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Brasil : SAÚDE OCULAR: aumentam consultas relacionadas ao uso excessivo de celulares
Enviado por alexandre em 11/07/2024 10:28:31

Olhos secos, fadiga, coceira, dores de cabeça e visão borrada são alguns dos principais e mais comuns sintomas de quem sofre da Síndrome da Visão de Computador e da Fadiga Ocular Digital, provocada pelo uso e exposição cada vez maior as telas de celulares e computadores e um dos focos principais do Dia da Saúde Ocular, celebrado nesta quarta-feira (10), para alertar sobre a importância da prevenção e diagnóstico de doenças visuais.

 

De acordo com o relatório Análise Mobile 2024, da startup Rocket Lab, ano passado os brasileiros passaram 265 bilhões de horas no celular, ou uma média de 3,5 horas diárias para cada pessoa.

 

Outros dados mais alarmantes, como da pesquisa Digital 2023:Global Overview Report da DataReportal, avaliou usuários de 45 países e concluíram que o brasileiro está em segundo lugar na média diária em frente a telas, com 56,6% do tempo acordado utilizando smartphones e computadores.

 

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De acordo com a equipe de Oftalmologia do Hospital Nilton Lins (HNL), o uso excessivo destes dispositivos provocou, desde o início da pandemia da Covid-19, um aumento de 25% a 30% nas consultas relacionadas com a saúde ocular, assim como um crescimento significativo de miopia em crianças e adolescentes.

 

Os especialistas explicam que o uso prolongado de celulares e tablets oferecem maior risco para a visão do que computadores e TVs por conta do tamanho das telas e da distância próxima aos olhos, exigindo mais esforço dos músculos oculares de acomodação, convergência e maior fadiga, fatores que aumentam o risco de miopia.

 

20-20-20

 

Foto:Divulgação

 

Os oftalmologistas destacam a importância de prevenir e procurar o especialista ao surgirem os primeiros sintomas e manter a rotina de, pelo menos, uma consulta por ano, uma vez que há doenças assintomáticas.

 

Para os usuários que não conseguem largar os aparelhos, eles recomendam ainda, a regra ’20-20-20’: a cada 20 minutos de uso, a pessoa deve olhar para algo a 20 pés de distância por 20 segundos.

 

Também é importante ajustar o brilho da tela para níveis confortáveis, aumentar o tamanho da fonte, manter uma distância adequada dos olhos, usar iluminação certa para evitar reflexos e fazer pausas regulares para descansar os olhos.

 

Localizado no Parque das Laranjeiras, o Hospital Nilton Lins realiza atendimentos oftalmológicos e em diversas outras especialidades, com tarifas especiais e agendamento on-line (WhatsApp (92) 3643-2133), para proporcionar a maior comodidade, agilidade e conforto.

 


 

Além de pacientes particulares, o HNL atende os planos SB Saúde, Bradesco Saúde, Geap Autogestão, You Saúde, Fundo de Saúde do Exército Brasileiro (Fusex), servidores do Tribunal de Justiça do Amazonas e associados da Ordem dos Advogados do Brasil.
 

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Brasil : Cigarros apreendidos são transformados em insumos agrícolas por projeto no Tocantins
Enviado por alexandre em 11/07/2024 09:53:29

e acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), o cigarro é o produto mais apreendido pela Receita Federal, no Brasil. Dados do Fisco (autoridade fazendária, que é responsável por controlar e fiscalizar as atividades do seu negócio em relação à legislação tributária) apontam que diariamente cerca de 600 mil maços de cigarros ilegais são destruídos, somente no posto alfandegário da fronteira de Foz do Iguaçu, ou seja, a Receita Federal destina os cigarros contrabandeados à destruição ou inutilização.

Diante desse panorama, um projeto realizado na unidade de Dianópolis do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), pode trazer uma inovação, ao transformar cigarros apreendidos em insumos agrícolas sem causar impactos ambientais. A iniciativa tem sido desenvolvida em parceria com a Delegacia da Receita Federal do Tocantins.

