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Coluna Meio Ambiente : Mata Atlântica: desmatamento cai em áreas contínuas entre 2022 e 2023
Enviado por alexandre em 21/05/2024 16:20:46

E registra aumento em fragmentos isolados e áreas de transição

O desmatamento da Mata Atlântica teve redução na parte contínua do bioma, mas registrou aumento em fragmentos isolados e áreas de transição, na comparação entre 2022 e 2023. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21) pela Fundação SOS Mata Atlântica, com base no Atlas da Mata Atlântica e no Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, que são ferramentas complementares de medição.

 

“O desmatamento caiu nessa região contínua da Mata Atlântica, que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, onde há as florestas maduras. E aumentou nos encraves e nas transições com os outros biomas, onde há essas transições com o Cerrado e com a Caatinga, e também onde existem florestas jovens”, relatou o diretor executivo da SOS Mata Atlântica e engenheiro agrônomo Luís Fernando Guedes Pinto.

 

Ele ressalta que, embora os números pareçam conflitantes, ambos revelam a mesma tendência de redução de desmatamento na área contínua e aumento nos encraves. “Isso também tem a ver com a aplicação da Lei da Mata Atlântica, que protege toda a vegetação nativa desse bioma, mas que tem sido contestada, atacada e não aplicada de maneira rigorosa nas regiões de transição e de encraves.”

 

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Além da grande área contínua entre o RN e o RS, a Mata Atlântica é composta por regiões de transição e encraves nos estados do Ceará, Piauí, de Goiás, da Bahia, de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. “Segundo a lei, só pode ter desmatamento em situações de interesse social e utilidade pública. E a gente observa que a maior parte do desmatamento, mais de 90%, vêm da expansão agropecuária, que não justifica interesse social ou utilidade pública.”

 

A fundação avalia que a redução no desmatamento na área contínua é sinal de que as políticas de conservação e o monitoramento intensivo estão produzindo resultados positivos. Destaca que está evidente que os desafios na Caatinga e no Cerrado são grandes onde existem essas áreas de transição.

 

“Na Caatinga, são áreas que correm riscos de desertificação. No Cerrado, o desmatamento tem muita importância na proteção da água, porque muitas nascentes importantes de várias bacias hidrográficas do Brasil estão nessa transição. Isso limita os serviços ecossistêmicos dessas regiões para a regulação do clima, disponibilidade de água e também para a produção agropecuária”, disse. Ele acrescenta que as cidades dessas regiões podem ficar ainda mais suscetíveis a eventos climáticos extremos, incluindo chuvas e secas extremas.

 

NÚMEROS

 

Brasília (DF) 21/05/2024 - Fotos feitas durante sobrevoo no norte da Bahia e parte do Piauí no início do mêsÁreas de encraves de Mata Atlântica no cerrado.Foto: Thomas Bauer/ SOS Mata Atlântica

 

De acordo com o Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento no bioma caiu de 20.075 hectares em 2022 para 14.697 em 2023, uma queda de 27%. A entidade ressalta que esses dados, entretanto, oferecem visão parcial do cenário. Isso porque o Atlas monitora áreas superiores a três hectares de florestas maduras, o que corresponde a 12,4% da área original do bioma.

 

O Atlas mostrou diminuição do desmatamento em grande parte dos 17 estados da Mata Atlântica, com exceção de Piauí, Ceará, de Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina se destacaram de forma positiva, com queda de 57%, 78% e 86%, respectivamente,. A mesma tendência foi apontada pelo SAD, segundo avaliação da SOS Mata Atlântica, em relação à floresta contínua.

 

A Mata Atlântica inclui ainda regiões em recuperação ou em estágios iniciais de desenvolvimento, além dos encraves, o que amplia a cobertura vegetal para 24% da área do bioma. Além de ser capaz de monitorar toda essa parcela de vegetação existente, o SAD consegue detectar desmatamentos a partir de 0,3 hectare.

 

Segundo o SAD, parceria entre a SOS Mata Atlântica e o MapBiomas, o desmatamento total aumentou de 74.556 para 81.356 hectares de 2022 para 2023. A área é o equivalente a mais de 200 campos de futebol desmatados por dia e os números são preocupantes.

