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Brasil : Medalhista olímpica, Rayssa Leal é madrinha de projeto ambiental na Amazônia
Enviado por alexandre em 31/07/2024 10:01:38

Em 2021, com apenas 13 anos, a garra e o sorriso da skatista nascida na cidade de Imperatriz, no Maranhão, Rayssa Leal, conquistaram o coração dos brasileiros durante os Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela se tornou a mais jovem medalhista olímpica do Brasil ao ganhar a prata no Japão. Desde então já subiu ao pódio diversas outras vezes em competições da Street League, a liga mundial de skate.

Chamada carinhosamente de Fadinha e muito querida por fãs ou não desse esporte, nada mais natural que ela fosse convidada para ser a madrinha de um projeto que acaba ser lançado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Batizada de Floresta Olímpica do Brasil, a iniciativa faz parte da Olympic Forest Network, uma rede que prevê a restauração de florestas por comitês olímpicos nacionais no mundo todo. Na Amazônia, mais especificamente nos municípios de Tefé e Alvarães, o objetivo é o reflorestamento de 6,3 hectares de vegetação, através do plantio de cerca de 4.500 árvores de espécies nativas.

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Para o lançamento do projeto, Rayssa e outras atletas que participarão dos Jogos Olímpico em Paris, que começam no mês que vem, viajaram até a Amazônia, junto com representantes do Comitê Olímpico Brasileiro.

“Estou muito feliz de participar disso tudo. A gente precisa pensar cada vez mais em sustentabilidade, no nosso dia a dia mesmo. Me sinto honrada por estar aqui e plantar a primeira árvore da minha vida!”, disse a skatista, que também é a Embaixadora de Sustentabilidade do COB.

Nas áreas escolhidas para o projeto de reflorestamento – Bom Jesus da Ponta da Castanha e aldeia São Jorge da Ponta da Castanha, no Amazonas -, vivem populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas. Elas ficam localizadas dentro dos limites da Floresta Nacional de Tefé (FLONA). Entre as espécies selecionadas para o plantio estão justamente aquelas que podem ajudar na geração de renda para essas comunidades, como a castanha da Amazônia (Bertholletia excelsa) e o açaí (Euterpe oleracea).  

No ano passado, os moradores participaram de uma capacitação para aprender como fazer a coleta, o beneficiamento e o armazenamento das sementes, e também, para o processo efetivo de restauração.

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Rayssa Leal ao lado de integrantes do COB e de uma das comunidades beneficiadas pelo projeto
Foto: Marina Ziehe / COB

Toda a ação de reflorestamento, assim como seu monitoramento, contará com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Segundo o COB, a iniciativa compensará a emissão de quatro mil toneladas de carbono (CO2) na atmosfera, gás apontado como o principal responsável pelo aquecimento global.

“Um projeto desse tipo no coração da Amazônia, dentro dessa área chamada de corredor ecológico da Amazônia Central, agrega a conservação da biodiversidade e valoriza a manutenção dos modos de vida das populações locais”, afirma Rafael Rabelo, biólogo pesquisador do Mamirauá e coordenador do projeto Floresta Olímpica do Brasil.

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Foto de abertura: Marina Ziehe / COB

Brasil : Crise, Covid-19 e falhas fazem suicídios com remédios crescerem 264% em 20 anos
Enviado por alexandre em 31/07/2024 09:50:04


 

Em 20 anos, o suicídio por autointoxicação aumentou 264% no país. Reprodução

Um estudo publicado no início de julho na revista científica Frontiers in Public Health aponta o aumento de 264% nas taxas de suicídio por autointoxicação intencional por medicamentos no Brasil, comparando os anos de 2003 e 2022. Com informações da Veja.

Diferente do perfil geral das vítimas de suicídio, os óbitos por overdose proposital de remédios foram majoritariamente de mulheres (55,5%), pessoas de 30 a 49 anos (47,2%), de raça/cor branca (53,2%) e na Região Sul (22,8%).

Em entrevista exclusiva, Jesem Orellana, doutor em Epidemiologia, chefe do Legepi e coordenador da pesquisa, atribui esse aumento “explosivo” às crises político-econômicas que o Brasil enfrentou desde 2015/2016 e, mais recentemente, à pandemia de Covid-19.