Em outubro de 2023, foi realizada pela Delegacia da Receita Federal a primeira transferência dos cigarros apreendidos para o IFTO de Dianópolis. Inicialmente, os cigarros foram triturados e separado o tabaco dos demais materiais como papéis e filtros. A partir da separação, foi produzido um composto orgânico com material vegetal misto (30% de tabaco e 70% de restos vegetais) e esterco bovino, sendo dispostos em camadas alternadas umedecidas.


Ao longo do período de decomposição desses materiais, também foi gerado o chorume. Adaptando o modo tradicional de compostagem, a produção do composto orgânico e do chorume é de baixo custo e baixo impacto ambiental, com potencial de grande retorno econômico.

O professor Ezequiel Lopes do Carmo, que é um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, explica que produtos como composto orgânico e chorume podem ser gerados, beneficiando o cultivo de plantas ornamentais e florestais, áreas ainda não exploradas comercialmente com esses insumos.

“Isso reduzirá os custos de produção, melhorará a qualidade do solo que será utilizado para produção de plantas não alimentícias, terá um destino mais adequado que o atual dos cigarros apreendidos e promoverá a sustentabilidade. Portanto, transformar os cigarros contrabandeados em produtos sustentáveis é a nossa meta! Afinal, esses produtos, principalmente este composto orgânico, terão possibilidades de serem escaláveis industrialmente e vendido a um preço pelo menos duas vezes menor que os compostos orgânicos tradicionais”, disse Ezequiel.
Foto: Divulgação/IFTO.

Vale destacar que na primeira etapa, o composto, bem como o chorume foram produzidos em escala piloto para testes e ajustes, visando um composto de qualidade e segurança.  De acordo com Ezequiel, foram feitas amostras expositivas, da produção dessa etapa piloto, que foram apresentadas na Agrotins 2024, onde houve muitos interessados em saber sobre o procedimento e eficácia.
Foto: Divulgação/IFTO.

Ezequiel acrescenta que, devido a repercussão, o projeto foi escolhido para fazer uma exposição dos mesmos produtos no “IV Seminário de Gestão Sociambiental” promovido pelo Tribunal de Justiça do Tocantins, em Palmas, os quais foram apresentados nos dias 13 e 14 de junho de 2024.

“Neste evento, também despertou interesse de diversos participantes, desde cultivadores de plantas ornamentais até pesquisadores e empresários. O procedimento inicial já está consolidado, faltando realizar avaliações físicas e químicas, testes na produção de plantas não alimentícias e consequentemente a validação de forma mais detalhada e em maiores quantidades, visando a escalabilidade da produção”, esclareceu Ezequiel.

A próxima etapa consistirá em uma investigação dos efeitos da utilização do composto orgânico em plantas ornamentais, a partir da utilização de diferentes composições de materiais. A primeira pilha de compostagem combinará 30% de tabaco e 70% de aparas de grama com esterco bovino, em camadas alternadas até 1,2 m de altura. A segunda ‘pilha’ misturará 30% de aparas de grama com 70% de caixas, papéis triturados e filtros de cigarros, também com esterco bovino, seguindo a mesma estrutura.
Foto: Divulgação/IFTO.

A terceira pilha servirá de controle, contendo apenas aparas de grama e esterco bovino. Após 90 dias, os compostos e o chorume serão analisados em laboratório e testados para produção de mudas das plantas ornamentais. A expectativa, do grupo de pesquisadores responsáveis pelo projeto, é que pelo menos um dos compostos e uma concentração de chorume apresentem efeitos positivos e econômicos na produção destas mudas.