 

Segundo o engenheiro agrônomo, a diferença entre os números se dá sobretudo pelo aumento das derrubadas em encraves no Cerrado e na Caatinga, principalmente na Bahia, no Piauí e em Mato Grosso do Sul, identificadas pelo SAD. Essa perda se deu majoritariamente onde há expansão agrícola. Ele questiona o sentido de haver tanta área agrícola se o país não consegue manter a saúde dos ecossistemas que sustentam a produção.

 

 

MENOS FLORESTA, MAIS IMPACTOS

 

Brasília (DF) 21/05/2024 - Fotos feitas durante sobrevoo no norte da Bahia e parte do Piauí no início do mêsÁreas de encraves de Mata Atlântica no cerrado.Foto: Thomas Bauer/ SOS Mata Atlântica

Fotos:Reprodução

 

“Menos floresta representa mais desastres naturais, epidemias e desigualdade. Para a agricultura, significa também quebras de safra recorrentes”, disse. Ele avalia que, enquanto não houver um olhar integrado para todos os biomas, tanto no que se refere a zerar o desmatamento quanto à priorização da restauração florestal, as crises do clima e da biodiversidade continuarão a se intensificar.

 

Com a queda do desmatamento, cai também a emissão de gases de efeito estufa. Já a restauração retira gás carbônico da atmosfera. “Para alcançar a meta do Acordo de Paris, de aquecer o planeta somente até 1,5 grau até o final do século 21, a gente precisa parar de lançar gás de efeito estufa na atmosfera, mas também precisa retirar gás carbônico. A forma mais barata e mais eficiente de conseguir isso é plantando floresta.”

 

A restauração do bioma também tem papel importante para a adaptação às novas condições climáticas. “O clima do planeta já está mudando, e, para isso, quanto mais floresta, mais estaremos preparados para nos adaptar aos eventos extremos, evitar as ondas de calor. Ter floresta aumenta o conforto térmico e o equilíbrio das cidades.”

 

Perto do Pampa, na Região Sul, Guedes Pinto diz que a situação também é preocupante. “Metade do Rio Grande do Sul é Mata Atlântica, a parte do meio para o norte. Os desastres e as enchentes aconteceram nos dois biomas. Toda essa água que chega em Porto Alegre vem dos morros e das regiões serranas do Rio Grande do Sul, que são totalmente Mata Atlântica”, lembrou Luís Fernando Guedes Pinto..

 

Dados do Atlas mostram que restam somente 10% da Mata Atlântica original no Rio Grande do Sul. “Se tivesse floresta protegendo os rios, as nascentes, as beiras de rio e os morros, a tragédia poderia ter tido impactos muito menores.

 

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O desmatamento amplifica o efeito dessa chuva, o potencial dessa tragédia e diminui a resiliência [das cidades]. Quanto mais natureza e floresta, maior a capacidade de resistir aos impactos, de minimizá-los e também de ter mais resiliência para se recuperar após o evento”, afirmou..  

 

Fonte:Agência Brasil

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Coluna Internacional : Europa cria referência global, com legislação para regulamentar IA
Enviado por alexandre em 21/05/2024 16:19:49

Regras para conter fake news e desinformação entram em vigor em junho

Regras históricas da Europa sobre inteligência artificial (IA) entrarão em vigor no próximo mês, depois que os países da União Europeia aprovaram nesta terça-feira (21) um acordo político alcançado em dezembro, estabelecendo uma referência mundial sobre essa tecnologia.

 

A Lei de IA da União Europeia é mais abrangente do que a abordagem voluntária dos Estados Unidos, enquanto a China tem como objetivo manter a estabilidade social e o controle estatal.

 

A votação dos países da UE ocorreu dois meses depois que os parlamentares europeus aprovaram a legislação sobre o tema, elaborada pela Comissão Europeia em 2021, após uma série de alterações importantes.

