Especialistas dão dicas para deixar a transa mais ousada e selvagem, mas sem passar do limite
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Sexo amorzinho é muito bom e dormir de conchinha após fazer amor é sempre bem vindo. Mas a transa mais ousada e com uma pegada selvagem também tem seu lugar. E… ultimamente tem ocupado um lugar grande, pelo menos para os espectadores da nova série da Netflix, Sex/Life, que estreou no mês passado. O show reascendeu o debate sobre um tipo de sexo mais picante, que é o preferido da personagem principal, Billie Connelly (Sarah Shahi).
Mas será que vale tudo para deixar essa transa mais diferente? Até que ponto é prazeroso e qual o limite para não sair da zona do prazer e se tornar agressivo (e até abusivo)?
A Pouca Vergonha ouviu dois terapeutas sexuais, que dão dicas para sair da monotonia e experimentar algumas táticas para esquentar a hora “H”. E também alguns cuidados para não transformar a selvageria sexy em agressão.
Afinal, o que é selvagem?
De acordo com o Dicionário inFormal, sexo selvagem é o “Sexo hard, quente, alucinante, com muita provação, muito desejo recíproco, muito tesão, muita vontade”.
Para a terapeuta sexual Tâmara Dias, “Sexo selvagem é aquele sem pudores, mais primitivo, com entrega total dos pares, muito desejo sexual, sem certo e errado”. Seguindo esses conceitos, podemos considerar este tipo de sexo como uma prática kinky (fora dos padrões convencionais).
Ela lembra que no BDSM também existem algumas modalidades que podem ser consideradas selvagens, mas sem sexo obrigatoriamente: “É o caso do sadismo e masoquismo: mas não necessariamente quem bate, transa”, pontua.
Preliminares…
Tudo começa pela boca: comunicação é a chave. O terapeuta sexual, André Almeida, esclarece que o diálogo é fundamental para estabelecer os limites previamente: “Converse com o par e deixe bem claro as preferências de cada um. É sempre importante em qualquer tipo de comportamento sexual kinky, ter um contrato bem estabelecido entre as partes pontuando até onde vai e o que gostaria de fazer”, explica o especialista e lembra que esse tipo de contrato é muito utilizado no meio BDSM.
Esquentando
Depois de conversado e acordado, sabendo o que a parceria pensa e respeitando os limites, é hora de experimentar. A terapeuta Tâmara explica que no sexo selvagem é fundamental que o tesão esteja “lá em cima” e dá a dica para elevar o desejo à potência máxima: “Vale começar as preliminares com mensagens mais picantes tipo dirty talk (falar coisas mais picantes e sexuais com a parceria antes, durante e depois do sexo). E na hora H, certifique-se de que a parceria está bem excitada, o que significa que o corpo estará mais preparado para receber os estímulos mais fortes de forma mais confortável e prazerosa, pois nessa fase do ciclo da resposta sexual o sangue se concentra mais nas áreas erógenas, lubrificando mais a mulher, deixando o clitóris mais sensível ao toque e no caso dos homens deixando o pênis mais ereto”, orienta.
Pega fogo
Tapinhas, mordidas, xingamento, pegada mais forte… se consentido, vale tudo na hora do auge do tesão! Mas é preciso ir com calma, de acordo com Tâmara: “Se sua parceria não verbalizar o que gosta na hora do sexo, fique atento à linguagem corporal, às caras e bocas, ao olhar. Vale perguntar se está bom naquela intensidade e se sentir vontade de fazer mais forte, questione antes”, aconselha. E o mesmo vale se for xingar, é preciso estar em terreno seguro para não ofender.
E a dica para curtir e gozar o momento é estar presente: “Estar entregue às sensações que o outro quer te proporcionar e se permitir, sem julgamentos e pudores, fazer aquilo que você acredita que será prazeroso para os dois”, finaliza.
