndrome do PC Gamer, basicamente, envolve ter bibliotecas com centenas de jogos na Steam e Epic Games Store, por exemplo, além de montar um computador potente. No entanto, o jogador fica tão preocupado com a performance da máquina que esquece do mais importante: jogar.

 

"Síndrome do PC Gamer" ainda não foi abordada cientificamente.

 

A "Síndrome do PC Gamer" é diferente do "Transtorno do Jogo", considerado pela Organização Mundial da Saúde em maio de 2019 como uma doença. Na época, a OMS afirmou que essa era uma condição específica caracterizada por "comportamento de jogo persistente ou recorrente" que causa um "prejuízo significativo nos aspectos pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento".Conforme explicado, a Síndrome do PC Gamer é exatamente o oposto do Transtorno do Jogo! Por mais estranho que pareça, o problema tem sido cada vez mais relatado entre usuários nas redes sociais, que se tornam desanimados na hora de explorar novos títulos e recorrem a jogos familiares ou competitivos para ocupar o tempo. Nesse ponto, há explicações apoiadas pela ciência, conforme veremos a seguir!

 

Quando tudo era mato, lá pela década de 1990 e começo dos anos 2000, os videogames tornaram-se um meio de entretenimento cada vez mais popular nas casas de família.Apesar do sucesso, é fato que nunca foi tão fácil assim ter um console, já que os preços estão sempre altos demais para a nossa realidade — então muitos recorriam à casa dos amigos ou às saudosas locadoras para se divertir.

 

Quem não gostaria de ter um setup gamer assim, não é mesmo?

 

O tempo passou e os videogames foram se tornando cada vez mais acessíveis, com a popularização dos computadores sendo um dos maiores vetores para essa democratização. A questão é que a gente já evoluiu tanto, que alguns finalmente chegaram ao topo da pirâmide com a "Síndrome do PC Gamer".

 

O QUE É A "SINDROME DO PC GAMER"?


Embora não seja uma condição médica reconhecida, a Síndrome do PC Gamer é um termo que descreve um conjunto de comportamentos e hábitos associados aos jogadores. O termo, que vem ganhando força na internet, refere-se a várias características comuns entre alguns entusiastas do nicho.

 

Entre elas, está a tendência a acumular inúmeros jogos que, em outro momento, tornaram-se objetos de desejo, mas nunca efetivamente jogá-los. Comumente, essa sensação aparece quando o jogador finalmente conclui, por exemplo, o projeto de um computador mais potente — capaz de rodar aquele jogo AAA do ano. E, claro, o mesmo vale para os tão sonhados consoles.

 

A Síndrome do PC Gamer, basicamente, envolve ter bibliotecas com centenas de jogos na Steam e Epic Games Store, por exemplo, além de montar um computador potente. No entanto, o jogador fica tão preocupado com a performance da máquina que esquece do mais importante: jogar.

 

Síndrome do PC Gamer é um assunto bastante debatido na comunidade gamer atualmente.

Fotos: Reprodução

 

A "Síndrome do PC Gamer" é diferente do "Transtorno do Jogo", considerado pela Organização Mundial da Saúde em maio de 2019 como uma doença. Na época, a OMS afirmou que essa era uma condição específica caracterizada por "comportamento de jogo persistente ou recorrente" que causa um "prejuízo significativo nos aspectos pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento".

 

Conforme explicado, a Síndrome do PC Gamer é exatamente o oposto do Transtorno do Jogo! Por mais estranho que pareça, o problema tem sido cada vez mais relatado entre usuários nas redes sociais, que se tornam desanimados na hora de explorar novos títulos e recorrem a jogos familiares ou competitivos para ocupar o tempo. Nesse ponto, há explicações apoiadas pela ciência, conforme veremos a seguir!

 

A ÂNSIA  DE TER E O TÉDIO DE POSUIR


Já dizia uma frase muito famosa do filósofo alemão Arthur Schopenhauer: "a vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir". Os jogadores assolados pela Síndrome do PC Gamer frequentemente investem tempo e recursos consideráveis em construir e otimizar seus computadores para obter a melhor experiência de jogo possível — muitas vezes até se endividando no processo.