 

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As preocupações com a interferência da inteligência artificial para a desinformação, notícias falsas e cooptação de material protegido por direitos autorais se intensificaram globalmente, nos últimos meses, em meio à crescente popularidade de sistemas de IA generativa como o ChatGPT, da OpenAI, e o chatbot Gemini, do Google.

 

"Essa lei histórica, a primeira desse tipo no mundo, aborda um desafio tecnológico global que também cria oportunidades para nossas sociedades e economias", disse o ministro belga da digitalização, Mathieu Michel, em comunicado.

 

"Com a Lei de IA, a Europa enfatiza a importância da confiança, da transparência e da responsabilidade ao lidar com novas tecnologias e, ao mesmo tempo, garante que essa tecnologia em rápida mudança possa florescer e impulsionar a inovação europeia", disse ele.

 

TRANSPARÊNCIA

 

A Lei de IA impõe obrigações rigorosas de transparência aos sistemas de IA de alto risco, enquanto as regras sobre modelos de IA de uso geral serão mais leves.

 

A legislação restringe o uso de vigilância biométrica em tempo real em espaços públicos pelos governos a casos que envolvem determinados crimes, prevenção de ataques terroristas e buscas de pessoas suspeitas de crimes mais graves.A nova legislação terá um impacto além do bloco de 27 países, disse Patrick van Eecke, do escritório de advocacia Cooley.

 

"A lei terá alcance global. As empresas fora da UE que usam dados de clientes da UE em suas plataformas de IA precisarão estar em conformidade. Outros países e regiões provavelmente usarão a Lei de IA como modelo, assim como fizeram com o GDPR", disse ele, referindo-se às regras de privacidade digital da UE.

 

PRAZOS

 

Embora a nova legislação seja aplicável em 2026, as proibições do uso de inteligência artificial em pontuação social, policiamento e coleta não direcionada de imagens faciais da Internet ou filmagens de câmeras de circuito interno de TV entrarão em vigor em seis meses após a entrada em vigor da nova regulamentação.

 

As obrigações para modelos de IA de uso geral serão aplicadas após 12 meses e as regras para sistemas de IA incorporados em produtos regulamentados em 36 meses.

 

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As multas por violações variam de € 7,5 milhões, ou 1,5% do faturamento, a € 35 milhões, ou 7% do faturamento global das empresas acusadas de violações. 

 

Fonte:Agência Brasil

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Coluna Mulher : Veja 3 mitos sobre exercícios físicos durante a gravidez
Enviado por alexandre em 21/05/2024 16:19:10

Não existem evidências científicas que comprovem que a prática de qualquer exercício físico na gravidez possa causar má formação do feto

Realizar exercícios físicos durante a gravidez melhora o humor, diminui dores musculares causadas pela barriga, facilita a respiração e reduz o inchaço gerado pela alta retenção de líquidos.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, mulheres durante a gravidez ou no pós-parto podem praticar atividade física no seu tempo livre, fazendo o que gostam. Pode ser uma caminhada, corrida, dança, natação, ciclismo, ginástica, musculação, hidroginástica ou alongamentos, entre outras.O coordenador técnico José Bezerra, da Academia Gaviões, de Fortaleza, esclarece três mitos sobre fazer exercícios físicos na gravidez. Confira:

 

“Com supervisão adequada e exercícios bem elaborados, é possível que mãe e filho sejam beneficiados por esse tipo de atividade. A recomendação é evitar movimentos bruscos, assim como exercícios de grande demanda cardiovascular, como corridas, trotes e exercícios intensos na musculação“, explicou o profissional.

 

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“Até o momento, não existem evidências científicas que comprovem que a prática de qualquer exercício físico pode causar má formação do feto”, alegou.

 

Só pode treinar leve? Veja mitos sobre a prática de exercícios na gestação  - 29/03/2022 - UOL VivaBem

 

Exercícios na gravidez: veja o que pode e o que não pode

 Fotos: Reprodução

 

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“Os benefícios de uma prática regular de exercícios na gravidez se manifestam de maneira física e hormonal. Um treinamento de fortalecimento, por exemplo, favorece a musculatura pélvica, região que ao estar mais forte irá reduzir as chances de complicações durante o parto. Há também o músculo do diafragma que quando bem trabalhado na respiração durante as práticas, irá ajudar nas respirações no parto. Já na parte hormonal, observamos uma melhora na qualidade do sono, controle do ganho de peso. E consequentemente uma maior facilidade em retornar ao peso após o parto, concluiu José Bezerra.

