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Coluna Qualidade de Vida : Especialistas revelam segredo para queimar mais calorias na caminhada
Enviado por alexandre em 19/06/2024 11:29:23

Cientistas americanos descobriram que um método simples pode aumentar a perda de peso durante a caminhada. Confira!

Por ser um exercício que não exige tanto esforço físico quanto outras práticas, muitas pessoas não têm noção do impacto que a caminhada pode ter no condicionamento físico. De acordo com uma nova pesquisa, se os passos forem irregulares, eles podem ajudar ainda mais na perda de peso.

 

movimentos de 18 adultos saudáveis, descobriu que passos não uniformes podem queimar mais calorias por aumentarem o metabolismo. Os resultados da pesquisa mostraram que, para cada aumento de 1% na variabilidade dos passos, houve um aumento de 0,7% na energia utilizada.

 

“Acho que seria justo presumir que variações maiores e mais frequentes no comprimento da passada aumentariam sua taxa metabólica durante a caminhada”, disse o coautor do estudo Adam Grimmitt ao Daily Mail. Os participantes do estudo tinham 24 anos e pesavam cerca de 70 quilos. A análise foi feita enquanto os 18 adultos caminhavam regularmente durante 5 minutos em uma esteira e depois mais 5 minutos com passos irregulares.

 

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Os pesquisadores pediam aos participantes para darem passos entre 5% e 10% mais curtos ou mais longos do que o seu passo normal para medirem os níveis de dióxido de carbono.

 

De acordo com a equipe, um aumento de 2,7% na variabilidade do comprimento do passo pode aumentar o metabolismo em 1,7%.“A variabilidade do comprimento do passo desempenha um papel modesto, embora significativo, no custo metabólico da crminhada”, declararam os investigadores.

 

Foto colorida de duas mulheres em caminhada - Metrópoles

Foto: Reprodução

 

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Os estudiosos também acreditam que a descoberta pode ser ainda mais benéfica para os idosos. No entanto, apesar dos resultados promissores, são necessários mais estudos sobre a variabilidade dos passos durante a caminhada. 

 

Fonte: Saúde em Dia

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Amor e Sexo : CERCA DE METADE DAS PESSOAS REVELARIA UMA IST AO NOVO PARCEIRO SEXUAL
Enviado por alexandre em 19/06/2024 11:28:28

Medo, falta de informação e ansiedade motivam as pessoas a esconderem que têm infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

Um estudo publicado em junho, no Journal of Sex Research, revelou que apenas cerca de metade das pessoas que possuem infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) contariam a um novo parceiro sobre sua condição antes do sexo. Um dos motivos é o medo, segundo os resultados compilados de 32 pesquisas anteriores.

 

O estudo, realizado pela Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, apontou outras razões, que incluem acreditar que o uso do preservativo proporciona proteção suficiente, a falta de obrigação que acompanha um caso de uma noite e a ansiedade por perder o relacionamento.

 

“Os indivíduos diagnosticados com IST podem estar em posições vulneráveis ??e enfrentar decisões difíceis, cujos resultados podem ser prejudiciais para a sua identidade e relacionamentos. O processo de divulgação é complexo”, afirmou Kayley McMahan, uma das autoras do estudo, ao portal Health Day.

 

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A “ignorância” relacionada à saúde sexual também contribui para as pessoas não revelarem o quadro, afirmaram os investigadores. Isso inclui, por exemplo, a crença de que quando a herpes está em remissão não pode ser transmitida ao parceiro, o que é mentira.

 

E AQUELAS PESSOAS QUE FALAM SOBRE O ASSUNTO?

 

Uma informação relevante colhida pelos pesquisadores é que as pessoas que revelaram ter IST ao parceiro fizeram isso por amor. Sentir-se uma obrigação moral ou ter uma relação forte e próxima também foram listados.

 

“Um dos principais fatores que determina se um indivíduo irá divulgar é o destinatário pretendido. A forma como o receptor reagirá e responderá, e o relacionamento com o receptor, podem ser influências críticas para o revelador”, disseram os pesquisadores, em um comunicado à imprensa.

