A reconstrução dos 405 quilômetros do trecho do meio da BR-319 é ambientalmente sustentável, segundo a conclusão de um grupo de trabalho do Ministério dos Transportes. Após mais de seis meses de estudos e audiências com a comunidade no entorno da rodovia, a constatação foi feita por especialistas e representantes de órgãos dos governos federal, estaduais e prefeituras da região.
O grupo de trabalho foi instituído em novembro de 2023, para apresentar soluções para a reconstrução dos 405 km do trecho do meio da rodovia que une Manaus a Porto Velho. A BR-319 é a única ligação terrestre do Amazonas e de Roraima com o restante do país.
No documento de 67 páginas, o grupo de trabalho reafirma ser possível conciliar o desenvolvimento regional e a preservação do meio ambiente, a partir de uma gestão inovadora que fará jus à singularidade que a BR-319 representa.
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O relatório propõe o cercamento de parte da rodovia com implantação de 500 km de proteção física a fim de preservar a fauna na área crítica do trecho do meio. Também prevê que 172 passagens para animais sejam instaladas. Uma passagem a cada 2,35 km de rodovia.
Há ainda recomendações para o monitoramento da rodovia, que deverá contar com novos postos da Policia Rodoviária Federal, atuação da Polícia Federal, além de reforço nos efetivos das polícias e bombeiros estaduais e atuação de órgãos como ICMBio.
A ideia é que sejam construídos portais de fiscalização e monitoramento nas duas pontas da rodovia, no trecho que será cercada. Além disso, uma nova unidade de conservação deverá ser implantada.
Agora o relatório será discuto internamente no governo. O maior desafio é buscar consenso com a área ambiental. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima têm dito em entrevistas que a obra no trecho do meio requer estudos mais detalhados para comprovar que não haverá aumento de desmatamento e grilagem na área.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que o estado fará sua parte pra garantir o bom uso da rodovia.
Entre os dias 5 e 7 de setembro, a Faculdade da Amazônia, localizada em Vilhena, Sul de Rondônia, será palco do 1º Congresso Internacional Educacional. Com o tema “Amazônia Verde: Educação Ambiental e Sustentabilidade para o Século XXI – Desafios e Oportunidades”, o evento reunirá expositores renomados do meio acadêmico e promoverá discussões cruciais sobre a região amazônica.
Na abertura do congresso, estão confirmadas as presenças de Peter Pal Pelbart, filósofo, ensaísta, professor e tradutor húngaro da PUC-SP, e de um legítimo rondoniense: professor Luís Suruí, indígena e mestre em Educação, residente em Cacoal.
A Amazônia, um dos maiores patrimônios naturais do mundo, desempenha papel fundamental na regulação climática global e abriga uma biodiversidade única. No entanto, enfrenta desafios como desmatamento, degradação ambiental e pressões socioeconômicas.
O congresso abordará temas interdisciplinares, incluindo filosofia, zoologia, economia, psicologia e biopolítica, com foco na interseção entre meio ambiente, sustentabilidade, educação e o bem-estar das comunidades amazônicas. A diretora científica, Leonira Ofrunã Rodrigues Bresciani, destaca a relevância dessas discussões: “A educação de qualidade surge como pilar essencial para promover a sustentabilidade e o desenvolvimento equilibrado da região”.
A diretora-geral da Fama, Patricia Clara, espera receber cerca de mil inscritos no evento, que se configura como pioneiro na região, buscando soluções para os desafios inerentes à Amazônia.
Para mais informações, acesse o site fama-ro.com.br.
Sobre o autor
Júlio Olivar é jornalista e escritor, mora em Rondônia, tem livros publicados nos campos da biografia, história e poesia. É membro da Academia Rondoniense de Letras. Apaixonado pela Amazônia e pela memória nacional.
Uma agência será contratada para acompanhar o que é dito sobre a Corte na internet
Parlamentares da oposição se manifestaram sobre a licitação do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai pagar R$ 345 mil para uma agência monitorar as redes sociais para acompanhar as postagens que são feitas sobre a Corte.
De acordo com a revista Veja, o monitoramento será feito no Facebook, Instagram, X, TikTok e, até em páginas como LinkedIn e Flickr. A empresa contratada terá que fazer análise da imagem do Supremo, identificar os conteúdos, classificá-los e identificar os usuários que mencionam a Corte, principalmente em postagens negativas.
A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) comparou a notícia com o livro 1984, de George Orwell, uma distopia que previa uma sociedade vigiada.
