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Brasil : Desafios para bioeconomia inclusiva na Amazônia são elencados em livro
Enviado por alexandre em 19/06/2024 11:23:51

Há consenso entre especialistas: a bioeconomia é chave para o desenvolvimento da Amazônia. Mas, numa região tão vasta quanto complexa, pontilhada por desafios que inibem o desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas, a conservação da biodiversidade, o bem-estar, o emprego e a renda das comunidades, cabe indagar: Bioeconomia para quem?

A pergunta dá título ao livro e tem respostas em 12 robustos artigos assinados por 32 autores de instituições acadêmicas e de pesquisa das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país. A obra será lançada nesta quarta-feira (19/06), no Auditório Capacit da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém.

“Uma bioeconomia bem gerida, sendo essencial para empresas sustentáveis, também deve atender às demandas de extrativistas vegetais, pescadores e povos da floresta”, sublinham na ‘Introdução’ os organizadores do livro, Adalberto Luis Val, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e Jacques Marcovitch, ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP).

Essa perspectiva pontua cada uma das cinco partes em que se organiza o livro, oferecendo pautas novas para a discussão e recomendações sobre temas relacionados às cadeias produtivas e seu comércio, à organização social, tecnologias, restauração florestal e às dimensões da violência e da ilicitude na região.

    “O livro não é fim, mas um meio para abrir diálogo sobre caminhos possíveis para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, explica Marcovitch.

Resultado de três anos de trabalho, cada capítulo, ele sublinha, é resultado de uma “expedição”, trazendo ao final um quadro em que estão listadas prioridades, ações e métricas.

As pesquisas sobre as cadeias produtivas e a bioeconomia inclusiva, sintetizadas em Bioeconomia para quem? Base para um Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, foram desenvolvidas no âmbito de dois projetos de pesquisas apoiados pela FAPESP, ambos coordenados por Marcovitch. O estudo também conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Um livro com esses conteúdos é muito bem-vindo no âmbito do Programa Amazônia+10”, escrevem na ‘Apresentação’ Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP, e Márcia Perales Mendes da Silva, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), duas das instituições que integram a iniciativa liderada pelo Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap).
Cadeias produtivas sustentáveis

O primeiro artigo traz uma análise da cadeia de valor do açaí, atividade que envolve famílias extrativistas, cooperativas, indústria e agroindústria na produção de mais de 1,6 milhão de toneladas do fruto e que movimenta quase R$ 3 milhões anualmente.

Trata-se de uma atividade típica da economia extrativista da Amazônia, descrevem Flora Bittencourt, Manoel Potiguar e Thiara Fernandes, do Instituto Peabiru: “Alto grau de dependência do trabalho familiar, informalidade nas relações de trabalho e nas transações comerciais, produção artesanal, pouco uso de tecnologia, falta de padronização de processos e medidas, alto nível de incertezas, inexistência de suporte de crédito e assistência técnica sistemáticos, baixa densidade de instituições representativas e/ou interlocutoras do setor e vulnerabilidades legais e normativas, especialmente relacionadas a crianças e adolescentes e à segurança do trabalho”. Eles sugerem uma lista de ações prioritárias, que vai do desenvolvimento de tecnologias para colheita até o aumento de oferta de crédito, passando por política de repartição de benefícios justa e equitativa.

Outro fruto do extrativismo é o cacau, tratado no segundo capítulo como uma das prioridades da bieconomia da Amazônia tanto no que se refere à cadeia de commodities – que atende a demandas das empresas de processamento e representa 95% do mercado global – como a de produto de qualidade, exigido por fabricantes de chocolates especiais. A Amazônia responde por mais da metade das 269 mil toneladas da produção brasileira, com o cultivo, a colheita, a fermentação e a secagem do cacau, atividades que retêm algo entre 4% e 6% do valor global da cadeia produtiva. Num mercado regido pelo preço e contratos futuros, a apropriação de valor por parte dos produtores é reduzida, segundo Lucas Xavier Trindade, da Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia, e Fernando Antonio Teixeira Mendes, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). “É a governança que permite que o preço seja efetivamente apropriado pelos produtores”, afirmam.

