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Regionais : PF prende dois e cumpre mandados de busca em operação contra o tráfico em Rondônia
Enviado por alexandre em 18/06/2024 23:40:58

Um dos envolvidos se apresentou com nome falso ao caseiro e aos sitiantes. No entanto, com técnicas policiais, foi possível constatar sua verdadeira identificação. Esta pessoa é apontada como o suposto arrendatário da propriedade rural.

Na manhã desta terça-feira (18), a Polícia Federal deflagrou a Operação Vigilantia, com o objetivo de combater o tráfico de drogas. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão, em Ji-Paraná. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Pimenta Bueno.

A investigação teve início em fevereiro de 2023, na cidade de Ji-Paraná, quando a Polícia Militar de Rondônia apreendeu um volume de entorpecentes, que estava sob a guarda de um caseiro em uma propriedade rural localizada em Pimenta Bueno. O homem foi preso em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

Após a apreensão do entorpecente, a Polícia Federal aprofundou as investigações e identificou outras pessoas com ligação direta ao crime. Um dos envolvidos se apresentou com nome falso ao caseiro e aos sitiantes. No entanto, com técnicas policiais, foi possível constatar sua verdadeira identificação. Esta pessoa é apontada como o suposto arrendatário da propriedade rural.

Um segundo homem era responsável por manter contato direto com o caseiro. Ele é suspeito de coordenar a logística e utilizava contas bancárias de duas pessoas de seu círculo de relacionamento para ocultar sua identidade.

Durante a investigação, verificou-se, também, movimentações financeiras suspeitas e a prática da realização de diversos depósitos de valores significativos. Essa quantia foi transacionada em datas anteriores ao flagrante.

Diante dos fatos, os indivíduos poderão responder por tráfico de drogas, em razão do armazenamento de entorpecente, sem prejuízo de outros delitos que podem ser identificados a partir do cumprimento das medidas cautelares.

Regionais : Ipea estima 24 mil homicídios não registrados no país de 2019 a 2022
Enviado por alexandre em 18/06/2024 17:18:32



O Brasil pode ter deixado de registrar 24,1 mil homicídios de 2019 a 2022, segundo estimativa do Atlas da Violência 2024, divulgado nesta terça-feira (18), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Isso representa 11,3% do total de homicídios estimados no país no período.

Calcula-se que, no período, ocorreram 213,7 mil assassinatos, mas apenas 189,6 mil foram registrados. Só no ano de 2022, segundo o Ipea, estima-se que 5.982 assassinatos não foram contabilizados, ou seja, 11,4% do total estimado (52.391).

A estimativa de homicídios é feita com base em um modelo dos pesquisadores do Ipea Daniel Cerqueira e Gabriel Lins, que usa padrões probabilísticos de características dos eventos analisados.

“No Brasil, quando uma pessoa morre de morte violenta, o médico legista tem que expedir a declaração de óbito. Ao fazer o laudo cadavérico, o legista muitas vezes não consegue aferir qual foi a motivação que gerou o primeiro fato mórbido. Muitas vezes ele pode até ver uma pessoa com perfuração por arma de fogo, mas não sabe dizer se aquilo foi resultado de um suicídio, acidente ou homicídio. Aquela declaração de óbito com esse campo em branco segue para a Secretaria de Saúde”, explica o pesquisador Daniel Cerqueira.

Segundo ele, as secretarias de Saúde poderão buscar informações na polícia, mas quando nem os investigadores sabem ou quando não há compartilhamento de informação entre autoridades policiais e sanitárias, cresce o número de mortes violentas por causa indeterminada (ou seja, quando os registros não informam se é assassinato, suicídio ou acidente).

Homicídios ocultos

Os pesquisadores analisaram 131.562 casos de mortes violentas por causa indeterminada entre 2012 e 2022 e constataram que, destas ocorrências, 51.726 são “homicídios ocultos”, ou seja, são provavelmente assassinatos, mas como não são registrados como tal, não entram nas estatísticas.

Os homicídios ocultos são um fenômeno percebido há alguns anos, mas que, recentemente, tiveram um aumento. No período de 2016 a 2018, os assassinatos não registrados (12,8 mil) representavam 6,5% dos casos estimados para o período (198,9 mil). De 2012 a 2015, teria havido 14,8 mil homicídios ocultos, ou seja, 5,9% do total estimado (248,8 mil).