 

Depois que a pessoa torna-se capaz de jogar de tudo com o tão sonhado PC Gamer, acaba usando a máquina para fazer coisas básicas que um modelo bem mais simples faria tranquilamente, justamente porque não tem mais vontade de jogar. Em muitos casos, essas pessoas também costumam vagar de jogo em jogo aleatoriamente — mas, no fim das contas, não permanece em nenhum deles. Não há um diagnóstico específico para esse fenômeno, mas em casos mais graves, a falta de vontade de jogar pode ter alguma ligação com de abulia. O termo pode ser definido como um estado extremo de apatia em que não existe motivação suficiente para uma pessoa exercer qualquer tipo de atividade ou tomar uma decisão.

 

Outro fator que pode explicar a Síndrome do PC Gamer de alguma forma é a quantidade exorbitante de estímulos dopaminérgicos que as pessoas recebem atualmente — principalmente por conta das redes sociais.Segundo o Dr. Drauzio Varela, diversos estudos demonstraram que a dopamina é um neurotransmissor sensível aos estímulos das mídias digitais. Quando consumimos redes sociais como YouTube, TikTok ou Instagram, por exemplo, ocorre liberação de dopamina nos centros de recompensa, os "mesmos ativados pela cocaína, maconha e o cafezinho".

 

A questão é que quanto mais estímulos você recebe, menos eles farão sentido para você algum tempo depois — já que o fator "novidade" simplesmente não existe mais. É nesse processo contínuo que as coisas simples da vida vão perdendo o "valor".

 

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Em suma, não há um estudo que aborde especificamente os sintomas da Síndrome do PC Gamer — portanto, não é algo cientificamente estabelecido, mas sim um conjunto de comportamentos que muitos jogadores, tanto de PC quanto de consoles, podem apresentar. 

 

Fonte: Saúde em Dia

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Regionais : Humorista Carlinhos Mendigo é encaminhado ao sistema prisional de São Paulo
Enviado por alexandre em 21/06/2024 14:17:46

Preso por dívida de pensão alimentícia de filho, humorista Carlinhos Mendigo foi levado ao Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos

O humorista Carlos Alberto da Silva, que ficou conhecido como “Mendigo do Pânico”, foi encaminhado na tarde desta quinta-feira (20/6) para o Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Ele está preso por dever R$ 246,9 mil de pensão alimentícia ao filho de 14 anos.

 

A prisão do humorista foi homologada na quarta-feira (19/6), depois de passar por audiência de custódia. Ele era considerado foragido pela Justiça desde 13 de novembro e foi encontrado por investigadores na terça-feira (18/6).

 

Carlinhos Mendigo tinha o auxílio de amigos para tentar despistar a polícia, de acordo com a delegada Maria Juliana. Segundo as investigações, o humorista costumava passar períodos em apartamentos de amigos, evitando ficar muito tempo em um mesmo endereço.

 

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“Como é uma pessoa bastante conhecida, ele tem bastante amigos. Tinha o auxílio de alguns amigos, de algumas pessoas que cediam lugares para ele dormir, pernoitar e viver”, disse a delegada em entrevista coletiva no Palácio da Polícia.

 

A delegada Juliana afirma que, mesmo foragido, Carlinhos fazia lives em que conversava com seguidores nas redes sociais. Segundo a delegada, isso foi um desafio para a polícia.

 

“Ele não falava de onde ele estava falando. Ficava no escuro e ficava difícil identificar em que lugar era.”De acordo com a polícia, Carlinhos foi localizado após um encalço de 20 dias. Na terça-feira, os policiais fizeram uma campana na Avenida Nove de Julho, na região dos Jardins, onde ele costumava transitar.

 

Foto: Reprodução

 

Por volta das 12h30, os investigadores visualizaram Carlinhos Mendigo dirigindo um carro preto e fizeram a abordagem.Carlinhos Mendigo ganhou destaque na televisão e no rádio ao participar do programa “Pânico” a partir de 2003. Mendigo começou como office-boy na Jovem Pan, mas sempre assistia às gravações do programa até que conseguiu uma oportunidade e entrou para o time. Ele ficou no “Pânico” até 2007 e voltou anos depois.

 

 

Ele fazia os personagens Silvio Santos Reptiliano, Sérgio Mallandro, Merchan Neves e Presidente Molusco, todos com grande popularidade na época. 