 

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A equipe acredita que uma educação sexual abrangente pode ajudar as pessoas a tomarem decisões mais inteligentes que protejam a saúde dos parceiros sexuais. “A falta de conhecimento sobre saúde sexual indica que muitos indivíduos não estão recebendo educação abrangente e suficiente sobre essa temática.”

 

Fonte: Metrópoles

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Ciência & Tecnologia : Golfinhos surpreendem ao cuidar de filhote raro e estranho no Camboja
Enviado por alexandre em 19/06/2024 11:27:52

No Camboja, um raro e ameaçado filhote de golfinho-do-irrawaddy (Orcaella brevirostris) foi avistado nadando com golfinhos de uma espécie completamente diferente, deixando os cientistas intrigados. Esse encontro inusitado aconteceu na costa de Preaek Tnaot, onde pesquisadores da Conservação Marinha do Camboja (MCC, na sigla em inglês) estavam conduzindo suas pesquisas.

 

O filhote de golfinho, que exibe um cinza-escuro característico e um rosto achatado, se destacou em meio aos rosados golfinhos-corcundas-indopacíficos, que possuem narizes longos. A interação entre essas duas espécies é rara e geralmente ocorre apenas quando estão se alimentando na mesma área.

 

A descoberta foi anunciada pela equipe do MCC em uma postagem via rede social, onde destacaram a estranheza da situação. Becky Chambers, cientista-chefe do Projeto Cambojano de Conservação de Mamíferos Marinhos do MCC, disse que a equipe ficou perplexa com o fato.

 

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Embora a presença do filhote fosse motivo de celebração, a razão por trás dessa interação permanecia um mistério. Tanto os golfinhos-do-irrawaddy quanto os golfinhos-corcundas-indopacíficos são espécies altamente ameaçadas, e esse tipo de interação não poderia ser imediatamente classificado como positivo ou negativo.

 

RISCO DE EXTINÇÃO

 

Golfinhos de espécies diferentes foram flagrados no Camboja. (Fonte: Becky Chambers, MCC/ Divulgação)

 

Os golfinhos-do-irrawaddy, conhecidos por seu comportamento curioso de cuspir água e ajudar pescadores, estão enfrentando sério risco de extinção. Eles frequentemente ficam presos em redes de pesca, e sua população está gravemente fragmentada.

 

Embora não haja uma contagem exata de quantos ainda restam na natureza, a situação é alarmante, conforme a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza.

 

O avistamento inicial do filhote ocorreu em 12 de março, quando Chambers e sua equipe estavam realizando pesquisas no sul do Camboja. A presença de um recém-nascido foi um evento significativo, pois indica a possibilidade de reprodução dentro da espécie, um sinal positivo em meio a tantas notícias preocupantes.

 

Apesar de ser conhecido que os golfinhos-do-irrawaddy podem hibridizar com os golfinhos-corcundas-indopacíficos, o filhote avistado tinha todas as características de um golfinho-do-irrawaddy puro, sugerindo que ele nasceu de dois pais da mesma espécie.

 

ALOPARENTALIDADE

 

Os golfinhos-do-irrawaddy são bem espertos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)

Fotos:Reprodução

 

A aloparentalidade, que é o cuidado de filhotes que não são descendentes diretos, é uma prática documentada em ambas as espécies de golfinhos. Em casos raros, esse comportamento pode se estender a outras espécies.

 

No entanto, os cientistas ainda não sabem se os golfinhos-corcundas-indopacíficos estavam tentando ajudar ou prejudicar o filhote do irrawaddy. Existe também a possibilidade de que a interação fosse um ato de agressão, possivelmente motivado por competição por recursos.

 

Em 23 de abril, a equipe de Chambers avistou novamente um golfinho-corcunda-indopacífico nadando até um grupo de golfinhos-do-irrawaddy, entre os quais estava um filhote. Apesar da falta de uma câmera adequada para captar imagens e confirmar a identidade do filhote, o cientista acredita que era o mesmo indivíduo avistado anteriormente, o que é um bom sinal de sobrevivência.

