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Brasil : Tráfico e garimpo ilegal compartilham aviões e pilotos para lavar dinheiro na Amazônia
Enviado por alexandre em 12/06/2024 15:50:28

nvestigações da Polícia Federal revelam laços suspeitos entre traficantes, garimpeiros e empresários envolvidos com os chamados 'narcogarimpos', que usam a exploração de ouro para lavar o dinheiro do tráfico de drogas
Por Hyury Potter* | Edição Diego Junqueira
 

Quando a Polícia Federal do Paraná detonou uma operação sobre tráfico internacional de drogas, em novembro de 2020, Heverton Soares Oliveira, o “Grota”, sequer era alvo dos agentes. Mesmo assim, segundo a PF, ele achou melhor se esconder em um garimpo ilegal de ouro em Itaituba (PA), a 3.000 quilômetros de Curitiba.

Até aquela investigação, Grota parecia apenas um empresário de sucesso no Pará, com investimentos em fazendas, gado e mineração. Mas seus negócios no município mais garimpeiro do Brasil já estavam no radar das autoridades.

Grota entraria de fato na mira da PF em outra operação, a Narcos Gold, no ano seguinte. Ele e um piloto de avião apontado como seu sócio – e que chegou a ser preso em 2004 acusado de prestar serviços ao traficante Fernandinho Beira-Mar – controlariam dezenas de aeronaves e pistas clandestinas usadas para o transporte de ouro e cocaína.

As investigações da PF jogam luz sobre o emaranhado de conexões entre traficantes, garimpeiros, policiais e empresários suspeitos de envolvimento com os chamados “narcogarimpos”.

Esse modelo foi adotado por cartéis de drogas na Amazônia para lavagem de dinheiro por meio da exploração de ouro – um mercado com falhas de fiscalização e brechas para práticas criminosas.

Para desvendar essas relações, a Repórter Brasil seguiu o rastro de dez operações da PF deflagradas nos últimos cinco anos e mergulhou em mais de 17 mil páginas de documentos.

Os agentes investigaram um total de R$ 27 bilhões em bens e negócios suspeitos, prenderam 225 pessoas e pediram a apreensão de 236 aeronaves. No entanto, os processos se arrastam na Justiça.

É o que acontece com as denúncias envolvendo Grota, apontado como líder de organização criminosa e chefe de narcogarimpos pela PF. Depois de nove meses foragido, o empresário derrubou na Justiça um pedido de prisão e recuperou aeronaves apreendidas. Hoje, responde às acusações em liberdade.

A defesa de Grota chama o inquérito da Narcos Gold de “estória com aspectos mirabolantes” e afirma que as investigações, mesmo se estendendo por quase três anos, “não conseguiram juntar aos autos uma única prova das acusações”. Leia a íntegra da resposta aqui.

Ouro e pó

A PF afirma que o grupo comandado por Grota movimentou ilegalmente cerca de R$ 1 bilhão no Pará entre 2017 e 2020. Para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, ele teria utilizado laranjas e empresas de fachada para comprar e vender fazendas, gado, garimpos e maquinário usado para extração de ouro.

Condenado em primeira instância no Maranhão e preso em junho de 2018 por chefiar um grupo miliciano de policiais militares – acusado de tráfico de drogas e de armas, além de assaltos a bancos –, Grota saiu em liberdade provisória ainda em outubro daquele ano. Em outro processo no mesmo estado, Grota aparece como réu por homicídio.

Trecho de inquérito da PF mostra a prisão de Grota no Maranhão, acusado de envolvimento com milícias (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

Ainda em 2018, Grota se instalou em Itaituba como pecuarista e investidor de ouro. Em pouco tempo na “Cidade Pepita”, ficou rico. Sem patrimônio declarado em 2019, ele informou R$ 14 milhões no ano seguinte à Receita Federal, segundo os inquéritos acessados pela Repórter Brasil.

Seus bens incluem uma mineradora, além de garimpos, fazendas e aeronaves. Um mesmo avião Cessna do grupo apareceu em três operações policiais diferentes sobre lavagem de dinheiro e transporte de ouro, cocaína e armas.

