Homenagem póstuma corrige erro que levou a esposa do fundador da igreja a ser perseguida
Frida Vingren Foto: Reprodução
Na última quinta-feira (13), o bispo Abner Ferreira, presidente da Assembleia de Deus – Ministério de Madureira, reconheceu Frida Vingren (1891-1940) como pastora. A esposa do missionário sueco Gunnar Vingren desempenhou vários papéis durante os primeiros anos da Assembleia de Deus no Brasil, mas foi perseguida e precisou voltar para a Suécia, onde adoeceu e chegou a ser internada em uma clínica psiquiátrica.
– Ela saiu daqui angustiada, mas quando nós chegarmos lá no céu, vamos dizer: “Nós tivemos tempo de colocar a senhora na galeria dos pastores que passaram pela gloriosa Assembleia de Deus em São Cristóvão”– reconheceu Ferreira.
Um diploma assinado pelo bispo será transformado em uma placa de bronze que ficará exposta na entrada do templo que o casal Vingren serviu por 15 anos. A leitura do documento foi feita pelo pastor, teólogo e jornalista Geremias Couto que destacou as diversas funções que Frida Vingren realizou.
– Eu não tenho palavras esta noite para expressar os sentimentos do meu coração se não dizer que é a correção de uma injustiça e ao mesmo tempo temos aqui um ensino pedagógico para que erros como este nunca mais se repitam – disse Couto.
O diploma fala das atribuições e prerrogativas legais que Frida Vingren realizou evangelizando, substituindo seu esposo em atividades eclesiásticas, compondo hinos da Harpa Cristã e atuando como jornalista nas publicações Boa Semente, Som Alegre e Mensageiro da Paz.
– Com este resgate histórico fica a missionária Frida Vingren, reconhecida como pastora da Assembleia de Deus de São Cristóvão, Ministério de Madureira – encerrou o pastor.
Lamor Whitehead, fundador e líder da igreja Leaders of Tomorrow International Ministries – Reprodução/X
Lamor Whitehead, conhecido como “bispo bling” devido ao seu estilo de vida luxuoso e roupas de alta-costura, recebeu uma sentença de nove anos de prisão por enganar os fiéis da Leaders of Tomorrow International Ministries, localizada no Brooklyn, em Nova York. A condenação foi proferida pela juíza federal Lorna Schofield do distrito sul de Manhattan, nesta segunda-feira (17).
O pastor, que anteriormente se vangloriava de sua conexão com o prefeito de Nova York e celebridades do hip-hop, ganhou notoriedade em julho de 2022 após um roubo durante uma transmissão ao vivo de um serviço religioso, ocasião em que joias avaliadas em mais de um milhão de dólares foram levadas.
O líder da igreja foi considerado culpado por fraude eletrônica, tentativa de fraude eletrônica, tentativa de extorsão e por mentir a agentes federais em um julgamento concluído em março deste ano. Além da pena de prisão, ele deverá restituir US$ 85 mil às vítimas e pagar uma multa de US$ 95 mil, sendo ainda submetido a três anos de liberdade condicional após o cumprimento da pena.
Lamor Whitehead, conhecido como “bispo bling” – Reprodução
De acordo com a acusação, Whitehead persuadiu uma paroquiana a investir US$ 90 mil de suas economias para aposentadoria, prometendo ajudá-la na compra de uma casa, mas desviou o dinheiro para seu próprio uso, incluindo a compra de itens de luxo. Ele também extorquiu US$5 mil de um empresário, manipulou documentos financeiros para obter empréstimos milionários e falsificou informações para as autoridades.
Esta não é a primeira vez que Whitehead enfrenta problemas legais; em 2008, ele foi condenado por roubo de identidade, cumprindo cinco anos de prisão antes de fundar sua própria igreja após ser libertado.
Damian Williams, promotor público, descreveu Whitehead como um “fraudador que roubou milhões de dólares em uma série de fraudes financeiras e até roubou um de seus próprios paroquianos”. “Ele mentiu para agentes federais e mentiu novamente para o Tribunal em seu julgamento”, completou a autoridade.
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