Preso há dois meses na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, conhecida como “cadeia dos famosos”, o ex-jogador Robinho tem frequentado um clube de leitura e se matriculou em um curso de Eletrônica Básica, Rádio e TV na cadeia. Ele cumpre a pena de nove anos após condenação por estupro coletivo na Itália.
O ex-atleta está na cadeia desde 21 de março e divide uma cela de 8m² com outro preso. O curso profissionalizante de Eletrônica Básica é oferecida pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB), pode ser cursado a distância com um kit de apostilas e tem uma carga horária de 600 horas.
A penitenciária recebe cerca de 500 livros emprestados por mês, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), e Robinho faz parte de um grupo de leitura para reduzir a pena. Ele ainda se inscreveu para uma vaga na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimental (Funap), que dá aulas a presos do estado.
A Lei de Execuções Penais prevê que os presos podem abater um dia na cadeia a cada 12 horas de frequência escolar ou de trabalho. Além dos cursos e do grupo de leitura, Robinho também tem praticado atividades físicas e voltou a jogar partidas de futebol com outros detentos, que providenciaram uma chuteira para ele.
Inquérito apura suposta improbidade administrativa no interior
Por Rondoniadinamica
Porto Velho, RO – A 1ª Promotoria de Justiça de Alta Floresta D’Oeste instaurou um inquérito civil público para investigar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos por uma empresa em processos licitatórios.
A portaria, assinada pelo Promotor de Justiça Rodrigo Nicoletti, visa apurar suposto uso de documentos falsos e fraude em certames licitatórios, que teriam causado lesão ao erário, enriquecimento ilícito e violação dos princípios administrativos.
O inquérito, registrado sob o número 2023.0017.003.32906, foi instaurado para investigar as irregularidades nos processos administrativos nº 541/2023 e nº 846/2022.
A investigação busca reunir todas as informações necessárias e angariar subsídios para fundamentar eventuais medidas judiciais e extrajudiciais.
O documento oficial, datado de 17 de maio de 2024, foi uma auxiliar do Ministério Público. A autenticidade do documento pode ser verificada por meio de um link fornecido pelo Ministério Público.
A investigação está em andamento e busca esclarecer os fatos relacionados às denúncias, visando garantir a transparência e a integridade nos processos administrativos e licitatórios da região.
Como na ponte nova não deverá passar caminhão, produtores dizem que tocarão fogo de novo assim que o DER terminar
O caso acontece em Machadinho, onde o residente do DER é pré-candidato a prefeito e foi denunciado ao MP por postar fotos dele em cenas onde aparecem máquinas trabalhando
A PC do DER caiu no rio Mucura, na Linha MA-28, em Machadinho do Oeste, onde produtores rurais incendiaram a ponte no último sábado (18). A máquina era usada pelos servidores do departamento para a reconstrução, mas agora o trabalho parou.
No perfil do Instagram Sirene do Vale, de Ariquemes, há um vídeo mostrando a PC dentro do rio.
Produtores disseram que tocarão fogo novamente, assim que a ponte for entregue pelo DER. Isso porque o residente teria dito que fará uma ponte pequena, somente para passagem de carros pequenos.
Em áudios enviados em grupos de WhatsApp, madeireiros alegam que o residente teria dito que não tem caminhão, por isso fará uma ponte somente para veículos de passeio.
“No dizer dele, ele vai fazer ponte pra carro pequeno, e ele não tem caminhão. E nós tá esperando fazer a ponte pra carro pequeno. Nós vamos queimar aquela desgraça. É só ele liberar pra carro pequeno, você vai ver”, diz uma mensagem de voz.
“Ele discutiu com um senhor de cabeça branca, que tem bem mais idade que ele. Foi questionar a questão da ponte, liberar só pra carro baixo, e os caminhão tem que ficar aqui. Aí ele vira e diz que ele não tem caminhão. As coisas não é bem assim não. Se ele não mudar o jeito dele de agir, véio, o bambu vai gemer a qualquer hora”, diz outra mensagem de voz.
“Tem mais de 30 dias que ele sabe que essa ponte tá com problema. Não arrumou porque não quis. Ele tem que ser humilde e reconhecer que ele tá errado e ele não mexeu na ponte. Então não adianta ele querer peitar, porque vai dar BO é pra ele mesmo. Vai dá BO pra todo mundo, dá, mas f#d#-s#”, diz mais uma mensagem de voz.
