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Brasil : Diversidade genética de pássaros na Amazônia foi reduzida em função de mudanças climáticas
Enviado por alexandre em 25/04/2024 00:26:48

Pesquisadores realizaram sequenciamento genômico inédito de nove indivíduos de uma mesma espécie de ave localizados em diferentes regiões da Amazônia. Dados levam em consideração os últimos 400 mil anos.


As mudanças climáticas ocorridas ao longo dos últimos 400 mil anos gravaram seus efeitos no genoma de pássaros da Amazônia. Um artigo publicado na quarta (24) na revista científica "Ecology and Evolution" mostrou que as linhagens de aves do gênero Willisornis residentes no sul, sudeste e leste da Amazônia têm menor diversidade genética e padrões de flutuação populacional mais variados em relação a grupos de outras regiões do bioma. Isto indica reduções bruscas no tamanho da população e fortes eventos de migração nos últimos milênios. A pesquisa tem participação de instituições nacionais, como as Universidades Federal da Paraíba (UFPB), do Pará (UFPA) e o Instituto Tecnológico Vale (ITV), e de instituições internacionais como a Universidade de Toronto.

O estudo foi realizado com pássaros do gênero Willisornis, conhecidos no Brasil como rendadinhos ou formigueiros. Os pesquisadores sequenciaram o genoma de nove indivíduos pertencentes a diferentes grupos encontrados na região amazônica. O processo envolveu a extração e análise de todas as informações contidas no DNA das aves. Com esses dados, modelos computacionais auxiliaram o grupo a estudar fatores como o impacto de mudanças ambientais ao longo de um determinado período histórico no tamanho das populações, relações de parentesco entre os indivíduos e diversidade genética.

O estudo foi realizado com pássaros do gênero Willisornis, conhecidos no Brasil como rendadinhos ou formigueiros. Foto: Tonycastro/Wikimedia Commons

Para Alexandre Aleixo, autor líder da pesquisa, o mecanismo natural de contração e expansão da cobertura vegetal da floresta amazônica tem grande papel nesse histórico.

"A Amazônia é como uma sanfona que se expande e contrai dependendo do clima",

comenta o pesquisador.

Ele explica que as regiões sul e sudeste estão localizadas justamente sobre a faixa de 'sanfona' e, lá, durante períodos secos, a floresta úmida se transforma em ambientes abertos, como cerrados. "Quando tem floresta, as populações dessa ave se instalam e, quando não tem, desaparecem ou diminuem bastante", completa.

Cada um desses eventos de migração ou redução populacional deixa uma "marca" no material genético das linhagens. Grupos menores, por exemplo, tendem a apresentar taxas maiores de cruzamentos entre parentes, o que resulta em uma baixa diversidade genética e, consequentemente, menor resistência a possíveis mudanças do ambiente. O caso do estudo, no entanto, mostrou que, mesmo com baixa variabilidade genética, as populações de Willisornis foram capazes de resistir às contínuas perturbações climáticas na floresta tropical, trazendo à tona um importante questionamento. "A gente quer entender se existem genes relacionados com essa maior resistência", pontua Aleixo.

O passado registrado no DNA desses pássaros pode estar prestes a se repetir. O artigo explica que a floresta tropical no sul e no leste da Amazônia está, atualmente, próxima de seus limites climáticos e que um aquecimento global de 3 a 4ºC poderia representar uma nova mudança para um ambiente de vegetação aberta. Nesse contexto, pesquisas genéticas também podem contribuir para estratégias de conservação.

"Podemos encontrar no genoma das populações que sobreviveram às mudanças climáticas passadas características que permitam que elas resistam às mudanças futuras, assim como identificar grupos mais diversos que podem ser matrizes para reintrodução em outros locais",

diz o autor.

O estudo abre caminho para novas investigações sobre o efeito das mudanças climáticas e da cobertura vegetal na história genética dos seres vivos. "Esse foi o primeiro trabalho que aponta para uma resiliência dentro de algumas populações de espécies da Amazônia. Agora, queremos explorar isso melhor", releva Aleixo. O pesquisador pontua que o grupo já está em contato com outras instituições de pesquisa para desenvolver trabalhos mais amplos, levando em conta espécies de répteis e plantas, por exemplo.