 

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A relação incomum entre esses golfinhos continua a intrigar os pesquisadores, que planejam monitorar a área para entender melhor seu comportamento. Ambas as espécies vivem em pequenos grupos costeiros e têm dietas variadas. Esse raro encontro ressalta a complexidade dos ecossistemas marinhos e a necessidade de conservação. 

 

Fonte:Mega Curioso

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Brasil : 'Nada mais pode retardar', diz Lula sobre o freio ao desmatamento na Amazônia
Enviado por alexandre em 19/06/2024 11:25:52

Presidente participou da assinatura de contrato que destina R$ 318,5 milhões para fortalecimento do Plano Amazônia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira, 17/6, da assinatura de contrato que destina R$ 318,5 milhões do Fundo Amazônia para o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas). “Nunca antes na história do Brasil se pensou em dar um passo tão extraordinário para tentar cuidar da Amazônia como esse que está sendo dado agora”, destacou Lula durante a cerimônia.

 

A celebração do acordo entre o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou ainda com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

 

Para Mercadante, a proteção da Amazônia é urgente. “Se nós não tivermos ênfase na prevenção, na sustentabilidade, na mitigação, na adaptação, nós vamos cada vez assistir no planeta tragédias recorrentes e intensas como essa que nós temos assistido [no Rio Grande do Sul]”, pontuou.

 

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 O Amas é uma das principais estratégias de implementação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e foi instituído com o objetivo fortalecer presença do Estado na Região Amazônica e intensificar o combate a crimes ambientais e conexos.

 

A estratégia atua na promoção da preservação com ações de segurança pública que observam as necessidades e especificidades dos nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins. “[Esse acordo] representa o firme compromisso do Governo Federal em fortalecer a segurança e a soberania de uma das regiões mais vitais de nosso País”, reforçou o ministro Lewandowski.

 

Com previsão de investimento total de R$ 1,2 bilhão, a parceria entre Ministério da Justiça e BNDES para enfrentar o desmatamento ilegal na Amazônia é o primeiro projeto custeado pelo Fundo Amazônia com objetivo de desmantelar a nova dinâmica de crimes ambientais na região.

 

Em sua fala, a ministra Marina Silva destacou a importância do trabalho integrado do governo para que este objetivo seja alcançado. “Que possamos trabalhar de forma integrada e transversal utilizando os equipamentos, a inteligência e a capacidade de investigação da Polícia Federal para que cada vez mais possamos deixar bem claro que não há nenhum tipo de conivência com o crime e com a impunidade”, afirmou.

 

Foto: Reprodução

 


Nesse sentido, sob a coordenação do ministro Ricardo Lewandowski, o comitê gestor do Amas é composto por representantes do próprio Ministério da Justiça e seus órgãos vinculados, como a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, além dos Ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, da Defesa e dos Povos Indígenas, e ainda dos nove estados que compõem a Amazônia Legal. 

 

Fonte: Agência Basil

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Brasil : Desafios para bioeconomia inclusiva na Amazônia são elencados em livro
Enviado por alexandre em 19/06/2024 11:23:51

Há consenso entre especialistas: a bioeconomia é chave para o desenvolvimento da Amazônia. Mas, numa região tão vasta quanto complexa, pontilhada por desafios que inibem o desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas, a conservação da biodiversidade, o bem-estar, o emprego e a renda das comunidades, cabe indagar: Bioeconomia para quem?

A pergunta dá título ao livro e tem respostas em 12 robustos artigos assinados por 32 autores de instituições acadêmicas e de pesquisa das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país. A obra será lançada nesta quarta-feira (19/06), no Auditório Capacit da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém.

“Uma bioeconomia bem gerida, sendo essencial para empresas sustentáveis, também deve atender às demandas de extrativistas vegetais, pescadores e povos da floresta”, sublinham na ‘Introdução’ os organizadores do livro, Adalberto Luis Val, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e Jacques Marcovitch, ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP).

Essa perspectiva pontua cada uma das cinco partes em que se organiza o livro, oferecendo pautas novas para a discussão e recomendações sobre temas relacionados às cadeias produtivas e seu comércio, à organização social, tecnologias, restauração florestal e às dimensões da violência e da ilicitude na região.