A defesa de Grota nega as acusações de enriquecimento ilícito e sustenta que “tais alegações não condiz [sic] com a realidade, haja vista que todos os bens foram devidamente declarados e seus impostos totalmente recolhidos”.

Grota e o piloto de avião apontado como seu sócio gerenciavam ao menos 12 pistas de pouso e 23 aeronaves para a prática dos crimes, segundo os inquéritos.

As rotas aéreas na Amazônia são um dos principais elos entre o tráfico de drogas e o garimpo ilegal. Com cerca de 1.300 pistas clandestinas, a região é terreno fértil para diferentes organizações criminosas.

“É um aproveitamento das rotas”, resume o pesquisador Roberto Magno, do Laboratório de Geografia da Violência e do Crime da Universidade do Estado do Pará. Ele afirma que a mesma lógica se verifica também para os barcos que operam ilegalmente nos rios amazônicos.

Negócios em alta

Investigação reuniu informações sobre tráfico de drogas e comércio de ouro ilegal de grupo de Grota no sudoeste do Pará ao longo de três anos, apreendendo cargas ligadas ao grupo e joias na casa de Grota (Fotos: Reprodução/Polícia Federal)

Para quem atua no contrabando desses produtos, os últimos anos foram um período de vacas gordas. As exportações do minério de ouro extraído na Amazônia quase dobraram entre 2017 e 2022, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, saltando de 11,6 para 22 toneladas – um total avaliado em R$ 6,6 bilhões. Boa parte desse ouro teria sido extraído ilegalmente, segundo pesquisadores.

Já as apreensões de cocaína, que representam apenas uma parte do tráfico, triplicaram no período, alcançando 32 toneladas no ano passado – essa quantidade pode render até R$ 8,5 bilhões no mercado internacional.

Os grupos criminosos se beneficiam ainda da variação de preços desses produtos, podendo direcionar investimentos para um ou outro, dependendo do retorno financeiro. “O preço da cocaína caiu em 2020 por causa de uma hiperprodução. E o ouro, por outro lado, subiu de preço”, diz Melina Risso, diretora de pesquisa do Instituto Igarapé, explicando outro motivo que atraiu o tráfico para dentro dos garimpos.

O sócio

Grota entrou no radar da Polícia Federal em 2019, após a apreensão de meia tonelada de cocaína em um barco em Santarém (PA). Segundo a PF, suspeitos investigados nesse processo tinham proximidade com Silvio Berri.

Dono de uma longa trajetória no tráfico, Berri é considerado pela PF o sócio de Grota. Em 2004, ele foi extraditado do Paraguai para cumprir 20 anos de pena no Brasil, depois de trabalhar como piloto de Fernandinho Beira-Mar.

Na operação de 2020 iniciada no Paraná, Berri foi preso novamente. Na época, além de atuar ao lado de Grota, ele também foi denunciado por participação em um esquema de venda de cocaína para África e Europa comandado por Sergio Roberto de Carvalho, o “Major Carvalho”.

Conhecido como “Pablo Escobar brasileiro”, Carvalho responde a um processo de extradição na Hungria, onde foi preso no ano passado pela Interpol.

“Não podemos ver o crime organizado com uma cadeia única de comando. Por isso, vamos encontrar várias pessoas atuando em diferentes esquemas”, explica Magno.

As rotas aéreas gerenciadas por Grota e Berri renderiam uma cena digna de cinema, segundo o inquérito da PF. Em setembro de 2020, após ser perseguido por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB), um piloto do grupo conseguiu pousar o avião em uma pista clandestina, tocar fogo no equipamento e fugir. Posteriormente, as cinzas foram periciadas pela PF e indicaram que a carga era cocaína.

O mesmo piloto chegou a ser preso em 2019 por fazer voos com drogas para o Suriname, em outro esquema de tráfico internacional, desta vez chefiado por Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca” – um narcotraficante que fez até plásticas no rosto para fugir da polícia.

Havia pelo menos oito pilotos que trabalhavam para Berri e Grota e estavam envolvidos em práticas criminosas na Amazônia, segundo a PF. Em junho de 2022, aeronaves vinculadas a alguns deles foram flagradas transportando ouro de garimpos ilegais no município de Japurá, no Amazonas. Um dos pilotos já era investigado por usar a mesma rota para o tráfico de cocaína.

