« 1 ... 817 818 819 (820) 821 822 823 ... 23236 »
Mais Notícias : Soroterapia: febre no Brasil, infusão de nutrientes é condenada por médicos; veja como funciona
Enviado por alexandre em 22/04/2024 00:24:56

Procedimento viral nas redes sociais é contraindicado por especialistas por não apresentar eficácia comprovada cientificamente

Ao passar pela porta, o cliente encontra um ambiente tomado por cadeiras confortáveis e acolchoadas, móveis assinados por designers, teto texturizado por estacas de madeira e luzes de led na cor amarela. Depois de se sentar, é oferecido a ele um cardápio simples com algumas opções: bolo de café e cacau, pão low carb, kombucha, água alcalina e chás. O diferencial, no entanto, é encontrado nas páginas finais do menu: a oferta de uma longa lista de soros que devem ser administrados por via endovenosa.

 

Esse cenário é mostrado em um vídeo que viralizou na rede social TikTok, no qual uma influenciadora relata a sua experiência em uma clínica de estética de luxo que oferece a soroterapia, procedimento alvo de críticas de especialistas e objeto da fiscalização dos Conselhos Regionais de Medicina de São Paulo e do Rio de Janeiro.

 

O tratamento é feito a partir da infusão intravenosa de vitaminas, sais minerais e aminoácidos, cuja mistura promete alcançar resultados milagrosos, que vão desde o aumento da imunidade, melhora do aspecto da pele, potencialização da energia, emagrecimento e até alívios para a depressão e ansiedade. Adotado por celebridades como Madonna, Rihanna, Gwyneth Paltrow e Hailey Bieber, a soroterapia também prevê a administração de hormônios como testosterona, estradiol, oxandrolona e outros nutrientes, como ferro e a vitamina B12.

 

Veja também

 

Nova vacina contra a covid-19 chega à população em 15 dias

 

ESCOLIOSE EM CRIANÇAS: Conheça as causas e como identificar o problema

Nos estabelecimentos consultados para a realização desta reportagem, o procedimento ofertado necessariamente é antecedido por consultas preliminares com especialistas, cujos valores variam de R$180 a R$850, e pela realização de uma bateria de exames. Após essa etapa inicial, planos de tratamento personalizados seriam formulados com base no método de soroterapia.

 

USOS E DESUSOS DOS SOROS


De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o médico Paulo Augusto Miranda, a suplementação intravenosa é um protocolo indicado para situações em que o paciente necessita de absorção de vitaminas e minerais por essa via, como em casos de distúrbios de absorção intestinal ou restrição ingestão oral desses nutrientes. No entanto, ele ressalta que esse procedimento demanda, obrigatoriamente, a coleta de história clínica, avaliação de exames laboratoriais e a prescrição médica.

 

— O uso de micronutrientes, administrados muitas vezes em superdoses, para tratamentos voltados para a estética não traz nenhum benefício para a saúde porque o nosso organismo apresenta padrões próprios para a absorção desses elementos. Essas terapias endovenosas burlam esse mecanismo, e não há garantia alguma de melhor eficiência e aproveitamento. Temos uma capacidade limitada de uso agudo, e o nosso organismo excreta o resto — ele explica.

 

O endocrinologista também alerta para os riscos desse tratamento que podem estar relacionados ao procedimento de infusão intravenosa, como sangramentos, inchaços, inflamações e reações alérgicas. Ocorrências mais graves, no entanto, também podem ser desencadeadas pela superdosagem e pela incapacidade do organismo de processar o excesso de nutrientes, ocasionando intoxicações e infecções sistêmicas.


Esse foi o caso do deputado estadual Carlos Alexandre (PL- SE), conhecido como Pato Maravilha. Em entrevista ao Fantástico exibida no início do mês, o parlamentar disse que buscou a soroterapia para obter mais energia e solucionar sua sensação de cansaço constante. Depois da segunda sessão, o deputado sentiu um desconforto, mas o médico insistiu para que ele seguisse o tratamento.

 

Carlos Alexandre foi hospitalizado em Aracaju (SE) após sentir uma forte dor no estômago e na cabeça. Diante da piora de seu estado de saúde, ele precisou de uma transferência de emergência, por UTI aérea, para São Paulo. A equipe médica constatou que uma intoxicação por cromo, mineral que pode ser encontrado nos soros terapêuticos, tinha afetado vários órgãos.

