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Coluna Mulher : Unhas de gel: veja como são as melhores formas de retirá-las
Enviado por alexandre em 10/06/2024 10:18:13

Se você retirar as unhas de gel de qualquer forma, pode causar danos bem chatos às suas unhas; saiba como fazer isso da maneira certa

Muitas pessoas pensam que, na hora de retirar as unhas de gel feitas no salão, é só arrancá-las de qualquer jeito. Entretanto, dependendo de como você fizer isso, pode acabar danificando bastante suas unhas e a região ao redor delas. Assim, é preciso bastante cuidado.

 

De acordo com Carla Vidal, dermatologista membro da SBD e SBCD, o mais recomendado mesmo é não usar esse tipo de unhas, pois de qualquer forma sua retirada pode causar algum mal. E, caso use, o melhor é retirá-las no salão, já que lá os profissionais vão saber fazer isso da melhor forma possível.

 

Entretanto, caso você decida tirá-las em casa, a dermatologista explica que a técnica menos prejudicial é a do desgaste, mesmo que também possa enfraquecer as unhas.

 

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“Ela consiste em tirar a cobertura de gel através do desgaste de uma lixa. A pessoa deve lixar a cobertura de gel até que ela saia quase completamente. O ideal, depois disso, é aguardar o crescimento da unha e lixar aos poucos as pontas da unha até que o que sobrou do gel saia totalmente”, explica.

 

Segundo ela, a técnica não é a que deixa o melhor resultado estético, mas sim de saúde. Isso porque a outra técnica muito usada, a do banho de imersão no removedor, consiste em deixar a unha com algodão umedecido por mais de 15 minutos, o que pode ser bem agressivo, trazer alergias e deixar a área ainda mais fraca e ressecada.

 

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Muitos acreditam que é possível “arrancar” a unha de gel com o auxílio de ferramentas de manicure, especialmente quando parte da unha “descola”. Contudo, a especialista alerta que isso deve ser evitado. “Fazer isso dá margem à pessoa arrancar junto do gel uma camada da unha. Isso pode causar um dano sério e permanente”, diz.

 

Fonte: Tv Foco

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Mais Notícias : Os sintomas e tratamentos do câncer que é principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes
Enviado por alexandre em 10/06/2024 10:17:29

Instituto Nacional de Câncer estima que mais de 11 mil casos de leucemia sejam registrados no país até 2025

No início do ano passado, Miguel de Mello Bueno, de apenas 7 anos, se queixou de dores na perna após um dia intenso brincando na praia.

 

Estranhando a situação, a mãe Halana Karine de Mello, 29, levou o filho à Unidade de Pronto Atendimento, onde o menino foi medicado e liberado.

 

Algumas semanas depois, uma nova queixa. Ao procurar um pediatra em Ponta Grossa (PR), cidade em que moram, Halana foi tranquilizada e informada que as dores seriam devido à fase de crescimento da criança.

 

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“As dores não eram frequentes. Elas aconteciam a cada 15 ou 20 dias, duravam um dia e passava. Os exames de sangue estavam normais, então acreditei que era devido ao crescimento mesmo”, recorda a mãe.

 

No entanto, em maio, um episódio de dor intensa, que impossibilitou Miguel de andar fez a família buscar atendimento hospitalar. O menino, além da dor nas pernas, também sentia dor nas costas e estava pálido.

 

'Logo no primeiro exame de sangue, já deu alteração nas plaquetas', lembra Halana, mãe de Miguel. — Foto: Arquivo pessoal

'Logo no primeiro exame de sangue, já deu alteração nas

plaquetas',  lembra Halana, mãe de Miguel.

(Foto: Arquivo pessoal)

 

“Ele chorava de dor. Os médicos decidiram interná-lo para fazer diversos exames. Logo no primeiro exame de sangue, já deu alteração nas plaquetas”, lembra Halana.

 

Miguel foi diagnosticado com leucemia linfóide aguda. Esse tipo de câncer no sangue atinge os glóbulos brancos, que são células de defesa do nosso organismo.

 

Levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 11.540 casos de leucemia sejam registrados no país no triênio de 2023 a 2025.