A defesa de Grota refuta a acusação de que seu cliente seria sócio de “traficantes conhecidos”. Segundo a nota, nos autos do inquérito da PF, não há “interceptação telefônica ou qualquer prova que pelo menos ele conheça tais pessoas”.

As fugas

PF encontrou em aparelhos celulares imagens de um dos pilotos do tráfico trocando dólares por reais para Grota, de acordo com inquérito policial. (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

Após mapear aliados de Grota em diferentes inquéritos, a PF deflagrou a operação Narcos Gold em 2021. O alvo específico era Grota e o grupo supostamente encabeçado por ele. A investigação prendeu alguns de seus parceiros, como a advogada Helenice Carvalho e seu irmão, Diego Oliveira, apontado como laranja dos garimpos e de fazendas adquiridas por Grota.

A PF suspeita que a advogada tenha auxiliado Grota a fugir. Ela foi acusada pelos agentes por participar ativamente na lavagem de dinheiro ao ajudar a “dissimular” os ganhos do seu cliente com o tráfico.

Casada com o superintendente da Polícia Civil em Itaituba, Helenice soube da operação antes que os agentes chegassem à sua casa às 6 horas da manhã de 4 de novembro de 2021, de acordo com o inquérito da PF. Ainda na madrugada, ela disparou mensagens para o marido e para dois chefes de batalhão da PM na região.

Helenice também fez contato com o segurança privado de Grota. Naquele dia, o empresário estava em uma de suas fazendas, a Vale do Ouro, em Itaituba. Quando a PF chegou ao local, Grota já não estava lá.

Grupo de Grota teria utilizado 23 aeronaves, algumas adquiridas por laranjas, para transportar cocaína e ouro, segundo a PF (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

Com base nas investigações da Polícia Federal, o Ministério Público do Pará (MPPA) denunciou Grota à Justiça em março de 2022 pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, associação ao crime e corrupção de servidor público.

Enquanto esteve foragido, dois juízes se declararam incompetentes para julgar o caso, em meio a uma disputa sobre qual seria a vara adequada para o processo. O Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA) interveio, retirando o caso do foro de Santarém e enviando-o à vara de combate ao crime organizado, em Belém.

“Há indícios de que uma sofisticada organização criminosa se estabeleceu no oeste do Estado do Pará, com o propósito de transportar grandes quantidades de entorpecentes, em aeronaves próprias, pistas de pouso em fazendas e garimpos que também serviam para lavagem de capitais, (…) liderados por Grota”, diz a decisão.

Contudo, em setembro de 2023, um novo recurso do MPPA suspendeu o processo. Agora será o Superior Tribunal de Justiça (STJ) quem irá definir a vara adequada para o caso.

Essas mudanças acabaram beneficiando Grota, já que os mandados de prisão e apreensão foram anulados para análise do novo magistrado.

O escritório de advocacia que representa Grota e seu irmão disse que “a defesa técnica está convicta de que restará provado ao final a indiscutível inocência dos acusados”.

Procurado, Berri não respondeu às perguntas da reportagem.

Já Helenice Carvalho afirmou que não se manifestaria sobre as acusações da PF (leia os posicionamentos na íntegra).

De volta a Itaituba, Grota continua nos holofotes como pecuarista. Pelo menos 2.000 cabeças de gado passaram pela fazenda Vale do Ouro entre 2020 e 2022, segundo guias de transporte animal acessadas pela Repórter Brasil. A compra de gado para lavar dinheiro do tráfico também faz parte do esquema do empresário, segundo a PF.

*Colaborou Fábio Bispo

Esta reportagem teve apoio da Rainforest Investigations Network, do Pulitzer Center. Saiba mais.



Regionais : Papa Francisco volta a falar em “viadagem” na Igreja Católica
Enviado por alexandre em 12/06/2024 10:15:26

Pontífice teria declarado que "existe um ar de viadagem no Vaticano"


Papa Francisco Foto: GIUSEPPE LAMI/EFE/EFEVISUAL

Semanas depois de pedir desculpas por ter dito que existia “bichice demais” em seminários católicos, o papa Francisco teria voltado a utilizar o termo frocciagine, que em português poderia ser traduzido como o equivalente a “viadagem”. A informação foi divulgada nesta terça-feira (11) pela agência de notícias italiana Ansa.