Palavra de segurança
E para não ultrapassar nenhum limite e continuar apenas tendo prazer nesse sexo mais ousado, o ponto principal é o consentimento. O terapeuta André Almeida esclarece: “Quando você não quer fazer ou percebe que o outro não quer fazer qualquer coisa, a partir dai é ato de violência, é considerado agressão e sai do universo de fetiche ou kinky”, pontua.
A dica para curtir sem desrespeitar é combinar uma sinalização ou palavras de segurança, para alertar “daqui não passa”.
Vale ressaltar que tudo que for feito sem respeito e empatia, sem consentimento, sem desejo sexual, sem excitação e entrega, pode ser perigoso por poder trazer prejuízos físicos e emocionais.
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O orgasmo é o ápice do prazer e, embora chegar lá pareça fácil quando se está excitada, esse é um desafio para a maioria das mulheres, comprovado por estudos. Em 2016, por exemplo, uma pesquisa do Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo (ProSex), com 3 mil participantes mulheres com idade entre 18 e 70 anos, concluiu que 55,6% têm dificuldade para chegar ao clímax.
“Por séculos a mulher foi ‘castrada’ na construção da própria sexualidade. Isso ainda reflete nas gerações atuais, na forma como nos relacionamos com o nosso corpo e com a nossa intimidade”, explica à IstoÉ Chris Marcello, sexóloga e CEO da Sophie Sensual Feelings.
Segundo a especialista, “a importância de se chegar lá está em usufruir da ‘descarga’ de tensão e liberação de hormônios que esta experiência proporciona”. Entre os benefícios da prática, ela destaca: sensação de bem-estar, euforia, melhora autoestima e sentimento de ser amada/desejada.
Embora seja uma dificuldade comum entre as mulheres, é possível chegar ao orgasmo. Para isso, Chris ressalta ser uma experiência sensorial, com respostas fisiológicas, também otimizadas pela intimidade, autoconhecimento e entrega para o momento.
“Acho importante dizer que estar relaxada e curtir o processo pode facilitar este ápice. O prazer deve ser fluído, lúdico, leve. O orgasmo não deve ser a meta, o ideal é aproveitar a jornada e investir em autoconhecimento”, destaca.
Conforme ela, a intenção e disponibilidade para se autoconhecer são atitudes importantes para destravar o processo. “Ser curiosa, prestar atenção nas reações do corpo e buscar literatura apropriada podem ajudar nesse processo de autoconhecimento, assim como, fazer uso da masturbação, nossa principal ferramenta de descobertas”, pondera.
DICAS PARA ATINGIR O ORGASMO
A primeira dica de Chris é estar relaxada e conectada com o momento. “Sozinha ou acompanhada, procure sentir mais do que racionalizar qualquer movimento. A entrega para curtir as sensações, experimentar os sentidos, vai depender dessa conexão”, pontua. Para isso, vale incluir algo que “ative o repertório erótico”, como uma música, imagem ou cheiro que excite.
Ter alguns produtos sexuais também facilita o processo. A primeira aposta deve ser sempre o lubrificante íntimo a base de água. “É um ótimo aliado para tornar a experiência mais confortável e prazerosa na masturbação, ou mesmo com a(o) parceira(o). Um lubrificante artificial, muitas vezes, pelo fato de facilitar, deixa a mulher mais relaxada, contribuindo para sua lubrificação natural”, esclarece a sexóloga.
Chris, ainda, indica massageadores íntimos específicos para o clitóris (bullets, sugadores, “rabbits” ou dedeiras) e produtos sensoriais, que provocam sensações térmicas e podem melhorar a consciência corporal.
Por fim, mas não menos importante, vale se atentar às posições sexuais que favorecem o orgasmo, como as de estimulação clitoriana. “Posições nas quais o clitóris pode ser estimulado enquanto se é penetrada, ou mesmo quando o clitóris recebe o atrito, como na cavalgada (mulher por cima), são as melhores para atingir o orgasmo”, conclui a profissional.
