Quando você está prestes a adicionar um novo membro canino à sua família, muitas considerações vêm à mente. Além da raça, da idade e do tamanho, uma questão que pode surgir é: o sexo importa?
Os cães machos são realmente tão diferentes das fêmeas? Vamos explorar as diferenças e descobrir o que realmente importa na hora de escolher seu companheiro canino.
Primeiro, vamos esclarecer uma coisa: sim, existem diferenças entre cães machos e fêmeas, tanto físicas quanto comportamentais. No entanto, é importante entender que cada cão é único e as generalizações nem sempre se aplicam a todos.
Os cães machos tendem a ser maiores e mais robustos do que as fêmeas, com uma constituição física geralmente mais imponente, oque nos permite identificá-los de longe. Eles têm uma tendência natural a vagar e explorar, o que remonta aos seus ancestrais mais selvagens.
Em termos de personalidade, os machos podem ser mais patetas, energéticos e afetuosos com os humanos. Por isso é mais fácil vê-los pulando, brincando, fazendo várias atividades e interagindo com pessoas.
No entanto, se não forem castrados, podem apresentar comportamentos mais agressivos e territoriais, especialmente em relação a outros machos. Isso acontece porque normalmente eles possuem um nível de testosterona bem mais alto que as fêmeas, o que os faz serem mais territorialistas.
Quando o caso é a saúde dessa turma, os cães machos não castrados têm maior probabilidade de desenvolver não apenas tumores testiculares, mas também problemas graves na próstata. Por isso, é preciso fazer o acompanhamento ao veterinário para conseguir deixar o animal em suas melhores condições.
AS FÊMEAS
Fotos:Reprodução
Ao contrário dos machos, as fêmeas costumam ser mais calmas e independentes. Elas podem ser mais maternais e carinhosas, mas, novamente, isso varia de acordo com cada bicho.
As fêmeas tendem a amadurecer mais rapidamente e podem ser mais fáceis de treinar do que os machos. Além disso, elas têm seus próprios hormônios que podem influenciar seu comportamento, algo mais notável principalmente durante o período de cio.
Um ponto importante da saúde das cadelas é que, caso não sejam esterilizadas, correm o risco de piometra — um tipo de infecção uterina grave — e tumores mamários.
A esterilização e a castração podem ajudar a reduzir esses riscos, mas é importante discutir o momento adequado para a cirurgia com seu veterinário, pois há todo um protocolo a ser levado em consideração.
De forma geral, as pesquisas científicas mostram que existem algumas diferenças significativas entre machos e fêmeas, mas essas diferenças podem variar muito de acordo com o indivíduo.
Cada cão é único e suas características são moldadas por uma variedade de fatores, incluindo genética, ambiente e treinamento. Portanto, ao escolher seu novo melhor amigo peludo, concentre-se na personalidade e nas necessidades individuais do cão, em vez de apenas no sexo.
Os pesquisadores encontraram evidências que mostraram o que aconteceu no interior da Lua há bilhões de anos
A Lua se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, possivelmente quando um planeta menor colidiu com a Terra, lançando material derretido para o espaço até que ele eventualmente uniu-se para formar o satélite. Alguns pesquisadores apontam que pouco depois disso, há 4,2 milhões de anos a Lua virou-se do avesso para criar a superfície lunar. No entanto, não se sabia como esses eventos se sucederam, pelo menos não até agora.
Não existem muitas evidências que esclareçam como se deu a sequência desses eventos. No entanto, em um estudo publicado recentemente na Nature Geoscience, com a ajuda de dados de pesquisa anteriores, os cientistas conseguiram revelar um pouco mais sobre essa fase crítica da história lunar.
As missões Apollo trouxeram amostras da Lua que apontaram uma alta concentração de titânio na superfície lunar, ao mesmo tempo que satélites revelaram que as rochas vulcânicas ricas em titânio estão concentradas no lado visível do satélite. Isso deixou os pesquisadores confusos para entender como esse material foi parar lá e não está mais amplamente distribuído.
Acredita-se que quando a Lua se formou, ela era inicialmente coberta por um mar de magma. Suas camadas externas solidificaram rapidamente, formando o manto e a crosta, enquanto seu interior ainda estava fervendo em um oceano de lava. Alguns modelos sugerem que esse material se cristalizou em materiais densos, como a ilmenita, um mineral rico em ferro e titânio.