“Há uma vasta literatura mostrando que, em momentos de instabilidade política e econômica, guerras e desastres naturais, quando o sofrimento da população aumenta, muitas pessoas desistem de viver”, explica. “Isso parece justificar o cenário alarmante no Brasil a partir de 2015/2016 em relação às mortes por autointoxicação intencional medicamentosa.”

Além das crises, Orellana aponta falhas na fiscalização e regulação da venda de medicamentos e no treinamento de profissionais, especialmente em emergências.

Jesem Orellana, doutor em Epidemiologia, coordenador da pesquisa sobre autointoxicação intencional. Reprodução

FISCALIZAÇÃO E REGULAÇÃO NA VENDAS DE REMÉDIOS

De acordo com a pesquisa, 40,4% dos óbitos por suicídio por autointoxicação intencional envolvem medicamentos de circulação restrita, que requerem prescrições especiais, como antiepilépticos, sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e outros psicotrópicos. Outros 54,8% envolvem medicamentos não especificados, ou seja, qualquer remédio ou drogas sintéticas ou semissintéticas, vendidas livremente.

Esses dados são preocupantes devido às condições limitadas de vigilância hospitalar e epidemiológica em relação à intoxicação. “Há incertezas sobre o tipo de substância utilizada”, destaca o pesquisador, ressaltando a importância do preenchimento adequado da causa da morte nas declarações de óbito no sistema de informações sobre mortalidade no Brasil.

Outro problema é a falta de fiscalização e regulação das vendas de remédios. “Em qualquer farmácia, você pode comprar uma cartela de paracetamol, ou 15 cartelas, sem controle, apesar da toxicidade em altas doses”, alerta.

Apesar das crises econômicas, o varejo de medicamentos tem crescido significativamente no Brasil, com receitas recordes. O setor também tem aumentado as vendas on-line, promovendo ofertas especiais, como a compra de duas caixas de medicamentos com a terceira de graça.

Para agravar a situação, há falta de controle na distribuição e uso de medicamentos em hospitais e unidades de saúde, e um déficit significativo de psiquiatras no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede suplementar, nos planos de saúde.

Devido à alta demanda, muitos psiquiatras prescrevem medicamentos para tratar transtornos mentais comuns, como depressão e ansiedade, mas não conseguem acompanhar regularmente os pacientes. Na prática, prescrevem remédios para dois ou três meses de tratamento, e em casos excepcionais, até seis meses. “Precisamos prestar mais atenção em como os medicamentos são comercializados e prescritos nos consultórios médicos”, diz o pesquisador.

Orellana observa que o Brasil está entre os países que puxam para cima a curva de suicídios na América Latina nos últimos cinco ou seis anos, e é urgente enfrentar esse problema.

Além de maior controle e fiscalização dos medicamentos, o epidemiologista defende investimentos na qualificação de profissionais e em estruturas de suporte psicossocial, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Ele também destaca a necessidade urgente de melhorar o treinamento de profissionais em unidades básicas de saúde (UBS) e emergências. “Muitas pessoas chegam intoxicadas, em sofrimento psíquico ou social, e são atendidas de forma inadequada”, afirma. “Sem uma equipe treinada para identificar esses pacientes, oportunidades de resgate e acolhimento são perdidas”, lamenta.

Os dados são claros. Estamos diante de uma “epidemia silenciosa” que tem ceifado milhares de vidas. Apesar dos avanços na atenção à saúde mental no Brasil nas últimas décadas, ainda há muito a ser feito.

Brasil : Curativo à base de óleos amazônicos é alternativa para área da saúde
Enviado por alexandre em 30/07/2024 10:20:14

Seja na medicina ou na culinária, o uso de óleos de plantas nativas da Amazônia faz parte da cultura da população local há várias gerações. Com propriedades já constatadas em diversas pesquisas e estudos, os óleos de andiroba, buriti, castanha e mucajá se tornaram parte de uma pesquisa de doutorado no Laboratório de Óleos da Amazônia (LOA/UFPA), instalado no Parque de Ciência de Tecnologia (PCT) Guamá.