De acordo com o veículo, o pontífice teria afirmado, durante uma conversa com padres de Roma, que “existe um ar de viadagem no Vaticano” e ressaltou que homens com “tendências homossexuais” não deveriam ter permissão de entrar para o seminário e se tornarem sacerdotes.

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Na nota sobre o encontro do pontífice com os padres, o Vaticano disse que o papa teria reforçado a necessidade que pessoas LGBTQIA+ sejam acolhidas pela Igreja Católica ao mesmo tempo em que é preciso cautela para que elas não virem seminaristas.

No último dia 27 de maio, os principais jornais da Itália revelaram que o papa Francisco disse em uma reunião ocorrida no dia 20 de maio que os seminários já estavam “cheios de viadagem”, e que homens gays não poderiam ter permissão para se tornar padres.

Na época, os bispos presentes no encontro chegaram a dizer que estava claro que o pontífice “não tinha consciência” do significado real da palavra em italiano, que não é a língua materna de Francisco. O termo frocciagine, utilizado pelo papa, pode ser traduzido como “bichice” ou “viadagem” em português e em italiano serve para se referir de forma pejorativa a homossexuais.

Justiça : STF envia para Vara da Infância caso de invasão de rede de Janja
Enviado por alexandre em 12/06/2024 10:14:06

Moraes entendeu que, como os suspeitos tinham menos de 18 anos, vara especializada deve continuar apuração


Alexandre de Moraes Foto: Andressa Anholete/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a remessa para a Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, em maio deste ano, de procedimento investigativo sobre o envolvimento de dois adolescentes na invasão de rede social da primeira-dama.

A representação policial requereu medidas de busca e apreensão e quebra de sigilo telemático, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, autorizadas pelo ministro.

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A Polícia Federal apresentou relatório final, e a PGR opinou pela remessa à vara especializada, uma vez que os suspeitos são menores de 18 anos.

Em decisão de 15 de maio de 2024, o ministro determinou a imediata remessa dos autos à Vara da Infância e Juventude do DF para a continuidade das investigações.

*Com informações do STF

Justiça : Ação contra advogado de Adélio: PF apreendeu jatinho e Porsche
Enviado por alexandre em 12/06/2024 10:11:19

Aeronave tem iniciais de Fernando Magalhães na fuselagem e valor estimado em cerca de R$ 1 milhão


Adélio Bispo de Oliveira Foto: Folhapress/Guilherme Leite

Nesta terça-feira (11), a Polícia Federal (PF) realizou uma busca e apreensão contra o advogado de Adélio Bispo, Fernando Magalhães. Na ação, um carro da marca Porsche e um jatinho foram apreendidos.

A suspeita é que o jatinho e o veículo tenham sido adquiridos com recursos de origem criminosa. A aeronave tem as iniciais de Fernando Magalhães na sua fuselagem e valor estimado em cerca de R$ 1 milhão.

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A corporação conseguiu indícios de que o advogado atuou na lavagem de dinheiro para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Para a PF, não há prova de que o grupo criminoso pagou pela defesa de Adélio Bispo.

A investigação apontou que Fernando e outros advogados decidiram defender Adélio por interesse em notoriedade pública. Magalhães não atua mais na defesa do autor de Adélio, que agora está a cargo da Defensoria Pública da União. As informações são de Aguirre Talento, do UOL

A PF nega que os supostos crimes cometidos pelo advogado tenham relação com o atentado à faca que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A corporação reiterou que Adélio Bispo agiu sozinho ao esfaquear o até então candidato à Presidência, durante campanha em Juiz de Fora (MG) em 2018.

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça, o diretor-geral da entidade, Andrei Rodrigues, disse que a PF recebeu uma denúncia envolvendo um elo entre a facção, o advogado e o crime, e investigou.

– A conclusão foi que não há relação. Comprovamos, sim, a vinculação desse advogado com o crime organizado, mas nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, encerramos essa investigação. Apresentamos ao Poder Judiciário hoje esse relatório sugerindo, em relação ao atentado, o arquivamento – assinalou.