*O conteúdo foi originalmente publicado pela Agência Bori

Brasil : Fome atinge mais de 280 milhões de pessoas no mundo, diz ONU
Enviado por alexandre em 25/04/2024 00:24:03


Homem segurando prato vazio. Foto: iStock

Mais de uma em cada cinco pessoas em 59 países enfrentaram insegurança alimentar aguda em 2023, segundo o último Relatório Global sobre Crises Alimentares divulgado nesta quarta-feira (24).

De acordo com o relatório, 281,6 milhões de pessoas foram afetadas. Agências humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU) estão preocupadas com a “fome e morte generalizada” na Faixa de Gaza, no Sudão e em outros locais.

O diretor do Escritório de Ligação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Dominique Burgeon, definiu a insegurança alimentar aguda como “uma fome tão grave que representa uma ameaça imediata aos meios de subsistência e à vida das pessoas”.

O relatório, resultado de uma iniciativa conjunta entre FAO, Programa Mundial de Alimentos (PMA) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), indicou que embora a porcentagem global de pessoas em insegurança alimentar tenha diminuído 1,2% em relação a 2022, o problema se agravou desde o início da pandemia de Covid-19.

Os autores do estudo observaram um aumento alarmante das crises alimentares no ano passado, especialmente em regiões como Gaza e Sudão, onde a situação atingiu níveis críticos. Gian Carlo Cirri, diretor do PMA em Genebra, destacou que “pessoas estão claramente morrendo de fome” nessas regiões.

Crianças se reúnem em ponto de distribuição de alimentos em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. Foto: AFP

Segundo Cirri, após quase sete meses de bombardeios israelenses em Gaza, “as pessoas não conseguem satisfazer nem mesmo as necessidades alimentares mais básicas e esgotaram todas as estratégias de sobrevivência, como comer ração animal, mendigar e vender os seus pertences para comprar comida”.

Sobre o Sudão, o relatório da ONU revelou que 20,3 milhões de pessoas, cerca de 42% da população, enfrentaram insegurança alimentar no ano passado, após o conflito surgir em abril. Isso representa o maior número de pessoas no mundo enfrentando níveis “emergenciais” de insegurança alimentar aguda.

As agências humanitárias defendem a necessidade urgente de assistência no Sudão, especialmente com a aproximação da época de plantio. O fornecimento de insumos agrícolas é essencial para garantir que as pessoas possam cultivar seus campos e evitar uma crise alimentar prolongada.

O relatório também alertou sobre os piores níveis de insegurança alimentar em outras regiões, como Sudão do Sul, Burkina Fasso, Somália e Mali.

Justiça : CCJ libera estados a decidirem sobre porte de armas de fogo
Enviado por alexandre em 25/04/2024 00:18:59

Proposta ainda precisa passar por votação na Câmara dos Deputados

Imagem ilustrativa
CCJ aprova proposta que autoriza estados a legislarem sobre posse e porte de armas de fogo Foto: Pexels

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (23), projeto de lei complementar que autoriza os estados e o Distrito Federal a legislarem sobre a posse e o porte de armas de fogo em caso de defesa pessoal, práticas desportivas e de controle de espécies exóticas invasoras.

A proposição faz parte da campanha da bancada da bala contra o “revogaço” proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo no início do mandato e o Supremo Tribunal Federal (STF), que, em reiteradas oportunidades, declara inconstitucional leis estaduais que facilitam o porte de armas.

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O texto foi aprovado por 34 votos a 30, e agora vai a plenário, onde precisará da maioria absoluta – isto é, pelo menos 257 votos dos 513 deputados – para ser aprovado. Da última vez que a oposição tentou passar uma proposta a favor do porte ou posse de armas, a derrota foi por pequeno margem. Em dezembro de 2023, o grupo tentou sustar o “revogaço” de Lula e perdeu por três votos. Eles obtiveram 254 dos 257 votos necessários.

Deputados governistas questionam a constitucionalidade do projeto de lei complementar. Já os integrantes da oposição argumentam que há no texto constitucional margem para repassar aos estados parte da responsabilidade que é atribuída à União. Trecho do artigo 22 da Constituição diz que uma “lei complementar poderá autorizar os estados a legislar sobre questões específicas”. O material bélico está entre os temas presentes listados nesse artigo.

Governistas, de outro lado, usam o artigo 21 da Carta Magna para embasar o posicionamento. O texto diz que compete à União “autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico”.