 

O câncer em crianças e adolescentes é raro e soma apenas 3% do total de casos novos esperados para cada ano no Brasil. Entretanto, a leucemia é o que mais acomete esse público, representando de 25% a 35% de todos os tumores infantis.

 

“Nesse público, devido à fase de crescimento, as células se reproduzem de maneira muito rápida e durante essa reprodução pode haver uma mutação celular da medula óssea”, explica Ana Paula Kuczynski, oncologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe.


Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo as mais comuns a leucemia mieloide aguda (LMA) e leucemia linfóides aguda (LLA).

 

As chances de cura são diferentes para crianças e adultos. As leucemias linfóides agudas são as mais comuns no público infanto-juvenil e têm chances de 85% a 90% de cura.

 

Já as crianças que possuem a mieloide as chances ficam entre 60% a 65%, já que esse tipo é considerado mais agressivo para esse público.

 

Outro fator relevante é que a leucemia representa a primeira causa de morte por doenças entre crianças e adolescentes de um a 19 anos no país, cerca de 8% do total.

 

“Como as células do corpo das crianças se reproduzem com maior velocidade, isso acontece também com as células doentes, que também se reproduzem em velocidade maior do que no adulto fazendo com que a doença se espalhe rapidamente”, explica Viviane Sonaglio, pediatra líder do Centro de Referência em Tumores Pediátricos do hospital A.C.Camargo Câncer Center.

 

Em relação aos fatores de risco, o câncer na infância não tem relação com fatores externos como condições ambientais, alimentares ou estilo de vida, como acontece com os adultos.

 

No entanto, algumas crianças têm predisposição genética à doença, como aquelas com síndrome de down, que possuem até 25 vezes mais chances de serem acometidas pela leucemia, segundo os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.

 

“Essa síndrome é conhecida como trissomia do cromossomo 21, que é uma alteração genética que ocorre durante a divisão celular do feto. O fato de uma criança já ter tido essa alteração celular amplia as chances de haver uma nova alteração de células aumentando as chances da doença”, acrescenta Kuczynski.


ATENÇÃO A TODOS OS SINAIS 

 

Luísa foi diagnosticada com leucemia linfóide aguda em 2019. — Foto: Arquivo pessoal

Luísa foi diagnosticada com leucemia linfóide

aguda em 2019. (Foto: Arquivo pessoal)

 

A leucemia é uma doença que atinge a medula óssea, onde o sangue é produzido, por isso os sintomas mais comuns são palidez, anemia, fraqueza e cansaço. Na sequência é comum surgir ínguas no pescoço, nas axilas e na barriga. Além de manchas roxas pelo corpo.

 

Porém, nem sempre é assim. Luísa Alves Spíndola, de 9 anos, foi diagnosticada com leucemia linfóide aguda em 2019. Segundo a mãe da menina, Vanessa Alves Spíndola, o primeiro sinal de que alguma coisa não estava bem com a filha foi a falta de apetite.

 

“Ela começou a perder o apetite e transpirar muito durante a noite. Achamos estranho e a levamos ao pediatra, que pediu um exame de sangue. Os exames deram uma pequena alteração e o pediatra até cogitou que poderia ser uma falha do laboratório. Repetimos o exame uma semana depois e a alteração já era bem maior. Foi quando começamos a investigar a causa”, detalha a mãe.

 

Poucos dias depois do diagnóstico a criança foi encaminhada para tratamento com quimioterapia. Os resultados foram positivos já no primeiro mês e a doença começou a regredir.

 

Em 2021, Luísa terminou as sessões de quimioterapia e atualmente faz apenas acompanhamento de rotina a cada seis meses.

 

“Ela tem uma vida normal, frequenta a escola e pratica esportes. Atribuímos essa recuperação rápida dela ao diagnóstico precoce, que impediu que o câncer tomasse maior proporção e já regredisse após as primeiras sessões de quimioterapia”, acrescenta Vanessa.

 

'Ela tem uma vida normal, frequenta a escola e pratica esportes. Atribuímos essa recuperação rápida dela ao diagnóstico precoce', conta a mãe de Luísa. — Foto: Arquivo pessoal

'Ela tem uma vida normal, frequenta a escola e pratica esportes.