Taxa de homicídios

De acordo com o Atlas da Violência 2024, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes registrada no país em 2022 foi 21,7, mas se considerar também os assassinatos ocultos, ela sobe para 24,5, uma diferença de 2,8 pontos. Em 2017, a diferença era de 1,8 ponto (31,8 de registros ante 33,6 de estimados).

Se considerarmos apenas a taxa de homicídios registrados, a queda entre 2012 e 2022 chegou a 24,9% e, entre 2021 e 2022, alcançou 3,6%. Se formos considerar a taxa dos assassinatos estimados, no entanto, as quedas são bem menores: -20,5% e -1,6%, respectivamente.

Segundo Cerqueira, essa discrepância entre os registros e o número estimado pode ser creditada a problemas na análise dos dados pelas autoridades estaduais e pelo Ministério da Saúde, que deveria avaliar a qualidade dessas informações e solicitar uma reanálise para as secretarias estaduais de Saúde no caso de mortes violentas indeterminadas.

“Nos últimos anos, houve um verdadeiro desmanche no Ministério da Saúde, sobretudo a partir de 2019, quando vários bons técnicos saíram do Ministério da Saúde. E me parece que, em alguns estados, já havia uma baixa qualidade nos dados e que era necessário sempre o Ministério da Saúde correr atrás de melhorar a informação”, explica Cerqueira. “Como não houve um trabalho profícuo do Ministério da Saúde nesse período, os dados terminaram piorando”, acrescentou.

Recortes

Além do aumento dos homicídios ocultos, o Atlas da Violência 2024 também traz dados importantes como os anos de vida perdidos, conceito estabelecido em 1978, que busca estimar o total de anos perdidos por mortes prematuras em decorrência da violência.

Por exemplo, partindo do pressuposto que um jovem poderia viver até os 70 anos, se ele morre aos 15, estaria perdendo 55 anos de vida. De acordo com o Ipea, considerando os 321,5 mil homicídios de jovens brasileiros ocorridos entre 2012 e 2022, houve uma perda de 15,2 milhões de anos potenciais de vida no país.

Apesar disso, considerando-se os homens jovens de 15 a 29 anos, as principais vítimas dos assassinatos no país, a taxa de homicídio registrados por 100 mil habitantes vem apresentando uma trajetória de queda. Em 2022, a taxa caiu 4,9% em relação a 2021, 33,5% na comparação com 2017 e 20,9% ante 2012.

A taxa de homicídios de mulheres (3,5 por 100 mil) também apresentou quedas ante 2017 e 2022 (de 25,5%), mas manteve-se estável em relação a 2021. Em relação à cor/raça, a taxa de homicídios de negros no país (29,7) é quase três vezes maior que a de não negros (10,8).

Por outro lado, a taxa de homicídios de negros também recuou em 2022: -4,2% ante 2021, -31,1% em relação a 2017 e -19,7% na comparação com 2012.

A taxa de homicídios de indígenas apresentou altas nos anos de 2020 e 2021, depois de cinco anos de quedas, mas voltou a recuar em 2022, chegando a 21,5 por 100 mil habitantes, ficando abaixo da média nacional (21,7). De 2021, quando a taxa foi 29,7 por 100 mil, para 2022, a queda foi 27,6%.

O Atlas também traz dados sobre o aumento da violência, em geral, contra a população LGBT. Houve aumentos de 39,4% nos registros de violência contra homossexuais e bissexuais e de 34,4% contra travestis e transexuais, em 2022, na comparação com o ano anterior.

Já a análise nos casos de violência cometida contra pessoas com deficiência mostra que 56,9% dos casos ocorre dentro de casa. As ocorrências de violência comunitária são 23,8% dos casos e de violência institucional (cometida em um emprego ou por agente do Estado), 3,1%. Em 16,2% dos casos, o contexto é misto.

 A violência física responde por 52,5% das situações em que a vítima é uma pessoa com deficiência, seguida por violência psicológica (30,4%), sexual (22,9%), negligência/abandono (22,5%) e outros (6,7%).

