« 1 ... 52 53 54 (55) 56 57 58 ... 1080 »
Brasil : BB financiou ex-juiz de Rondônia investigado por grilagem com fazenda 96% desmatada
Enviado por alexandre em 04/07/2024 15:46:58

Financiados por BB e Banco da Amazônia, pecuaristas apontados como invasores de parque estadual em RO forneceram gado a JBS e Marfrig, como revelou a Repórter Brasil
Por Ana Carolina Amaral | Edição Bruna Borges
 

PRESOS APÓS INVESTIGAÇÃO do Ministério Público de Rondônia, dois invasores do parque estadual Guajará-Mirim obtiveram crédito rural do Banco do Brasil (BB) e do Banco da Amazônia (Basa), de acordo com dados do Banco Central obtidos pelo Greenpeace e acessados pela Repórter Brasil.

Um dos beneficiados foi o ex-juiz Hedy Carlos Soares. Em menos de dois meses, entre junho e agosto de 2021, ele conseguiu quatro concessões de crédito rural do Basa para bovinocultura e aquisição de animais em sua fazenda Prosperidade, no município de Buritis (RO).

Com uma área total de 946 hectares, a fazenda Prosperidade teve 130 hectares desmatados entre 2012 e 2021, de acordo análise do Greenpeace baseada nos dados de satélite do Prodes, programa de monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Um ano depois, o ex-juiz conseguiu mais uma emissão de crédito rural para a mesma propriedade, somando um total de mais de R$ 2,4 milhões.

O último crédito foi emitido em 1º de agosto de 2022. Quinze dias depois, Soares seria preso por determinação do Tribunal de Justiça de Rondônia por ter dado sentenças que o favoreciam. Uma delas legitimou a posse da fazenda Cantão, inserida no parque Guajará-Mirim e da qual o juiz era arrendatário.

ASSINE NOSSA NEWSLETTER

O juiz movimentou pelo menos 300 cabeças de gado entre as fazendas Cantão e Prosperidade, de acordo com Guias de Trânsito Animal (GTAs) citadas nas investigações do Ministério Público.

Em maio, a Repórter Brasil já havia revelado que pessoas apontadas como laranjas do juiz forneceram por anos gado à JBS e Marfrig, que admitiram a relação com os fornecedores e informaram que eles foram bloqueados.

:: Leia mais: Caso de grilagem liga frigoríficos a rede de corrupção e lavagem de dinheiro ::

Outra fazenda a apenas 400 metros da propriedade Cantão, a Recanto, em Nova Mamoré (RO), recebeu do Banco do Brasil R$ 251 mil, em janeiro de 2020, para aquisição e manutenção de animais. Seu proprietário, Walvernags Cotrin Gonçalves, foi preso no último novembro por invasão ao parque estadual Guajará-Mirim. Segundo as investigações do Ministério Público, ele le atuava no mesmo grupo do ex-juiz.

A catltle herd seized in November remains in a conservation unit under constant armed surveillance to prevent offenders from taking the animals and selling them to slaughterhouses. (Photo: Alessandro Falco/Repórter Brasil)
Militares patrulham gado aprendido em operaçoes de desintruçao de fazendeiros no Parque Estadual Guajará-Mirim (Foto: Alessandro Falco/Repórter Brasil)

Na época em que recebeu o crédito, a propriedade tinha menos de 4% da sua área com vegetação nativa. Dos 419,05 hectares da fazenda Recanto, 402 hectares foram desmatados entre 2013 e 2015, de acordo com os dados de satélite do Prodes/Inpe analisados pelo Greenpeace. O montante equivale a 95,9% da propriedade.

Isso significa que, ainda que tenha obtido autorização para a derrubada da vegetação, a propriedade está irregular em relação às áreas mínimas de conservação em propriedades rurais previstas pelo Código Florestal. A lei federal prevê que, além de manter conservadas as Áreas de Preservação Permanente em margens de rios e topos e encostos de morros, as propriedades rurais devem manter uma parcela de vegetação nativa denominada Reserva Legal. Na Amazônia, a Reserva Legal deve corresponder a 80% da propriedade em áreas de florestas.

Questionada pela reportagem, a Sedam, secretaria estadual de desenvolvimento ambiental de Rondônia, não respondeu se as fazendas Prosperidade e Recanto contavam com autorização do órgão para o desmate – as chamadas autorização para supressão de vegetação (ASV).

Como bancos restringem crédito a infratores

A responsabilidade das instituições financeiras vem sendo regulamentada por normas do Banco Central desde 2008 para restringir o crédito rural a infratores ambientais. Já a responsabilização da cadeia da pecuária na Amazônia por fornecedores ligados a crimes ambientais contam apenas com diretrizes do protocolo Boi na Linha, uma iniciativa do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) em parceria com o  Ministério Público Federal. 

