Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, foi denunciado por importação ilegal de um avião. O Ministério Público Federal investigou o caso, alegando “importação fraudulenta” do modelo Falcon 900, fabricado pela Dassault Aviation. A aeronave, trazida ao Brasil em 2010, valia US$ 12 milhões na época e permaneceu no país por meio de uma brecha legal que permitia sua estadia temporária.
A investigação foi parte da Operação Pouso Forçado, que apreendeu outros seis aviões de diferentes proprietários. O MPF apontou que Valdemiro utilizou um esquema em que a aeronave era comprada em nome de uma empresa estrangeira, a Wilmington Trust Company, dos EUA, para uso pessoal e profissional. O advogado de Valdemiro, Dennis Munhoz, afirmou que seu cliente “nunca participou, teve ciência ou assinou qualquer documento relativo à aquisição/arrendamento desta aeronave”. O piloto Robson Marcos Lopes também foi denunciado.
Em 2019, a Justiça suspendeu o processo após o religioso aceitar uma proposta do MPF, pagando R$ 200 mil a entidades sociais. Ele foi proibido de mudar de casa sem notificar a Justiça e deve comparecer bimestralmente ao Fórum Criminal Federal em São Paulo.
Fotos e vídeos de crianças em momentos de lazer e diversão estão amplamente presentes nas redes sociais. Pais e mães compartilham esses registros, sem imaginar que criminosos podem usar essas imagens para alimentar o mercado da pedofilia. Uma investigação de quatro meses realizada e divulgada pelo Fantástico, da TV Globo, mostrou como esses criminosos operam, se infiltrando em salas de bate-papo e grupos de mensagens.
”Códigos”
Pedófilos utilizam códigos específicos para se comunicar e identificar imagens de crianças nas redes sociais. Termos aparentemente inofensivos, como “perdoe, pequena” e “errei, fui Raulzito”, são usados para marcar fotos que chamam a atenção deles.
O influenciador digital Jonas Carvalho foi um dos afetados. Após perder o emprego, ele começou a postar vídeos de seus filhos Eloá, de 3 anos, e Davi Lucca, de 2 meses. “Eu comecei a gravar a rotina deles. Mas a internet é perigosa. Muitos comentários são, na verdade, assédio disfarçado”, diz Jonas. Os códigos nos comentários eram utilizados por pedófilos para identificar fotos de seus filhos.
Com isso, Jonas passou a ser mais cauteloso ao compartilhar fotos e vídeos de seus filhos. “Mudei meu conteúdo. Já não gravo mais ela de frente descendo escorregador. Se a roupa levanta um pouquinho, eu já corto, coloco um borrão na frente. Meus vídeos têm alertado muitos pais”, explica o influenciador.
O que dizem as redes sociais
As plataformas de redes sociais e aplicativos de mensagens onde o fenômeno está ocorrendo também foram questionadas.
Acerca disso, o Telegram afirmou que monitora ativamente conteúdos prejudiciais, incluindo material de abuso infantil, e informou que mais de 62 mil grupos e canais foram removidos em junho.
O TikTok, por sua vez, declarou ter uma política de tolerância zero para conteúdo de abuso infantil, removendo-o imediatamente e reportando os casos às autoridades.
Já a Meta, responsável por Instagram, Facebook e WhatsApp, disse que trabalha proativamente para eliminar esse tipo de material e coopera com as autoridades.
Ação governamental
Vale ressaltar que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania propôs uma resolução para responsabilizar aqueles que operam plataformas de comunicação na internet. “Essa resolução cria um grupo de trabalho que, em 90 dias, vai propor uma política nacional de proteção para crianças e adolescentes no ambiente digital”, afirmou Cláudio Augusto Vieira da Silva, secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Suzan Christian Barbosa Ferreira foi encontrada em área na zona rural de Detroit
Uma brasileira identificada como Suzan Christian Barbosa Ferreira, de 42 anos, foi encontrada morta às margens de uma rodovia na zona rural de Detroit, nos Estados Unidos. Quando o corpo foi encontrado, Suzan estava sem roupas. A família dela, que mora na cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, disse que a principal suspeita é de crime sexual.
A irmã de Suzan, Roberta Barbosa Ferreira, disse ao portal G1 que Suzan tinha ido para os EUA há aproximadamente um mês e relatou que ela já havia chegado a ficar desaparecida durante uma semana, até ser achada no dia 30 de junho. Suzan trabalhava com importação e teria viajado sozinha a negócios. Ela deixa uma filha de 15 anos, e um filho de 5 anos.
– Era a única [das irmãs] que tinha visto, por isso que fez a viagem. Não tinha desavenças no Brasil, não usava drogas. A gente só sabe que foi um crime sexual, porque ela foi encontrada nua – disse Roberta.
A irmã relatou ainda que, na última mensagem enviada por Suzan, ela teria dito que estava em um hotel e que iria tomar banho para descansar.
– A última mensagem foi quando ela disse que estava num hotel e estava cansada, que iria tomar banho e descansar. Ela não mencionou que sairia. Os investigadores da polícia nos EUA não passaram informações sobre possíveis motivações, porque lá a investigação dura entre quatro e cinco semanas – explicou.