 

INJETANDO A VERDADE


O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) se posicionou contrário ao tratamento de soroterapia. Segundo o presidente desse órgão, o médico Walter Palis, a fiscalização de clínicas que oferecem esse serviço deve começar em breve e vai acontecer por meio da apuração de denúncias feitas pelo público e pela busca ativa por essas clínicas nas redes sociais.

 

De acordo com Palis, os principais questionamentos a serem feitos dizem respeito ao controle de qualidade dos produtos ofertados, uma vez que os estabelecimentos não disponibilizam informações prévias sobre a composição dos soros e a concentração de seus ingredientes. O médico também alerta sobre a inexistência de comprovação científica dos benefícios proporcionados por esses métodos.

 

— Reconhecemos que a hidratação endovenosa pode ser indicada em situações médicas, mas que requerem diagnóstico, estudo e consulta ao paciente. No entanto, enxergamos esses tratamentos que têm viralizado como uma estratégia mercadológica que nada tem a ver com a abordagem médica — ele afirma.

 

No início do mês, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) também promoveu uma operação de controle nesses estabelecimentos, nomeada "Soro da Verdade". No total, 16 clínicas analisadas prometiam resultados, 17 não apresentavam o registro no CRM e nenhum estabelecimento informava o RQE, registro de qualificação de especialidade.


— O público leigo pode se iludir e ser enganado pelos tratamentos que são oferecidos. Mas é preciso deixar claro que o milagre não existe na Medicina. Para alcançar resultados, fazemos muito estudos, consultas e diagnósticos — Palis esclarece.

 

A alternativa para esse tratamento está, justamente, em uma mudança do estilo de vida, incluindo a melhora da alimentação, realização de exercícios físicos e esforços para melhorar a saúde mental, de acordo com o nutricionista Elton Bicalho, vice-presidente do Conselho Regional de Nutricionistas.

 


 

— Infelizmente, a maioria das pessoas procura uma forma rápida de obtenção de resultados, e por vezes caem em promessas que, a médio ou longo prazo, não se sustentam. As pessoas buscam projetos, como o projeto verão, Carnaval ou casamento. Só que elas esquecem que tudo tem início, meio e fim. Quando você busca saúde e qualidade de vida, isso não é projeto, é meta — o especialista defende. 

 

Fonte: O Globo 

LEIA MAIS

Brasil : Conheça primeira agência de etnoturismo do Brasil criada e coordenada por povos indígenas
Enviado por alexandre em 22/04/2024 00:22:44

Espaço foi criado dentro da Terra Indígena Sete de Setembro na Aldeia Lapetanha e é uma das metas do plano de gestão de 50 anos do território Suruí, em Rondônia.


'Yabnaby': esse é o nome da primeira agência de etnoturismo indígena do Brasil idealizada, criada e coordenada por povos originários, segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Com a iniciativa, pessoas de todos os lugares do país e do mundo podem conhecer os costumes, a cultura e forma de vida do povo Paiter Suruí.

O espaço foi criado dentro da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro na Aldeia Lapetanha, localizada em Cacoal, a 480 km de Porto Velho (RO).

Agência de turismo recebeu o nome 'Yabnaby' em homenagem ao avô de Almir Suruí. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

O local foi inaugurado em 2023 e a gestão é feita totalmente pelos povos originários. Celebridades como o apresentador Luciano Huck e o cantor Xamã já se hospedaram na aldeia. 

Como a Yabnaby surgiu? 

A agência foi idealizada pelo líder indígena e cacique Almir Suruí, quando começou a desenvolver o plano estratégico de 50 anos do povo Paiter Suruí, nos anos 2000. Vários diagnósticos feitos na região identificaram o potencial etnoturístico do território onde ele e seu povo vive.

A iniciativa foi conduzida pelas lideranças e pelos povos originários da Terra Indígena, com o apoio da Associação de Defesa Etnoambiental Brasil Kanindé.

"Essa é uma forma de gerar emprego e renda para os nossos povos, valorizar nossa cultura e mostrar para o mundo o potencial da floresta e o desenvolvimento sustentável na Amazônia",

explica o líder indígena.
Almir Suruíu, líder indígena da Terra Indígena 7 de setembro. Foto: Silas Paixão/ Rede Amazônica

Em 2023, o projeto recebeu um investimento de R$ 522 mil do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) para elaboração de um plano de negócios, com o propósito de ampliar o local e a levar cada vez mais turistas ao coração da floresta.

O PPBio é uma política pública da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) que destina recursos para startups da Amazônia com base nos investimentos obrigatórios das indústrias. 