Uma pesquisa anterior conduzida por Nan Zhang, que também é coautor do novo estudo, desenvolveu modelos computacionais que apontaram que um grande impacto na Lua pode ter feito com que os minerais ricos em titânio abaixo da crosta lunar se deslocassem para o lado visível da Lua. Depois disso, o material afundou formando placas em forma de folha e caiu em cascata para o interior do satélite.
Foto: Reprodução
A partir de dados gravitacionais recolhidos pela dupla de satélites do Laboratório de Recuperação de Gravidade e Interior (GRAIL) da NASA, os pesquisadores conseguiram identificar anomalias que correspondem com esses modelos computacionais.Além disso, também foi possível estimar quando a Lua virou do avesso. Interrupções de anomalias gravitacionais causadas por grande e antigas bacias de impacto indicam que o titânio afundou antes disso, há cerca de 4,22 bilhões de anos.
Futuras missões poderão instalar redes sísmicas na Lua, que permitirão uma melhor análise destas estruturas. Por enquanto essas descobertas serão úteis para a ciência realizada pelos astronautas da missão Artemis 3.
Davi Kopenawa se encontrou com papa Francisco no vaticano. Invasão das terras Yanomami por garimpeiros ilegais tem causado desnutrição e mortes
Portal Amazônia com informações do G1 RR
O líder Yanomami Davi Kopenawa se encontrou com o papa Francisco nesta quarta-feira (10) para pedir apoio aos esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em salvar o seu povo.
Os yanomami, cuja população é estimada em cerca de 31 mil pessoas, vivem na maior Terra Indígena do Brasil, nos Estados de Roraima e Amazonas. A invasão das terras por garimpeiros ilegais tem causado desnutrição e mortes.
Foto: Vatican Media/Divulgação
"Pedi ao papa (para) dar apoio ao governo Lula, porque Lula precisa de companheiros. Sozinho não consegue. A política não quer que Lula resolva", disse Kopenawa aos repórteres.
"O papa falou que vai conversar com ele."
Kopenawa, um xamã que cofundou e preside a Hutukara Associação Yanomami (HAY), que faz campanha pelos direitos indígenas e pela preservação da Amazônia, encontrou-se com Francisco no Vaticano.
Ele mencionou a contaminação da água por mercúrio - usado por garimpeiros na mineração ilegal - como uma das maiores ameaças à sua comunidade, junto do desmatamento para a criação de gado e o cultivo da soja.
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou contaminação por mercúrio em nove aldeias do território Yanomami, a partir de amostras de cabelo de cerca de 287 indígenas coletadas em outubro de 2022.
O território Yanomami, uma área aproximadamente do tamanho de Portugal, tem sido invadido por garimpeiros há décadas, mas as incursões destrutivas se multiplicaram nos últimos anos, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro desmantelou proteções ambientais.
Desde sua posse no ano passado, Lula tem liderado esforços para expulsar os garimpeiros ilegais do território. Em janeiro, o governo anunciou 1,2 bilhão de reais em ajuda para áreas indígenas.
Francisco tem feito da defesa do meio ambiente um dos pilares de seu papado e condenado repetidamente o saque de recursos naturais na Amazônia e em outros lugares.
Não é segredo para ninguém que o Estado de Roraima é conhecido por causa da paçoca. Nesta quarta-feira (10), foi aprovado o Projeto de Lei (PL) nº 5.121, de 2023, que concede o título de Capital Nacional da Paçoca de Carne com Farinha à capital do estado, Boa Vista.
De autoria do deputado federal e defensor público, Stélio Dener (Republicanos/RR), o documento conta a importância da paçoca para o país. Ainda destaca os grandes feitos do prato em Roraima, que se tornou Patrimônio cultural e imaterial de Boa Vista, em 2022.
O documento seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde serão analisados e votados os aspectos constitucionais, legais, jurídicos e regimentais do projeto.
O registro de uma terra indígena é a última das 5 etapas que passam por diferentes instâncias administrativas
COM INFORMAÇÕES DE FUNAI.
