O MAIS PODEROSO BRASILEIRO CONTRA O HOMEM MAIS RICO DO MUNDO: QUEM VENCERÁ ESTA GUERRA DE GIGANTES?
Agora é uma briga feia, entre o mais poderoso dos brasileiros, o superministro Alexandre de Moraes e o homem mais rico do Planeta, Elon Musk. Moraes exige que o ex-Twitter (agora X e seu dono) concedam informações ao STF, sobre parte de usuários do sistema que o atacam e ao STF e a quem o poderoso representante do principal tribunal do país quer retirar das redes sociais. Musk não só se nega a cumprir a ordem, como contesta o ministro, questionando os motivos. Ele contra atacou e decidiu confrontar o ministro.
No sábado, publicou em cima de uma postagem de Moraes no X a seguinte provocação: "Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?". Moraes ficou muito irritado, até porque em seu país, por temor, os que o criticam a boca pequena, o temem e ficam calados. Do alto da sua poderosa atividade como um superministro do STF, o ministro exige que a rede X cumpra as decisões dele, que são da Justiça Brasileira, alega. O bilionário ignora. O X terá que pagar multa diária pesada, para cada perfil que autorizar fazer publicações, entre os que Moraes determinou que sejam retirados do ar. Na maioria dos casos, os usuários fazem duras críticas a ele e ao STF, enquanto o ministro diz que essas pessoas fazem parte de uma “milícia digital” e defende o controle das redes sociais.
Musk diz que apenas defende a ampla liberdade de expressão e que quem quer controlar o X ou qualquer outra rede, apenas pensa em implantar a censura. Além disso, já avisou, vai reativar todas as contas bloqueadas por decisão de Moraes mesmo que, segundo o bilionário, isso custe o fechamento da empresa no Brasil e prejudique seus lucros.
Com o ingresso de Musk na batalha (ele, aliás, comprou briga também nos Estados Unidos, onde tem acusado jornalistas famosos de defensores da censura!) a questão do controle das redes sociais extrapola nossas fronteiras e passa a ser um tema mundial. Enquanto tem tomado várias decisões complexas, muitas delas ao arrepio da Constituição, conforme acusam alguns de seus adversários, com pelo menos um pingo de coragem, o ministro Moraes se tornou o mais temido dos brasileiros, para grande parte da população, mas principalmente para a classe política, cada vez mais temerosa de que a pesada mão do magistrado a atinja em cheio.
Dentro do nosso país, os poderes de Alexandre de Moraes são imensos. Como ficará a partir de agora, quando boa parte do mundo está de olho na sua batalha contra Musk? É briga de dois poderosos, um do Brasil, outro do mundo todo. Vencerá a liberdade total ou o controle da internet e daquilo que Moraes chama de “milícias digitais”?
MARIANA É DO UNIÃO BRASIL NA 25ª HORA. E HÁ AINDA DÚVIDAS IMPORTANTES SOBRE LÉO MORAES E FÁTIMA CLEIDE
Não deu outra! Fernando Máximo abriu mão de concorrer e Mariana Carvalho deixou o Republicanos, partido que presidia, para assinar ficha no União Brasil, por onde vai concorrer à Prefeitura. Havia praticamente essa exigência, já que o partido, caso Mariana não fosse filiada, teria preterido um membro eleito como deputado federal, em 2022, para poiar alguém de outra sigla. Como informou esse blog mais de uma vez, o ingresso de Mariana Carvalho no UB ocorreu na 25ª hora, quando praticamente se esgotava o prazo para que isso fosse possível, dentro da atual legislação eleitoral. O presidente regional Júlio Gonçalves registrou em nota as boas vindas protocolares à candidata que, no cenário deste momento, é disparado o nome com maiores chances de sentar na cadeira de Hildon Chaves e se tornar a primeira mulher eleita a comandar a Prefeitura da Capital. Claro que há, ainda, um longo caminho a percorrer, até porque vários nomes já estão se postando para entrar na batalha, muitos deles sonhando com o apoio de Fernando Máximo, embora isso, ao menos até agora, não esteja nem perto de ser confirmado. Dos nomes fortes para entrarem na briga, faltam ainda as decisões de Léo Moraes e de Fátima Cleide. Léo só decidirá em junho, se fica no Detran ou concorre. A dúvida final está em Fátima Cleide. Ela topará o desafio?