Bangalocas 

O espaço turístico recebeu o nome "Yabnaby" em homenagem ao avô de Almir Suruí. Já os dois locais de hospedagem foram dedicados à memória do líder indígena Marimop Suruí e de Weitãg Suruí, pais do cacique.

"Foi meu avô [Yabnaby] que deu essa ideia [do plano de 50 anos] e mostrou para meu pai [Marimop] que o nosso povo poderia buscar qualidade de vida protegendo a floresta. Foram eles que idealizaram o plano de 50 anos e deixaram esse legado para os Suruí", explica Almir. 

Um dos dormitórios do espaço turístico Paiter Suruí na Aldeia Lapetanha. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

A Yabnaby possui recepção, restaurante e duas "bangalocas" (junção de bangalô e oca, um dos principais tipos de habitação indígena no Brasil) que podem receber até cinco pessoas, cada, simultaneamente.

De acordo com o líder indígena, a arquitetura das bangalocas é uma expressão da cultura Paiter Suruí, caracterizada pelas cores e pelos desenhos inspirados nas pinturas corporais tradicionais da etnia. 

Roteiro turístico 

Oyago Suruí, que trabalha na gestão do complexo turístico, explica que a experiência de receber não indígenas é uma troca de tradições. O etnoturismo é uma forma das pessoas terem contato com o estilo de vida, cultura na aldeia e dos povos originários. 

Opacote de hospedagem inclui: 


  • Alimentação tradicional local (mas também há opção de comidas típicas);
  • Banho de rio;
  • Dança;
  • Contação de histórias;
  • Passeios de barco;
  • Trilhas na floresta;
  • Tour pela agrofloresta e plantações de café, banana, cacau e a extração de óleos e outros produtos que são vendidos às indústrias de cosméticos.

O líder indígena explica que a previsão é que a sede da agência de turismo Paiter Suruí esteja funcionando no início de 2025, no município de Cacoal e representação em Porto Velho. 

Para aqueles que não têm condições de viajar até o interior de Rondônia, o programa também deve criar uma experiência virtual de visitação da terra indígena, onde pessoas da comunidade poderão compartilhar sobre a história do povo, a rotina na comunidade indígena e outros temas.


*Por Emily Costa, do g1 Rondônia

Brasil : Venda de pirarucu gera mais de R$ 116 mil em faturamento para ribeirinhos da Amazônia
Enviado por alexandre em 22/04/2024 00:20:00

Manejadores da comunidade Jussara, localizada no município de Juruá, no interior do Amazonas, receberam um faturamento bruto de mais de R$ 116 mil com a venda de pirarucu em feira apoiada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em Manaus. Ao todo, foram comercializadas 11,6 toneladas de pirarucu fresco, beneficiando diretamente 19 famílias que atuam com o manejo sustentável por meio do acordo de pesca do setor Macopani, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá.

A feira recebeu, em março, a visita de mais de 970 pessoas que adquiriram, direto das mãos do manejador, um produto saudável e de qualidade, resultado da cadeia sustentável que contribui para a conservação da floresta.

Foto: Divulgação

O projeto visa fortalecer a cadeia produtiva do pirarucu com infraestrutura produtiva em unidades de conservação onde a FAS atua.


Segundo o gerente do Programa Prosperidade na Floresta da FAS e coordenador da Feira do Pirarucu, Edvaldo Corrêa, a ação faz parte do projeto Cadeia Produtiva do Pirarucu Manejado 2024, realizado em parceria com FAS e Bradesco. O projeto visa fortalecer a cadeia produtiva do pirarucu com infraestrutura produtiva em unidades de conservação onde a FAS atua.

"A Feira do Pirarucu representa a valorização da floresta em pé e o compromisso que os ribeirinhos têm com a sustentabilidade. Ela é um ponto de encontro entre os manejadores e consumidores, que estão cada vez mais conscientes sobre os impactos de seus hábitos de consumo, e entendem a importância de apoiar iniciativas como essa, gerando renda para famílias ribeirinhas",

afirma Corrêa.

Romilcia Alves Lima é uma das manejadoras que participaram da Feira do Pirarucu. Ela descreve a valorização que a feira promove a venda do pescado. "Toda feira traz uma experiência nova e um aprendizado novo. Um exemplo é o aproveitamento de todas as partes do pirarucu, pele, carcaça, aproveitamos tudo. Se vendermos para o atravessador, não aproveitamos nada e o nosso trabalho não é valorizado. A feira em Manaus traz tudo isso de benefícios para nós", relata.