 

Fonte: Metrópoles

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Coluna Agricultura : Produção agroindustrial registrou o maior crescimento dos últimos 10 anos, segundo a FGV
Enviado por alexandre em 21/06/2024 10:56:45

Em abril, a produção agroindustrial registrou o maior crescimento para o mês dos últimos dez anos, segundo o  Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), desenvolvido pelo Centro de Estudos do Agronegócio da FGV Agro. O crescimento foi de 12,1% na comparação anual, impulsionando a produção agroindustrial no primeiro quadrimestre deste ano a um crescimento acumulado de 4,1%.

Fortemente impulsionada pelas indústrias de alimentação de origem animal, biocombustíveis e de fumo, o segmento de produtos alimentícios e bebidas destacou-se com um aumento de 13,2%, o maior crescimento desde o início da série histórica em 2003. Este é o melhor resultado para o período desde 2018 e supera o desempenho da indústria de transformação, que cresceu 3,6% no mesmo período.

A indústria de alimentação de origem animal liderou os avanços, com um impressionante crescimento de 20,2%. Dentro deste segmento, houve significativos aumentos na produção de carnes bovina, suína, de frango, laticínios e pescados.

O segmento de produtos não alimentícios também apresentou um sólido desempenho, com um crescimento de 10,7%. A indústria de biocombustíveis foi o principal destaque, registrando um aumento de 27,4%, principalmente devido ao aumento da produção de etanol de cana-de-açúcar. A indústria de fumo também mostrou um crescimento robusto de 18,9% no mês.

Outro segmento que merece destaque é o de produtos têxteis, que teve um aumento de 14,5%. Este setor vem tentando se recuperar após um período de retração devido à pressão de custos e à competição com a indústria chinesa.

Em contraste com o desempenho positivo de outros setores, a indústria de insumos agropecuários registrou uma queda de 0,9% na produção. Este setor tem enfrentado desafios devido ao atraso na safra de verão, incertezas relacionadas à safrinha de milho e à pressão sobre as margens dos produtores rurais.

Fonte: Pensar Agro


Regionais : 20 anos sem Brizola: político segue referência para luta democrática
Enviado por alexandre em 21/06/2024 10:55:27

O momento era de tensão total. Naquele 28 de agosto de 1961, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, foi correndo para o porão do Palácio Piratini e fez um pronunciamento para uma rádio que a equipe montou de improviso. “Hoje, nesta minha alocução, tenho os fatos mais graves a revelar. O Palácio Piratini, meus patrícios, está aqui transformado em uma cidadela que há de ser heroica (…)”. Ele pedia resistência até o fim.  Aquele seria um dos momentos que faria com que Brizola (1922 – 2004), que morreu há 20 anos, entrasse para a história brasileira. Segundo pesquisadores, ele foi responsável por evitar, via uma rede de rádios, que o golpe militar ocorresse naquele ano. 

Momentos como esse terão destaque em um documentário de Sílvio Tendler, que deve ser lançado no segundo semestre deste ano. Aquele episódio ocorreu depois da renúncia de Jânio Quadros. Como João Goulart, o vice-presidente, estava em missão diplomática fora do País, a cúpula militar posicionou-se para impedir a transmissão de posse para o vice. Houve um impasse e quem assumiu o país foi o presidente da Câmara, Paschoal Ranieri Mazzilli.  

Leitura de país

De acordo com o neto de Brizola, Leonel Brizola Neto, que cedeu as imagens para o filme e que busca divulgar o legado do avô com uma associação cultural, o então governador tinha a noção da ameaça de uma ruptura democrática. 

“Ele tinha uma leitura do que estava acontecendo. Naquela época, não havia a facilidade das informações que nós temos hoje. Ele entendeu e começou a organizar (a resistência). Todos os atos do Brizola foram sempre dentro da legalidade democrática”, argumenta o neto. 

Em nome dessa legalidade, Brizola passou a utilizar a Rádio Guaíba, através de um ato governamental, para defender a posse do vice. Para o professor de história Adriano de Freixo, da Universidade Federal Fluminense, Brizola foi a figura central da resistência. 

Freixo ressalta que houve de fato uma tentativa de golpe em 1961, orquestrada pelos que executaram o golpe de 1964. 