“O cara achar porque ele anda armado, que ele é polícia… ninguém é mais homem do que ninguém. Respeito cabe em qualquer lugar e ele tem que conversar normal. E ele, por ser um funcionário público, ele não faz mais do que a obrigação dele de vir ali arrumar aquela p#rr# logo. Agora o cara vem falar que ele não tem caminhão…”, é dito em mais um áudio.
Incêndio
Produtores tocaram fogo na ponte alegando que esperam há 30 dias que a recuperação aconteça. Eles alegam que o residente do DER pediu madeira para a recuperação, mas eles afirmam que a carga tributária em Rondônia já e alta, e que o estado arrecada o suficiente para consertar a ponte sem ajuda de quem já paga imposto.
O residente do DER é Edson Welten. Ele foi denunciado recentemente ao Ministério Público por suposta promoção social, pois é pré-candidato a prefeito e tem usado foto dele estampada em cima de imagens de máquinas do DER trabalhando.
Edson Welten foi candidato a prefeito de Machadinho em 2020, ficando na quinta colocação. Em 2022 foi candidato a deputado, e assim que saiu a apuração anunciou a pré-candidatura dele a prefeito, novamente, em 2024.
A equipe do Entrelinhas explica que não apoia violência nem destruição e patrimônio.
O residente do DER em Machadinho do Oeste pedia madeira e óleo diesel aos empresários. Cansados de esperar, os produtores decidiram protestar da forma drástica
Já foi encaminhada ao Ministério Público denúncia de que o residente estaria utilizando a estrutura do DER para a pré-campanha a prefeito
Revoltados, na noite de sábado (18) produtores rurais de Machadinho do Oeste tocaram fogo na ponte sobre o rio Mucura, na Linha MA-28. Há quase um mês agricultores, toreiros e madeireiros reivindicavam a recuperação dessa ponte.
Logo após a destruição da ponte o residente do DER, Edson Welten, utilizou as redes sociais para avisar que a recuperação começaria amanhã (20), mas agora já é tarde. Em grupos de WhatsApp o vereador Paulo Baiano chama o residente de mentiroso e incompetente.
O vereador é operador de máquinas pesadas e trabalhou como motorista de caminhão de toras na região.
Também circulam em grupos de WhatsApp áudios do residente do DER pedindo a madeireiros a doação de madeira para a recuperação da Linha MA-28, que é de responsabilidade do estado. Empresários reclamaram do pedido também em grupos de WhatsApp, alegando que a carga tributária é altíssima. Assim, alegam que eles não têm obrigação de fornecer material para recuperar pontes.
Em um dos áudios, o residente do DER dá a entender que os madeireiros são os culpados pela péssima situação das pontes, porque os caminhões trafegariam com excesso de peso. Sutil como um rinoceronte em uma loja de cristais, agindo assim ele irritou empresários e ninguém quis ajudar.
Além de madeira, o residente do DER pediu aos empresários doação de combustível para recuperar o trecho entre o distrito do Brinatti e o distrito do Guatá (MT).
Essa é a primeira vez que alguém pede vaquinha para recuperar pontes e estradas na região, e nesse momento a atitude acabou pegando muito mal, pois em Machadinho o comentário é de que recentemente o governador comemorou na mídia o crescimento do PIB em Rondônia, sendo o segundo maior da Região Norte.
Para completar o clima de revolta entre produtores rurais, o residente do DER é pré-candidato a prefeito de Machadinho e tem usado as redes sociais dele para mostrar o trabalho do departamento. Com a foto dele estampada em cima das imagens de máquinas trabalhando.
Ele foi candidato a prefeito de Machadinho em 2020, ficando na quinta colocação. Em 2022 foi candidato novamente, e assim que saiu a apuração anunciou a pré-candidatura dele a prefeito, novamente, em 2024.
Por conta disso já foi encaminhada ao Ministério Público denúncia contra ele, por aparentemente estar abusando da utilização da máquina pública para promoção pessoal. Ele mantém um vídeo em suas redes sociais, da campanha passada, com o governador declarando apoio a sua candidatura.
O Entrelinhas esclarece que o blog não apoia manifestações violentas nem destruição de patrimônio.