O estudo busca desenvolver um curativo inovador para a área da saúde com base nos insumos. O biocurativo, como é chamado, auxilia na cicatrização das lesões, além de ser uma alternativa biodegradável, fator que curativos convencionais não têm.

A doutoranda Sandrynne Guimarães, responsável pelo estudo, conta que o interesse pelo tema se iniciou ainda no mestrado, motivada pelo interesse de alinhar as propriedades de biopolímeros, que são macromoléculas constituídas por unidades menores e produzidas por seres vivos, com óleos vegetais amazônicos.

“Hoje, no doutorado, sigo na mesma linha, inovando no desenvolvimento de novos biocurativos aliados aos benefícios que os insumos locais têm a nos oferecer”, conta a doutoranda Sandrynne Guimarães.
Foto: Camila Carvalho/PCT Guamá

No estudo desenvolvido por Sandrynne, a ideia é manipular matrizes poliméricas já utilizadas na indústria farmacêutica e que têm compatibilidade com o corpo humano, em junção aos óleos.

“Os biocurativos não só protegem a lesão, mas também auxiliam no tratamento da cicatrização de uma ferida. Por serem produzidos normalmente a partir de fontes renováveis, os biocurativos nos trazem benefícios, como pouco material utilizado durante um tratamento e o descarte ecológico”, explica a pesquisadora.

O estudo conta com a colaboração de seis pesquisadores do LOA, que obtiveram um material com características favoráveis para a aplicação como curativo, desenvolvido a partir de fontes renováveis, biodegradáveis e enriquecido com ativos para auxiliar e acelerar o processo de cicatrização de feridas. Até o momento, os óleos de mucajá e buriti foram os que mais trouxeram resultados positivos no teste in vivo com camundongos.

Para o aprimoramento do biocurativo, são realizadas análises com os insumos desde a obtenção até o processo de desenvolvimento do produto, tanto para o controle de qualidade quanto para o reconhecimento científico das propriedades.

“Às vezes um óleo atua mais que outro nas etapas da cicatrização e pode acelerar o processo, mas, em geral, todos obtiveram um bom resultado. A ideia do biocurativo é fechar a lesão e impedir a reinfecção e a laceração do material. O óleo entra na pele, lubrifica, inibe a proliferação de bactérias e tem também outros mecanismos importantes na cicatrização”, explica Emmerson Costa, coordenador do LOA e orientador de Sandrynne.
Saúde e bioeconomia

O Laboratório de Óleos da Amazônia é especializado no estudo, controle de qualidade dos insumos amazônicos e suas transformações, utilizados principalmente para atender aos setores ligados a energias renováveis, alimentos, cosméticos e bioprocessos. Conta também com a produção ligada a projetos em parcerias com comunidades extrativistas, associações de cooperativas e ribeirinhas e organizações não governamentais (ONGs).

De acordo com Emmerson, as descobertas com óleos aumentam a variedade de usos dos insumos, auxiliando na verticalização da cadeia de extrativismo amazônico.

“Dessa forma, aproveitamos as sementes e insumos da floresta, onde estão os povos que a habitam e os diversos arranjos produtivos, sejam eles cooperativas, associações, ou até mesmo iniciativas individuais. Essa é a importância de cada vez mais valorizar os ativos da floresta e manter a floresta em pé, preservada, e quem preserva a floresta são os atores que nela habitam. Não faz sentido se falar em preservação da Amazônia se você não subsidiar e dar condições para que os povos que habitam na floresta tenham uma renda viável”, afirma.

O estudo está em processo de patente, e a expectativa é que a descoberta possa trazer benefícios para os setores da saúde e meio ambiente, além de fortalecer a base das cadeias produtivas de óleos na Amazônia.
Foto: Camila Carvalho/PCT Guamá
Inovação na Amazônia

O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), que conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e gestão da Fundação Guamá.

É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.

Situado em uma área de 72 hectares entre os campi das duas universidades, o PCT Guamá conta com mais de 30 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do Estado.