A PF determinou o bloqueio de R$ 200 milhões da conta do advogado. O vínculo entre o profissional e a facção criminosa vinha sendo apurado desde 2021.


Saiba quem é o advogado alvo da PF que defendeu Adélio e Bola

Fernando Magalhães é suspeito de ter ligações com o PCC


Advogado Fernando Magalhães Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães, que atuou na defesa de Adélio Bispo, é um profissional criminalista de Minas Gerais que mantém um escritório na cidade mineira de Lagoa Santa. Ele atua em várias áreas além de criminal, como família, trabalhista, civil, comércio exterior e outras. As informações são do UOL.

O nome do profissional de Direito passou a ser destaque na imprensa nesta terça-feira (11) após uma operação da Polícia Federal (PF) que aponta para uma suposta ligação entre Magalhães e Primeiro Comando da Capital (PCC).

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A PF encontrou indícios de que o advogado esteve envolvido na lavagem de dinheiro para o PCC, utilizando recursos provenientes do tráfico de drogas. Apesar desta ligação, as investigações concluíram que não há evidências de que a facção criminosa tenha financiado a defesa de Adélio.

Além de defender o ex-filiado do PSOL, Fernando Costa Oliveira Magalhães também defendeu o ex-policial militar Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Bola”, no processo relacionado ao homicídio e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, modelo e ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. O crime ocorreu em 2010, e Bola foi condenado a 22 anos de prisão em 2013.

DOADOR ANÔNIMO E AUTOPROMOÇÃO
Magalhães não defendeu Adélio Bispo sozinho, outros três advogados trabalharam no caso: Zanone Manuel de Oliveira Junior, Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, e Marcelo Manoel da Costa. A investigação da PF apontou que todos eles buscaram notoriedade pública ao defender Adélio. Em entrevista à BBC Brasil em 2018, Oliveira Junior admitiu que aceitar o caso fazia parte de uma estratégia de autopromoção profissional. Os honorários advocatícios foram pagos por um doador anônimo.

LIGAÇÃO COM O PCC
Na operação deflagrada nesta terça, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em cidades mineiras, incluindo Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa. Itens como uma aeronave com as iniciais de Fernando Magalhães na fuselagem, avaliada em cerca de R$ 1 milhão, foram apreendidos por suspeita de origem criminosa. Além disso, bens no valor total de R$ 260 milhões foram bloqueados, e 24 estabelecimentos comerciais tiveram suas atividades lacradas e suspensas.

Justiça : Saiba quem é o sargento do Bope morto em operação na Maré
Enviado por alexandre em 12/06/2024 10:08:34

Jorge Henrique Galdino Cruz entrou para a PM do Rio de Janeiro em 2011


Sargento Jorge Henrique Galdino Cruz Foto: Reprodução Bope RJ

O sargento Jorge Henrique Galdino Cruz, integrante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), morreu em uma operação realizada nesta terça-feira (11) no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.

O policial, que ingressou na corporação em 2011 e se juntou ao Bope em 2019, foi baleado enquanto as forças de segurança combatiam uma quadrilha especializada em roubo de veículos nas principais vias expressas da cidade.

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Durante a ação, o Bope e policiais do batalhão local foram recebidos a tiros pelos criminosos. O sargento Cruz foi atingido e socorrido para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa esposa e três filhos – um menino e duas meninas.

Além do sargento Cruz, outro agente do Bope, Rafael Dias Holfgramm, de 37 anos, também foi baleado durante a operação e está internado no CTI do Hospital Federal de Bonsucesso.

Em retaliação à operação, um grupo de criminosos incendiou um ônibus na Avenida Brasil, na altura da Fiocruz.

PM EMITE NOTA DE PESAR
A Polícia Militar expressou profundo pesar pela perda do sargento, que dedicou mais de uma década de serviço à corporação.

– Lamentamos profundamente a morte do Sargento J. Cruz, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), ocorrida durante uma ação do Comando de Operações Especiais (COE) na manhã desta terça-feira (11/06) em comunidades do Complexo da Maré, na Zona Norte da capital – diz a nota.

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