Atualmente, a legislação sobre o tema é apenas da competência do governo federal. Na gestão Bolsonaro, o acesso a armas foi ampliado. Quando assumiu, Lula revogou decretos do antecessor para conter a proliferação de autorizações de porte e posse de armamentos.

O projeto de lei complementar em questão permite que os estados possam conceder a permissão para posse e porte de arma de fogo tanto para defesa pessoal como para práticas esportivas e de controle de fauna exótica invasora, o que pode beneficiar os chamados CACs (colecionadores, atiradores profissionais e caçadores).

Para isso, é preciso que seja comprovado um componente “cultural e tradicionalista” no uso de armas de fogo, e que o estado ateste que tem a capacidade de fiscalização de quem possuir armas de fogo e, no caso de invasão de fauna exótica, se houver comprovação de que o estado está afetado por tal problema.

Como mostrou o Estadão, a caça de javalis, incentivada para eliminar a espécie que é considerada praga, criou um mercado recreativo avaliado por especialistas como algo que piora a atual situação e permite que o animal se espalhe de forma descontrolada pelo país.

No atual cenário deste ano de 2023, no qual o novo Governo Federal vem impondo fortes limitações a este segmento de armas de fogo, sinalizando com outras séries de restrições a serem implementas, todas as iniciativas para evitar este retrocesso normativo são bem-vindas, desde que promovidas pacificamente, e dentro da legalidade – justificou Caroline de Toni (PL-SC), autora da proposta e presidente da CCJ.

*AE

Mais Notícias : Dez razões, além dos dentes, para cuidar da saúde bucal
Enviado por alexandre em 25/04/2024 00:16:45

Falta de cuidado pode acarretar Alzheimer, doenças cardiovasculares, entre outras

Paciente no dentista Foto: Senivpetro/Freepik

Quando se fala em saúde bucal, refere-se ao estado da boca, dos dentes e das estruturas orofaciais que permitem ao indivíduo desempenhar funções essenciais como comer, respirar e falar. Também, abrange uma série de doenças e condições que incluem cárie dentária, doença periodontal (gengiva), edentulismo (perda de dentes), trauma oro-dental, e defeitos congênitos, como fissura labial e palatina.

As doenças orais estão entre as doenças não transmissíveis mais comuns em todo o mundo, afetando cerca de 3,5 bilhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A saúde bucal, no entanto, vai muito além dos dentes e de tudo mais que está dentro da boca, alerta o dentista Sérgio Kignel, doutor em Diagnóstico Bucal, professor titular da disciplina de Semiologia do Centro Universitário Herminio Ometto (UNIARARAS).

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– Muitas pessoas acreditam que a boca é uma parte isolada do corpo e que ela não afeta a saúde geral. Pelo contrário, a saúde bucal atua na prevenção de uma série de doenças. Escovação, uso de fio dental e idas regulares ao dentista são ações que vão além de cuidar dos dentes – afirma Kignel.

O especialista elenca dez motivos, além dos dentes, para cuidar da saúde bucal, por contribuir para a prevenção de doenças fora da boca.

1. ENDOCARDITE INFECCIOSA
A boca é um ambiente propício para a proliferação de bactérias. Isso ocorre porque, quando a boca não é bem higienizada, as bactérias podem levar às infecções que, ao evoluírem, caem na corrente sanguínea e podem se alojar no coração e em outros órgãos vitais, causando a endocardite infecciosa.

A endocardite é uma inflamação potencialmente fatal do revestimento interno das câmaras e válvulas do coração. Esse revestimento é chamado de endocárdio. Bactérias, fungos ou outros germes entram na corrente sanguínea e se fixam em áreas danificadas do coração. Sem tratamento rápido, a endocardite pode danificar ou destruir as válvulas cardíacas. Os tratamentos para endocardite incluem medicamentos e cirurgia.

2. OUTRAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Além da endocardite, outras doenças cardiovasculares podem ser causadas por bactérias da boca que caem na corrente sanguínea. A gengivite e a periodontite são condições que geram feridas nas gengivas e mucosas da boca, lesões estas que, ao alcançarem o coração, provocam outras doenças cardiovasculares como aterosclerose, que é formação de placas de gordura nas veias e artérias, prejudicando a circulação; arritmias, que são alterações nos batimentos cardíacos; acidente vascular cerebral (AVC), que é a obstrução ou deformação de vasos sanguíneos no cérebro e o infarto, que é a interrupção do fluxo de sangue para o coração.