“Quando Brizola montou a rede da legalidade, com seus discursos sendo transmitidos para todo o Brasil, ele também consegue apoio militar, do Exército no Rio Grande do Sul e da Brigada Militar gaúcha, dispostos a ir para o confronto. Isso faz, inclusive, com que outras lideranças civis se animassem a resistir”, afirmou o professor. 

A “rede da legalidade”, como ficou conhecida, congregou mais de 100 rádios pelo Brasil, que passaram a retransmitir discursos pela manutenção da democracia e da legalidade.

Brizola passou a denunciar que aviões militares brasileiros teriam ordem para atirar contra o palácio do governo gaúcho. Segundo os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, como conseguiu adesão de praças da própria Força Aérea boicotaram as aeronaves para que não decolassem.


 Frustração

O professor Adriano de Freixo avalia que Brizola estava disposto, inclusive, a partir para o confronto, se fosse necessário. “Como ele mesmo disse em alguns depoimentos, a ideia dele era marchar para o Rio de Janeiro e dissolver o Congresso, já que parlamentares tinham sido coniventes com tentativa de golpe e garantir a posse do Jango”, afirma o professor. Foi uma decepção para Brizola ter conhecimento de que Jango concordou com uma solução conciliatória e assumiu um regime parlamentarista provisoriamente. 

A frustração de Brizola com o presidente deu-se diante de um contexto político. Pesquisadores do período entendem que havia expressivo apoio popular à posse de Jango em 1961. De acordo com o sociólogo Yago Junho, que também pesquisa a trajetória de Brizola, o então governador do Rio Grande do Sul ganhou a opinião pública porque compreendeu a importância do processo de comunicação. 

“A batalha política é a batalha das comunicações. Mais de 70% da população apoiava a posse do Jango e o Brizola, em relação a esse apoio popular, queria efetivamente promover mudanças. Acabou prevalecendo a conciliação e a conciliação só serviu para adiar o golpe por três anos”, analisa o sociólogo. Os pesquisadores avaliam que Brizola foi hábil, mas não contava que Jango iria curvar-se às condições dos militares. 

Legados

Brasília (DF) 20/06/2024 - 20 anos da morte de Leonel Brisola.  Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal Brasília (DF) 20/06/2024 - 20 anos da morte de Leonel Brisola.  Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal

20 anos da morte de Leonel Brisola. Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal – Família Brisola/Arquivo Pessoal

Os pesquisadores da trajetória de Leonel Brizola entendem que a infância pobre no Rio Grande do Sul foi fator decisivo para as escolhas políticas do homem que foi governador de dois estados, o que ele nasceu, e o Rio de Janeiro.  Yago Junho analisa que Brizola defendeu o trabalhismo e os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho. 

O historiador Adriano de Freixo vê Brizola como uma das figuras públicas mais importantes da segunda metade do século passado. 

“Ele construiu uma carreira política muito profícua. Ele defendeu melhor distribuição de riquezas, com propostas como a realização da reforma agrária, educação integral nas escolas e defesa do país diante de pressões estrangeiras”, diz 

Os pesquisadores assinalam que Brizola acreditava que a educação seria a forma de gerar uma construção de uma sociedade menos desigual, tanto na gestão do Rio Grande do Sul (1959 – 1963) como do Rio de Janeiro (1983 – 1987 e 1991 – 1994).

“Essa preocupação do Brizola com uma educação de qualidade, com uma escola de tempo integral, é algo que hoje continua no âmbito de investigadores educacionais do Brasil”, afirma o historiador Adriano de Freixo. Sobre a escola em tempo integral, defendida pelo político gaúcho, o pesquisador avalia que foi uma ideia que acabou sendo combatida por diferentes setores. “Essa é uma questão central no pensamento do Brizola”.

O resultado foi que houve redução do analfabetismo com a construção de mais de seis mil escolas. “O pai dele foi assassinado. A mãe alfabetizou os filhos. Ele foi depois, com 14 anos, estudar sozinho numa escola técnica em Viamão, que é perto de Porto Alegre. “Conseguiu entrar na universidade como engenheiro”, afirma Leonel Brizola Neto.  No Rio de Janeiro, ele implementou a ideia do antropólogo Darcy Ribeiro e criou os Centros Integrados de Educação Pública (Ciep) para fazer valer a educação integral.