Membro da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (Iasp), o PCT Guamá faz parte do maior ecossistema de inovação do mundo.

*Com informações da Agência Pará ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/saude/curativo-a-base-de-oleos-amazonicos-e-alternativa-para-area-da-saude/

Brasil : Dez estudantes representarão o Brasil em olimpíadas de astronomia
Enviado por alexandre em 30/07/2024 10:07:26

Foto: Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica

Competições serão realizadas em agosto e novembro

Dez estudantes brasileiros vão participar das olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Os alunos que vão representar o Brasil na IOAA 2024 são Francisco Carluccio de Andrade (SP), 16 anos; Gustavo Mesquita França (SP), 18; Heitor Borim Szabo (SP), 17; Lucas Cavalcante Menezes (SE), 17; e Natália Rosa Vinhaes (MA), 17. A Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica (IOAA) será realizada no período de 17 a 27 de agosto, nas cidades de Vassouras e Barra do Piraí (RJ), no interior do estado do Rio de Janeiro. Esta será a segunda vez que o Brasil sedia a IOAA. A primeira foi em 2012.

 

Já na OLAA, marcada para o período de 25 a 29 de novembro deste ano, na Costa Rica, o país será representado por Arthur Gomes Gurjão (CE), 16 anos; Filipe Ya Hu Dai Lima (PB), 16; Larissa Midori Miamura (CE), 18; Luca Pieroni Pimenta (SP), 17; e Lucas Praça Oliveira (CE), 17. Todos os classificados participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) de 2023.

 

“A prova da OBA é o começo de tudo”, disse nesta segunda-feira (29) à Agência Brasil o pesquisador do Observatório Nacional Eugênio Reis, um dos coordenadores da IOAA. São convidados a participar do processo seletivo da OBA estudantes do ensino médio que receberam na prova nota 7 ou acima de 7; e alunos do 9º ano do ensino fundamental com notas 9 ou acima de 9. “Estamos falando de milhares de estudantes que são convidados para o processo”, destacou Reis. Essa fase é iniciada com três provas online, aplicadas nos três últimos meses do ano, na própria escola ou em casa, sem custos para os alunos.

 

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As provas vão gradualmente aumentando a dificuldade. “A gente tem que ir preparando os estudantes para enfrentarem questões cada vez mais complicadas de astronomia. As provas online já têm esse caráter de serem cada vez mais difíceis”, explicou Reis. Após as provas online, são selecionados entre 150 e 200 melhores estudantes para realizar uma prova presencial, que costuma ser aplicada no Hotel Fazenda Ribeirão, localizado em Barra do Piraí. “Eles têm que estar lá pessoalmente. É um custo para eles, porque têm que bancar a passagem.”

 

TREINAMENTO

 

Os alunos têm, nessa etapa, que fazer provas teóricas, de planetário, manuseio de telescópio, estudos da carta celeste. “Aí, sim, vão ser testados de maneira um pouco mais séria porque, desse pessoal que vai fazer prova presencial é que sai a equipe que vai ser treinada. Dos 150 a 200 que a gente chama para fazer essas provas, são selecionados 40 estudantes. Dentro desses 40, há algumas regras para ocupação das vagas”, disse o coordenador. Entre essas regras está a participação de meninas nas equipes; presença de estudantes de escola pública e do 9º ano do ensino fundamental que, no próximo ano, já estarão no ensino médio. “A gente guarda, dentro desses 40, uma cota para esses estudantes, porque a gente quer que nossas equipes sejam mistas, com meninas e meninos juntos; e privilegia aqueles que são de escola pública”. Há também alunos de institutos federais e escolas militares.

 

Depois, eles recebem treinamentos, também no Hotel Fazenda Ribeirão, quando competem entre si em duas fases. Depois da segunda fase de treino, são selecionados os dez estudantes que representarão o Brasil na IOAA e na OLAA, e mais cinco suplentes. Este ano, os suplentes são Ana Beatriz Bandeira Martins (SP), Felipe Maia Silva (SP), Franklin da Silva Costa (PE), Henrico Bueno Hirata (CE), Luís Fernando de Oliveira Souza (MS) e Maxwell Caciano da Silva (MT).

