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Brasil : Cientista Indígena do Brasil: gestora ambiental de Roraima é premiada por atuação sobre crise climática
Enviado por alexandre em 31/05/2024 10:41:36

Referência em Roraima por estudos sobre a crise climática em comunidades indígenas, a gestora ambiental Sineia Bezerra do Vale agora também é “cientista indígena do Brasil” reconhecida pelo Planetary Guardians, iniciativa que discute a emergência do clima em todo o mundo e tem como foco restaurar a estabilidade da Terra.

Indígena do povo Wapichana, Sineia do Vale recebeu o título no último dia 25 em São Paulo, no mesmo evento em que o cientista brasileiro Carlos Nobre, referência global nos efeitos das mudanças climáticas na Amazônia, foi anunciado com novo membro dos Planetary Guardians – guardiões planetários, em português.

Sineia do Vale tem como principal atuação o foco sobre a crise do clima, que impacta em consequências devastadoras em todo o mundo. Foi dela o primeiro estudo ambiental sobre as transformações do clima ao longo dos anos na vida dos povos tradicionais em Roraima.

Ao receber o prêmio de “cientista indígena do Brasil” das mãos de Carlos Nobre, a defensora ambiental destacou que quando se trata da crise climática, a ciência também precisa levar em conta a experiência de vida que os indígenas vivenciam no dia a dia – discurso que ela sempre defende nos debates sobre o assunto.

    “Esse é um momento muito importante para os povos indígenas. Neste momento em que a gente se coloca junto com a ciência que chamamos de ciência universal, a ciência indígena tem uma importância tanto quanto a que os cientistas traduzem para nós, principalmente na questão do clima”, disse Sineia do Vale.

O estudo inédito comandado por Sineia foi o “Amazad Pana’ Adinham: percepção das comunidades indígenas sobre as mudanças climáticas”, relacionado à região da Serra da Lua, em Roraima. A publicação é considerada referência mundial quando se trata da emergência climática e povos tradicionais.
Sineia do Vale (terceira mulher da direira para a esquerda) atua há anos com foco na crise climática e os povos indígenas — Foto: Patricia Zuppi/Rede RCA/Cristiane Júlião/Divulvação

No evento em São Paulo, ela exemplificou como a crise climática é percebida nas comunidades. “Os indígenas já colocaram em seus planos de enfrentamento às mudanças climáticas que as águas já aqueceram, que os peixes já sumiram e que não estamos mais vivendo o período de adaptação, mas o de crise climática”.

“Precisamos de resposta rápidas. Não podemos mais deixar que os países não cumpram seus acordos porque à medida que o globo terrestre vai aquecendo, os povos indígenas sofrem nas suas terras com grandes catástrofes ambientais”, destacou a gestora.

    “Precisamos de resposta rápidas. Não podemos mais deixar que os países não cumpram seus acordos porque à medida que o globo terrestre vai aquecendo, os povos indígenas sofrem nas suas terras com grandes catástrofes ambientais”, destacou a gestora.

A indicação para que Sineia recebesse o título ocorreu após indicação da ativista ambiental e geógrafa Hindou Oumarou, que é co-presidente do Fórum Internacional de Povos Indígenas sobre Mudanças do Clima e presidente do Fórum Permanente da ONU sobre questões indígenas chadiana.

Além da roraimense, também receberam a honraria de “cientista indígena do Brasil”: as antropólogas indígenas Braulina Baniwa e Cristiane Julião, do povo Pankararu, confundadoras da Articulação Nacional das Mulheres Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), e o antropólogo e escritor Francisco Apurinã, que pesquisa mudanças ecológicas na perspectiva indígena pela Universidade de Helsinki, na Finlândia.

onferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP, em inglês, e promove junto às lideranças indígenas a avaliação climática a partir do conhecimento ancestral.
Sineia do Vale participa desde 2011 da COP

Ela também participa ativamente das discussões internacionais sobre mudanças climáticas há mais de 20 anos, entre elas, a Conferência de Bonn sobre Mudanças Climáticas – chamada de SB60, que ocorre todos os anos em Bonn, na Alemanha. Este ano, a COP29 ocorrerá de 11 a 24 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão.