Fonte: EBC GERAL


Política : FPM: municípios partilham R$ 3,4 bilhões da 2ª parcela de junho
Enviado por alexandre em 18/06/2024 17:13:24

Valor representa aumento de 11,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Veja quanto sua cidade vai receber

As prefeituras de todo o país partilham quase R$ 3,4 bilhões referentes à segunda parcela de junho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), nesta quinta-feira (20). O valor representa um aumento real — já descontada a inflação — de 11,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os cofres municipais receberam cerca de R$ 2,9 bilhões.

Trata-se da terceira alta consecutiva do FPM, que também cresceu no último repasse de maio e no primeiro de junho. Considerando apenas as transferências deste mês em comparação ao mesmo mês de 2023, o FPM acumula R$ 2 bilhões a mais, alta real superior a 20%.

Especialista em orçamento público, Cesar Lima diz que, embora o cenário atual seja positivo, os gestores devem se atentar para os rumos da economia nos próximos meses, o que pode impactar os repasses do FPM.

“Temos mais um bom resultado do FPM em relação ao ano passado e estamos retomando o crescimento. Temos visto notícias de recorde de arrecadação seguidos, mas há um horizonte preocupante por conta do aumento do IPCA, que pode frear essa caminhada de baixa nos juros, diminuir consumo, afetar um pouco lá na frente a arrecadação e, por fim, o repasse dos municípios.

Dependência

Tendo menos de 25 mil habitantes, o município amazonense de Rio Preto da Eva (AM) estimulou o setor de turismo local como uma forma de diversificar as fontes próprias de arrecadação e depender menos do FPM, aponta o prefeito Anderson Sousa. “Fizemos algumas pousadas de pesca esportiva, de caminhada na selva, de aventuras, temos várias empresas prestadoras de serviço e isso gera receita”, diz

Nesta quinta, Rio Preto da Eva recebe cerca de R$ 750 mil do FPM e, apesar de ser apenas um complemento para os cofres municipais, o repasse não deixa de ser importante para o equilíbrio das contas locais. “O FPM é uma receita significativa para o nosso município, onde nós temos a oportunidade de planejar a nossa folha”, destaca.

Municípios bloqueados

Até o último domingo (16), 37 municípios estavam impedidos de receber o FPM, de acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) destaca que entre os principais motivos por trás do bloqueio do repasse do FPM estão dividas da prefeitura com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), falta de recolhimento para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, o Pasep,  débitos ativos com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN); e a não prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops).

Verifique se a sua cidade está na lista.

  1. Angicos (RN)
  2. Avaré (SP)
  3. Anísio de Abreu (PI)
  4. Cândido Sales (BA)
  5. Canguaretama (RN)
  6. Campo Maior (PI)
  7. Capela (SE)
  8. Carapebus (RJ)
  9. Careiro (AM)
  10. Carmópolis (SE)
  11. Caroebe (RR)
  12. Cocalzinho de Goiás (GO)
  13. Corumbaíba (GO)
  14. Crateús (CE)
  15. Fortaleza do Tabocão (TO)
  16. Iaciara (GO)
  17. Indianópolis (MG)
  18. Ipiranga de Goiás (GO)
  19. Itamaraju (BA)
  20. Japaratuba (SE)
  21. Madeiro (PI)
  22. Mata Verde (MG)
  23. Moreira Sales (PR)
  24. Mucurici (ES)
  25. Natal (RN)
  26. Paranã (TO)
  27. Pedro Gomes (MS)
  28. Piripiri (PI)
  29. Quipapá (PE)
  30. Saloá (PE)
  31. São João da Baliza (RR)
  32. Santana de São Francisco (SE)
  33. Santa Teresa do Tocantins (TO)
  34. São Sebastião (AL)
  35. Saquarema (RJ)
  36. Umbaúba (SE)
  37. Vila Bela da Santíssima Trindade (MT)

O gestor público que quiser desbloquear os recursos deve identificar o motivo e o órgão responsável pelo congelamento. Daí em diante deve buscar regularizar a situação. A prefeitura não perde o dinheiro de forma definitiva. Ele apenas fica bloqueado enquanto houver pendências.