A pró-reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós- Graduação do IFTO, Paula Karine Amorim, avalia o projeto como uma ilustração concreta do cumprimento da missão institucional do IFTO, como indutor do desenvolvimento regional sustentável com foco na inovação e integração com o ecossistema local.
Equipe do projeto

A equipe é composta principalmente pelos professores Ezequiel Lopes do Carmo e Otacilio Silveira Junior, pelos técnicos administrativos Ananias Barreiros dos Santos Junior e Joabe Cardoso Nunes da Silva e pelos estudantes Diogo Henrique da Silva e Yan da Rocha Cerqueira, além de outros alunos voluntários, todos da unidade de Dianópolis do IFTO.

*Com informações do IFTO ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/inovacao-e-tecnologia/cigarros-apreendidos-sao-transformados-em-insumos-agricolas-por-projeto-no-tocantins/

Brasil : Produção nacional do açaí é liderada por 9 municípios paraenses
Enviado por alexandre em 11/07/2024 09:46:55

Originário de solos de várzea, igapó e terras firmes próximas a áreas úmidas, o açaí é a joia nutritiva da Amazônia. Antes consumido predominantemente na Região Norte, hoje o fruto é conhecido mundialmente, devido às suas propriedades nutricionais e versatilidade culinária, além da utilização na indústria cosmética. Na produção, o Estado do Pará é protagonista disparado: 90,4% do açaí do Brasil foi produzido no Pará em 2022, o equivalente a de 1,7 milhão de toneladas.

Considerando o destaque paraense e a importância econômica do fruto para a região, a Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural (Diepsac) da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) lança a Nota Técnica “Conjuntura Econômica do Açaí 2024”.

O estudo explora o potencial produtivo do fruto dentre os estados e municípios brasileiros, além de abordar detalhes da exportação no Pará, empreendimentos, mercado de trabalho e um dado inédito sobre os municípios paraenses mais especializados no cultivo e produção de açaí.

Conforme Marcio Ponte, diretor da Diepsac, o estudo desenvolvido busca colaborar com o atual estágio de discussões a respeito do desenvolvimento desta atividade produtiva no Estado. “Entendemos, a partir desta pesquisa, que a exploração em cadeia do açaí não apenas enriquece a biodiversidade local, mas também impulsiona a economia regional, evidenciando-se como um dos principais produtos de destaque para o desenvolvimento econômico sustentável na região”, analisa.
Produção

O cenário da produção de açaí no Brasil revela uma ascensão notável ao longo das últimas décadas. Entre 1987 e 2022, houve um aumento notável, com a produção passando de 145,8 mil toneladas para impressionantes 1,9 milhão de toneladas, um aumento de mais de 13 vezes em um período de 36 anos. Atualmente, o açaí cultivado representa a parcela dominante da produção nacional, respondendo por impressionantes 87,3% do total. Grande parte deste feito está diretamente ligado ao Pará.
Foto: David Alves/Agência Pará

Historicamente, o Pará é o primeiro colocado entre os maiores produtores brasileiros, enquanto o Amazonas ocupa a segunda posição. Mas sempre houve uma discrepância na produção do fruto entre os dois estados. A partir de 2015, com a implantação do sistema de açaí cultivado no país, a diferença cresceu ainda mais. Essa disparidade ressalta não apenas as práticas distintas entre cultivo e a infraestrutura agrícola nos dois estados, mas também a importância do Pará como líder incontestável na produção de açaí no Brasil.

Em 2022, quatorze estados brasileiros contribuíram para a produção de açaí, com destaque para o Pará, que manteve sua posição de liderança com 90,4% da produção. Em seguida, o Amazonas e o Maranhão ocuparam, respectivamente, o segundo e terceiro lugares, contribuindo com 7,4% e 1,1% da produção total do país. Nessa análise, o Pará superou a média nacional de 13,8% em crescimento, fechando 2022 com mais 14,1% de produção. Esse percentual significa um incremento bruto de 217,8 mil toneladas, gerando o maior impacto positivo para o país.