As resoluções do Banco Central foram atualizadas em 2023 com normas mais rígidas, que vetam o crédito a propriedades com áreas embargadas, com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) suspenso ou com sobreposição a unidades de conservação, terras indígenas e florestas públicas em todo o país.

Ainda assim, segundo análise do Greenpeace, as normas atuais são insuficientes para evitar a concessão de créditos a desmatadores. No relatório Bancando a Extinção, publicado no último abril, a ONG revelou que 10.074 propriedades inseridas total ou parcialmente em unidades de conservação na Amazônia foram beneficiadas por recursos do crédito rural entre 2018 e 2022.

Também receberam o financiamento 24 propriedades sobrepostas a 7 terras indígenas, 21.692 imóveis sobrepostos a florestas públicas não destinadas; 798 imóveis financiados com embargo do Ibama e 29.502 propriedades com desmatamento.

A pesquisa foi realizada a partir do cruzamento de bancos de dados públicos, como o Sicor (Sistema de Operações do Crédito Rural) do Banco Central, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e os dados de desmatamento do Prodes/Inpe. As propriedades de Hedy Carlos Soares e Walvernags Cotrin Gonçalves estão entre os casos apurados pelo Greenpeace.  

“Os bancos alegam que concederam os créditos antes da norma mais recente do Banco Central, de 2023, entrar em vigor. Mas nós temos leis, como a de crimes ambientais, e elas são soberanas. Como os bancos ignoram a legislação?“, questiona Thais Bannwart, porta-voz do Greenpeace Brasil.

Normas aprimoradas para concessão de crédito

A partir da denúncia do Greenpeace, o Ministério Público Federal publicou uma recomendação no início de junho para que os bancos cancelem crédito rural para propriedades em áreas de conservação na Amazônia. As instituições têm 30 dias para responder.

Em seu relatório, o Greenpeace sugere novos critérios de concessão de crédito para evitar as brechas encontradas pela pesquisa. Elas seriam sanadas, segundo a ONG, com medidas como a exigência de autorização para supressão de vegetação (ASV) e a rastreabilidade do gado – que evitaria o uso do crédito rural para adquirir animais ligados a desmatamento.  

Outra sugestão da ONG muda o alvo do escrutínio: o veto de recursos passaria a mirar o  proprietário que tenha embargos ou autuações em quaisquer de suas propriedades – e não só a propriedade inscrita para a operação de crédito, como manda o critério atual.

As mudanças fechariam as brechas que permitiram a concessão de créditos a Hedy Carlos Soares e Walvernags Cotrin Gonçalves. Os advogados de ambos foram procurados pela reportagem por e-mail, mas não retornaram aos contatos.

“Casos como o de Walvernags Cotrin Gonçalves, que recebeu financiamento do Banco do Brasil para uma fazenda com 96% da área desmatada, ilustram que nem mesmo a primeira norma do Conselho Monetário Nacional que fez exigências ambientais para o crédito rural para o bioma Amazônia – a resolução CMN 3545/2008 – está sendo cumprida”, avalia a especialista em finanças sustentáveis Luciane Moessa, diretora da Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis e ex-procuradora do Banco Central.

O Banco do Brasil é o maior operador do crédito rural na Amazônia Legal, segundo o Greenpeace. Somente em 2022, a instituição concedeu 44,10% do valor dos contratos de crédito rural na região. O BB ficou em 8º lugar entre dez grandes bancos avaliados no Rasa (Ranking da Atuação Socioambiental de instituições financeiras), desenvolvido pela Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis.

Já o Banco da Amazônia foi avaliado pelo Rasa no ranking dos bancos de desenvolvimento e agências de fomento e ficou em 2º lugar, atrás somente do BNDES.

Questionados sobre a concessão de crédito a invasores do parque Guajará-Mirim, os dois bancos reafirmaram suas políticas através de nota, mas não mencionaram os casos apresentados pela reportagem.

“O BB não comenta casos específicos em respeito ao sigilo bancário”, afirma a nota do Banco do Brasil, acrescentando que o banco “está seguro sobre a conformidade em seus processos de concessão de crédito”. A íntegra da nota pode ser lida aqui.

Já o Banco da Amazônia afirmou que está em constante aprimoramento dos critérios de avaliação de riscos socioambientais e climáticos. “Atualmente, esses critérios incluem a verificação automática de sobreposição com áreas indígenas, quilombolas, reservas públicas, unidades de conservação e embargos”, diz a nota do banco.