Criação de novas rotas econômicas, mais industrialização e formação profissional reduzirão os índices de pobreza
Assessoria
Integração regional trará desenvolvimento, diz Marcos Rogério
Rondônia vive alguns paradoxos injustificáveis em sua história recente. Um deles diz respeito à economia. O crescimento econômico, que tem mantido o Produto Interno Bruto (PIB) em alta, não tem refletido satisfatoriamente na melhoria dos índices sociais: Rondônia é o segundo Estado que mais empobreceu no país nos últimos três anos, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A economia cresce, mas a população empobrece. Segundo a FGV, chegou a 31,65% da população rondoniense os que têm renda per capita de até R$ 497 mensais.
Na avaliação do senador Marcos Rogério, pré-candidato a governador pelo PL, uma das causas do aumento dos bolsões de pobreza em Rondônia é a falta de políticas que produzam integração regional, universalizando o crescimento econômico. Além disso, o senador explica que é preciso ter uma visão da economia voltada para a realidade de toda a população. “O Estado não pode agir como um mero espectador, alimentando-se dos tributos gerados pelos grandes setores econômicos. Precisa ter programas e políticas de incentivo aos pequenos produtores e aos agentes de transformação e de serviços que vivem nas comunidades locais”, analisa.
Na avaliação de Marcos Rogério, o governo atual limitou-se a arrecadar altas somas de impostos das empresas que tocam a economia do Estado, sem ter a visão da necessidade de programas que assegurassem interconexão econômica, entre as regiões e entre os setores da economia estadual. “Enquanto não corrigirmos essas distorções, veremos o PIB crescer e a população empobrecer. É preciso integrar as regiões com novas rotas econômicas, fomentar a economia nas pequenas localidades, como nos distritos, incentivar a transformação de mais matéria-prima e investir em formação profissional. Com isso, vamos abrir novos mercados, agregar valores aos produtos e gerar capacidade de maior retenção de renda pela população”, acentua.
A famosa sexóloga e educadora, Jaiya Ma passou os últimos vinte anos se dedicando a estudar os mecanismos que contribuem com a excitação das pessoas, e conseguiu desenvolver um mapa de excitação que revela a linguagem erótica primária de cada indivíduo, o chamado Eritic Blueprint.
Essas linguagens eróticas envolvem a energética, a sensualidade, a sexualidade ou o metamorfo. Segundo a sexóloga, as pessoas falam diferentes línguas eróticas, e que todos podem aprender a falar qualquer uma delas.
De acordo com a psicóloga especialista em sexualidade, orientação e identidade de gênero pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Anna Rachel Algazi, há padrões de excitação e semelhanças que criam desconexão entre pessoas. “A Jaiya observou que o que excitava uma pessoa acabava com outra”, afirmou.
A expert brasileira explica que essa é apenas uma teoria. “Podemos pautar, sim, os pacientes com esses cinco perfis sexuais, mas não é algo utilizado com unanimidade entre todos os profissionais”, frisa. “É importante ressaltar também que esses perfis são diferentes da linguagem do amor”, aponta.
Confira os cinco tipos:
Sensual
Anna conta que tipo o sensual é alguém que é ativado por todos os seus sentidos sendo acesos. “Adora sabores, cheiros… Eles querem entrar em um belo cenário ao iniciar o jogo erótico. Eles trazem a arte. Portanto, o superpoder do sensual é que eles têm acesso de corpo inteiro ao prazer orgástico por meio de sensações – nem sempre é um orgasmo com foco genital. Pode ser algo como alguém lhe dando um delicioso pedaço de chocolate enquanto lambe a parte de trás do seu joelho”, exemplifica.
Enérgico
O tipo enérgico é alguém que está ligado por antecipação, espaço, provocação, desejo, anseio. “Você pode ser enérgico se sentir tudo antes do beijo acontecer. Você é muito, muito sensível, então, não é preciso muito para te excitar. É como jogar uma pedra na água. Se você jogar a pedra na água, as ondulações se apagarão”, diz.