No terceiro capítulo, os autores apontam a pesca ilegal, prática comum na Amazônia, como um dos principais entraves para a cadeia de manejo do pirarucu. “A fiscalização é praticamente inexistente, em grande parte devido à falta de recursos humanos e financeiros do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] para abranger uma região tão vasta e complexa como a Bacia Amazônica”, escrevem Maria Sylvia Macchione Saes, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Elis Regina Monte Feitosa (FEA-USP), Alexsandra Bezerra da Rocha, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Paraíba, e James Douglas Oliveira Bessa, do Núcleo de Biodiversidade e Florestas no Amazonas. São os ribeirinhos das áreas de manejo que arcam com os custos de um sistema de vigilância dispendioso e perigoso. Os autores recomendam uma série de medidas, entre elas a criação de um certificado de procedência e multas, monitoramento dos lagos por satélite, drones e por equipes de agentes ambientais voluntários recrutados na comunidade.

A primeira parte do livro termina com um capítulo sobre a meliponicultura – a criação de abelhas sem ferrão –, prática sustentável que promove a conservação da biodiversidade, a polinização de cultivos e a geração de renda para as comunidades locais. “É imperativo desenvolver melhorias nas técnicas de manejo e produção, visando não apenas aumentar a produtividade, mas também assegurar a qualidade do mel disponibilizado no mercado”, escrevem Vera Imperatriz-Fonseca, do Instituto de Biociências da USP, Camila Maia-Silva, bolsista do CNPq, Ana Carolina Mendes dos Santos, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), além de Hermógenes Sá de Oliveira e João Meirelles Filho, ambos do Instituto Peabiru, que assinam o artigo.
Cidadania, conhecimento e tecnologia

A segunda parte do livro reúne dois artigos que tratam do fortalecimento da “cidadania amazônica” e das organizações sociais no contexto da bioeconomia “autêntica” e sustentável. No primeiro, os autores destacam quatro pilares para uma bioeconomia propulsora do desenvolvimento: desmatamento zero, inclusão e participação dos povos originários e seus saberes, diversificação dos modos de produção e divisão equitativa dos benefícios oriundos da sociobiodiversidade.

    “Mas, para que isso aconteça, será preciso implementar um sistema de governança biorregional e de ‘diplomacia ambiental’ para promover uma melhor gestão dos recursos naturais e fortalecer os direitos humanos e territoriais, enquanto se promove o reconhecimento de diferentes identidades, direitos e sistemas de conhecimento”, escrevem Olivia Zerbini, Patrícia Pinho, Ariane Rodrigues e Paulo Moutinho, todos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

No segundo artigo, José Augusto Lacerda Fernandes, da UFPA, e Heloise Berkowitz, pesquisadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), da França, tratam das metaorganizações como estratégia para alcançar todo o potencial transformador da bioeconomia.

“É preciso contar com um ecossistema propício ao seu desenvolvimento e com o engajamento de diversas partes interessadas no estabelecimento de uma bioeconomia inclusiva na região”. Isso requer novos mecanismos de governança, principalmente no que diz respeito à articulação com as populações tradicionais envolvidas nesse processo (indígenas, quilombolas, moradores locais, pescadores e extrativistas etc.), demandando formas de organização calcadas na colaboração.
Informação e novas tecnologias

A parte três do livro destaca o potencial de exploração dos produtos florestais não madeireiros (PFNMs) e do bioma da Amazônia por meio de novas tecnologias. No caso dos PFNMs, destacam-se o açaí, o cacau, a castanha-do-brasil, babaçu, mel e pirarucu, entre outros. No entanto, muitos PFNMs estão associados a níveis baixos de produtividade e renda. “Fatores como a geografia econômica, nível de maturidade dos sistemas de produção e de mercado e características biológicas dos produtos podem interferir nos resultados de sustentabilidade econômica e ambiental. Esses fatores precisam ser levados em consideração para desenhar intervenções que criem as condições mais adequadas para um desenvolvimento local e inclusivo”, afirmam no primeiro artigo Tomas Rosenfeld e Peter Ponschen, da Universidade de Freiburg, na Alemanha.