Contra o “atraso”

Além da educação, outra marca de Brizola foi a defesa enfática da reforma agrária. “Entendo que essa é uma questão central para aquela esquerda trabalhista do início dos anos 60: o latifúndio tinha que ser combatido. Você não consegue combater e superar o subdesenvolvimento se não superar a questão agrária”, sublinha o historiador Adriano de Freixo. O pesquisador explica que, além da necessidade de se combater as pressões internacionais, seria necessário modernizar o capitalismo brasileiro, numa defesa de uma sociedade menos desigual. “O latifúndio seria uma das causas do atraso nacional”.

O sociólogo Yago Junho crê que Brizola “pagou um preço muito alto” pelas ideias que defendia. “O final da vida dele num ostracismo tem a ver com uma incompreensão sobre o legado político dele”. Uma das acusações dos opositores é que teria havido uma política ineficaz de segurança pública e que a criminalidade aumentou. O resultado foi, segundo avalia, um final de vida no ostracismo. 

Visibilidade

Na defesa do legado do avô, Leonel, além do documentário, quer dar mais visibilidade às histórias do político. “A gente está agora em um outro processo para tentar digitalizar todos eles e jogar na internet para as pessoas olharem e pesquisarem”. 

Leonel lembra não só do político, mas também do homem disciplinador que cobrava pontualidade, e que se divertia contando suas histórias nas festas de família. “Lembro dele me ensinando a fazer orçamento doméstico. E também plantando bananeira (ponta-cabeça no chão) em casa. Ele era um homem muito forte”, recorda o neto.

Fonte: EBC GERAL

Regionais : Justiça reafirma liberdade de imprensa e rejeita ação de presidente da ALE-RO contra jornalista, que divulgou verbas recebidas por deputado maiores que as de Lula
Enviado por alexandre em 21/06/2024 10:49:37

A decisão enfatizou que a liberdade de expressão e de imprensa é um pilar fundamental da democracia e que a tentativa de silenciar a imprensa foi rechaçada

Tudorondonia
Publicada em 19 de junho de 2024 às 16:51
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Justiça reafirma liberdade de imprensa e rejeita ação de presidente da ALE-RO contra jornalista,  que divulgou verbas recebidas por deputado maiores que as de Lula

Porto Velho, Rondônia – A Justiça de Rondônia reafirmou a liberdade de imprensa ao julgar improcedente a ação movida pelo presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Marcelo Cruz, contra o jornalista Carlos Caldeira. A decisão ocorreu nesta sexta-feira (15) nos autos n. 7033486-59.2023.8.22.0001.

Marcelo Cruz havia entrado com uma queixa-crime contra Caldeira, acusando-o de difamação por ter publicado, em 4 de abril de 2023, uma matéria no "Blog do Caldeira" que alegava que o presidente da ALE-RO recebeu R$ 83.943,07 em verbas públicas, incluindo diárias. Na mesma matéria, Caldeira comparou os valores recebidos por Marcelo Cruz aos recebidos pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que em fevereiro de 2023, recebeu R$ 39.293,32 brutos e R$ 28.721,04 líquidos, além de uma verba indenizatória de R$ 458,00.

Em sua decisão, o juiz Roberto Gil de Oliveira destacou a ausência de dolo específico por parte do jornalista, indicando que não houve intenção de macular a honra de Marcelo Cruz, mas sim o exercício do direito de crítica e informação. A decisão enfatizou que a liberdade de expressão e de imprensa é um pilar fundamental da democracia e que a tentativa de silenciar a imprensa foi rechaçada.

O magistrado ressaltou que a função pública envolve uma exposição maior à crítica e ao escrutínio da sociedade, argumentando que a crítica a figuras públicas é essencial em um Estado democrático de direito. A sentença citou precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que reforçam a importância da liberdade de expressão, mesmo quando envolve críticas contundentes a agentes públicos.

Com a rejeição da queixa-crime, a Justiça de Rondônia reafirmou a importância da liberdade de imprensa e da transparência nas ações de figuras públicas, garantindo que o jornalista Carlos Caldeira possa continuar seu trabalho informativo sem censura.

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