Atribuímos essa recuperação rápida dela ao diagnóstico

precoce', conta a mãe de Luísa. (Foto: Arquivo pessoal)

 

Para o diagnóstico precoce é preciso que os pais e pediatras fiquem atentos a qualquer sinal diferente no comportamento da criança. E não menosprezem as queixas dos pequenos.

 

“Uma criança que tem uma febre injustificada ou que passa a acordar à noite com dor, por exemplo, precisa ser investigada a causa. Quando os sinais ficam mais evidentes, como a palidez ou sangramento, é porque a doença está evoluindo”, explica a oncologista pediátrica Melissa Ferreira de Macedo, membro da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).

 

Para o diagnóstico, inicialmente é solicitado um hemograma onde pode ser analisada a diminuição das plaquetas e alterações nos glóbulos brancos. Na maioria dos casos, no exame também já é possível ver célula leucêmica no sangue do paciente.

 

Caso alterações sejam encontradas, outros exames devem ser solicitados antes de se fechar um diagnóstico. Um desses exames é o mielograma, que analisa a medula óssea.

 

Segundo o Inca, os principais sintomas da leucemia são:

 

Febre por mais de sete dias sem causa aparente


Dor óssea


Surgimento de manchas roxas na pele


Palidez


Dor de cabeça persistente e progressiva, primariamente noturna, que acorda a criança ou aparece quando ela se levanta de manhã, acompanhada de vômito ou de sinais neurológicos.


Leucocoria (reflexo branco na pupila do olho quando exposta à luz)

 


Distúrbios visuais

 

Fonte: G1

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Amor e Sexo : TRANSE MAIS! 9 DICAS CIENTIFICAMENTE COMPROVADAS PARA TURBINAR O SEXO
Enviado por alexandre em 10/06/2024 10:10:21

Hábitos como tomar banho frio e até comer aipo podem ajudar a melhorar o sexo e a libido; veja mais dicas

Se você precisava de uma justificativa para “brincar” embaixo dos lençóis neste fim de semana, tome nota: neste domingo (9/6), alguns países celebram o Dia do Sexo, em alusão à famosa posição 69 (isso porque, em inglês, o mês e o dia ficam invertidos).

 

Ao site The Sun, a especialista em sexo Kate Taylor compartilhou algumas dicas perfeitas e cientificamente comprovadas para esquentar o rala e rola.

 

A Pouca Vergonha compartilha.

 

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Casal fazendo sexo - Metrópoles

 

RIA NA CAMA

 

Isso mesmo. Segundo a expert, estudos recentes descobriram que quanto mais os casais literalmente brincavam entre os lençóis, mais desejo e satisfação sentiam.

 

JOGUE LEGO

 

De acordo com Kate, fazer algo lúdico e criativo (como montar um Lego) ajuda a diminuir o estresse e aumenta a vontade de transar.

 

kit de limpeza

 

MANTENHA O QUARTO LIMPO

 

Mais um motivo para manter a faxina em dia: de acordo com a sexóloga, uma pesquisa descobriu que ambientes limpos e organizados podem aumentar o desejo sexual dos casais.

 

COMA ABACATE

 

De acordo com a expert, os astecas chamavam o abacate de “árvores dos testículos” por conta de suas supostas qualidades afrodisíacas.

 

A ciência explica, já que o alimento tem gorduras e vitaminas saudáveis, o que ajuda a manter a libido “on”.

 

Imagem colorida de mulher mostrando as palmas das mãos, assustada, debaixo de um chuveiro, tomando banho frio - Metrópoles

 

TOME UM BANHO FRIO (VAI VALER A PENA!)

 

Um estudo publicado no North American Journal of Medical Sciences descobriu que a imersão em água fria aumenta os níveis de testosterona, o que, consequentemente, eleva a libido.

 

suco de aipo suco verde

Fotos: Westend61/Getty Images

 

ESTUDE O TEMA

 

Ver filmes românticos e ler livros “calientes” aumenta os níveis gerais de desejo e excitação, de acordo com um estudo publicado nos Arquivos de Comportamento Sexual.

 

COMA AIPO

 

Essa dica é para os homens. Kate salienta que o aipo contém androsterona, hormônio que pode aumentar os níveis de feromônios nos homens, tornando-os mais atraentes para as mulheres.