Em 2021, Sineia foi a única brasileira a participar da Cúpula dos Líderes sobre o Clima, evento convocado pelo então presidente estadunidense Joe Biden e que marcou a volta dos EUA nas discussões internacionais sobre o clima.

No ano passado, ela foi recebeu o “Troféu Romy – Mulheres do Ano”, honraria concedida a mulheres que se destacaram em suas áreas de atuação em 2023.

Gestora ambiental de formação, Sineia cursa mestrado em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais na Universidade de Brasília (UnB), coordena o Departamento de Gestão Territorial e Ambiental do Conselho Indígena de Roraima (CIR), e integra a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), focada na agenda indígena e a implementação de ações em nível local.

*Por Valéria Oliveira, do g1 Roraima ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/gestora-ambiental-rr-premiada/

Brasil : Paraguai e Itália enviam ajuda humanitária para o Rio Grande do Sul
Enviado por alexandre em 31/05/2024 10:38:43


Abrigos no RS. Foto: Divulgação

Por Felipe Pontes

O governo do Paraguai enviou nessa quarta-feira (29), pela Ponte da Amizade, 40 caminhões com itens de ajuda humanitária para os afetados pela tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul. O governo da Itália também enviou ajuda, por meio de um avião de carga que pousou na Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Do Paraguai foram enviados itens como água mineral, colchões e material de limpeza, entre outros. Em sua conta na rede social X, o presidente paraguaio, Santiago Peña, prestou solidariedade aos gaúchos. “Estamos com o Brasil, porque nos une uma forte amizade e porque quando estamos unidos não há adversidade que não possamos enfrentar juntos”, escreveu.

Da Itália, vieram 30 toneladas de itens, incluindo medicamentos e suprimentos médicos suficientes para atender 100 mil pessoas por três meses, tendas capazes de abrigar 4,5 mil pessoas e cinco geradores com capacidade para 60 kVA/h.

Doações destinadas ao RS. Foto: Divulgação

A aeronave B-767 que veio da Itália trouxe ainda dois potabilizadores de água capazes de produzir 64 mil litros de água potável por dia e quatro tanques com capacidade de 10 mil litros.

A viagem foi organizada pelo Ministério das Relações Exteriores italiano em parceria como o Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas. A chegada do avião foi acompanhada pelo embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese.

De acordo com o balanço mais recente da Defesa Civil gaúcha, um mês após o início das fortes chuvas e enchentes que atingem o estado, há ainda mais de 580 mil pessoas desalojadas, além de 45.126 em abrigos temporários.

Regionais : Policial escreve B.O. em forma de poesia e é obrigado a reescrever denúncia
Enviado por alexandre em 31/05/2024 10:35:06


Delegacia Seccional de Presidente Prudente. Foto: reprodução

Na Delegacia Seccional de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, um policial civil redigiu um boletim de ocorrência (B.O.) em forma de poesia para relatar um furto a uma residência localizada no dia 25 de fevereiro. A abordagem inusitada, no entanto, foi desconsiderada pelo delegado Eduardo Iasco Pereira, que ordenou a reescrita do documento três dias depois.

Segundo o Uol, a vítima do furto relatou que durante a madrugada um ladrão entrou em sua residência e levou uma lavadora de alta pressão, uma tampa de tanque de combustível, 20 litros de gasolina e 20 litros de etanol. Alan Douglas Silva, o policial responsável pelo primeiro registro, descreveu o ocorrido de maneira lírica:

“Na mansidão do silêncio noturno, permeada pela penumbra que abraça os segredos da calada madrugada, o vilão de nossa trama, qual sombra furtiva, penetrou na propriedade da respeitável vítima”.

O policial poeta continuou a narrativa detalhando a falta de equipamentos de segurança no local: “À propriedade da vítima coube servir de palco para a execução deste sórdido enredo. Na ausência de sentinelas visuais, as câmeras de monitoramento permaneceram omissas, incapazes de registrar os passos furtivos do agente do mal”.