    “O livro não é fim, mas um meio para abrir diálogo sobre caminhos possíveis para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, explica Marcovitch.

Resultado de três anos de trabalho, cada capítulo, ele sublinha, é resultado de uma “expedição”, trazendo ao final um quadro em que estão listadas prioridades, ações e métricas.

As pesquisas sobre as cadeias produtivas e a bioeconomia inclusiva, sintetizadas em Bioeconomia para quem? Base para um Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, foram desenvolvidas no âmbito de dois projetos de pesquisas apoiados pela FAPESP, ambos coordenados por Marcovitch. O estudo também conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Um livro com esses conteúdos é muito bem-vindo no âmbito do Programa Amazônia+10”, escrevem na ‘Apresentação’ Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP, e Márcia Perales Mendes da Silva, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), duas das instituições que integram a iniciativa liderada pelo Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap).
Cadeias produtivas sustentáveis

O primeiro artigo traz uma análise da cadeia de valor do açaí, atividade que envolve famílias extrativistas, cooperativas, indústria e agroindústria na produção de mais de 1,6 milhão de toneladas do fruto e que movimenta quase R$ 3 milhões anualmente.

Trata-se de uma atividade típica da economia extrativista da Amazônia, descrevem Flora Bittencourt, Manoel Potiguar e Thiara Fernandes, do Instituto Peabiru: “Alto grau de dependência do trabalho familiar, informalidade nas relações de trabalho e nas transações comerciais, produção artesanal, pouco uso de tecnologia, falta de padronização de processos e medidas, alto nível de incertezas, inexistência de suporte de crédito e assistência técnica sistemáticos, baixa densidade de instituições representativas e/ou interlocutoras do setor e vulnerabilidades legais e normativas, especialmente relacionadas a crianças e adolescentes e à segurança do trabalho”. Eles sugerem uma lista de ações prioritárias, que vai do desenvolvimento de tecnologias para colheita até o aumento de oferta de crédito, passando por política de repartição de benefícios justa e equitativa.

Outro fruto do extrativismo é o cacau, tratado no segundo capítulo como uma das prioridades da bieconomia da Amazônia tanto no que se refere à cadeia de commodities – que atende a demandas das empresas de processamento e representa 95% do mercado global – como a de produto de qualidade, exigido por fabricantes de chocolates especiais. A Amazônia responde por mais da metade das 269 mil toneladas da produção brasileira, com o cultivo, a colheita, a fermentação e a secagem do cacau, atividades que retêm algo entre 4% e 6% do valor global da cadeia produtiva. Num mercado regido pelo preço e contratos futuros, a apropriação de valor por parte dos produtores é reduzida, segundo Lucas Xavier Trindade, da Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia, e Fernando Antonio Teixeira Mendes, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). “É a governança que permite que o preço seja efetivamente apropriado pelos produtores”, afirmam.

No terceiro capítulo, os autores apontam a pesca ilegal, prática comum na Amazônia, como um dos principais entraves para a cadeia de manejo do pirarucu. “A fiscalização é praticamente inexistente, em grande parte devido à falta de recursos humanos e financeiros do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] para abranger uma região tão vasta e complexa como a Bacia Amazônica”, escrevem Maria Sylvia Macchione Saes, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Elis Regina Monte Feitosa (FEA-USP), Alexsandra Bezerra da Rocha, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Paraíba, e James Douglas Oliveira Bessa, do Núcleo de Biodiversidade e Florestas no Amazonas. São os ribeirinhos das áreas de manejo que arcam com os custos de um sistema de vigilância dispendioso e perigoso. Os autores recomendam uma série de medidas, entre elas a criação de um certificado de procedência e multas, monitoramento dos lagos por satélite, drones e por equipes de agentes ambientais voluntários recrutados na comunidade.