Sistema conectado a satélite protege 98% das Terras Indígenas do país
Dados do Centro de Monitoramento Remoto da Funai, construído e mantido pela Norte Energia, serão usados em sete desintrusões nos próximos 12 meses. Por Redação
A 705 Km da Terra, o Brasil tem olhos que zelam pela proteção de 98% das Terras Indígenas (TIs) do país, onde vivem 867,9 mil indígenas. Conectado ao satélite americano Landsat-8, o Centro de Monitoramento Remoto (CMR) da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em Brasília, monitora e analisa imagens e dados para combater desmatamentos, degradação, incêndios florestais e ocupação e uso criminosos em cerca de 600 TIs da Amazônia Legal. Com esse poderoso instrumento, a Funai planeja fazer mais sete processos de desintrusão em TIs, nos próximos doze meses.
De acordo com o órgão indigenista, o CMR foi fundamental para planejar e executar as ações nas Terras Alto Rio Guamá, em agosto de 2023, e em Apyterewa e Trincheira Bacajá, em novembro passado, todas no Pará. A vigilância do país nas TIs cobertas pelo CMR tem precisão de 15 metros e forma uma base de imagens e dados vetorizados, gerados de forma autônoma a partir de uma varredura espacial que ocorre a cada 16 dias.
“Considerando a dimensão das TIs, 1.086.950 km, o CMR tem sido capaz de proporcionar maior efetividade da política pública, com tomadas de decisões mais rápidas, assertivas e de menor custo para o Estado, sobretudo no planejamento e nas ações de segurança. Uma incursão que antes durava 30 dias, atualmente conseguimos efetivá-la em 15”, afirma a Presidente da Funai, Joenia Wapichana, destacando também que além de funcionarem como imensas barreiras contra o avanço do desmatamento, as TIs desempenham papel crucial na preservação da biodiversidade.
“Neste dia dos Povos Indígenas, 19 de abril, precisamos chamar atenção para a proteção dos territórios indígenas. Proteger as TIs é proteger a humanidade. Devido aos modos tradicionais de vida, essas terras são as mais conservadas, em comparação com qualquer outro tipo de ocupação do solo”, diz.
O sistema da Funai também utiliza dados públicos de instituições do país inteiro. São informações fidedignas que o Estado já produz e juntas fazem um emaranhado de conhecimentos gerados e analisados diariamente pela equipe do CMR. A ferramenta permite o cruzamento de informações de diferentes temas como jurisdição das TIs, município, bioma, limitações com Unidades de Conservação, Cadastro Ambiental Rural, áreas quilombolas, imóveis certificados públicos e privados, rodovias, faixas de fronteira, dados e planos de mineração e planos de gestão territorial e ambiental. Para o trabalho de campo, em muitas situações o órgão indigenista conta com o apoio do Incra, Ibama, órgãos estaduais do Meio Ambiente, Polícia Federal e Força Nacional.
“Conseguimos atuar de forma mais estratégica nos pontos mais sensíveis. Por exemplo, desde o início das desintrusões em Apyterewa e Trincheira Bacajá, o monitoramento nos mostra que nenhuma árvore foi derrubada nessas terras, ou seja, tivemos zero desmatamento”, comemora Thais Dias Gonçalves, mestre em Engenharia Florestal e coordenadora do CMR.
O CMR foi estruturado e mantido nos últimos nove anos pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte. A empresa destacou ainda 12 profissionais dedicados ao desenvolvimento do software, engenheiros e especialistas em infraestrutura de rede, cartografia e geoprocessamento. O sistema fica disponível em uma plataforma composta por um painel interativo de fácil compreensão para o usuário, onde é permitido gerar gráficos, tabelas e mapas de forma ágil e intuitiva.
“Nosso objetivo, para além das responsabilidades pela concessão de Belo Monte, foi ajudar a implantar algo que, de fato, pudesse contribuir de forma significativa para os Povos Indígenas e seus territórios, e consequentemente, com o trabalho da Funai e dos órgãos de segurança”, diz o Diretor-Presidente da Norte Energia, Paulo Roberto Pinto.
O CMR também espacializa uma importante rede de comunicação, fundamental para o fortalecimento das atividades de monitoramento das TIs e para estabelecer contatos com as unidades descentralizadas da Funai e em aldeias localizadas em áreas remotas da Amazônia Legal. São as antenas de comunicação via satélite (VSAT), o único meio de contato das comunidades e das equipes de servidores da Funai, em muitas regiões.