3. PNEUMONIA
Germes presentes na boca podem chegar aos pulmões e isso pode causar pneumonia e outras doenças respiratórias. A falta de higiene bucal pode causar pneumonia por aspiração bacteriana, na qual grandes quantidades de bactérias da boca são inaladas e se instalam nos pulmões. O risco é aumentado em pacientes hospitalizados, idosos em condição vulnerável (como abrigos) e entre as pessoas em geral que não fazem uma adequada higiene bucal.

4. COMPLICAÇÕES NA GRAVIDEZ E NO PARTO
Evidências apontam que a periodontite (infecção da gengiva) aumenta o risco de parto prematuro e de bebês com baixo peso ao nascer. A gravidez pode tornar as mulheres mais propensas a doenças periodontais e cáries. De acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, a saúde oral pode ser considerada uma parte importante dos cuidados pré-natais.

Entre 60% e 75% das mulheres grávidas têm gengivite, um estágio inicial da doença periodontal que ocorre quando as gengivas ficam vermelhas e inchadas devido à inflamação que pode ser agravada pelas alterações hormonais durante a gravidez.

– A gengivite não tratada pode resultar em dano ao osso que sustenta a gengiva e os dentes podem ser perdidos. Com isso, a gengiva pode inflamar e o pouco suporte ósseo pode deixar os dentes frouxos, necessitando que eles sejam extraídos – explica Sérgio Kignel.

A gengivite também pode aumentar o nível dos líquidos biológicos que estimulam o parto. Além disso, como a gengivite em geral não dói, muitas mulheres só notam que têm o problema quando este já está em estado avançado.

Outros dados do CDC apontam que mulheres que apresentam muitas bactérias causadoras de cáries durante a gravidez e após o parto podem transmitir essas bactérias para a boca do bebê; uma em cada quatro mulheres em idade fértil tem cáries não tratadas; filhos de mães que apresentam altos níveis de cáries não tratadas ou perda dentária têm três vezes mais probabilidade de ter cáries quando crianças; crianças com mau estado de saúde oral têm quase três vezes mais probabilidade de faltar à escola devido a dores dentárias.

5. CÂNCER
Vários tipos de câncer têm sido associados a doenças gengivais. Estes incluem câncer de boca, trato gastrointestinal, pulmão, mama, próstata e útero. O câncer de cavidade oral é um dos mais incidentes na população brasileira. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é que 26 mil brasileiros receberão o diagnóstico de um câncer na cavidade oral em 2024. Essa localização corresponde a gengivas, língua, lábio, soalho bucal (a parte que fica embaixo da língua), palato duro (céu da boca) e a área atrás dos dentes do siso (retromolar).

– Dentre os sinais de câncer na cavidade oral estão a presença de mau hálito, placas vermelhas e brancas, secura na boca ou úlceras. Portanto, o diagnóstico pode começar já na cadeira do dentista – ressalta Sérgio Kignel.

Além disso, a boca pode ser uma agente de transmissão de câncer, principalmente por meio da prática de sexo oral, que é um fator de risco para infecção pelo papilomavírus humano (HPV). O HPV, especialmente os vírus do tipo 16 e 18, é a principal causa de câncer de colo do útero e está associado também com o desenvolvimento de câncer de pênis, canal anal, vulva, vagina e orofaringe.

6. INFECÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
A prática de sexo oral deve ser evitada, pois além de ser fator de risco para infecção pelo vírus HPV (que pode resultar em diferentes tipos de câncer), também está associada com outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Dentre as doenças, as mais comuns são herpes, gonorreia, clamídia e sífilis. A boa higiene bucal ajuda a prevenir essas infecções.

7. DIABETES
A gengivite é mais comum entre os pacientes com diagnóstico de diabetes. Nesses indivíduos é mais difícil controlar o açúcar no sangue e, com isso, a gengivite pode ser um fator de risco para o diabético, mesmo em indivíduos com açúcar controlado.

– O diabetes faz com que o corpo seja menos capaz de combater infecções – explica Sérgio Kignel.

Atendimento odontológico regular pode melhorar o controle do diabetes.