Nove, dos dez municípios que mais produzem açaí no Brasil são do Pará. O município de Igarapé-Miri desponta no topo do ranking, contribuindo com 21,7% da produção nacional, totalizando 422,7 mil toneladas. Os outros dois municípios mais representativos também são paraenses: Cametá, com 8% da produção, e Abaetetuba, com 5,8%. No ranking de maior crescimento de produção no período de um ano (2021-2022), os municípios em destaque foram Mocajuba (514,4%), Bagre (115,1%) e Anajás (40,1%). Todos esses municípios foram os principais responsáveis por impulsionar o resultado médio nacional.
Exportação

Os produtos exportados derivados do açaí paraense saltaram, exponencialmente, de menos de 1 tonelada em 1999 para pouco mais de 61 mil toneladas em 2023. Já no Amazonas, os derivados do açaí passaram de menos de 1 tonelada para 57 toneladas, no mesmo período. Quanto ao valor exportado, neste, observou-se que os produtos derivados do açaí paraense saltaram de US$ 1,00, em 1999, para quase US$ 45 milhões, em 2023. Na economia amazonense, os derivados do açaí passaram de US$ 692, em 2002, para pouco mais de US$ 93 mil, no mesmo período.

Outra valorização expressiva está nos preços praticados no mercado internacional. A nota mostra que entre 1999 e 2023, os preços dos produtos derivados do açaí paraense aumentaram em mais de 5.000%, indicando um forte processo de agregação de valor ao açaí do Pará comercializado com o setor externo.

“Outro ponto importante a ser destacado é que o Pará é o maior produtor do mundo e uma referência internacional do açaí, mas outras regiões do país de clima até oposto ao nosso estão plantando açaí – e não queremos ver a história se repetir como aconteceu com a borracha, levada para a Malásia pelos ingleses e aniquilando nossa economia da borracha. Precisamos certificar, criar um selo, identificar geograficamente, capturar carbono, fazer manejo, investir em pesquisa e tecnologia, construir um Museu do Açaí e contar sua história e sua cultura, entre tantas potencialidades que essa fruta e sua identidade podem nos proporcionar econômica e culturalmente”, complementa Márcio Ponte.
Foto: Marco Santos/Agência Pará
O fruto é responsável por novos empreendimentos e novas frentes de trabalho

Os três últimos Censos Agropecuários mostram aumento significativo de empreendimentos associados à produção de açaí no Estado. De quase 13 mil, em 1996, o quantitativo fechou 2017 com pouco mais de 81 mil estabelecimentos, o que representou um aumento de 533% em 22 anos. Em comparação à realidade econômica do Amazonas, os empreendimentos do Pará representaram quatro vezes o número existente naquele estado, segundo o último Censo.

No mercado de trabalho ligado ao açaí, o Pará apresentou variação positiva da ordem de 864,5% no número de vínculos empregatícios formais, entre os anos de 2010 e 2022. Entre 2021 e 2022, a variação, neste sentido, foi de 107,6%, passando de 288 para 598 vínculos, um aumento de 310 postos formais. Estes dados expõem a crescente participação do cultivo de açaí na geração de empregos formais.

Com base em cálculos estatísticos abordados na nota técnica quanto ao estoque de vínculos formais no ano de 2022, foram criados 598 empregos diretos e 2.536 indiretos no cultivo de açaí ao longo de toda a cadeia produtiva do fruto. A soma dos vínculos totaliza, portanto, 3.143 empregos gerados no setor.
Crédito rural

A análise do crédito rural fornecido aos produtores ajuda a compreender as prioridades na produção de açaí por estado. Há uma disparidade significativa entre o Pará e o Amazonas, maiores produtores do fruto no país. Os números mostram que o Pará obteve um montante de recursos destinados ao crédito rural cerca de trinta vezes superior ao destinado ao Amazonas no período analisado.