Para a manejadora, a venda do pirarucu proporcionou avanços para sua comunidade:

"O pirarucu tem trazido uma renda muito boa para a minha família. Depois que comecei a trabalhar no manejo do pirarucu, já melhorou, posso dizer, 99% da minha vida financeira. Não só a minha, mas dos colegas, dos parceiros. Em nossa comunidade, já tivemos a conquista de ter o nosso próprio barco para fazer o manejo, a despesca, sem depender de aluguel ou frete, tudo graças à venda do pirarucu. Hoje, vendemos o peixe a um preço bom e conseguimos uma renda maravilhosa".

A Feira do Pirarucu é promovida pela Associação dos Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurman), com apoio da FAS, que é responsável pela infraestrutura, transporte, logística e divulgação. Além do Bradesco, a venda do pirarucu e do tambaqui manejado também têm apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) e da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).

Brasil : Pesquisa realizada no Pará avalia período certo para fermentação de amêndoas de cacau para produção de chocolate
Enviado por alexandre em 22/04/2024 00:17:51

Entender o tempo de fermentação ideal das amêndoas de cacau tem como finalidade facilitar a retirada da semente com polpa da fruta.


A procura por amêndoas de qualidade elevada para a produção de chocolate fino tem oferecido uma nova perspectiva para a cadeia produtiva do cacau no país. Em fevereiro deste ano, as amêndoas de cacau produzidas no município de Medicilândia, Pará, foram reconhecidas entre as melhores do planeta, durante a premiação Cocoa of Excellence Awards (Cacau de Excelência), na Holanda, momento em que produtores paraenses participaram da programação com o apoio financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau).

É nesse contexto que a engenheira agrônoma Hélia Félix de Moura, discente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) desenvolve a pesquisa 'Efeitos do período de fermentação sobre as características quimiométricas de amêndoas de cacau na região da Transamazônica, Pará'. 

Na pesquisa são utilizadas três variedades de cacau: o Híbrido, Manaus15 e CCN51, todos de uma mesma área em condições de clima e solo, localizada no Município de Medicilândia, sudoeste do estado do Pará.

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

O trabalho tem como objetivo analisar o tempo de fermentação ideal das amêndoas de cacau para a fabricação de chocolate, processo que tem como finalidade facilitar a retirada da semente com polpa da fruta. "O processo de fermentação é o período o qual os precursores do cacau como sabor e aroma se intensificam dando as amêndoas qualidade que o caracterizam como cacau fino de aroma", enfatiza Hélia Félix. 

De acordo com a pesquisadora, a recente introdução de clones da fruta, caracterizados por serem geneticamente idênticos e originados a partir de uma única célula, tem chamado a atenção devido aos métodos empregados na fase de fermentação. 

"Quando trabalhamos com variedades distintas de cacau temos variações de fatores que irão interferir nos processos, como os pontos de maturação dos frutos; teores de sacarose; diâmetro das sementes; entre outras características que interferem diretamente na qualidade do produto final", 

explica a pesquisadora.
A pesquisa se baseia em realizar análises químicas e físicas nas amostras de material coletado (sementes e amêndoas) durante todo o processo, avaliando teores de sacarose; Ph; quantidade de NaOH (hidróxido de sódio); peso das sementes e amêndoas. "Após o processo de fermentação, as amêndoas serão levadas à secagem e, posteriormente, serão analisadas quanto ao seu aroma e sabor. Por fim, será realizado 'prova de corte' nas amêndoas o qual será determinado o grau de fermentação de cada amostra. Para essa classificação será utilizado o manual de critérios estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

De acordo com a pesquisadora, as amêndoas de cacau são classificadas em dois grupos: o "Bulk", classificação que se dá aquelas que não recebem nenhum processo que requeira qualidade, e as do "cacau fino de aroma", que são aquelas que passam por processos que garantem qualidade e agregam valor para a principal matéria prima do chocolate. "Para a obtenção das amêndoas de cacau fino de aroma, os frutos colhidos são selecionados quanto a sua maturação e sanidade, as sementes são submetidas ao processo de fermentação. Após esse procedimento, as amêndoas são levadas à secagem em estufas ou barcaças protegidas, para secagem natural, originando o cacau fino de aroma", explica.
Foto: Hélia Félix de Moura/Arquivo pessoal

A meta é que a partir dos resultados da pesquisa seja elaborado uma cartilha com os protocolos a serem seguidos para cada variedade de cacau utilizada e, assim, seja possível recomendar ao agricultor o tempo de fermentação ideal das distintas variedades. A intenção é possibilitar ao pequeno agricultor fazer essa etapa do processo em materiais mais simples, como caixas de isopor, reduzindo os custos e obtendo resultados positivos com poucos investimentos. As amêndoas derivadas desse processo serão direcionadas para as pequenas indústrias produtoras de chocolate fino.