8. ARTRITE REUMATOIDE
A Porphyromonas gingivalis, uma bactéria que é causadora de doença periodontal e placa bacteriana, é um fator de risco para o desenvolvimento de artrite reumatoide em pacientes geneticamente predispostos. Isso ocorre porque essas bactérias possuem uma enzima, chamada peptidilarginina deiminase – PAD), que é capaz de produzir mudanças de aminoácidos constituintes das proteínas da mucosa da boca, processo conhecido como citrulinação.

Quando a pessoa é portadora de uma combinação de genes – epítopo compartilhado – essas proteínas citrulinadas passam a estimular uma resposta de autoimunidade, desencadeando o surgimento e perpetuando a artrite reumatoide.

9. DOENÇA DE ALZHEIMER E DEMÊNCIA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) à medida que a doença de Alzheimer piora, a saúde oral também tende a piorar. Uma pesquisa publicada em 2022 no periódico da Sociedade Americana de Geriatria concluiu que a má saúde bucal, caracterizada pela presença de periodontite, e a perda dentária estão associadas ao aumento no risco de declínio cognitivo e demência. Isso porque, segundo os autores, as bactérias da boca podem desempenhar um papel na inflamação do cérebro.

10. SAÚDE MENTAL E BUCAL
O desalinhamento dos dentes pode estar associado a uma série de problemas de saúde, como distúrbio da ATM, bruxismo, dor de cabeça, enxaqueca, dor no corpo, dor cervical, dor lombar e, até mesmo, associado com maior sofrimento psicológico à pessoa que sofre desses distúrbios.

A conclusão é do National Health and Nutrition Examination Survey, que aponta também que quase dois terços das pessoas diagnosticadas com depressão relataram ter dor de dente. Evidências também apontam que pessoas com saúde mental mais debilitada aderem menos ao tratamento odontológico e à higiene bucal.

O Dr. Sérgio Kignel é autor do livro Estomatologia-Bases do Diagnóstico para o Clínico Geral, obra que, em 2007, recebeu o primeiro lugar do Prêmio Jabuti na categoria Ciências Naturais e Ciências da Saúde.

* Confira de segunda a sexta-feira às 15h30 o quadro Dicas de Saúde e Beleza na Rádio 93 FM.

Justiça : Lira fala em “excessos” do STF e diz que Corte passou a legislar
Enviado por alexandre em 25/04/2024 00:11:56

Presidente da Câmara comentou relação atual entre o Judiciário e o Legislativo


Arthur Lira Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sustentou, nesta terça-feira (23), que o Supremo Tribunal Federal (STF) “tem seus excessos”. Para o deputado, o Judiciário está se sobrepondo às prerrogativas do Legislativo, o que leva os parlamentares a reagir.

– [O STF] vai além das suas funções e começa a legislar, e o Congresso reage – disse Arthur Lira, em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo.

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O presidente da Câmara voltou a defender a restrição de quem pode ou não ingressar com Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), recursos julgados pelo STF que podem anular ou modificar legislações aprovadas pelo Congresso. Para Lira, o recurso no Judiciário tumultua a relação entre os Poderes.

CRÍTICAS A PADILHA
Durante a entrevista, Lira disse que errou ao chamar Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, de “desafeto pessoal” e “incompetente”, e declarou que errou em expor a rixa com o ministro responsável pela articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas alegou que a insatisfação já era conhecida por interlocutores do governo.

– Eu já vinha apontando ao governo, há alguns meses, que não funciona a articulação política. Se você prestar atenção, há um esforço muito grande para que as matérias cheguem maduras ao Plenário – afirmou.

VOTAÇÃO SOBRE BRAZÃO
Lira negou que tenha influenciado a votação que autorizou a manutenção da prisão preventiva de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado pela Polícia Federal (PF) como o mandante da execução da vereadora Marielle Franco, em 2018.

Para o deputado, o que estava em pauta não era o mérito do caso, e sim uma questão processual. Além disso, segundo Lira, a decisão do voto foi individual. A queixa de que o governo Lula teria influenciado a votação para que Brazão permanecesse preso foi o pivô da crise entre Arthur Lira e Alexandre Padilha.

– É uma inverdade, não há um deputado que diga que influenciei no voto (…). É uma discussão muito pessoal de cada partido e de cada parlamentar, ali não estávamos discutindo se matou ou se não matou, estávamos discutindo as condições da prisão – alegou Lira.

*AE

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