No segundo artigo, Adalberto Val e Isabela Litaiff, da Universidade Nilton Lins, no Amazonas, lembram que há um “eldorado inteiro” a ser desvendado na biodiversidade da floresta, desde que se associe o conhecimento dos povos tradicionais às ferramentas hoje disponíveis, como, por exemplo, a genômica, a transcriptômica e a proteômica. Mas isso exige “estudos contínuos, envolvendo experimentos diversos, testando novos produtos e processos e aperfeiçoando os já conhecidos. Requer uma profunda interação dos conhecimentos produzidos pelos povos originários da floresta com os conhecimentos modernos produzidos nas bancadas dos laboratórios. A bioeconomia existirá na medida direta do aprofundamento dos conhecimentos sobre um mundo desconhecido, um admirável mundo em ser”.

Mas isso não basta. “Para poder capturar esse potencial, é necessária uma visão alternativa e complementar à bioeconomia da sociobiodiversidade – a bioeconomia computacional”, sublinham Juan Carlos Castilia-Rubino, cofundador do Earth Biogenome Project, e Luciana Russo Correa Castilla, da FEA-USP, no terceiro artigo. Essa tecnologia integra múltiplas disciplinas da ciência e engenharia, como sequenciamento genético, inteligência artificial aplicada à biologia, edição genética, biologia sintética e automação do processo de desenvolvimento de bioprodutos com robótica laboratorial, eles explicam. “Seu foco é decifrar o mundo dos dados biológicos para a produção de bioprodutos avançados de qualidade única, apoiando-se mais na biologia in silico do que na biologia in vitro.”
A domesticação da floresta

A restauração florestal e as práticas agrícolas são o tema da quarta parte do livro. No primeiro capítulo, os autores analisam a distribuição do desmatamento na região, levando em conta a diversidade de atores envolvidos e a necessidade de desenvolver estratégias de restauração florestal diferenciadas, e descrevem também as estratégias mais promissoras para a restauração em larga escala da Amazônia, considerando o potencial de geração de renda, os benefícios socioambientais e a escalabilidade dos modelos de restauração.

    “Torna-se primordial reconfigurar a perspectiva da restauração, passando de uma abordagem percebida como punitiva para uma que a reconheça como uma alternativa viável e sustentável tanto economicamente quanto na perspectiva de benefícios ecológicos e climáticos”, afirmam Nathalia Nascimento e Pedro Henrique Santin Brancalion, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP.

O segundo capítulo trata das práticas agrícolas dos povos indígenas. Os autores lembram que, no século 16, a paisagem da Amazônia era “domesticada” e que “os diferentes povos amazônicos do passado e do presente parecem partilhar um modo comum de se relacionar com o que chamamos de natureza”, escrevem Camila Loureiro Dias e Joana Cabral de Oliveira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de Vera Lúcia Aguiar Moura, do povo Tukano da Terra Indígena Alto Rio Negro, no Amazonas. Para eles, foi exatamente esse modo de relação que permitiu a conservação e o incremento da biodiversidade amazônica. “Em outras palavras, se há biodiversidade, ela foi e continua a ser, em grande medida, ativamente construída pelos povos indígenas por meio da relação que estabelecem com os outros seres que compõem e habitam a floresta. Uma relação que envolve respeito, que não implica em domínio e que valoriza a diversidade.” Para os autores, no que se refere à promoção da biodiversidade, temos muito a aprender com as práticas agrícolas dos povos indígenas.
Violência e ilicitude

Marcovitch e Adalberto Val assinam o último artigo do livro, sobre um tema tão sensível quanto urgente. “Já não se trata de conflitos pontuais como aqueles que perduram há décadas, e sem solução, mas de uma verdadeira ocupação de territórios locais por 22 grupos criminosos e/ou facções, que atuam em 178 municípios da região. Nos demais países amazônicos, os desafios se assemelham. Há, portanto, um cenário de dimensões continentais que precisa ser enfrentado”, ressaltam. Lembram ainda que, diariamente, “milhões de habitantes ribeirinhos da Amazônia, um dos maiores ativos ambientais do planeta, se nutrem de alimentos contaminados” e sublinham a urgência da descontaminação em escala de todos os rios que apresentem indícios de mercúrio.