 

E BEBA SUCO DE ROMÃ

 

Já no caso das mulheres, a recomendação é tomar suco de romã. A bebida pode elevar os níveis de testosterona delas e até fortalecer os orgasmos.

 

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ADOCIQUE SUA VIDA

 

O mel é um afrodisíaco natural. De acordo com a sexóloga, ele contém boro, que regula os níveis hormonais, e óxido nítrico, que aumenta o fluxo sanguíneo durante a excitação.

 

Fonte: Metropóles

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Regionais : Laboratório do Pará produzirá papéis a partir do fruto do açaí
Enviado por alexandre em 10/06/2024 10:08:52

Papéis produzidos a partir do fruto açaí agora são possíveis. O novo produto é resultado de um projeto que contou com investimento da Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), no Pará. O projeto objetiva desenvolver papéis de alta performance para produtos como embalagens sustentáveis.

Para tanto, o investimento da Fapespa permitiu estruturar o AmazonCel, o primeiro laboratório de celulose e papel completo da Amazônia, na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

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Os estudos no novo laboratório já produziram dois tipos papéis com sucesso: reciclado + fibras do açaí; e um papel 100% do açaí.

As possibilidades vão da simples separação das fibras da semente até a formação do papel, a partir das fibras do resíduo do açaí. Assim, o papel pode ser utilizado em inúmeras possibilidades de produtos, como embalagens, copos, caixas e etc.
Casa de Vegetação

A Casa de Vegetação foi idealizada para dois objetivos: identificar e selecionar plantas da Amazônia capazes de despoluir o solo e a água, absorvendo e retirando metais pesados do solo provenientes da mineração ou lixos urbanos.

E produzir o Biochar, que é um carvão vegetal, através de resíduos vegetais como caroço do açaí, casca de cacau, cupuaçu e ouriço da castanha-do-Pará, que são diariamente descartados e, muitas vezes, podem causar problemas ambientais e de saúde.

O resultado da combinação do uso dessas plantas e do carvão vegetal, além de retirar os metais do solo, é a recuperação de áreas degradas, diminuindo a emissão de gás carbônico na atmosfera e tornando esse solo agricultável novamente, aumentando a retenção hídrica e a fertilidade.
Viveiro

O novo viveiro terá 20 mil mudas amazônicas, que serão objeto de estudos para diversos segmentos, da ciência. O local também produzirá mudas para diversos projetos do Estado, a exemplo do novo Parque da Cidade.

*Com informações da Agência Pará ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/sem-categoria/laboratorio-do-para-produzira-papeis-a-partir-do-fruto-do-acai/

Brasil : Starbucks: fazendas de café certificadas são flagradas com trabalho escravo e infantil em Minas Gerais
Enviado por alexandre em 10/06/2024 10:05:51

Investigação exclusiva revela casos de descontos ilegais em salários e falta de banheiro e equipamentos de proteção em propriedades que ostentam o selo de ‘aquisição ética’ da multinacional. Representantes dos trabalhadores apontam falhas em auditorias
Por Hélen Freitas e Poliana Dallabrida | Fotos: Lela Beltrão
 

Maior e mais famosa rede de cafeterias do mundo, com 35 mil pontos de venda em 83 países, a Starbucks mantinha em seu programa de “aquisição ética” produtores flagrados com trabalho escravo e infantil, além de cafeicultores autuados por descontos ilegais nos salários, falta de fornecimento de água potável e de equipamentos de proteção básicos para a colheita do grão.

Ao menos quatro propriedades foram palco de problemas assim enquanto ainda eram fornecedoras da multinacional americana. Os casos são retratados no relatório “Por trás do café da Starbucks”, publicado pela Repórter Brasil (disponível em português e em inglês).

Fazendas no Brasil são origem de parte do café usado pela rede de cafeterias americana, que afirma comprar 3% do grão produzido no mundo (Foto: Lela Beltrão/Repórter Brasil)

O documento mostra que fazendas de café em Minas Gerais onde a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego flagrou violações trabalhistas possuem – ou possuíram até recentemente – o selo C.A.F.E. Practices, sigla para Coffee and Farmer Equity, o programa de certificação que, segundo a Starbucks, avalia fornecedores em mais de 200 indicadores ligados à transparência, qualidade, responsabilidade social e ambiental. É mais uma situação que expõe as limitações do mercado certificador.