 

Fonte: SportLife
 

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Amor e Sexo : Sem libido? Veja possíveis causas e como recuperar tesão
Enviado por alexandre em 21/05/2024 16:17:54

Deolane Bezerra compartilhou com os seguidores que está com baixa libido; confira o que pode deixar as pessoas sem tesão e como recuperá-lo

Na tarde desta segunda-feira (20/5), Deolane Bezerra compartilhou, em suas redes sociais, que está com falta de libido. A advogada, de 36 anos, apareceu tirando sangue para fazer exames e afirmou que a causa da investigação era a falta de vontade de fazer sexo.

 

“Sabe pra que [os exames]? Para descobrir porque que eu não tenho vontade de dar o ‘periquito’ (…) os homens não tão sabendo chegar e eu ‘tô’ achando que o problema é meu”, disse.

 

Além disso, Deolane ainda contou que muitas mulheres compartilharam estar passando pela mesma experiência. Sabe-se que existem problemas hormonais que impactam diretamente no desejo sexual, mas muitos outros fatores externos podem também contribuir para a queda do tesão.

 

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“Questões mal resolvidas, problemas financeiros e o próprio medo e ansiedade do período são questões importantes que podem interferir em uma relação. É importante lembrar que o emocional interfere diretamente na libido”, explica o sexólogo André Almeida.

 

No TikTok, a urologia e influencer Anika Ackerman viralizou ao postar um vídeo listando cinco hábitos que podem estragar a vida sexual para além dos hormônios, sendo eles:

 

Dormir pouco;
Beber muito álcool;
Comer de mais ou de menos;
Estresse mal administrado;
Ser chato na hora H.

 

O QUE FAZER?


De acordo com a psicóloga e especialista em sexualidade Gabriela Dalto, se considera libido baixa – também chamada de desejo hipoativo – quando a pessoa costumava ter um nível de desejo sexual e acontece uma queda, acompanhada de sofrimento e dificuldades para se relacionar, por exemplo.

 

Contudo, se a diminuição não é severa e nem consequência de algo mais grave, existem formas naturais de dar aquele up na libido. E nada de cápsulas milagrosas – o desejo sexual pode melhorar com mudanças de hábitos importantes.

 

Confira e anote as dicas da especialista:

 

CONTROLAR O ESTRESSE

 

“Não só dentro de um relacionamento, mas em todas as áreas da vida. Perceber quando você está mais nervoso(a), estressado(a) e tentar possíveis soluções, como dividir tarefas em casa, lidar melhor com questões financeiras e familiares, se organizar no trabalho etc.”

 

CUIDAR DA SAÚDE FÍSICA

 

“Uma boa nutrição e atividades físicas vão ajudar no estado de relaxamento, desligar as tensões e facilitar o surgimento do desejo sexual.”

 

PRIORIZAR A SEXUALIDADE 

 

“Ao longo do tempo, as pessoas (principalmente a mulher) vão deixando o desejo para último ponto da “lista de afazeres”, na qual entram casa, filhos, marido, trabalho, uma série de outras coisas, e a sexualidade fica preterida. É fundamental ter um momento para viver a sexualidade, seja sozinho(a) ou com a parceria. Marque na agenda! Diariamente, semanalmente… só não pode ficar de lado.”


PENSAR EM SEXO 

 

“A gente sabe que está sentindo desejo quando começa a pensar em sexo. Então, se você faz o movimento contrário, pensa em sexo mesmo sem estar com vontade, a tendência é ir acessando e criando esse desejo. Pensar em sexo é fundamental, e vale lançar mão de contos eróticos, livros, cursos, podcasts, terapia voltada para sexualidade. São muitas as formas de estar em contato com o tema e estimular o lado erótico.”