FPM: maio termina com saldo positivo para as prefeituras

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Coluna Você Sabia? : Entenda o 'tolyamor', tipo de relação baseada em 'tolerar a traição'
Enviado por alexandre em 18/06/2024 17:04:27

O tolyamor é resumido em um relacionamento que um ou ambos os parceiros toleram o contato sexual ou romântico externo do outro

Amizade colorida, monogamia e relação sugar são alguns dos tipos de relacionamentos mais conhecidos. No entanto, existem outros menos comentados, como o “tolyamor”, um termo cunhado pelo colunista e podcaster de sexo Dan Savage que combina as palavras “tolerar” e “poliamor”.

 

Segundo o norte-americano, o “tolyamor” refere-se a uma dinâmica de relacionamento em que um ou ambos os parceiros toleram o contato sexual ou romântico com pessoas de fora da relação. Ao contrário do poliamor, não é algo que o casal tenha discutido e concordado explicitamente.

 

“[É] alguém disposto a fechar os olhos para uma lap dance ou um breve caso após anos de casamento. Eles são capazes de se concentrar nas maneiras pelas quais seu cônjuge demonstra seu comprometimento e amor. E todas essas maneiras compensam ou tornam tolerável a trapaça”, disse em seu podcast Savage Lovecast.

 

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A pesquisadora de relacionamentos e coach Marie Thouin resumiu o “tolyamor” como um estilo de relação em que o casal monogâmico faz vista grossa ao sexo que seu parceiro está fazendo – ou teve – com outra pessoa. O objetivo é preservar o relacionamento.

 

Embora não tenha dados sólidos sobre a prevalência de relacionamentos tolyamorosos, Thouin contou ao site HuffPost que eles são comuns. “Pense em casais como Hillary e Bill Clinton, em que a infidelidade foi exposta, mas eles permaneceram juntos como um casal monogâmico, em vez de se separarem ou se tornarem ‘plenamente poli’”.

 

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FATORES QUE INFLUENCIAM O TOLYAMOR


Existem diversos motivos pelos quais as pessoas podem se encontrar em uma dinâmica “tolyamorosa” – mesmo que essa não seja sua estrutura de relacionamento preferida. Um deles é a cultura de achar que a monogamia ao longo da vida não funciona e o sexo extraconjugal provavelmente ocorrerá.

 

“Além disso, sociedades em que a igualdade de gênero é menos avançada tendem a ter padrões duplos no que diz respeito a estas expectativas: espera-se que as mulheres tolerem a infidelidade dos seus maridos, embora permaneçam monogâmicas”, acrescentou a coach.

 

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Fotos: Reprodução

 

O status socioeconômico também desempenha um papel importante no “tolyamor”. Se uma mulher for dependente do seu parceiro masculino, “ela terá maior probabilidade de ‘tolerar’ a infidelidade unilateral, porque a alternativa – sair e ficar solteira – é pior”, afirmou Thouin.

 

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A existência do “tolyamor” mostra como muitas pessoas não estão dispostas a se comunicar abertamente e como o medo de se expressar parceiro faz parte da relação. Terminar um relacionamento costuma ser bastante complicado, por isso alguns casais praticam esse “novo formato”, em vez de se separar.

 

Fonte: Metrópoles

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Ciência & Tecnologia : Ucrânia ganha reforço de impressoras 3D na produção de materiais de guerra; entenda
Enviado por alexandre em 18/06/2024 17:03:26

Voluntários franceses fabricam materiais militares para o país em guerra e aceitam risco da prática ilegal, que pode ser de cinco anos prisão e multa de R$ 436 mil

Periscópios, projéteis de granadas, peças para drones: desde a invasão russa, em 2022, um grupo de voluntários franceses fabrica material militar impresso em 3D para enviar aos soldados ucranianos à margem dos canais oficiais de ajuda:

 

— Nossos governos não estão realmente fazendo o trabalho, e eu tenho a possibilidade de fazer uma pequena parte, então eu faço — diz um voluntário. Quando Vincent (nome fictício) chega até as paredes brancas de uma empresa parisiense, na qual costuma negociar, a transação é rápida. Pesa a caixa de 6kg, paga e ninguém pergunta sobre o conteúdo.