A primeira parte do livro termina com um capítulo sobre a meliponicultura – a criação de abelhas sem ferrão –, prática sustentável que promove a conservação da biodiversidade, a polinização de cultivos e a geração de renda para as comunidades locais. “É imperativo desenvolver melhorias nas técnicas de manejo e produção, visando não apenas aumentar a produtividade, mas também assegurar a qualidade do mel disponibilizado no mercado”, escrevem Vera Imperatriz-Fonseca, do Instituto de Biociências da USP, Camila Maia-Silva, bolsista do CNPq, Ana Carolina Mendes dos Santos, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), além de Hermógenes Sá de Oliveira e João Meirelles Filho, ambos do Instituto Peabiru, que assinam o artigo.
Cidadania, conhecimento e tecnologia

A segunda parte do livro reúne dois artigos que tratam do fortalecimento da “cidadania amazônica” e das organizações sociais no contexto da bioeconomia “autêntica” e sustentável. No primeiro, os autores destacam quatro pilares para uma bioeconomia propulsora do desenvolvimento: desmatamento zero, inclusão e participação dos povos originários e seus saberes, diversificação dos modos de produção e divisão equitativa dos benefícios oriundos da sociobiodiversidade.

    “Mas, para que isso aconteça, será preciso implementar um sistema de governança biorregional e de ‘diplomacia ambiental’ para promover uma melhor gestão dos recursos naturais e fortalecer os direitos humanos e territoriais, enquanto se promove o reconhecimento de diferentes identidades, direitos e sistemas de conhecimento”, escrevem Olivia Zerbini, Patrícia Pinho, Ariane Rodrigues e Paulo Moutinho, todos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

No segundo artigo, José Augusto Lacerda Fernandes, da UFPA, e Heloise Berkowitz, pesquisadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), da França, tratam das metaorganizações como estratégia para alcançar todo o potencial transformador da bioeconomia.

“É preciso contar com um ecossistema propício ao seu desenvolvimento e com o engajamento de diversas partes interessadas no estabelecimento de uma bioeconomia inclusiva na região”. Isso requer novos mecanismos de governança, principalmente no que diz respeito à articulação com as populações tradicionais envolvidas nesse processo (indígenas, quilombolas, moradores locais, pescadores e extrativistas etc.), demandando formas de organização calcadas na colaboração.
Informação e novas tecnologias

A parte três do livro destaca o potencial de exploração dos produtos florestais não madeireiros (PFNMs) e do bioma da Amazônia por meio de novas tecnologias. No caso dos PFNMs, destacam-se o açaí, o cacau, a castanha-do-brasil, babaçu, mel e pirarucu, entre outros. No entanto, muitos PFNMs estão associados a níveis baixos de produtividade e renda. “Fatores como a geografia econômica, nível de maturidade dos sistemas de produção e de mercado e características biológicas dos produtos podem interferir nos resultados de sustentabilidade econômica e ambiental. Esses fatores precisam ser levados em consideração para desenhar intervenções que criem as condições mais adequadas para um desenvolvimento local e inclusivo”, afirmam no primeiro artigo Tomas Rosenfeld e Peter Ponschen, da Universidade de Freiburg, na Alemanha.

No segundo artigo, Adalberto Val e Isabela Litaiff, da Universidade Nilton Lins, no Amazonas, lembram que há um “eldorado inteiro” a ser desvendado na biodiversidade da floresta, desde que se associe o conhecimento dos povos tradicionais às ferramentas hoje disponíveis, como, por exemplo, a genômica, a transcriptômica e a proteômica. Mas isso exige “estudos contínuos, envolvendo experimentos diversos, testando novos produtos e processos e aperfeiçoando os já conhecidos. Requer uma profunda interação dos conhecimentos produzidos pelos povos originários da floresta com os conhecimentos modernos produzidos nas bancadas dos laboratórios. A bioeconomia existirá na medida direta do aprofundamento dos conhecimentos sobre um mundo desconhecido, um admirável mundo em ser”.