Na distribuição das linhas de crédito, em 2023, no Amazonas, a linha de custeio predominou, representando 78,5% do crédito total, enquanto a linha de investimento contribuiu com os restantes 21,5%. Por outro lado, no Pará, a alocação de recursos foi significativamente diferente, com a linha de crédito de investimento representando a maioria, ou seja, 81% do total destinado à cultura do açaí. Em contrapartida, a linha de custeio foi responsável por 19% do montante total disponibilizado.

Os dados evidenciam variação na estratégia de financiamento, destacando a preferência por diferentes tipos de investimento na produção de açaí. Enquanto no Amazonas o foco parece estar mais no financiamento das despesas operacionais da produção, no Pará há maior orientação para investimentos de longo prazo na expansão e melhoria da infraestrutura para a cultura do açaí.
Especialização

O estudo apresenta ainda um dado inédito sobre os municípios paraenses com potencial de especialização no cultivo e produção de açaí, considerando a instalação de novos sistemas técnicos, inovativos e tecnológicos no campo, para expandir níveis de intensidade e produtividade no setor. Sendo assim, em 2022, 14 municípios apresentaram níveis acima da média produtiva. Dentre esses municípios, Igarapé-Miri, Bagre e Ponta de Pedras estão no topo da especialização produtiva do açaí. Já o município de Anajás apresentou maior aceleração e intensidade no processo de especialização, seguido de Mocajuba.

A conclusão da análise, portanto, considera que estes 14 municípios altamente especializados na produção de açaí devem ser priorizados nas tomadas de decisões de investimentos, seja por agentes públicos que objetivem o desenvolvimento da cadeia produtiva dessa cultura, seja por agentes privados que desejem a expansão de sua atuação no ramo do açaí.

“Esse estudo sobre açaí mostra claramente a grande liderança que o Pará tem na produção do açaí, mas também nos mostra que, apesar dessa grande produção, há necessidade da diversificação dos produtos a serem ofertados a partir deste fruto, a partir desta cadeia produtiva. A verticalização, a criação de novos produtos, vai garantir não só a liderança na produção, mas também a liderança na exportação e a maior agregação de valor a este produto da bioeconomia paraense”, avalia o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.

*Com informações da Fapespa ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/economia/municipios-paraenses-acai-producao/

Brasil : Amazônia recebe investimentos de R$ 500 milhões para desenvolvimento científico
Enviado por alexandre em 10/07/2024 10:15:33

Recursos do Governo Federal pretendem fortalecer infraestrutura de pesquisa, promover inovação empresarial e desenvolver soluções tecnológicas para segurança alimentar

O Governo Federal vai investir cerca de R$ 500 milhões em programas para o desenvolvimento científico e tecnológico na Amazônia. A região será beneficiada com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT), para o Programa Pró-Amazônia e Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome. O anúncio foi feito pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), em Belém (PA).

 

“Estamos reafirmando o compromisso em produzir mais conhecimento científico, mais inovação e usar nossas melhores capacidades para o enfrentamento dos desafios contemporâneos e para construção de um futuro melhor para o Brasil e para o mundo. Isso passa, necessariamente, pela Amazônia”, disse a ministra.

 

Ela explicou que R$ 160 milhões são provenientes do FNDC para apoiar a infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica na região amazônica dentro do Pró-Amazônia. Os recursos serão destinados para a recuperação, atualização e criação de laboratórios, acervos científicos, históricos e culturais e coleções biológicas.

 

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Além disso, R$ 110 milhões serão destinados para projetos prioritários fora das capitais dos estados amazônicos.vTambém serão destinado R$ 20 milhões para a manutenção e reforma de espaços de museus e mais R$ 20 milhões para ajudar na construção do Museu das Amazônias, em Belém do Pará, até a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima de 2025, a COP 25.

 

 

Ainda no Pró-Amazônia, R$ 150 milhões serão investidos no projeto de inovação empresarial nas áreas de bioeconomia, cidades sustentáveis, descarbonização dos processos produtivos, transformação digital, economia digital, restauração florestal, transporte e monitoramento ambiental.