Leia também

Brasil : Gelatina da pele do tambaqui é desenvolvida por pesquisadores da Embrapa
Enviado por alexandre em 04/07/2024 00:29:34


Pesquisadores obtêm gelatina da pele do tambaqui

  • Produção usa pele, que era descartada ou enviada para indústrias de ração.
  • Avanço agrega valor e reduz resíduos do processamento..
  • A gelatina de pele de tambaqui pode servir para produzir filmes, microcápsulas para remédios e espessantes de alimentos.
  • Gelatina à base do peixe nativo é alternativa para similares feitas de suínos e bovinos.

 

Pesquisadores da Embrapa encontraram uma alternativa para substituir a gelatina convencional que é desenvolvida a partir do couro bovino e suíno. Eles obtiveram sucesso ao obter gelatina da pele do tambaqui (Colossoma macropomum), peixe nativo brasileiro de grande relevância econômica

A pele, as escamas e a cabeça, geralmente, são utilizadas para fabricação de ração para peixes. No entanto, a gelatina produzida tem aplicações alimentícias e farmacêuticas, ou seja, transforma-se em um coproduto com maior valor agregado. As propriedades observadas indicam que a gelatina de pele de tambaqui pode servir para diversas aplicações, incluindo filmes, microcápsulas para remédios, espessantes etc. A iniciativa ainda pode contribuir para a redução de resíduos.

 

Piscicultura em crescimento

A produção de peixes no Brasil tem crescido substancialmente, além de ter aperfeiçoado seu processamento. Pesquisas estão sendo realizadas pela Embrapa, no projeto BRS Aqua, para melhorar e ampliar a cadeia. De acordo com o Anuário da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR 2022), a produção nacional de pescado aumentou 45% desde 2014. A tilápia responde por 65% da produção. Em relação a espécies nativas, o tambaqui lidera, com mais de 30% da produção total.

O projeto Ações estruturantes e inovação para o fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura no Brasil (BRS Aqua) tem apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Trata-se de uma rede coordenada pela Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) e dela fazem parte mais de 240 empregados de 23 unidades da empresa, além de mais de 60 parceiros, entre públicos e privados.

 

De acordo com o pesquisador Manuel Antônio Jacintho (foto à direita), da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), dependendo da espécie e do tipo de produto, até 50% das matérias-primas iniciais são descartadas, incluindo cabeças, carcaças, pele e escamas. "A conversão dos resíduos em produtos de valor torna a cadeia mais sustentável", destaca Jacintho.

O pesquisador lembra que a diversidade de espécies de peixes nativos brasileiros para consumo humano é grande. Assim, há um potencial para maior exploração das propriedades tecnológicas dos resíduos da cadeia pesqueira.

O tambaqui é o peixe nativo mais produzido no Brasil. “É importante mostrar seu diferencial em relação a outros peixes. Mostrar que a gelatina da pele de tambaqui possui características tecnológicas capazes de substituir as gelatinas bovinas e suínas. A composição de aminoácidos é mais rica do que a de peixes de água fria. A força de gel (consistência) pode ser comparada a de bovinos e suínos”, explica Fernanda Ramalho Procópio, bolsista CNPq de pós-doutorado na época do estudo.

Vários fatores interferem na composição da pele do peixe, como espécie, idade, sexo e tipo de alimento. O teor de proteína pode influenciar no rendimento da extração da gelatina e na composição de aminoácidos. Além disso, o alto teor de gordura dificulta a obtenção de um produto inodoro e translúcido, importante na percepção dos consumidores.

Nesse aspecto, o tambaqui apresentou vantagem; sua pele possui maior teor de proteína (27,10 ± 0,02) e menor teor de gordura (1,17 ± 0,08) do que outras espécies. Com isso, o rendimento de extração da gelatina da pele foi de quase 60%. Os principais aminoácidos encontrados foram glicina, prolina e hidroxiprolina, responsáveis pela sua firmeza.

 

Gelatina de boa qualidade

A gelatina da pele do tambaqui apresentou características adequadas aos padrões do produto convencional. O rendimento de extração foi de aproximadamente 53% (com base na pele inicial seca), poder de gelificação adequado (força de Bloom média), baixa turbidez e níveis significativos de aminoácidos, que influenciam na resistência do gel.

Segundo o supervisor do Laboratório de Tecnologia da Biomassa da Embrapa Agroindústria Tropical (CE), Adriano Mattos, a temperatura de gelificação observada (16 °C) apresentou-se compatível com a da gelatina bovina comercial (17 °C). O comportamento térmico da gelatina da pele do tambaqui foi investigado por meio de calorimetria exploratória diferencial. Ele complementa que a temperatura de início de degradação, em torno de 105 °C, favorece sua aplicação potencial no desenvolvimento de novos materiais na indústria alimentícia e farmacêutica.