– Não falta mais nada. Já estamos vivendo o 1984 de George Orwell. Não só as palavras monitoradas e cerceadas, agora os pensamentos também. As liberdades de imprensa e de expressão não fazem mais parte da nossa realidade. É a era do “Big Brother” judicial – escreveu.
O deputado federal Marcel van Hattem (Nono-RS) também se manifestou sobre o tema, classificando a ação do STF como “ditadura e repressão”.
– E tem gente que ainda tem coragem de dizer que não estamos vivendo tempos de ditadura e repressão. O Supremo alega que quer monitorar tudo o que você fala sobre suas ações nas redes sociais para “se aproximar do cidadão” e blá blá blá, mas nós sabemos que isso é apenas mais uma forma de censurar e perseguir quem tem opiniões diferentes de seus integrantes e críticas aos seus abusos e incoerências. Estamos vendo, cada vez mais, uma tentativa descarada de silenciar vozes discordantes e controlar o discurso público.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também comentou a contratação:
– A mentalidade do STF é: se eu quero e ninguém faz, faremos nós mesmos aqui, dane-se a constituição ou se isso ou não competência nossa. Após fazê-lo basta gritar “viva a democracia”, “derrotamos o bolsonarismo” e qualquer um que seja contra é antidemocrático e fascista.
Agnósticos e Ateus são os que mais aprovam o petista
A nova pesquisa do Instituto AtlasIntel mostra que os evangélicos seguem liderando a lista de reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em comparação com fiéis de outras crenças. A avaliação foi feita com 3.601 pessoas entre os dias 7 e 11 de junho e a margem de erro é de um ponto percentual.
No geral, 47% da população reprova o presidente, enquanto 51% aprovam a gestão do petista. Outros 2% não souberam responder. Mas quando separados por religiões, a diferença entre apoio e desaprovação é muito maior.
Entre os evangélicos, 69,3% reprovam Lula, enquanto que 29,5% o aprovam. Entre os católicos a aprovação está em 55,4% e a desaprovação com 42,6%. Agnósticos e ateus são os que mais aprovam Lula, com 66,8% contra 33%. Os crentes sem religião ficam com 60,2% a favor e 32,5% contra o petista e os fiéis de outra religião estão com 56,3% de aprovação e 42,7% de reprovação.
A pesquisa também faz recortes de gênero, com os homens desaprovando mais o presidente (51,5%) do que as mulheres (43,6%). Em nível de escolaridade, pessoas com ensino médio completo desaprovam mais o petista (50,7%), do que os brasileiros com ensino fundamental (48,3%) e superior (40,2%).
Já o recorte regional mostra que Lula tem mais aprovação no Norte e Nordeste com 58,5% e 66,3%, respectivamente, do que no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, cuja desaprovação é de 52,3%, 60,8% e 70,7%, respectivamente.
Nesta segunda-feira (17), dois detentos acusados de integrar um plano para sequestrar e executar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades de segurança pública foram mortos a facadas, na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, em Presidente Venceslau (SP).
Os presos assassinados foram identificados como Janeferson Aparecido Mariano Gomes, mais conhecido como Nefo; e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê. Os dois tinham 48 anos de idade e haviam sido presos em março de 2023, durante a Operação Sequaz, que investigou o plano elaborado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra os agentes públicos.
Os assassinatos teriam ocorrido a mando do Primeiro Comando da Capital (PCC). Fontes disseram que Nefo teria falado demais. As informações são do G1 e do colunista Josmar Jozino, do UOL.
Três homens confessaram a autoria das execuções
Os presos Janeferson Aparecido Mariano Gomes, mais conhecido como Nefo; e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, foram mortos a facadas, nesta segunda-feira (17), na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, em Presidente Venceslau (SP).
Ambos foram presos no mês de março deste ano acusados de integrar um plano para sequestrar e executar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades de segurança pública.
Os assassinatos teriam ocorrido a mando do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que estaria por trás do plano contra Moro. Três detentos teriam participado do crime e confessaram os assassinatos, mas sem esclarecer a motivação.
De acordo com o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), Nefo, 48 anos, foi atacado a facadas no banheiro da prisão e Rê, 48 anos, foi executado também a facadas no pátio da unidade.
Gakiya informou que as execuções ocorreram após o almoço, durante a soltura dos presos para o banho de sol, na Penitenciária 2. Foram os mesmos homens que participaram do crime, primeiro tirando a vida de Nefo e, depois, executando o Rê.