“Uma concertação entre governo e sociedade civil, dedicada ao bem-estar humano e à conservação da natureza no bioma Amazônia, deve levar ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria Geral da República, para inspirar decisões de ministros e procuradores, recomendações formuladas pelo FBSP [Fórum Brasileiro de Segurança Pública] e estudos focados no envenenamento dos rios amazônicos. Cabe valer-se dos mecanismos previstos em organizações regionais. Tanto organizações governamentais, como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca), quanto não governamentais, como a Rede Interamericana de Academias de Ciências (Ianas) e a InterAcademy Partnership (IAP), para participar desse esforço e expandir seu escopo.”

O livro Bioeconomia para quem? Base para um Desenvolvimento Sustentável na Amazônia foi publicado pela Com Arte, editora-laboratório do Curso de Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, e teve apoio da USP, do Inpa, da UFPA e do Instituto Peabiru. A íntegra do livro está disponível aqui.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Agência Fapesp, escrito por Claudia Izique ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/economia/bioeconomia-inclusiva-desafios/

Brasil : MECA:Quase 600 muçulmanos morrem devido ao forte calor de até 52°C
Enviado por alexandre em 19/06/2024 11:09:41

Óbitos ocorreram durante peregrinação para cidade de Meca


Sol (Imagem ilustrativa) Foto: Wirestock / Freepik

Pelo menos 550 peregrinos de diferentes nacionalidades morreram ao longo desta semana durante os ritos da peregrinação anual à cidade saudita de Meca, conhecido como “hach”. Os óbitos estão relacionados com as altas temperaturas, que chegaram a atingir 51,8ºC em vários dias, segundo informaram várias fontes nesta quarta-feira (19).

Uma fonte médica disse à Agência EFE, sob condição de anonimato, que até agora o número de corpos no necrotério de Al Muaisem, o maior de Meca, é de 550, embora não tenha descartado que esse número aumente durante esta quarta, que marca o fim da peregrinação deste ano.

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Essa fonte acrescentou que “pelo menos 325 peregrinos egípcios (do número total de mortes) morreram durante a peregrinação a Meca este ano”, a maioria deles por causas relacionadas à temperatura, que segundo o Centro Meteorológico Nacional saudita variou entre 45º e quase 52º C nas horas mais quentes, entre 11h e 16h.

Da mesma forma, confirmou que também morreram pelo menos 60 peregrinos jordanianos, número superior ao publicado nesta terça (18) pelo Ministério das Relações Exteriores da Jordânia, que emitiu 41 licenças para enterrar peregrinos do reino hachemita em Meca a pedido das famílias.

– Todos os peregrinos morreram devido ao calor, exceto uma pessoa que ficou mortalmente ferida durante uma debandada em meio a uma multidão de peregrinos – explicou.

Ainda segundo esta fonte, o número de mortes entre os peregrinos egípcios aumentou, porque um grande número deles não estava inscrito na delegação oficial, que não tinha registro da presença desses concidadãos que viajaram às suas próprias custas.

Por sua vez, a delegação iraniana relatou até agora a morte de 11 dos seus cidadãos por insolação, enquanto fontes oficiais tunisinas reportaram a morte de 35 dos seus cidadãos que realizavam a peregrinação.