A força de gel (consistência) foi de 123 ± 20 gramas, o que a classifica como Bloom médio. As gelatinas comerciais são normalmente classificadas com base nos valores de Bloom alto (200-300 gramas), médio (100-200 gramas) e baixo (50-100 gramas). A cor esbranquiçada, inodora e sem turbidez está dentro dos requisitos comerciais da gelatina.

 

 

Foto: Fernanda Ramalho Procópio

 

Potencial

Com Bloom médio, a gelatina da pele de tambaqui pode ser adequada para determinados produtos, para clarificar bebidas e para produção de cápsulas moles.

O maior teor de aminoácidos, em comparação com outras espécies de peixes, sugere que a pele do tambaqui também poderia servir como uma fonte valiosa de peptídeos de colágeno. Segundo Fernanda Procópio, embora esse aspecto não tenha sido o foco principal do trabalho, várias investigações demonstraram o potencial da utilização de resíduos de pesca como fonte de peptídeos bioativos.

“Explorar aplicações e estratégias para a utilização de resíduos do processamento de tambaqui contribui para o desenvolvimento de uma economia circular na indústria de processamento de pescado, aumentando potencialmente a renda do produtor e reduzindo o impacto ambiental associado ao descarte de resíduos”, explica Manuel Jacintho.

As características da gelatina a tornam um material promissor para a produção de micropartículas, filmes e hidrogéis. A sequência desse trabalho já está em andamento, investigando a potencial aplicação deste material na produção de filmes como componentes de embalagens de alimentos.

 

Artigo

O estudo foi publicado na revista internacional Journal of aquatic food product technology (2024, vol. 33), com o título An Enhancement to Development, Characterization and Potential Application of Gelatin Extracted from Native Brazilian Fish Skin (Uma melhoria no desenvolvimento, caracterização e potencial de Aplicação de Gelatina Extraída de Pele de Peixe Nativo Brasileiro).

 

Gisele Rosso (MTb 3.091/PR)
Embrapa Pecuária Sudeste

Contatos para a imprensa

Telefone: (16) 98190-9090


Pesquisadores da Embrapa encontraram uma alternativa para substituir a gelatina convencional que é desenvolvida a partir do couro bovino e suíno. Eles obtiveram sucesso ao obter gelatina da pele do tambaqui (Colossoma macropomum), peixe nativo brasileiro de grande relevância econômica.

A pele, as escamas e a cabeça, geralmente, são utilizadas para fabricação de ração para peixes. No entanto, a gelatina produzida tem aplicações alimentícias e farmacêuticas, ou seja, transforma-se em um coproduto com maior valor agregado.

Leia também: Hormônio de crescimento do tambaqui é produzida em laboratório pela primeira vez

As propriedades observadas indicam que a gelatina de pele de tambaqui pode servir para diversas aplicações, incluindo filmes, microcápsulas para remédios, espessantes etc. A iniciativa ainda pode contribuir para a redução de resíduos.
Piscicultura em crescimento
Foto: Fernanda Ramalho Procópio

A produção de peixes no Brasil tem crescido substancialmente, além de ter aperfeiçoado seu processamento. Pesquisas estão sendo realizadas pela Embrapa, no projeto BRS Aqua, para melhorar e ampliar a cadeia. De acordo com o Anuário da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR 2022), a produção nacional de pescado aumentou 45% desde 2014. A tilápia responde por 65% da produção. Em relação a espécies nativas, o tambaqui lidera, com mais de 30% da produção total.

O projeto Ações estruturantes e inovação para o fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura no Brasil (BRS Aqua) tem apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Trata-se de uma rede coordenada pela Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) e dela fazem parte mais de 240 empregados de 23 unidades da empresa, além de mais de 60 parceiros, entre públicos e privados.

De acordo com o pesquisador Manuel Antônio Jacintho, da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), dependendo da espécie e do tipo de produto, até 50% das matérias-primas iniciais são descartadas, incluindo cabeças, carcaças, pele e escamas.

    “A conversão dos resíduos em produtos de valor torna a cadeia mais sustentável”, destaca Jacintho.

O pesquisador lembra que a diversidade de espécies de peixes nativos brasileiros para consumo humano é grande. Assim, há um potencial para maior exploração das propriedades tecnológicas dos resíduos da cadeia pesqueira. O tambaqui é o peixe nativo mais produzido no Brasil.

    “É importante mostrar seu diferencial em relação a outros peixes. Mostrar que a gelatina da pele de tambaqui possui características tecnológicas capazes de substituir as gelatinas bovinas e suínas. A composição de aminoácidos é mais rica do que a de peixes de água fria. A força de gel (consistência) pode ser comparada a de bovinos e suínos”, explica Fernanda Ramalho Procópio, bolsista CNPq de pós-doutorado na época do estudo.