Sexual
É alguém que se excita com o que consideramos sexo em nossa cultura. “Nudez, genitais, orgasmo, penetração — essas são algumas das coisas que o sexual ama. O superpoder sexual é que geralmente a excitação é bem fácil: você pode ir de zero a sessenta rapidamente. Não é que haja uma falta de profundidade, mas há uma simplicidade. ‘Isto é o que funciona. Vamos fazer isso’. É muito simples em alguns aspectos; é mais fácil acessar a excitação através dos genitais.”
Excêntrico
Anna Rachel alega que o tipo excêntrico é alguém que se excita com o tabu. Existem alguns tipos diferentes de tipos excêntricos: um é mais psicológico, onde é sobre a dinâmica do poder. “Um é mais baseado na sensação, onde é mais sobre a sensação de cordas na pele ou jogo de impacto ou sensação intensa que surge. No entanto, não é necessariamente o que pensamos como torção; é sobre o que é tabu para você”, comentou a profissional.
Metamorfo
O tipo metamorfo é alguém que está excitado por tudo que os tipos sensuais, sexuais, pervertidos e energéticos estão excitados. “O superpoder de um metamorfo é que ele pode mudar de forma para ser um amante incrível para qualquer um”, finaliza.
O sexo anal ainda é considerado um tabu para a maioria das pessoas. Em geral, quando o assunto é abordado, o foco está em fantasias e no prazer do homem. Pesquisadores da Universidade de Indiana e do For Goodness Sake, uma empresa americana de pesquisa sexual, conduziram o primeiro estudo em larga escala sobre as técnicas específicas de toque anal que são prazerosas para as mulheres. Spoiler: para elas, a penetração em si não desperta muito interesse.
Para descobrir se as técnicas usadas no sexo anal para criar sentimentos de prazer eram importantes, os pesquisadores reuniram dados de estudos sobre sexo em todo o mundo, incluindo o Relatório de Prazer da OMGYES. Por fim, eles coletaram informações de uma amostra nacionalmente representativa de 3.017 mulheres com idade entre 18 e 93 anos e entrevistaram mil delas.
Os resultados, publicados recentemente na renomada revista científica PLOS ONE, mostraram que três técnicas principais de sexo anal foram mais citadas nas entrevistas. São elas: toque ao redor do ânus (40% das respostas); toque, não mais profundo do que a ponta de um dedo, dentro da abertura anal (35%); e toque no ânus ou dentro do ânus ao mesmo tempo que a penetração vaginal ou o toque do clitóris (40%).
As perguntas se aprofundaram nas especificidades de cada ato, perguntando às mulheres que gostaram de penetração sobre profundidade e o que elas mais gostam em cada tipo de estimulação. Quase 30% disseram que a estimulação anal torna os orgasmos mais intensos e 18% disseram que o jogo anal “parece profundamente íntimo e emocional”.
De acordo com os pesquisadores, esta é a primeira vez que uma pesquisa científica pergunta às mulheres sobre o que elas, especificamente, acham prazeroso quando se trata de toque anal – e nomeia explicitamente essas técnicas. Pode parecer irrelevante, mas a clareza sobre os tipos específicos de toque que fazem as mulheres sentirem prazer permite que elas identifiquem melhor suas próprias preferências, comuniquem-se sobre elas e defendam-nas.
"A ampla faixa de idades em que as mulheres descobriram que o toque anal externo e/ou penetrativo era prazeroso para elas ilustra que novas técnicas de toque prazeroso podem ser descobertas em qualquer idade e podem encorajar as mulheres a continuar explorando seu prazer ao longo da vida. Assim, há um repertório sexual anal mais amplo que as mulheres desfrutam na vida cotidiana do que tem sido nomeado na literatura científica ou que é frequentemente discutido abertamente na sociedade", concluem os autores.