Ricardo Antunes curte férias na Espanha e disse não voltar ao Brasil até que seu recurso seja apreciado
A juíza da 11ª Vara Criminal de Pernambuco, Andréa Calado, determinou a prisão do jornalista Ricardo Antunes por críticas ao promotor Flávio Falcão, do Ministério Público estadual pernambucano, nas matérias de sua autoria, publicadas em suas redes sociais.
Antunes, que curte férias na Espanha, afirmou estar surpreso com a decisão e revelou que não voltará ao Brasil até que seu recurso seja apreciado pelo juízo.
– Eu estou impedido de voltar. Se voltar, vou ser preso no Aeroporto de Guarulhos ou no de Pernambuco. Isso me lembra os piores anos da ditadura – destacou.
O jornalista publicou, recentemente, uma reportagem sobre a intenção do Tribunal de Justiça de Pernambuco de construir uma “calçada da fama” para juízes, causando enorme repercussão negativa, obrigando a Corte a desistir da ideia.
A juíza Andréa Calado relatou que Ricardo Antunes ofendeu o promotor Flávio Falcão mais de uma vez e desobedeceu uma decisão judicial expedida em 9 de abril, na qual é ordenada a remoção de todos os conteúdos com cunho ofensivo ou acusatório ao promotor.
– Considerando que o acusado possui histórico de ofensas à lei penal, e, em liberdade, encontraria os mesmos estímulos relacionados com a infração cometida, cabe ao Judiciário determinar o recolhimento do agente, evitando, assim, um sentimento de impunidade e de insegurança para a sociedade – disse a magistrada.
A defesa do jornalista afirma que tais publicações foram removidas no mesmo dia em que a ordem judicial foi expedida, mas houve um “equívoco” por parte da equipe que gere as redes sociais de Antunes, que manteve a chamada de artigos anteriores nos stories do Instagram.
O desembargador plantonista neste sábado (28), Evandro Magalhães Melo, se declarou suspeito para julgar o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do jornalista. Agora, a ação será enviada para outro magistrado. Evandro Melo alegou ser incapaz de decidir sobre o caso por razões de “foro íntimo”, tendo a prerrogativa de não precisar justificar publicamente seus motivos para tal.
Juscelino Filho destinou R$ 7,5 milhões para pavimentar estrada onde tem propriedade
O relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), enquanto era deputado federal, destinou R$ 7,5 milhões em emendas parlamentares para pavimentar uma estrada próxima a terrenos de sua família, sendo beneficiado pela obra.
O relatório, obtido pela Folha de São Paulo, mostra que 80% do trecho pavimentado dá acesso a endereços de Juscelino e parentes na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão. O que representa 18,6 quilômetros de estrada. Os demais 20%, ou 4,5 quilômetros, passam por cinco povoados locais, mas sem integrá-los com a rodovia estadual ou com a sede do município mais próximo.
A Polícia Federal já investigava o ministro de Lula por essas obras e também por supostamente fazer parte de uma organização que desvia dinheiro público por meio da estatal Codevasf no município onde sua irmã, Luanna Rezende (União Brasil), é prefeita.
A empresa que ganhou a licitação para realizar a obra é a Construservice, também investigada pela PF. Até o momento, a construtora já recebeu R$ 2 milhões para a realização da obra que irá beneficiar a família do ministro.
A CGU vê irregularidades na obra e também na contratação da Construservice, por encontrar indícios de que parte do valor destinado para a obra será desviado. Ainda de acordo com o órgão, a Codevasf já calcula um prejuízo de R$ 736.268,54 com a pavimentação da estrada no Maranhão.
Empresas irão acompanhar o que é publicado sobre os ministros
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai investir um valor mensal considerável para que empresas de monitoramento de notícias acompanhem o que é falado sobre a Corte e seus ministros.
O trabalho visa acompanhar o que é publicado na imprensa em jornais nacionais, regionais, revistas e também portais da internet.
Policial ainda disparou na direção da vítima, mas nenhum disparo a atingiu. Militar tentou fugir, porém acabou preso em flagrante
Bêbado, um policial militar do Distrito Federal foi preso suspeito de agredir a mulher, em Valparaíso de Goiás (GO), Entorno do Distrito Federal. Na porta de casa, sem encontrar as chaves, o PM teria desferido diversas coronhadas contra a cabeça da companheira, que ficou bastante ferida. O caso ocorreu no no domingo (28/4).
Francisco Gleisson Ferreira de França saiu de casa por volta das 0h. Quando voltou, com sinais de embriaguez, passou a gritar incessantemente pelas chaves do portão. O policial teria efetuado um tiro contra a porta da residência.
Quando percebeu que elas estavam no próprio bolso, ele entrou no local. Já dentro de casa, o PM desferiu dois disparos em direção à mulher. Por sorte, nenhum atingiu a vítima.
O militar apontou, ainda, a arma para a sogra e os cunhados.
ALGEMADO
Francisco chegou a tentar fugir, mas a Polícia Militar de Goiás (PMGO) foi acionada e prendeu o policial. Dentro do carro usado na fuga havia um simulacro de arma de fogo.
A arma de fogo usada no crime, uma pistola 9mm, foi encontrada em cima do gramado perto de um muro. Também foram recolhidas quatro cápsulas.
O caso foi encaminhado a Polícia Civil (PCGO). O caso ficará a cargo da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam). O caso está sendo tratado incialmente como tentativa de feminicídio, lesão corporal dolosa e ameaça.
DEFESA
Responsável pela defesa do militar, o escritório Almeida Advogados, afirmou que todas as informações a respeito da prisão de Francisco serão apresentadas no inquérito policial.
O Metrópoles entrou em contato com a PMDF sobre o caso. Por nota, a corporação informou que o militar responderá na esfera criminal à Justiça e na própria corporação, de forma disciplinar.
LEIA A NOTA COMPLETA:
A Polícia Militar do Distrito Federal comunica que um soldado da PMDF foi preso acusado de tentativa de feminicídio na madrugada deste domingo em Valparaíso. O preso será conduzido ao presídio militar em Goiânia devendo responder pelo ocorrido na esfera criminal na comarca de Valparaiso/GO e na disciplinar, na PMDF, mediante processo administrativo.
No vídeo publicado no YouTube, Bolsonaro é chamado de incompetente, mentiroso e desumano
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a campanha dele por divulgação e impulsionamento na internet de propaganda eleitoral negativa contra Jair Bolsonaro (PL), durante campanha eleitoral de 2022. A multa é de R$ 250 mil
No vídeo publicado no YouTube, Bolsonaro é chamado de “incompetente”, “mentiroso” e “desumano”. O material ainda continha declarações de Bolsonaro sobre a criação de empregos, corrupção e a pandemia de Covid-19.
A Coligação Pelo Bem do Brasil, formada pelo Partido Liberal, Republicanos e Progressistas, afirmava que o material, que teria alcançado mais de 13 milhões de pessoas, não tinha enaltecimento a Lula ou não apresentava propostas de governo.
“Ao contrário, a reprovável peça impulsionada apresenta, com exclusividade, graves ataques à candidatura adversária”, destacou.
A relatora Cármen Lúcia entendeu que o vídeo, por meio de impulsionamento, veiculou conteúdo negativo, divulgando mensagem que, independente de sua veracidade ou não, certamente não é benéfica a Bolsonaro.
“Nesse contexto, presente a incompatibilidade entre o meio utilizado, qual seja, impulsionamento do divulgado, com a finalidade legalmente permitida – ‘apenas para o fim de promover ou beneficiar candidatos ou suas agremiações’ – está comprovada a plausibilidade do direito alegado”, destacou.