Mas isso não basta. “Para poder capturar esse potencial, é necessária uma visão alternativa e complementar à bioeconomia da sociobiodiversidade – a bioeconomia computacional”, sublinham Juan Carlos Castilia-Rubino, cofundador do Earth Biogenome Project, e Luciana Russo Correa Castilla, da FEA-USP, no terceiro artigo. Essa tecnologia integra múltiplas disciplinas da ciência e engenharia, como sequenciamento genético, inteligência artificial aplicada à biologia, edição genética, biologia sintética e automação do processo de desenvolvimento de bioprodutos com robótica laboratorial, eles explicam. “Seu foco é decifrar o mundo dos dados biológicos para a produção de bioprodutos avançados de qualidade única, apoiando-se mais na biologia in silico do que na biologia in vitro.”
A domesticação da floresta

A restauração florestal e as práticas agrícolas são o tema da quarta parte do livro. No primeiro capítulo, os autores analisam a distribuição do desmatamento na região, levando em conta a diversidade de atores envolvidos e a necessidade de desenvolver estratégias de restauração florestal diferenciadas, e descrevem também as estratégias mais promissoras para a restauração em larga escala da Amazônia, considerando o potencial de geração de renda, os benefícios socioambientais e a escalabilidade dos modelos de restauração.

    “Torna-se primordial reconfigurar a perspectiva da restauração, passando de uma abordagem percebida como punitiva para uma que a reconheça como uma alternativa viável e sustentável tanto economicamente quanto na perspectiva de benefícios ecológicos e climáticos”, afirmam Nathalia Nascimento e Pedro Henrique Santin Brancalion, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP.

O segundo capítulo trata das práticas agrícolas dos povos indígenas. Os autores lembram que, no século 16, a paisagem da Amazônia era “domesticada” e que “os diferentes povos amazônicos do passado e do presente parecem partilhar um modo comum de se relacionar com o que chamamos de natureza”, escrevem Camila Loureiro Dias e Joana Cabral de Oliveira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de Vera Lúcia Aguiar Moura, do povo Tukano da Terra Indígena Alto Rio Negro, no Amazonas. Para eles, foi exatamente esse modo de relação que permitiu a conservação e o incremento da biodiversidade amazônica. “Em outras palavras, se há biodiversidade, ela foi e continua a ser, em grande medida, ativamente construída pelos povos indígenas por meio da relação que estabelecem com os outros seres que compõem e habitam a floresta. Uma relação que envolve respeito, que não implica em domínio e que valoriza a diversidade.” Para os autores, no que se refere à promoção da biodiversidade, temos muito a aprender com as práticas agrícolas dos povos indígenas.
Violência e ilicitude

Marcovitch e Adalberto Val assinam o último artigo do livro, sobre um tema tão sensível quanto urgente. “Já não se trata de conflitos pontuais como aqueles que perduram há décadas, e sem solução, mas de uma verdadeira ocupação de territórios locais por 22 grupos criminosos e/ou facções, que atuam em 178 municípios da região. Nos demais países amazônicos, os desafios se assemelham. Há, portanto, um cenário de dimensões continentais que precisa ser enfrentado”, ressaltam. Lembram ainda que, diariamente, “milhões de habitantes ribeirinhos da Amazônia, um dos maiores ativos ambientais do planeta, se nutrem de alimentos contaminados” e sublinham a urgência da descontaminação em escala de todos os rios que apresentem indícios de mercúrio.

“Uma concertação entre governo e sociedade civil, dedicada ao bem-estar humano e à conservação da natureza no bioma Amazônia, deve levar ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria Geral da República, para inspirar decisões de ministros e procuradores, recomendações formuladas pelo FBSP [Fórum Brasileiro de Segurança Pública] e estudos focados no envenenamento dos rios amazônicos. Cabe valer-se dos mecanismos previstos em organizações regionais. Tanto organizações governamentais, como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca), quanto não governamentais, como a Rede Interamericana de Academias de Ciências (Ianas) e a InterAcademy Partnership (IAP), para participar desse esforço e expandir seu escopo.”

O livro Bioeconomia para quem? Base para um Desenvolvimento Sustentável na Amazônia foi publicado pela Com Arte, editora-laboratório do Curso de Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, e teve apoio da USP, do Inpa, da UFPA e do Instituto Peabiru. A íntegra do livro está disponível aqui.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Agência Fapesp, escrito por Claudia Izique ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/economia/bioeconomia-inclusiva-desafios/

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