Carro da Polícia Civil de São Paulo. Foto: reprodução

Ele também observou um erro cometido pelo ladrão: “Deixou sua marca indelével como um sinal no trilho do rastejar do agressor, tal o rastro de uma serpente que insinua sua presença”.

Na conclusão do documento, o policial fez um apelo por justiça: “E assim, como pluma ao vento, se finda o relato, aguardando a justiça como derradeira sentença, na esperança de que a luz da verdade dissipe as trevas que encobrem este capítulo indesejado da existência da vítima”.

Apesar da criatividade, o delegado considerou que a versão poética não seguia o padrão técnico e as normas de serviço da Polícia Judiciária. Por isso, ele ordenou que um novo boletim de ocorrência fosse redigido. Em 28 de fevereiro, o investigador Cesar Alberto Pereira Pinto registrou um novo B.O. com apenas quatro linhas, relatando os objetos furtados, a ausência de gravações de câmeras de segurança e a falta de testemunhas.

Regionais : Em meio à tragédia, população em situação de rua deve aumentar no RS
Enviado por alexandre em 31/05/2024 10:32:23


Número de pessoas em situação de rua vai aumentar por conta das chuvas em RS. Foto: Agência Brasil

Poucos dias antes das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, uma outra tragédia já tinha se abatido sobre o estado, mais especificamente em Porto Alegre. Um incêndio de grandes proporções na Pousada Garoa, no centro da cidade, que abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade social, a maioria em situação de rua, deixou dez mortos e pelo menos cinco feridos. O incêndio da pousada acabou abrindo uma discussão sobre a condições oferecidas pelo poder público a essa população. A maioria dos hóspedes do local tinha sua estadia custeada por um programa de assistência social da prefeitura, e o caso está sob investigação das autoridades.

Depois desse episódio, que foi seguido pela catástrofe das inundações, o sistema de proteção social na capital ficou ainda mais prejudicado. Isso porque, das três unidades do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) da capital gaúcha, duas fecharam por conta da enchente, restando apenas uma em funcionamento. Dos três abrigos da capital, apenas dois seguem funcionando. Com o incêndio na Garoa e as enchentes, as vagas em pousadas também estão mais reduzidas.

De acordo com o último censo feito pela prefeitura, havia cerca de 4,8 mil pessoas em situação de rua na capital, mas, diante do cenário atual do sistema de assistência social, deverá haver aumento dessa população na cidade.

“Os viadutos da cidade estão lotados de pessoas em situação de rua. A prefeitura precisa organizar rapidamente os serviços para dar conta da proteção social das pessoas, tanto mais abrigos como um aumento da rede socioassistencial. O que a gente já tinha estava estrangulado, e agora, com essa enchente, fica mais inviável o atendimento a essa população”, aponta Sibeli da Silva Diefenthaeler, assistente social da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), o órgão que executa a política de assistência social no município, responsável pela oferta de serviços, programas e benefícios. A Fasc atua por meio de rede socioassistencial própria e com organizações parceiras.

Destino incerto

Há apenas três abrigos específicos emergenciais montados para a população em situação de rua na cidade, e um outro onde grande parte dos alojados tem esse perfil. A reportagem da Agência Brasil visitou dois desses locais.

No colégio estadual Júlio de Castilhos, o Julinho, no centro da capital gaúcha, dos cerca de 80 abrigados, 55 são pessoas em situação de rua. Um deles é Márcio José Jungbut dos Santos, 48 anos, que gosta de ser chamado carinhosamente de Marcinho. “Estava na rua, não tinha onde dormir, nem nada. Trabalhava de camelô, vendendo tênis, dormindo na praça ou debaixo da marquise, para não pegar chuva”, relata. “Aqui no albergue, pelo menos tem onde ficar, onde comer”, acrescenta.

Mas a estadia de Marcinho no local não deve durar muito, porque a escola pretende a retomar as aulas na próxima semana. “Estou na expectativa de um auxílio desses prometidos pelo governo, para poder pagar uma pensão, comer e trabalhar”, diz.