Hélia Félix também faz parte da empresa Cacauway e desempenha a função responsável técnica, atuando na classificação das amêndoas que seguem para o processo de produção de chocolate, desde as análises físicas e quantitativas até a "prova de corte", garantindo a qualidade no produto final. A Cacauway surgiu no ano de 2010, no município de Medicilândia/PA, é uma fábrica de chocolate pertencente à Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica - COOPATRANS, que tem como associados produtores da agricultura familiar que contam com o cacau como a principal atividade e fonte de renda.

A pesquisadora, que atua no campo da cacauicultura no estado, conta que entende a necessidade do agricultor paraense em compreender o melhor processo de fermentação das amêndoas de cacau para garantir a qualidade do produto final. O trabalho, orientado pelos professores Carlos Gutemberg de Souza Teles Junior (PGAGRO-UFRA) e Mayara Neves Santos Guedes (Universidade Federal do Pará - Campus Altamira), é uma das 30 que estão sendo desenvolvidas na turma ofertada fora de sede pelo Programa de Pós-graduação em Agronomia (PgAGRO) da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Os estudos são realizados em parceria com a Universidade Federal do Pará (Ufpa), campus Altamira e financiados com recursos do Plano Sub-regional de Desenvolvimento Sustentável do Xingu (PDRSX), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos ao ano de 2022, o Pará foi o maior produtor de cacau do país e produziu cerca de 145.994 toneladas da fruta. 

Justiça : Confira alguns brasileiros da lista de mais procurados da Interpol
Enviado por alexandre em 22/04/2024 00:15:28

Dos quase 7 mil nomes incluídos na chamada Difusão Vermelha, 91 são brasileiros


Alguns dos procurados da lista da Interpol Foto: Reprodução/Site Interpol

A lista dos criminosos mais procurados da Interpol, a organização internacional que facilita a cooperação policial mundial, tem atualmente quase 7 mil nomes, sendo 91 brasileiros. Entre os cidadãos do Brasil elencados na chamada Difusão Vermelha, nome oficial da lista, estão procurados por crimes que vão de homicídio a participação em organizações criminosas e tráfico de drogas.

Segundo a Interpol, a lista funciona como um pedido às autoridades em todo o mundo para localizar e prender provisoriamente uma pessoa pendente de extradição, entrega ou ação legal semelhante. A entidade ressalta, no entanto, que não se trata de um mandado de prisão internacional. Ainda de acordo com a entidade, os países-membros aplicam as suas próprias leis ao decidir se devem prender uma pessoa.

Leia também1 Piso cede, e professora cai de um andar para outro em escola
2 Morre homem que incendiou o próprio corpo em frente ao tribunal onde Trump é julgado
3 Com Bolsonaro, ato no Rio fará defesa da liberdade de expressão
4 Andreas von Richthofen diz que procura por Suzane há 4 anos
5 Alessandra Negrini critica site da Globo após matéria sobre ela

PROCURADOS BRASILEIROS
Entre os 91 brasileiros incluídos na lista, 84 são homens e sete são mulheres. Os crimes imputados a eles são os mais diversos. O paranaense Julio Roberto Marafon, de 63 anos, por exemplo, é procurado pelo crime de homicídio qualificado, mas não há detalhes sobre quando o crime foi cometido e quem foi a vítima.

Há também na lista procurados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, como é o caso dos mineiro Kleber Barbosa, de 44 anos, e Paulo Henrique da Silva, de 42. A exemplo de Julio Roberto, também não há detalhes sobre as circunstâncias que levaram os homens a serem procurados.

Já entre as sete mulheres na Difusão Vermelha estão Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, de 74 anos, procurada por suspeita de assassinato e tortura; Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos, de 51 anos, suspeita de integrar uma organização criminosa; e Thaynara Caroline Santos Pereira, de 27 anos, suspeita de ter praticado os crimes de associação ilícita e fraude de cartões de crédito.

« 1 ... 817 818 819 (820) 821 822 823 ... 23236 »
Publicidade Notícia