 

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TRABALHAR A AUTOESTIMA

 

“Se você não sente que a sexualidade é importante na sua vida, se tem traumas, bloqueios, não se acha bonito etc., é muito importante trabalhar essa autoestima. Procure conhecimento na área ou mesmo inicie uma terapia focada na otimização desse autoamor. É preciso se sentir merecedor de uma vida sexual intensa e de qualidade, logo, trabalhe essa permissão.” 

 

Fonte: Metrópoles

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Mais Notícias : Câncer: Oxford identifica proteínas no sangue que preveem 19 tipos de tumores mais de 7 anos antes do diagnóstico
Enviado por alexandre em 21/05/2024 16:17:15

Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, descobriram 618 proteínas no sangue que podem indicar um quadro de 19 tipos de câncer mais de sete anos do diagnóstico.

 

Para eles, o avanço pode levar a um cenário em que os casos da doença são identificados mais cedo e, com isso, têm uma perspectiva melhor de tratamento. O achado foi publicado em estudo na revista científica Nature Communications.

 

Os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada de proteômica, que consiste numa análise em larga escala de grandes conjuntos de proteínas. Com isso, eles conseguem identificar semelhanças e diferenças entre tecidos e amostras que sejam associadas a um determinado diagnóstico, como o câncer.

 

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No estudo, eles avaliaram amostras de sangue coletadas de mais de 44 mil pessoas por meio do UK Biobank, um banco de informações de saúde britânico. Entre elas, 4,9 mil desenvolveram um tumor posteriormente, após terem feito a coleta.

 

Com a proteômica, os cientistas analisaram um conjunto de 1.463 proteínas de cada participante e compararam os resultados daqueles que não receberam um diagnóstico oncológico com os que desenvolveram a doença.

 

Eles identificaram 618 proteínas que estavam diferentes nos futuros pacientes oncológicos, relacionadas a 19 tipos diferentes da doença. Além disso, 107 proteínas podiam ser observadas mais de sete anos antes do momento do diagnóstico.

 

Porém, a relação mais significativa foi constatada com 182 proteínas no período de três anos antes da confirmação da doença, explicam os responsáveis pelo estudo, sugerindo que essas são a com o maior potencial de se tornarem biomarcadores oficiais para detecção precoce de tumores por meio de um exame de amostra sanguínea.

 

Os tipos de câncer com maior relação com as proteínas no estudo foram o de fígado; o linfoma não Hodgkin; a leucemia; o mieloma múltiplo; o de rim; o de pulmão; o de esôfago; o colorretal; o de estômago; o de mama; o de próstata; o de bexiga; o de cabeça e pescoço e o de cérebro.

 

No entanto, a equipe enfatizou que ainda precisará fazer mais pesquisas para descobrir quais proteínas de fato são as mais confiáveis e quais exames poderão ser de fato desenvolvidos para serem incorporados à prática clínica.

 

“Para salvar mais vidas do câncer, precisamos entender melhor o que acontece nos estágios iniciais da doença. Os dados de milhares de pessoas com câncer revelaram percepções realmente interessantes sobre como as proteínas em nosso sangue podem afetar o risco de câncer.

 

Agora precisamos estudar essas proteínas em profundidade para ver quais delas podem ser usadas de forma confiável para a prevenção”, diz Keren Papier, epidemiologista da Oxford Population Health e primeira autora do estudo, em comunicado.

 

Iain Foulkes, diretor executivo de Pesquisa e Inovação da Cancer Research UK, organização que financiou o novo estudo, destacou a importância de se investir em trabalhos do tipo:

 


 

“Prevenir o câncer significa procurar os primeiros sinais de alerta da doença. Isso significa uma pesquisa intensa e meticulosa para encontrar os sinais moleculares aos quais devemos prestar mais atenção. As descobertas dessa pesquisa são o primeiro passo crucial para oferecer terapias preventivas, que é o caminho definitivo para proporcionar às pessoas vidas mais longas e melhores, livres do medo do câncer”. 

 

Fonte: O Globo

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