“Independente da certificadora, o modelo é frágil, pouco transparente. Todos os anos mostramos casos de fazendas certificadas com trabalhadores sem registro, que não recebem férias, 13º”, observa o coordenador da Articulação dos Empregados Rurais do Estado de Minas Gerais (Adere), Jorge Ferreira dos Santos Filho. 

As irregularidades trabalhistas no setor não se resumem à cadeia de fornecimento da Starbucks. A Repórter Brasil já mostrou problemas semelhantes entre fornecedores da Nestlé, McDonald’s e outras grandes empresas compradoras de grãos.

Em 2022, o cultivo de café foi um dos cinco setores com maior volume de denúncias de exploração de trabalhadores no Brasil. Ao todo, 39 propriedades de café foram fiscalizadas e 159 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão.

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Safrista resgatado tinha 15 anos

Um dos casos destacados é o da Fazenda Mesas, em Campos Altos, onde 17 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em agosto de 2022. No grupo havia um adolescente de 15 anos e outros dois jovens de 16 e 17 anos.

O trabalho exposto ao sol ou à chuva e que exige manuseio de cargas pesadas – a saca de café pesa 60 quilos – está enquadrado na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil e é proibido para jovens de 16 a 18 anos. Já o trabalho de menores de 16 é proibido em qualquer circunstância, com exceção da categoria aprendiz, com requisitos como frequência escolar e tutoria.

A Mesas é administrada por Guilherme de Oliveira Lemos, que também comanda a Fazenda Ourizona e a torrefadora Café Ourizona, em Córrego Danta, e a Fazenda Bom Jesus e Pedras, em Santa Rosa da Serra.

O Café Ourizona ostenta o selo C.A.F.E. Practices, da Starbucks. Entrou no programa um mês antes do flagrante de trabalho escravo na Mesas, mostra um post no Instagram de julho de 2022. Além disso, as propriedades são certificadas pela Rainforest Alliance, selo renovado em março deste ano, mesmo após o resgate dos trabalhadores.

Evidências indicam a administração conjunta das propriedades. Trabalhadores da Fazenda Mesas que estavam na informalidade tiveram suas carteiras registradas em nome da Ourizona depois da operação dos auditores fiscais do Trabalho. 

Conforme o relatório de fiscalização, o empregador não fornecia nem as ferramentas básicas para a colheita, como rastelo, bolsa e pano para armazenar grãos. Uma trabalhadora contou que precisava comprar luva nova a cada quatro dias para proteger as mãos ao colher os grãos. Os R$ 5 por luva saíam de seu bolso, assim como o valor do chapéu, de botinas, da comida e do alojamento – tudo em desacordo com as leis trabalhistas.

Descontos irregulares para pagamento de equipamentos, como a máquina derriçadeira (acima), são comuns em fazendas de café, dizem representantes de trabalhadores (Foto: Lela Beltrão/Repórter Brasil)

Na lavoura não havia local montado para o almoço. No chão ou dentro de um ônibus, trabalhadores consumiam uma comida fria ou aquecida numa lata com álcool. Sem banheiro químico, as necessidades eram feitas no mato ou no cafezal.

Por meio de seu advogado, Lemos afirmou que não responderia à reportagem. A Starbucks admitiu que a Mesas é certificada, mas não explicou se será suspensa. “Nossos registros não mostram queixas trabalhistas ativas, litígios ou reclamações abertas contra Guilherme de Oliveira Lemos”, afirmou a empresa. A Rainforest Alliance confirmou a certificação e informou que duas auditorias foram feitas no local. “De acordo com os relatórios da Entidade Certificadora enviados à Rainforest Alliance para a auditoria de maio de 2023, não havia informações sobre essas inspeções em agosto de 2022”, alegou. Leia a íntegra das respostas aqui.

‘Erro do RH’

Outro caso de adolescente trabalhando irregularmente é o da Fazenda Cedro-Chapadão, em Ilicínea, administrada juntamente com a Fazenda Conquista por Sebastião Aluísio de Sales, esposa e filhos.