 

Há, ainda, um terceiro treinamento diferenciado, considerando que a olimpíada internacional é de astronomia e astrofísica e a latino-americana, de astronomia e astronáutica. “A Latino-Americana tem provas de foguetes de garrafa pet. Nos dois primeiros treinamentos, todo mundo constrói e lança foguetes. No terceiro treinamento, em que as equipes já estão formadas, o pessoal já não precisa mais treinar foguetes”. Os suplentes fazem tudo.

  

MEDALHAS

 

O Brasil lidera o quadro total de medalhas na olimpíada latino-americana. “O Brasil sempre leva medalhas de ouro. Quando não leva cinco medalhas, leva no mínimo quatro. Isso tem acontecido nos últimos anos”, ressaltou Reis. Como os treinamentos estão sendo aperfeiçoados, a expectativa é ganhar medalha de ouro também na olimpíada internacional, que, segundo o coordenador, “é muito mais difícil”. Até 2021, o Brasil não tinha nenhuma medalha de ouro. “Agora, a gente passou a ganhar também na Internacional. Mas são poucas as medalhas de ouro. A gente tem mais prata, bronze e menções honrosas. Realmente, é uma competição de altíssimo nível. Muito difícil mesmo”, concluiu.

 


 

Fonte: Agência Brasil

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Brasil : Por que o Brasil é um país tão vulnerável a interesses pessoais?
Enviado por alexandre em 29/07/2024 10:34:09


Período colonial e o trabalho escravo
Reprodução

Período colonial e o trabalho escravo


A pergunta que dá titulo a esse artigo é um convite à reflexão e uma provocação também, já que dirigida a todos os brasileiros, todos nós. Aqui por esses lados, parece ser especialmente fácil e simples privilegiar o atendimento de interesses pessoais em detrimento do interesse público.

Há quem aponte a nossa formação como a grande explicação para se ter em tão alta conta a criação e manutenção de privilégios pessoais. De fato, durante muito e muito tempo, quando ainda éramos uma colônia do império português, o próprio trabalho era mal visto, era coisa de homens escravizados.


E para manter esse estado de coisas também era necessário que os privilegiados seguissem gozando de tal condição. Assim, não trabalhar era sinal de inteligência e destacar-se do tratamento comum por meio do usufruto de benesses pessoais, era ainda mais brilhante, era a esperteza coroada de perspicácia.

Outro aspecto seria o chamado patrimonialismo estatal, uma forma de organização política onde a autoridade estatal é fundamentada principalmente no poder pessoal exercido pelo governante (ou corporação) sobre suas propriedades. Era algo mais comum nas monarquias, como, porém, a origem do Brasil foi colonial, éramos um satélite de um império monarquista.

Desse modo, em terras brasileiras esse patrimonialismo se manifestou pela concessão de títulos e poderes quase absolutos aos senhores de terra. Isso deixou uma marca como uma espécie de prática político-administrativa em que o público e o privado não se distinguem perante as autoridades.

Daí porque se entende como plenamente aceitável desde o período colonial (1500–1822), passando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando à República Velha (1889–1930), a confusão entre o público e o privado. E isso perdura até hoje.

Essa formação realmente joga o seu papel para a constatação do que somos como país e como sociedade. Sem dúvida. No entanto, já passamos por tantas e variadas situações como povo, e todos esses processos poderiam (deveriam) servir como estímulo à mudança.

Seria pretensioso dar uma resposta final a uma questão tão central, tão intrínseca da nossa gente, da nossa formação, da nossa história, mas, mesmo correndo o risco do lugar-comum, tudo conduz a concluir ter faltado uma educação suficiente, de qualidade, intensa até, e também direcionada não apenas para o aprendizado formal das chamadas matérias regulares – matemática, português, geografia… –, todas de conhecimento mais do que necessário, porém também o aprendizado cívico.

Numa próxima reflexão abordaremos mais elementos dentro dessa temática. Para quem quiser acessar mais material meu e de outros pesquisadores, deixo aqui o link do Instituto Convicção, do qual faço parte.

Fonte: Nacional

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