*EFE

Brasil : Apoio do Planalto à exploração do petróleo e obras de pavimentação da BR-319 isolam politicamente Marina Silva
Enviado por alexandre em 18/06/2024 01:07:10

 Osíris M. Araújo da Silva

Desde o presidente da República aos titulares de ministérios e órgãos afins que se ocupam dos recursos da
biodiversidade contrariando posições ambientalistas radicais da ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva,
seus palpites vêm perdendo credibilidade, o que a leva ao incômodo isolamento perante o governo federal. Até
por encontrar-se manietada e submissa à pressão explícita de ONGs ambientalistas radicais contrárias à
exploração das potencialidades geoeconômicas legadas pela Mãe Natureza ao Brasil. O presidente Lula da Silva
tem se manifestado favorável ao estabelecimento de plataformas para extração de petróleo na Margem
Equatorial. O tom de seus posicionamentos foi externado em discurso a investidores no Rio de Janeiro, quando
defendeu a possibilidade do Brasil explorar as reservas petrolíferas na região, que inclui a foz do rio Amazonas,
argumentando que ela pode viabilizar “um salto de qualidade extraordinário”, além de oportunidade econômica
que o Brasil não pode “jogar fora”.

O presidente vem reiteradamente sinalizando a investidores que as condições são favoráveis por parte do
Executivo e que o sinal está aberto para a retomada de projetos barrados pelo IBAMA no ano passado,
alegadamente “por conta dos riscos ambientais”. Os argumentos presidenciais, distantes das intransigentes
argumentações de Marina da Silva, são frequentemente apoiados pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e
Energia), e pela nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para quem “a empresa atuará para apoiar o
desenvolvimento do país e o aumento do PIB”. Além do que, segundo informes da empresa, “as reservas da
Margem Equatorial são a principal aposta da Petrobras para manter o nível de extração de petróleo a partir da
década de 2030, quando a produção do pré-sal deve começar a cair. Assim, a nova fronteira daria segurança
energética ao país durante a transição para a economia verde”.

Por seu turno, relatório do Grupo de Trabalho sobre a pavimentação da rodovia BR-319 concluiu que existem
elementos para garantir a viabilidade técnica e ambiental para realizar o empreendimento. De acordo com o
ministro dos Transportes (MT), Renan Filho (MDB), há espaço para a realização do projeto com
sustentabilidade levando em conta que a BR-319 “será uma rodovia com cercamento em áreas de floresta, com
passagem de fauna subterrânea e aérea”. O MT promoveu ampla interlocução com áreas ministeriais e órgãos
envolvidos e com a sociedade em audiências públicas na região amazônica. Tais encontros foram determinantes
para o entendimento sobre a viabilidade da obra, dependendo apenas das licenças finais, “que logo deverão ser
liberadas”.

O relatório do Ministério dos Transportes deixa claro que “o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de
Impacto Ambiental – EIA/RIMA, feitos pelo DNIT, utilizado como base para emissão da licença prévia
672/2022, ilustram o compromisso do órgão em respeitar os compromissos acordados nas condicionantes que
estiverem sob sua gestão, necessárias para garantir a Licença de Instalação”. Segundo GT Rodovias da BR-319,
do CREA-AM, deve haver compromisso amplo de preservação ambiental e respeito às comunidades
tradicionais.

Nesse sentido, o GT propõe “modelo reforçado por policiamento e a implementação de portais de controle”.
Um projeto que, em sua base, “tenha como premissa o respeito ao meio ambiente e aos povos originários tem
plenas condições de coibir preventivamente eventuais danos ao bioma”. Para o engenheiro Marcos Maurício, do
GT de Rodovias do Crea-AM, “a despeito de muito do que está insculpido no relatório do Grupo de Trabalho
do Ministério dos Transportes já constar no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), aprovado em julho de 2022, o
documento divulgado nesta terça-feira, 11, entretanto, é um avanço, sob o ponto de vista político, de
envergadura bem maior”.

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista  ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/economia-na-amazonia/apoio-do-planalto-a-exploracao-do-petroleo-e-obras-de-pavimentacao-da-br-319-isolam-politicamente-marina-silva/

Brasil : Portal Amazônia Meio Ambiente Ministério dos Transportes conclui que pavimentação da BR-319 é viável ambientalmente
Enviado por alexandre em 18/06/2024 00:42:54

A reconstrução dos 405 quilômetros do trecho do meio da BR-319 é ambientalmente sustentável, segundo a conclusão de um grupo de trabalho do Ministério dos Transportes. Após mais de seis meses de estudos e audiências com a comunidade no entorno da rodovia, a constatação foi feita por especialistas e representantes de órgãos dos governos federal, estaduais e prefeituras da região.