Em julho de 2022, um jovem de 17 anos foi resgatado de condições análogas à escravidão nos cafezais da família. Ele e outros 25 haviam saído de Irecê (BA), a 1.500 quilômetros de distância, para colher café nas duas fazendas. A fiscalização identificou outras 11 violações trabalhistas.

Selos de certificação e placas de “Atenção” não foram suficientes para prevenir irregularidades trabalhistas em fazendas do grupo Cedro-Chapadão, em Ilicínea (MG) (Foto: Lela Beltrão/Repórter Brasil)

Segundo Rodrigo Sales, filho de Sebastião, a contratação do jovem de “17 anos e 9 meses” ocorreu por “erro do nosso departamento contábil de RH [Recursos Humanos]”. Documentos acessados pela fiscalização trabalhista apontam que outro adolescente, de 16 anos, havia sido contratado para colher café naquele ano.

O resgate do jovem ocorreu na Fazenda Conquista e não na Cedro, que tem o selo C.A.F.E. Practices. Mas as práticas eram as mesmas nas duas propriedades, e os trabalhadores também haviam sido contratados para atuar na Cedro. “As Fazendas Reunidas Cedro-Chapadão são um grupo, portanto a administração é feita de forma conjunta, os trabalhadores safristas estão cientes do cronograma de trabalho para colheita, que se inicia na Fazenda Conquista e segue para as demais fazendas conforme a maturação do café”, admitiu Rodrigo Sales.

Alojamento de trabalhadores temporários do grupo Cedro-Chapadão; em 2022, um jovem de 17 anos foi resgatado de condições análogas à escravidão na colheita da empresa (Foto: Lela Beltrão/Repórter Brasil)

A fiscalização diz que o empregador não disponibilizava água potável e equipamentos de proteção, como luvas, chapéus e botas. No alojamento não havia roupas de cama, armários nem local apropriado para refeição. O grupo ainda precisou pagar pelas passagens de ônibus desde Irecê, o que era obrigação do contratante. Em depoimento, o jovem resgatado disse que lhe foram descontados R$ 400 da passagem, além de despesas de alimentação. 

Sebastião Sales pagou cerca de R$ 6 mil em rescisões e danos morais. Rodrigo Sales se defende: “As Fazendas Reunidas Cedro-Chapadão jamais submeteram qualquer trabalhador a condições degradantes, trabalho forçado ou condições análogas à escravidão”. Segundo ele, a Cedro foi certificada pela C.A.F.E. Practices em 2021, mas só participou do programa em 2022 e não houve comercialização com a Starbucks no período. Já a multinacional se limitou a dizer que a propriedade não está mais ativa no programa, sem informar quando saiu e o porquê. Leia a íntegra dos esclarecimentos aqui.

Reincidentes

Também detentora do C.A.F.E. Practices, a empresa familiar Bernardes Estate Coffee, dona de duas fazendas em Patrocínio, é reincidente em violações.

Em 2019 foram nove multas por não oferecer equipamentos de proteção individual (EPIs) nem material para primeiros socorros gratuitos, não fornecer papel higiênico, nem chuveiros em quantidade suficiente, não garantir local adequado para refeições e tampouco uma caixa d’água protegida contra contaminação. Três anos depois, José Eduardo Bernardes foi autuado por 16 infrações, entre elas não possuir os recibos de pagamento de empregados, não oferecer treinamentos exigidos por lei e não garantir banheiros na frente de trabalho.

A Repórter Brasil esteve na fazenda neste ano e testemunhou a repetição de problemas. Constatou que nem todos utilizavam EPIs. Trabalhadores relatam que são recrutados em cidades distantes, mas o contrato só é assinado quando chegam, estratégia usada para burlar o pagamento do transporte. Contam também que os patrões cobram aluguel dos que se hospedam num alojamento da família.

Colheita na Bernardes Estate Coffee, em Patrocínio (MG). Trabalhadores colhem o café, jogam os frutos na lona, separam os galhos e enchem sacos de 60 kg (Foto: Lela Beltrão/Repórter Brasil)

A Bernardes Estate Coffee não respondeu às perguntas enviadas por e-mail. A Starbucks confirmou que a empresa é certificada, disse que passa por investigações, mas se negou a compartilhar detalhes. Leia a íntegra.