 

— Quando chego eu falo que é plástico — disse à AFP.Na verdade, o pacote tinha 180 aletas de plástico, similares às dos foguetes. Em garrafas carregadas de explosivos, elas podem ser lançadas na frente russa a até 2 mil km de distância. A fabricação e a venda de armas é ilegal no país, punível com cinco anos de prisão e uma multa de 75 mil euros (R$ 436 mil), mesmo para peças de armas, esclarece o escritório de advocacia Doumic.

 

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Exceto pelo preço da impressora, o processo de produção é barato. A 10 euros (R$ 58 reais) o quilo do plástico, o último envio de Vincent custou a ele 70 euros (R$ 406 reais), incluindo as despesas com transporte. Nos últimos dois anos, a Exército Druk entregou quase 151 toneladas de equipamento, com impressoras "aos principais países ocidentais", segundo Chernobaev.

 

Inicialmente voltado para ucranianos, seu site agora tem uma página para estrangeiros e hubs em 11 países europeus para centralizar os envios.Nos fundos de um quarto, a impressora 3D de Vincent prepara a seguinte encomenda: partes de um periscópio, que é um instrumento óptico que permitirá que os soldados que estiverem escondidos vejam os inimigos sem serem vistos.

 

Granadas, suportes para drones, projéteis: na tela do computador do voluntário aparece uma página semelhante a uma lista de pedidos. São arquivos capazes de transformar simples bobinas em filamento de plástico. Por trás dessa interface está a organização ucraniana Exército Druk. Esse "exército de impressoras", criado em 2022, transmite os pedidos dos soldados a cerca de seis mil e quinhentos voluntários equipados com impressoras 3D.

 

Impressora 3D imprime peças de periscópios que Vincent está imprimindo em sua casa. — Foto: Foto: Geoffroy VAN DER HASSELT / AFP

Foto: Reprodução

 

— Nosso país não estava preparado — explicou à AFP um dos fundadores, contatado por telefone na Ucrânia, orgulhoso de poder fornecer armas desse material à linha de frente.Pesquisador do Centro de Estudos em Segurança do Instituto Francês de Relações Internacionais, Léo Péria-Peigné explica que a bricolagem (criar ou modificar objetos utilizando materiais disponíveis) sempre foi uma solução em situações de guerra.

 

— No âmbito do conflito ucraniano, o material criado antes da guerra talvez seja menos eficaz que o material elaborado, levando em conta as necessidades e as opiniões diretas vindas do terreno.Xavier Tytelman, redator-chefe da revista Air et Cosmos, e também youtuber, ajuda os voluntários franceses e os soldados ucranianos. Por não dispor de uma impressora 3D, recorreu aos seus seguidores e afirma ter enviado centenas de conectores de periscópio graças a essas pessoas.

 

— Eu queria me sentir envolvido, tentei ajudar como podia — declarou Guillaume, de 38 anos, que calcula ter produzido em Marselha entre 200 e 300 peças.No fórum online da organização Wild Bees, criada na Letônia e replicada em outros 22 países, aparecem alguns fabricantes franceses, apesar da ausência de uma filial na França. Janis Ozols, fundador letão, confirma que há participantes franceses, embora nenhum deles pareça estar associado às 200 impressoras ativas atualmente.

 

— A mão de obra muda rapidamente — explica Ozols à AFP.A alfândega francesa não respondeu quando questionada pela AFP sobre possíveis apreensões dessa produção artesanal.— Às vezes, não sei exatamente o que estou imprimindo — admite Vincent.Mas, com exceção dos equipamentos paramédicos e das armas fictícias, a resposta é óbvia:— Aqui, por exemplo, só é preciso adicionar o explosivo — explica ele, que reconhece ter dúvidas: — Certamente há riscos, mas ainda assim vale a pena.

 

Mas para alguns, o material letal é benéfico.— Com um periscópio, você pode evitar que alguém se exponha demais em sua trincheira, ele pode ficar protegido, é diferente — comenta Guillaume.

 

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Para Xavier Tytelman, a palavra de ordem é a mesma: "salvar vidas". Como eles, Vincent tem laços pessoais com a Ucrânia, onde estava antes da invasão. Ele também ajuda os civis.— Oito ou dez ucranianos estavam lá — diz ele, apontando para a cama no quarto de seu amigo.À sua frente, na tela do computador, aparece o contador do site do Exército Druk: desde outubro de 2023, ele produziu mais de 50 kg de material. 

 

Fonte: Extra

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