O grupo de trabalho foi instituído em novembro de 2023, para apresentar soluções para a reconstrução dos 405 km do trecho do meio da rodovia que une Manaus a Porto Velho. A BR-319 é a única ligação terrestre do Amazonas e de Roraima com o restante do país.

No documento de 67 páginas, o grupo de trabalho reafirma ser possível conciliar o desenvolvimento regional e a preservação do meio ambiente, a partir de uma gestão inovadora que fará jus à singularidade que a BR-319 representa.

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O relatório propõe o cercamento de parte da rodovia com implantação de 500 km de proteção física a fim de preservar a fauna na área crítica do trecho do meio. Também prevê que 172 passagens para animais sejam instaladas. Uma passagem a cada 2,35 km de rodovia.

Há ainda recomendações para o monitoramento da rodovia, que deverá contar com novos postos da Policia Rodoviária Federal, atuação da Polícia Federal, além de reforço nos efetivos das polícias e bombeiros estaduais e atuação de órgãos como ICMBio.

A ideia é que sejam construídos portais de fiscalização e monitoramento nas duas pontas da rodovia, no trecho que será cercada. Além disso, uma nova unidade de conservação deverá ser implantada.

Agora o relatório será discuto internamente no governo. O maior desafio é buscar consenso com a área ambiental. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima têm dito em entrevistas que a obra no trecho do meio requer estudos mais detalhados para comprovar que não haverá aumento de desmatamento e grilagem na área.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que o estado fará sua parte pra garantir o bom uso da rodovia.

*Com informações do g1 Amazonas ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/ministerio-dos-transportes-conclui-que-pavimentacao-da-br-319-e-viavel-ambientalmente/

Brasil : Vilhena sediará o I Congresso Internacional sobre Sustentabilidade na Amazônia
Enviado por alexandre em 18/06/2024 00:40:51

Por Júlio Olivar – julioolivar@hotmail.com

Entre os dias 5 e 7 de setembro, a Faculdade da Amazônia, localizada em Vilhena, Sul de Rondônia, será palco do 1º Congresso Internacional Educacional. Com o tema “Amazônia Verde: Educação Ambiental e Sustentabilidade para o Século XXI – Desafios e Oportunidades”, o evento reunirá expositores renomados do meio acadêmico e promoverá discussões cruciais sobre a região amazônica.

Na abertura do congresso, estão confirmadas as presenças de Peter Pal Pelbart, filósofo, ensaísta, professor e tradutor húngaro da PUC-SP, e de um legítimo rondoniense: professor Luís Suruí, indígena e mestre em Educação, residente em Cacoal.

A Amazônia, um dos maiores patrimônios naturais do mundo, desempenha papel fundamental na regulação climática global e abriga uma biodiversidade única. No entanto, enfrenta desafios como desmatamento, degradação ambiental e pressões socioeconômicas.

O congresso abordará temas interdisciplinares, incluindo filosofia, zoologia, economia, psicologia e biopolítica, com foco na interseção entre meio ambiente, sustentabilidade, educação e o bem-estar das comunidades amazônicas. A diretora científica, Leonira Ofrunã Rodrigues Bresciani, destaca a relevância dessas discussões: “A educação de qualidade surge como pilar essencial para promover a sustentabilidade e o desenvolvimento equilibrado da região”.

A diretora-geral da Fama, Patricia Clara, espera receber cerca de mil inscritos no evento, que se configura como pioneiro na região, buscando soluções para os desafios inerentes à Amazônia.

Para mais informações, acesse o site fama-ro.com.br.

Sobre o autor

Júlio Olivar é jornalista e escritor, mora em Rondônia, tem livros publicados nos campos da biografia, história e poesia. É membro da Academia Rondoniense de Letras. Apaixonado pela Amazônia e pela memória nacional.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista  ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/jotao-escreve/vilhena-sediara-o-i-congresso-internacional-sobre-sustentabilidade-na-amazonia/

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