Outro caso de reincidência é o do produtor Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do país e principal fornecedora da Starbucks, segundo dados de exportações acessados pela Repórter Brasil. Propriedades da família Melo foram autuadas por descumprimento de regras trabalhistas em 2021 e em 2022.

Em 2021, uma fiscalização constatou descontos ilegais em salários para aquisição de máquinas derriçadeiras e combustível para a colheita na Fazenda Pedreira, em Cabo Verde (MG). No ano seguinte, outra fazenda da família, a Palmital, recebeu 16 autos de infração por não pagar direitos trabalhistas, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e a multa de 40% em demissão sem justa causa.

Os problemas persistem. Neste ano, a Repórter Brasil encontrou no local trabalhadores provenientes do Vale do Jequitinhonha, norte de Minas, que dizem trabalhar nas lavouras por falta de outras oportunidades. “Gostar, a gente não gosta, mas a necessidade faz o trabalho ficar maravilhoso”, afirmou um rapaz de 24 anos que já tinha perdido dez quilos em um mês.

O aspecto dos pequenos alojamentos (quarto, cozinha e banheiro) denota descuido com a limpeza. A reportagem constatou paredes de banheiro encardidas do chão ao teto. Não há área para refeições, preparadas em um fogão de duas bocas comprado pelos trabalhadores. Os empregados dizem que o gás de cozinha também sai do bolso deles, assim como cobertores e travesseiros, o que contraria a lei. A água de consumo e de banho é armazenada em um antigo tanque de combustível.

Alojamento de trabalhadores da Fazenda Pedreira, ao fundo, e antigo tanque de gasolina utilizado para armazenar a água consumida pelos safristas (Foto: Lela Beltrão/Repórter Brasil)

Em nota, a Fazenda Pedreira se limitou a dizer que “cumpre a legislação trabalhista” e que segue “as determinações exigidas para obtenção de certificações internacionais”. A propriedade não negou relação com a Starbucks, mas não esclareceu quando foi certificada. A Starbucks afirmou que o selo da Pedreira está “expirado”, sem informar quando isso ocorreu. Já a Cooxupé afirmou que garante a rastreabilidade de seus produtos e que respeita normas ambientais, sociais e legais. Todos os esclarecimentos podem ser lidos, na íntegra, aqui.

Sem surpresa

As violações ocorrem num setor que está em quarto lugar em receita no ranking de receita da balança comercial do Brasil. Em 2022, foram 52,8 milhões de sacas colhidas, o que garante ao país o posto de maior exportador mundial do produto. Na ponta da cadeia, a Starbucks Corporation, que compra cerca de 3% do café produzido no mundo, registrou lucro líquido de US$ 3,2 bilhões em 2022.

Nesse cenário, não há “desculpas” para não garantir a contratação formal de safristas e seus direitos trabalhistas, diz Gustavo Ferroni, da Oxfam Brasil: “Isso não depende de uma articulação de políticas públicas, mas do próprio setor”.

A Starbucks Corporation registrou lucro líquido de US$ 3,2 bilhões em 2022. Fazendas fornecedoras da rede são certificadas por programa próprio de aquisição ética (Foto: Asael Peña/Unsplash)

Em 2020, a organização calculou em 41% a lacuna entre o salário médio nas lavouras em Minas e um salário digno, que é aquele capaz de contemplar gastos com alimentação, moradia, educação, saúde, vestuário e outras necessidades essenciais, conforme parâmetros da Global Living Wage Coalition (Coalizão Global de Salário de Bem Estar).

Para Ferroni, a C.A.F.E. Practices seria mais efetiva se inspeções ocorressem durante a safra, se as auditorias fossem verdadeiramente surpresas (as visitas são avisadas com antecedência) e se houvesse diálogo com atores de fora das fazendas, como sindicalistas.

A opinião é compartilhada por Jorge Ferreira dos Santos Filho, coordenador da Adere. “Se os produtores são avisados que a fazenda será auditada, não existe auditoria-surpresa”, conclui o representante dos trabalhadores.

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