Vários fatores interferem na composição da pele do peixe, como espécie, idade, sexo e tipo de alimento. O teor de proteína pode influenciar no rendimento da extração da gelatina e na composição de aminoácidos. Além disso, o alto teor de gordura dificulta a obtenção de um produto inodoro e translúcido, importante na percepção dos consumidores.

Nesse aspecto, o tambaqui apresentou vantagem; sua pele possui maior teor de proteína (27,10 ± 0,02) e menor teor de gordura (1,17 ± 0,08) do que outras espécies. Com isso, o rendimento de extração da gelatina da pele foi de quase 60%. Os principais aminoácidos encontrados foram glicina, prolina e hidroxiprolina, responsáveis pela sua firmeza.
Gelatina de boa qualidade
Foto: Fernanda Ramalho Procópio

A gelatina da pele do tambaqui apresentou características adequadas aos padrões do produto convencional. O rendimento de extração foi de aproximadamente 53% (com base na pele inicial seca), poder de gelificação adequado (força de Bloom média), baixa turbidez e níveis significativos de aminoácidos, que influenciam na resistência do gel.

Segundo o supervisor do Laboratório de Tecnologia da Biomassa da Embrapa Agroindústria Tropical (CE), Adriano Mattos, a temperatura de gelificação observada (16 °C) apresentou-se compatível com a da gelatina bovina comercial (17 °C). O comportamento térmico da gelatina da pele do tambaqui foi investigado por meio de calorimetria exploratória diferencial. Ele complementa que a temperatura de início de degradação, em torno de 105 °C, favorece sua aplicação potencial no desenvolvimento de novos materiais na indústria alimentícia e farmacêutica.

A força de gel (consistência) foi de 123 ± 20 gramas, o que a classifica como Bloom médio. As gelatinas comerciais são normalmente classificadas com base nos valores de Bloom alto (200-300 gramas), médio (100-200 gramas) e baixo (50-100 gramas). A cor esbranquiçada, inodora e sem turbidez está dentro dos requisitos comerciais da gelatina.
Potencial

Com Bloom médio, a gelatina da pele de tambaqui pode ser adequada para determinados produtos, para clarificar bebidas e para produção de cápsulas moles.

O maior teor de aminoácidos, em comparação com outras espécies de peixes, sugere que a pele do tambaqui também poderia servir como uma fonte valiosa de peptídeos de colágeno. Segundo Fernanda Procópio, embora esse aspecto não tenha sido o foco principal do trabalho, várias investigações demonstraram o potencial da utilização de resíduos de pesca como fonte de peptídeos bioativos.

    “Explorar aplicações e estratégias para a utilização de resíduos do processamento de tambaqui contribui para o desenvolvimento de uma economia circular na indústria de processamento de pescado, aumentando potencialmente a renda do produtor e reduzindo o impacto ambiental associado ao descarte de resíduos”, explica Manuel Jacintho.

Foto: Fernanda Ramalho Procópio

As características da gelatina a tornam um material promissor para a produção de micropartículas, filmes e hidrogéis. A sequência desse trabalho já está em andamento, investigando a potencial aplicação deste material na produção de filmes como componentes de embalagens de alimentos.
Artigo

O estudo foi publicado na revista internacional Journal of aquatic food product technology (2024, vol. 33), com o título An Enhancement to Development, Characterization and Potential Application of Gelatin Extracted from Native Brazilian Fish Skin (Uma melhoria no desenvolvimento, caracterização e potencial de Aplicação de Gelatina Extraída de Pele de Peixe Nativo Brasileiro).

*Com informações da Embrapa ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/inovacao-e-tecnologia/gelatina-da-pele-do-tambaqui-e-desenvolvida-por-pesquisadores-da-embrapa/

Brasil : Pesquisa sobre melhoramento genético do açaí-do-Amazonas visa maior produtividade e qualidade
Enviado por alexandre em 04/07/2024 00:25:56

Em Manaus (AM), um estudo apoiado pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), busca estabelecer uma população base para o melhoramento genético do açaí do Amazonas (E. precatoria). A pesquisa, realizada por cientistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Ocidental), pretende obter cultivares do açaí-do-Amazonas para contribuir no aumento de produtividade e qualidade do fruto dos plantios do açaizeiro no estado.

Coordenado pelo doutor em Agronomia, Ricardo Lopes, da Embrapa Amazônia Ocidental, o projeto “Formação de população base para o melhoramento genético do açaí-do-Amazonas”, amparado pelo Programa Estratégico de Desenvolvimento do Setor Primário Amazonense (Prospam/Fapeam), Edital Nº 008/2021, avalia progênies (descendência de um indivíduo) de meios-irmãos, provenientes de coletas realizadas em diferentes municípios do estado e que representam a variabilidade genética da espécie.