Os familiares de Suzan agora pedem uma ajuda financeira para tentar trazer o corpo dela ao Brasil. Segundo os parentes, os custos devem ficar em aproximadamente R$ 100 mil.
– Os custos para trazer o corpo são altos e nossa família não dispõe desses recursos – completou Roberta.
A Justiça determinou a apreensão da menina Ana (nome fictício), de 13 anos, adolescente que denunciou o padrasto, foi enviada a abrigos públicos e sofreu novos abusos, incluindo um estupro coletivo. A tia-avó foi procurada pela vítima e atualmente cuida dela, após a mãe da menina permitir os abusos. A informação é da coluna de Cristina Fibe no UOL.
Seu pai trabalha em Londres, na Inglaterra, e a tia-avó contratou um advogado para cuidar do caso e brigar por sua guarda definitiva. Mas o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) e a Justiça do estado não concordaram com o pedido e indicaram que Ana deve ficar com a tia materna.
A Justiça aceitou o pedido e expediu um mandado de busca e apreensão contra a adolescente. Com isso, ela poderá ser retirada a qualquer momento da casa da tia-avó, com uso de força policial, e levada contra a vontade para a irmã da mãe, em outra cidade.
“É como se o doutor promotor de Justiça advogasse para a família materna, a mãe e a tia. É um absurdo, diante de tantas provas de maus-tratos e abusos contra a família materna, o MP e o juízo não se posicionarem contrários à barbárie”, afirmou o advogado Maciel dos Santos Cunha, advogado que representa a adolescente.
Os números são referentes aos meses de janeiro a maio deste ano
O Amazonas lidera ranking de apreensões de entorpecentes na região Norte, apontam dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Os números representam 66,4% de toda droga apreendida na região, entre os meses de janeiro a maio de 2024, período em que as apreensões cresceram cerca de 24% em todo o estado.
O secretário de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Vinícius Almeida, reforçou que os números representam o resultado dos investimentos realizados pelo Governo do Amazonas, a partir do programa Amazonas mais Seguro, lançado pelo governador Wilson Lima, em 2021, e com o trabalho integrado realizado pela SSP-AM, em conjunto com as polícias Militar (PMAM) e Civil (PC-AM) e a cooperação das demais Forças Federais. As ações resultaram em operações em Manaus e no interior e culminaram para elevar o estado ao primeiro lugar.
“Nossas polícias estão altamente treinadas e a partir dos novos recursos empregados pelo Governo do Amazonas, com a aquisição de novas lanchas blindadas, novos armamentos, estamos ainda mais preparados para enfrentar e neutralizar o escoamento de droga. Temos ainda o apoio dos nossos cães de faros narcóticos, que têm dado show no auxílio das apreensões, além de termos identificado uma nova forma de tentar escoar a droga, que é utilizando balsas transportadoras de combustível”, lembrou o secretário.
Almeida reforçou, ainda, que as ações são continuas e que todas das Forças de Segurança estão empenhadas para fortalecer ainda mais a Segurança Pública do Amazonas. “Tudo isso é feito pelas nossas polícias Militar e Civil e o resultado não poderia ser diferente, recordes de apreensões. E tenham certeza, não vamos parar”, afirmou o secretário de Segurança.
Conforme os dados apresentados pelo MJSP, nos cinco primeiros meses do ano, o Amazonas apreendeu um total de 17 toneladas de drogas. O montante representa o dobro de entorpecentes apreendidos na soma geral de todos os demais estados da região se somados juntos.
Em comparativo, para se ter uma ideia, o estado do Pará apreendeu 6,1 toneladas, Rondônia 1,8 tonelada, Acre 720 quilos, Roraima 372 quilos e Tocantins 58 quilos.
APREENSÕES DE COCAÍNA CRESCEM 56%
Em 2024, as apreensões de cocaína cresceram 56% no Amazonas. Em uma das ações das Forças de Segurança e a Polícia Federal, resultou na maior apreensão de cocaína da história do Estado. Foram apreendidas duas toneladas do entorpecente, nas proximidades do município de Codajás (a 240 quilômetros de Manaus).
A operação Tríplice foi deflagrada, no mês de maio, e desarticulou o grupo criminoso que estava transportando a cocaína pelo rio Solimões. Além das drogas, os policiais apreenderam seis fuzis, uma espingarda, seis granadas, diversas munições e uma lancha blindada com quatro motores.
GRANDES APREENSÕES
Em outra grande apreensão durante o primeiro semestre de 2024, a PC-AM, por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), coordenada pela SSP-AM, apreenderam 2,8 toneladas de drogas entre cocaína e maconha, armamentos, uma lancha e uma picape S10.
Fotos: Divulgação/SSP-AM
A Operação, denominada Jomini, no mês de fevereiro, foi realizada em um sítio na comunidade Bom Jardim, Km 240, da rodovia AM-010, entre os municípios de Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Conforme as investigações, o sítio era usado como entreposto por traficantes de drogas. Dois irmãos brasileiros, de 35 e 36 anos, eram proprietários do local, e foram presos em flagrante, juntamente com um colombiano, 31. Somente o material entorpecente foi avaliado em R$ 50 milhões.