 

Fotos: Reprodução 

 

“O objetivo é apoiar projetos que promovam soluções de gargalos científicos e tecnológicos, enfrentados na estruturação e fortalecimento das cadeias socioprodutivas baseadas na biodiversidade brasileira, desenvolvendo produtos, processos, tecnologias e serviços, de modo a agregar e reter valor junto aos elos iniciais das cadeias produtivas e sistemas agroalimentares, porque o que queremos é melhorar a qualidade de vida das populações, promovendo a inclusão e o aumento da eficiência produtiva”, detalhou Luciana.

 

A ministra também anunciou dois editais do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome, que somam R$ 184,2 milhões. Os editais serão lançados para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a cadeia socioprodutiva da bioeconomia e sistemas agroalimentares.

 


Uma das chamadas é para Instituições de Ciência e Tecnologias (ICTs) e a outra para empresas brasileiras, públicas ou privadas, com o objetivo de apoiar projetos que promovam soluções para dificuldades científicas e tecnológicas enfrentados na estruturação e fortalecimento das cadeias socioprodutivas. “O que queremos é melhorar a qualidade de vida das populações, promovendo a inclusão e o aumento da eficiência produtiva”, destacou a ministra Luciana Santos.

 

Fonte: Portal Gov.com 

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Brasil : Tecnologia desenvolvida pela Fiocruz Amazônia se torna política pública para controle do Aedes no Brasil
Enviado por alexandre em 10/07/2024 09:55:03

 Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, emitiu a nota técnica informativa Nº 25/2024-CGARB/DEDT/SVSA/MS no último dia 27/06, em que oficializa a utilização das Estações Disseminadores de Larvicidas – tecnologia desenvolvida pelo Núcleo de Patógenos, Reservatórios e Vetores na Amazônia (PReV Amazônia), do Laboratório Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia (EDTA), da Fiocruz Amazônia – como estratégia nacional para o controle do Aedes aegypti e Aedes albopictus, vetores da dengue e outras arboviroses, em áreas estratificadas de risco de cidades de todo o País.

A medida visa expandir a tecnologia das EDLs, com o acompanhamento do Ministério da Saúde e apoio técnico da Fiocruz, a partir dos resultados dos estudos coordenados pelo Núcleo Prev Amazônia, com apoio do Ministério da Saúde e a oficina de Representação da OPAS no Brasil.

“A adoção da estratégia pelo Ministério da Saúde é motivo de satisfação para nós que atuamos no Núcleo Prev Amazônia, uma vez que, com a medida, o Brasil se torna o primeiro país do Mundo a adotar a metodologia em um programa nacional oficial”, comemora o pesquisador da Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz, coordenador do Núcleo PReV Amazônia e responsável pela pesquisa, juntamente com o biólogo José Joaquin Carvajal Cortes, que também é pesquisador do Núcleo PReV Amazônia. “As EDLs são a prova de que nossas pesquisas se tornam políticas públicas”, observou Luz. A nota orienta às secretarias sobre como devem proceder para implementar a estratégia de controle.

As Estações DIsseminadoras utilizam a fêmea do mosquito como aliada na dispersão de larvicida, capaz de impedir a proliferação dos focos do transmissor da dengue, Zika e chikungunya. O objetivo do Ministério da Saúde é replicar em nível nacional a tecnologia, que utiliza água em um pote plástico de dois litros recoberto por um tecido sintético impregnado de larvicida.