O projeto já conta com aproximadamente 60 progênies em campo, provenientes de coletas em dez diferentes municípios do Amazonas. Segundo o pesquisador, a espécie E. precatória, conhecida popularmente pelos nomes de açaí-do-Amazonas, açaí-solteiro ou açaí-da-mata, tem ocorrência natural nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e em parte do Pará.

O método de melhoramento genético que o projeto propõe é a seleção recorrente, cujo objetivo é obter ganhos genéticos aumentando a frequência de genes favoráveis em uma população através de sucessivos ciclos de seleção a partir de uma população inicial de plantas.
Foto: Ricardo Lopes/Acervo pessoal

A seleção é baseada em procedimentos genéticos-estatísticos usando dados da avaliação fenotípicas das plantas, ou seja, da avaliação das características de interesse agronômico e ou agroindustrial.

    “Esses ganhos genéticos são representados por aumento de produção e qualidade de frutos, precocidade de produção, redução do crescimento das plantas em altura, resistência a pragas e doenças, entre outras características que forem favoráveis para o cultivo, a agroindústria ou para o mercado”, explicou Ricardo Lopes.

O coordenador da pesquisa destaca que entre os fatores que motivaram o desenvolvimento da pesquisa está o potencial produtivo e a qualidade diferenciada dos frutos da espécie E. precatória, que é nativa, portanto adaptada às condições locais, e principal fonte do açaí produzido no Amazonas.

    “Acreditamos que com o desenvolvimento de tecnologias para cultivo do açaí-do-Amazonas haverá maior interesse no plantio da espécie, e os produtores terão uma excelente oportunidade para melhor uso de áreas já antropizadas (cujas características originais foram alteradas) e subaproveitadas ou utilizadas com culturas exóticas com menor rentabilidade do que o açaí”, enfatizou.

Além dos ganhos econômicos para os produtores, que serão obtidos com aumento de produtividade e qualidade dos frutos, por apresentar ciclo de produção diferenciado das cultivares do açaizeiro E. oleracea (Açaí-do-Pará), o pesquisador destaca que as agroindústrias poderão fazer melhor aproveitamento das instalações de processamento e armazenamento, que ficam ociosas no período de entressafra dessa espécie.
Processo

O primeiro plantio foi realizado em 2019. Atualmente, as plantas mais velhas estão saindo da fase vegetativa e entrando na etapa produtiva, emitindo as primeiras inflorescências (conjunto de flores), que vão produzir os cachos que serão avaliados para determinar o potencial produtivo e a qualidade dos frutos.

Ricardo Lopes enfatiza que a atividade é recente e pioneira, uma vez que ainda não existem cultivares melhoradas da espécie. Para a maioria das culturas agrícolas de expressão econômica, o melhoramento genético foi responsável pela maior parte dos ganhos em produtividade e qualidade já obtidos, mas ele reforça que o melhoramento genético é um processo longo e que exige recursos constantes para manutenção das populações em campo.

O grupo de pesquisa tem registrado informações relacionadas acerca do crescimento das plantas, ocorrência de deficiências nutricionais, pragas e doenças, além de entender como a espécie se comporta em condições de cultivo.

Além disso, o projeto também contribuiu para despertar o interesse de pesquisadores de outras áreas para realizar estudos com a espécie. No momento, o projeto conta com a parceria de cientistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) de Manaus e de Itacoatiara, e também do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), que tem auxiliado na identificação e coleta de sementes nos municípios do interior do estado.

    “O apoio financeiro recebido pela Fapeam foi imprescindível para conseguirmos realizar as coletas de sementes em municípios do interior do estado, formação das mudas, plantio e manutenção das plantas no campo”, finalizou.

Prospam

O Programa apoia pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação, ou de transferência tecnológica, que representem contribuição significativa para o desenvolvimento do setor primário do estado do Amazonas, visando à produção sustentável e adequada à realidade regional.

*Com informações da Agência Amazonas  ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/inovacao-e-tecnologia/pesquisa-sobre-melhoramento-genetico-do-acai-do-amazonas-visa-maior-produtividade-e-qualidade/

Brasil : O PÊNIS PODE DIMINUIR DE TAMANHO COM O PASSAR DOS ANOS? DESCUBRA
Enviado por alexandre em 03/07/2024 10:32:52

O pênis é cercado de muitos mitos; veja, abaixo, o que é fato e o que é fake sobre o órgão sexual masculino

 Embora o pênis seja tema de muitas reflexões, rodeado de mitos e especulações, muitas pessoas realmente podem não saber reais informações sobre o órgão sexual masculino. Não à toa, espalham-se mitos que vão de explicações evolucionárias sobre por que os pênis podem parecer cogumelos até se eles ficam menores com o passar dos anos.