Icleia Machado, 50 anos, diarista perdeu todos seus pertences após as enchentes em POA e agora está alojada no colégio, Estadual Júlio de Castilhos, que funciona como abrigo desde o dia 5 de maio.
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Quem vive situação parecida é a trabalhadora doméstica Icleia Machado, 55 anos. Ela e o marido saíram às pressas de uma pensão, no bairro Floresta, que ficou inundada. “Perdemos tudo. Estou esperando minha nova identidade para conseguir garantir uma vaga de emprego na limpeza urbana, de gari, para ganhar um salário mínimo”, conta. Ela também depende de um auxílio do governo para tentar recomeçar. “Estou esperando também o governo liberar os auxílios para dar um jeito, porque temos que ir embora daqui, o abrigo vai ser fechado. Não sei se vão botar a gente em algum lugar ou se vão atirar na rua e deixar ao deus-dará”, protesta.

“Tem que entrar o auxílio do governo, porque estão acabando nossos dias. O colégio quer retomar as aulas. E a gente vai sair daqui para onde? Não tenho para onde ir. Eu estava num local, com minhas coisas, e acabei ficando sem nada”, desabafa Carlos Henrique da Rosa. Militante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR), Rosa, que tem 45 anos, morava numa pensão que também foi inundada, no bairro Menino Deus, no centro-sul de Porto Alegre. Ele disse que a Defesa Civil chegou a alertar sobre a subida da água, mas não imaginou a extensão da enchente.

“Tivemos que sair de madrugada e eu acabei dormindo na rua em uma área que não tinha alagado. Quando voltei, no dia seguinte, descei até a Praça Garibaldi, vi que não existia mais, vi a nossa pensão cheia d’água, a [Praça] Lupicínio [Rodrigues] não se enxergava mais. Na hora, meu coração disparou, e passam uns minutos e daí eu vejo um jet-ski puxando um barco, em plena Avenida Érico Veríssimo. Não acreditei na cena”, recorda-se Carlos Henrique da Rosa.

Carlos Henrique da Rosa ficou sem teto após a enchente e, sem opção, voltará para situação de rua em Porto Alegre – Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Desmobilização

No extremo-sul de Porto Alegre, no bairro da Restinga, a Amurt Amurtel, uma organização da sociedade civil que atua na cogestão da política de assistência social, ainda mantém um abrigo temporário para pessoas em situação de rua desde o dia 5 de maio. São cerca de 30 pessoas acolhidas. Umas delas é Miriã Sebajes, de 36 anos.

“Sou moradora em situação de rua, ninguém está livre disso. Ninguém está livre para o que está acontecendo no mundo, não querem abrir os olhos. Não é normal o que está acontecendo no mundo”, afirmou, sobre a catástrofe natural no Rio Grande do Sul. Miriã não quer sair do abrigo provisório sem ter um lugar pra morar.

“É muita violência na rua. Perdi meus irmãos para o tráfico, estou na rua, longe do meu filho. Por que é tão difícil ter dignidade? É aí que o tráfico e a droga te abraçam. É um refúgio, comecei a pirar e entrar em depressão”, conta Miriã Sebajes.

Quem também está inseguro sobre o futuro é Fabiano Gomes da Rosa, 49 anos. Ele residia em uma das pousadas do centro, como a Garoa, pagas pela prefeitura. “O ambiente era insalubre, não tinha janela. Lá não foi alagado, mas ficamos sem água e sem luz por muito tempo, por isso me recomendaram vir para o abrigo”, afirma. Agora, ele espera a possibilidade de construir uma moradia. Uma das alternativas defendidas pela assistência social seria o sistema se acolhimento em república, uma forma de moradia subsidiada a grupos de pessoas maiores de idade em estado de abandono, situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados e sem condições de moradia e autossustentação.

“Hoje, infelizmente, ainda não temos perspectiva para essas pessoas. A nossa ideia, das equipes que estão aqui, é tensionar de todas as formas o poder público, para todas as pessoas conseguirem uma organização para quando saírem daqui”, diz Ana Cristina Aguiar, coordenadora de projetos sociais da Amurt.

A reportagem procurou a direção da Fasc, que responde pela prefeitura sobre a política de assistência social, mas, até o momento, não obteve retorno.