A armadilha atrai as fêmeas do Aedes aegypti para colocar ovos e ao pousar elas se impregnam com o larvicida presente nas estações. Essas fêmeas, impregnadas com larvicida, ao visitarem outros criadouros acabam contaminando outros recipientes com o inseticida, que impede o desenvolvimento das larvas e pupas, reduzindo a infestação e, por conseguinte, o avanço da doença.
A nota explica ainda que a reunião possibilitou a publicação do Boletim Epidemiológico Volume 47, Nº 15. Foto: Reprodução/Fiocruz Amazônia

A estratégia já foi testada e aprovada com resultados comprovados em 14 cidades brasileiras, de diferentes regiões do País. A nota técnica explica que o Ministério da Saúde tem fomentado e acompanhado o desenvolvimento de novas estratégias para vigilância entomológica e controle de Aedes aegypti.

“Em 2016, com a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional em decorrência da epidemia por Zika, foi realizada a Reunião Internacional para Implementação de alternativas para o Controle do Aedes aegypti no Brasil,realizada em fevereiro de 2016, com a participação do Governo Federal, instituições de referência nacionais e internacionais e pesquisadores”, relata o documento.

A nota explica ainda que a reunião possibilitou a publicação do Boletim Epidemiológico Volume 47, Nº 15, que recomendou a avaliação de novas tecnologias de controle de vetores, dentre elas as EDLs. “No Brasil, estudos realizados com o financiamento do MS entre 2016 e 2022, pelo Instituto Leônidas e Maria Deane – Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Amazônia), testaram com sucesso a disseminação de piriproxifeno (PPF) em ambientes de laboratório e em áreas abertas de extensão reduzida, onde se demonstrou que a eficácia da estratégia é adequada na escala de ‘bairro’ e de municípios. A partir desses resultados, as EDLs passaram a incorporar o rol de metodologias recomendadas pelo Ministério da Saúde, conforme apresenta a Nota Informativa N° 37/2023CGARB/DEDT/SVSA/MS (0037799369)”.

“Durante os estudos, foi possivel avaliar a eficácia e identificar e conhecer bem todos esses problemas ou ‘intercorrências’da aplicação da estratégia na prática, na escala real dos programas de controle, em diferentes cenários de cidades. Dessa forma, entendemos como melhorar os procedimentos operacionais com os meios e recursos disponíveis. Realizamos capacitação de agentes públicos e produzimos ferramentas de transferência tecnológica visando a expansão da estratégia no País”, conta Joaquin Cortes.
Contextualização

A Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroes – CGARB, do Departamento de DoençasTransmissíveis – DEDT, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – SVSA, informa que, com o apoio técnico da Fiocruz, iniciará a expansão da tecnologia de controle populacional  de Aedes com a realização de um ensaio pragmático utilizando a auto disseminação de larvicida em áreas de risco no Brasil. Neste primeiro momento, será implementada em 15 cidades.

Nas EDLs, as micropartículas do larvicida em pó aderem-se ao corpo do mosquito. Como as fêmeas de Aedes spp. visitam muitos criadouros para colocar poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida para esses criadouros, em um raio aproximado que pode variar entre 3 e 400 metros.

Quando as fêmeas pousam nos reservatórios para realizar a postura de ovos, ocorre a contaminação da água por meio das partículas dos inseticidas deixadas pelas fêmeas. Desta forma, a água dos criadouros passa a ter o potencial de interferir no desenvolvimento das larvas que, dependendo da concentração do larvicida que houver no criadouro, não alcançarão a fase adulta.
Fiocruz Amazônia
Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia). Foto: Reprodução/Fiocruz Amazônia

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) é a unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz no Amazonas.  Sediado em Manaus, sua missão é contribuir para a melhoria das condições de vida e saúde das populações amazônicas e para o desenvolvimento científico e tecnológico regional e do País, integrando a pesquisa, a educação e ações de saúde pública.

Para o desenvolvimento de suas ações conta com instituições parceiras que apoiam projetos de caráter multidisciplinar e interinstitucional, gerando conhecimentos essenciais para a criação de políticas públicas, que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da sociedade.

*Com informações da Fiocruz Amazônia ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/saude/tecnologia-desenvolvida-pela-fiocruz-amazonia-se-torna-politica-publica-para-controle-do-aedes-no-brasil/

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