 

O Metrópoles, então, esclarece o que é fato e o que é fake quando o assunto é o pênis.

 

Veja também

 

HORÓSCOPO DO SEXO 2024: veja as previsões de cada signo em julho

 

Desinteresse? Entenda o que é orbiting, termo que viralizou nas redes

 

EXISTE UM TAMANHO PADRÃO?

 

Pênis Pode Diminuir? 9 Situações Em Que Pode Parecer Menor

 

Em entrevista ao jornal inglês The Sun, a pesquisadora Philippa Kaye explicou que o tamanho médio do pênis é de aproximadamente 9 cm quando flácido/mole e cerca de 13 cm quando ereto.

 

Ao Metrópoles, o urologista Igor Valente Coimbra acrescenta: “Diferentes estudos em diferentes países costumam ter médias ligeiramente diferentes. Um dos maiores estudos realizados, juntando vários artigos de países diferentes, coloca como média um pênis flácido com comprimento de 9,2 cm, variando 1,6 cm para mais ou para menos e o pênis ereto com 13,1 cm, podendo variar 1,7 cm para mais ou para menos.”

 

Muito se fala sobre o tamanho do pênis, principalmente em grupos masculinos, mas, de acordo com uma pesquisa organizada pela ZipHealth, o tamanho ideal do pênis, na opinião das mulheres, é de 13,97 centímetros de comprimento e 11,43 centímetros de circunferência.

 

A percepção foi feita a partir de entrevistas com 800 mulheres heterossexuais ou bissexuais, 100 homens gays e 100 homens heterossexuais para explorar a importância do comprimento e da circunferência.

 

DÁ PARA QUEBRAR O PÊNIS?

 

Pênis pequeno: produtos do dia a dia podem interferir no tamanho - Mundo  Masculino - iG

 

De acordo com o Igor Valente Coimbra, apesar do pênis não ter osso nem estrutura rígida, dá para “quebrar”, sim. Porém, o termo mais correto seria “rasgo” ou fratura. “Geralmente ocorre durante relações sexuais vigorosas, quando o pênis escapa e se choca contra a borda”, comenta.

 

O TAMANHO DO PÉ REFLETE O TAMANHO DO PÊNIS?

 

Existe ligação entre o tamanho dos pés e o tamanho do pênis? - Saúde Minuto

 

Não. Um estudo que analisou os pênis de mais de 100 homens de idades variadas analisou o tamanho do sapato e o comprimento do pênis e não encontrou nenhuma correlação entre os dois.

 

O PÊNIS PODE DIMINUIR COM A IDADE?

 

O pênis pode diminuir ao longo da vida? - GQ | Corpo

 

Coimbra acrescenta que é comum que o pênis diminua com a idade, principalmente depois que o homem deixa de ter vida sexual ativa. A falta de ereções frequentes pode levar a esse processo.

 

Já o urologista Rodrigo Trivilato defende que o pênis não diminui. O que acontece é que, com o aumento da idade, pode haver uma alteração da produção hormonal e, consequentemente, o número de ereções.

 

O PÊNIS PODE APONTAR EM QUALQUER DIREÇÃO?

 

Mitos e verdades: especialista esclarece 5 fatos sobre o pênis - Folha PE

 

Segundo Trivilato, “normalmente o pênis não é um órgão reto, ele tende a apontar para um dos lados.” Apesar disso, o médico acrescenta que é importante estar atento, pois existem doenças que fazem o pênis ficar torto.

 

TER VÁRIAS EREÇÕES AO LONGO DO DIA É NORMAL?

 

Problemas com ereção? Saiba como tratar a disfunção erétil - Supera Farma

 

“É normal e saudável ter várias ereções ao longo do dia. As mais comuns são as noturnas e matinais. Estas ereções levam sangue rico em oxigênio ao pênis, garantindo sua saúde”, comenta Rodrigo.

 

POR QUE O PÊNIS TEM FORMATO DE COGUMELO?

 

Por que o pênis humano tem formato de cogumelo? Surpreendente pesquisa  encontrou a resposta

Fotos: Reprodução/Internet

 

Segundo a lógica evolutiva, pode parecer óbvio que a haste do pênis tenha formato cilíndrico ou tubular, para que possa se encaixar dentro do tubo muscular da vagina.

 


 

Já a “cabeça do cogumelo”, ou melhor, a glande do pênis é coberta pelo prepúcio, a menos que ele seja removido na circuncisão, que se enrola durante a ereção, expondo a cabeça.