O registro de uma terra indígena é a última das 5 etapas que passam por diferentes instâncias administrativas do Governo Federal, entre as quais, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e registros imobiliários da comarca competente. Confira o passo a passo:
Foto: Acervo/Funai
1ª etapa: Identificação e delimitação
A primeira etapa é realizada pela Funai e consiste no estudo da área reivindicada por indígenas para identificar e delimitar o território. Esse estudo é feito por uma equipe técnica multidisciplinar composta por antropólogos, ambientalistas, historiadores - quando necessário - engenheiros agrônomos, entre outros. Neste estudo são consideradas a história e a territorialidade dos povos indígenas, bem como sua ocupação para verificar se a reivindicada área atende à reprodução física e cultural daquele povo, conforme previsto na Constituição Federal.
Nessa primeira etapa, o Decreto nº 1775/96 garante a todos os interessados na área a possibilidade do contraditório desde o início do procedimento de regularização fundiária. E a Portaria nº 2.498/11-MJ determina não apenas a necessidade de informação, como também a participação dos entes federados em todo o processo, com destaque ao levantamento fundiário propriamente dito.
"A gente só consegue fechar um relatório de identificação e delimitação, após uma grande reunião onde as propostas de limite que serão disponibilizadas para a contestação e ao Ministério da Justiça, sejam também apresentadas aos entes federados, prefeituras e estados", explica a diretora de Proteção Territorial da Funai, Janete Carvalho.
Depois que o relatório de identificação e delimitação é publicado nos Diários Oficiais da União e dos estados onde a terra indígena se encontra, abre-se um prazo de 90 dias para a apresentação de contestações administrativas. Após a manifestação, a Funai tem mais 60 dias para responder.
2ª etapa: Declaração
Passado o prazo de contestações administrativas e respostas da Funai, o relatório é remetido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, a quem cabe avaliá-lo, podendo aprovar, reprovar ou pedir novas diligências. Essa é a segunda etapa do procedimento demarcatório: a emissão ou não de portaria declaratória pelo MJSP de que aquela terra pertence ao povo indígena que a está reivindicando.
3ª etapa: Demarcação física
Se a terra indígena em questão for declarada pelo MJSP, o processo retorna à Funai para que realize a demarcação física da área, colocando os marcos, as placas e fazendo alguns ajustes que possam ser necessários.
4ª etapa: Homologação
Feita a demarcação física, o processo é encaminhado novamente ao Ministério da Justiça para conferência e, depois, à Presidência da República para homologação.
5ª etapa: Registro na SPU e conselhos de imóveis
Após a homologação, a Funai procede com o registro da terra indígena na Secretaria do Patrimônio da União e nos cartórios de registros de imóveis, por ser uma terra pública de usufruto exclusivo dos povos indígenas.
Demarcações
Segundo a diretora de Proteção Territorial, a Funai possui atualmente mais de 400 registros de reivindicações fundiárias indígenas, que chegam ao órgão indigenista na forma de cartas, informes ou outras solicitações. Todas elas passam por análise a fim de se verificar os elementos que indicam a possibilidade de promover estudos demarcatórios. Até porque, pode haver duplicidade de pedidos, ou seja, uma ou mais solicitações podem se referir à mesma reivindicação. Daí a necessidade de avaliação de cada um.
Os processos de demarcação de terras indígenas foram retomados, em 2023, após seis anos de paralisação. Para esse trabalho, foram constituídos 37 Grupos Técnicos de identificação e delimitação. Com o retorno, o Governo Federal reconheceu três novos estudos e homologou oito terras indígenas: Arara do Rio Amônia (AC), Acapuri de Cima (AM), Rio Gregório (AC), Kariri-Xocó (AL), Uneiuxi (AM), Rio dos Índios (RS), Tremembé da Barra do Mundaí (CE) e Ava-Canoeiro (GO).
No momento, há 138 grupos de trabalho realizando atividades em campo ou em gabinete para consolidar o relatório de identificação e delimitação de terras indígenas em fase de estudo; e 11 procedimentos estão em fase de manifestação de contraditório administrativo, ainda não enviados ao Ministério da Justiça, nos quais há cerca de 300 processos de contestações administrativas.
Também há mais de 60 decisões judiciais demandando à Funai a conclusão de estudos de demarcação e 33 decisões judiciais determinando a constituição de novos grupos técnicos para estudos demarcatórios.
"Ao mesmo tempo em que se observa uma grande judicialização contrária aos direitos dos povos indígenas, há também uma grande judicialização a favor dos seus direitos. E, cabe à Funai, como órgão público, cumprir a sua missão institucional dentro de parâmetros legais e jurídicos adequadamente instituídos",
reafirma a diretora de Proteção Territorial da Funai, Janete Carvalho.