Originalmente publicada por Agência Brasil

Regionais : Comissão apura possível fraude em empréstimos consignados no SAAE Cacoal
Enviado por alexandre em 31/05/2024 10:29:42

Comissão apura possível fraude em empréstimos consignados no SAAE Cacoal

 

O Presidente da Casa, Vereador Valdomiro Corá (MDB), juntamente com os Vereadores Paulo Henrique, João Paulo Pichek, Lauro Klock e o Diretor Legislativo, Antônio Brito, estiveram esta semana na Polícia Federal em Guajará Mirim, para levar informações referente ao processo de investigação realizado pela Comissão Especial de Averiguação da Câmara de Cacoal, em relação a uma possível fraude em empréstimos consignados no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Cacoal, realizado junto à Caixa Econômica Federal.

O Vereador Paulo Henrique explicou, que uma situação de indignação dos servidores efetivos que não conseguiam mais contratar empréstimos junto à Caixa, os levaram a procurar a Câmara de Vereadores de Cacoal, a qual decidiu realizar apuração dos fatos. Segundo o apurado, pessoas que efetuaram empréstimo, ainda que lotadas no SAAE de Cacoal, fizeram as transações em Caixas econômicas de diferentes cidades, como Guajará-Mirim, Vilhena e Porto Velho. Em alguns casos, estelionatários ou supostos servidores comissionados usaram documentos falsos de dentro do SAAE perante as agências da Caixa Econômica Federal, visando levantar valores do empréstimo consignado.

A comissão já apurou que foi firmado um convênio junto à Caixa Econômica Federal no dia 28/05/2021, para a concessão de empréstimos consignados aos servidores não efetivos (comissionados) da autarquia. Em ato contínuo, os servidores comissionados realizaram empréstimos e não honraram com os pagamentos, lesando a Caixa Econômica Federal, a qual, a partir do ocorrido, deixou de fornecer empréstimo consignados aos servidores do SAAE, mesmo sendo efetivos. A época dos fatos, o presidente do SAAE era o servidor Thiago dos Santos Tezzari.

Em recente ação, a Polícia Federal deflagrou a operação Identidade Oculta, com o intuito de combater o crime de estelionato e uso de documento falso perante as agências da caixa Econômica Federal, em Porto Velho–RO.  A operação iniciou a partir dos desdobramentos de uma prisão em flagrante realizada em abril de 2024, quando um indivíduo compareceu a uma agência da capital portando um documento falso, com a intenção de sacar um benefício. Esta operação é idêntica ao que a comissão especial de averiguação da Câmara está investigando referente ao SAAE/Cacoal.


Ainda conforme as investigações, somente em Nova Mamoré, o golpe ultrapassa mais de 100 mil reais. “Estamos investigando, ainda, o motivo dessas transações terem acontecido em diferentes cidades de Cacoal, porém há fortes indícios de fraude ao sistema financeiro. Além disso, é preciso saber quais foram os servidores comissionados que realizaram os empréstimos e até mesmo para dar segurança jurídica aos demais servidores de carreira nas futuras transações bancárias, explica os vereadores.

A Comissão destacou que vários questionamentos continuam em aberto, inclusive, das operações estarem relacionadas ao financiamento de campanha, pelo fato dos empréstimos terem sidos tomadas no período das eleições de 2022. “Os empréstimos foram obtidos de forma fraudulenta? Qual o valor total do prejuízo para Caixa e ao SAAE?


São perguntas sem respostas até o momento”, concluiu o Vereador Paulo Henrique.

 

O Presidente da Câmara, Valdomiro Corá, explicou que a Câmara está aguardando a Prefeitura de Cacoal responder às informações solicitadas pela comissão. “As investigações estão seguindo e estamos aguardando as respostas do Executivo, aos ofícios enviados pela Comissão”, disse o Presidente, frisando que entre os questionamentos a serem apurados estão: quais os procedimentos administrativos adotados para o caso do empréstimo consignado? Houve prejuízo ao SAAE? Quais as medidas disciplinares adotadas pelas infrações apuradas pela corregedoria do município? Caso não tenham as respostas, a comissão deverá enviar a documentação e o relatório a polícia Federal, para poderem apurar e tratar a situação como o caso requer.


ASCOM

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