 

Fonte: Metrópoles

LEIA MAIS

Brasil : Apesar de menor registro de desmatamento, seca aumenta incêndios na Amazônia em 36%
Enviado por alexandre em 03/07/2024 10:30:46

Apesar da redução de 50% no desmatamento na Amazônia, a pior seca em 125 anos aumentou o fogo em outras regiões do bioma, elevando a área queimada total para 10 milhões de hectares, 36% a mais do que em 2022. Dados foram publicados Nota Técnica Amazônia em Chamas nº 12 (no fim da máteria), produzida por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e Nasa, publicada dia 28 de junho.

    “Tivemos a redução do desmatamento e da área queimada nos municípios do chamado Arco do Desmatamento, mas houve um aumento no restante do bioma . A gente sempre pensa que reduzir o desmatamento vai ajudar a reduzir o fogo, mas os resultados deste estudo demonstram claramente os efeitos das condições climáticas nesse processo”, destaca Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM e uma das autoras da nota.

O estudo aponta que, dos 71 municípios considerados prioritários para ações ambientais do governo federal, todos localizados no Arco do Desmatamento, 62 viram uma redução na área desmatada, representando 88% de toda a redução no desmatamento em 2023. Além disso, dos 180 municípios amazônicos que conseguiram reduzir sua área queimada no ano passado, 47 eram prioritários e responderam por 68% da redução da área queimada registrada neste grupo.

Os dados confirmam uma redução do desmatamento e da área queimada na região do Arco, que vai do norte do Acre ao sudeste do Pará, passando pelo norte de Rondônia e sul do Amazonas. Ao todo, são cerca de 50 milhões de hectares de fronteira agrícola onde tipicamente encontram-se os maiores índices de desmatamento da Amazônia.

Apesar disso, a porção norte da floresta passou pelo caminho oposto: a área queimada aumentou em 245 dos municípios, sendo apenas 24 considerados prioritários pelo governo, totalizando um crescimento de 4 milhões de hectares nessa região. A mudança também pode ser percebida nos meses com mais alertas de fogo. Se em 2022 a floresta queimou principalmente nos meses de agosto e setembro, 2023 registrou uma área queimada maior em fevereiro e março, quando o norte da floresta está mais seco.

    “Viemos de um ano com uma seca severa e estamos iniciando um ano mais seco do que o normal, anunciando que vamos ter dificuldades com o período de queimadas. Uma das recomendações é que prestemos atenção na geografia dos incêndios florestais e das áreas afetadas pela seca. A  gente viu que teve essa diminuição no Arco do Desmatamento, mas uma outra região foi muito impactada e isso elevou bastante a área queimada”, alerta Ane.

Perfil das queimadas mudou

A combinação de redução do desmatamento e aumento da seca também trouxe mudanças nos perfis das queimadas, criando dificuldades para a estratégia de combate ao fogo. Em 2023, 57% do fogo atingiu áreas de vegetação nativa, principalmente campos e florestas, enquanto áreas de pastagem concentraram 43% da área queimada. O resultado é o inverso do registrado em 2022, quando 37% da área queimada era natural e 62% eram áreas de uso agropecuário.

A mudança  reflete as diferenças entre o norte da Amazônia, mais preservado e coberto por florestas, e o sul, com uma agricultura consolidada e mais áreas de pastagem.

Dentro dos incêndios florestais, a área queimada em florestas aumentou 123%, passando de 1,3 milhão de hectares em 2022 para 3 milhões em 2023. Os campos naturais – que incluem campos alagados, campinaranas e lavrados – queimaram 93% a mais do que em 2022, passando de 2,3 milhões de hectares afetados pelo fogo para 4,5 milhões.

    “É importante intensificar as medidas para conter o desmatamento na porção norte da Amazônia, de forma a reduzir as possíveis fontes de ignição para incêndios. Esse ponto de atenção se faz presente para a estação seca de 2024, em que a Amazônia, apesar da instalação do La Niña, que provoca mais chuvas na região, ainda apresenta riscos de sofrer com um meio de estação seca muito severa, devido ao estresse hídrico do ano anterior não ter sido suprido pelo período chuvoso no início de 2024, acendendo a luz crítica de alarme para a nova estação de fogo”, alertam os pesquisadores na nota.

Confira a Nota Técnica:
Amazonia-em-Chamas-12_v01Baixar

*Com informações do IPAM ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/apesar-de-menor-registro-de-desmatamento-seca-aumenta-incendios-na-amazonia-em-36/

« 1 ... 52 53 54 (55) 56 57 58 ... 1080 »
Publicidade Notícia