MÁXIMO REAFIRMA SUA GRATIDÃO AO GOVERNADOR. E A FOTO QUE MEXEU COM AS ESTRUTURAS DO PALÁCIO RIO MADEIRA/CPA
Por falar em Fernando Máximo, ao anunciar, no programa dos Dinossauros na TV que não concorreria à Prefeitura, ele deixou claro que vai participar do processo, com sugestões, ideias e defesa de teses que ele defende, com unhas e dentes, na Câmara Federal. Claro que não disse quem vai apoiar, até porque todas as candidaturas não estão postadas. Mas há feridas a serem curadas, na sua relação com seu partido, o União Brasil. O que o parlamentar não abre mão (e repetiu isso várias vezes, durante sua longa entrevista nos Dinos!) é da sua gratidão ao governador Marcos Rocha, a quem sempre faz agradecimentos, já que foi seu secretário de saúde, de onde saiu para uma eleição vitoriosa com mais de 85 mil votos. Nem o Governador e nem o presidente da sigla, Júnior Gonçalves, comentaram a decisão de Máximo e nem sua demonstração pública de gratidão ao seu antigo chefe. Mas houve sim reações palacianas, embora não tenham saído de lá e nem se tornado públicas, com o namoro, quase casamento, do deputado do UB com o maior adversário político de Rocha, o senador Marcos Rogério. Máximo esteve a um passo de assinar ficha com o PL de Rogério e, para algumas pessoas próximas ao Governador, aparecer numa foto junto com o senador adversário não foi algo palatável. Pergunte-se a qualquer membro do time palaciano e todos dirão que não houve lamentos e ranger de dentes por causa da foto. Do alto da sua credibilidade, conquistada durante anos, este Blog informa: houve sim!
MARCELO CRUZ É CANDIDATO À PREFEITURA E REÚNE 96 CANDIDATOS PARA A CÂMARA DE VEREADORES, EM TORNO DO SEU NOME
A alegria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Cruz, transmitida num vídeo que ele postou nas redes sociais na segunda-feira de manhã, certamente sintetizava o resultado de um final de semana de grandes avanços para ele e para seu grupo político. Unindo em torno de si quatro partidos, Marcelo conseguiu o sim de pelo menos 96 porto-velhenses que irão disputar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Porto Velho. Na terça, ao meio-dia, no programa Papo de Redação, com os Dinossauros do Rádio, ele confirmou que é, sim, candidato à Prefeitura da Capital. Na conversa com Beni Andrade, Everton Leoni, Jorge Peixoto e Sérgio Pires, Marcelo Cruz falou com entusiasmo do novo desafio que decidiu enfrentar. Unindo em torno de si candidatos à vereança do Solidariedade, Agir, PRTB e Democracia Cristã, Cruz mostra sua força ante lideranças de bairros e distritos. Quer eleger oito vereadores, pelo menos. Marcelo é nome quente para outubro. Começa agora uma caminhada com obstáculos, em direção ao Palácio do Relógio. Marcelo, contudo, está habituado aos desafios. Vereador, deputado, reeleito com o dobro da votação, ele é um candidato com enorme potencial. Portanto, que ninguém se engane: está aí um nome forte e viável para tentar ocupar a cadeira de Hildon Chaves!
A CRUELDADE QUE PRECISA SER CONTIDA AGORA OU ENTREGAREMOS NOSSAS VIDAS ÀS FACÇÕES QUE JÁ DOMINAM PARTE DA CIDADE
Foi no final de semana, mas a notícia, por mais lamentável que possa parecer, ainda abala os porto-velhenses. A guerra de facções, que dominam principalmente os conjuntos habitacionais populares, debochando da polícia e da sociedade, marcou um dos crimes mais cruéis, mais odiosos de todos os tempos, em Porto Velho. Criminosos mataram e arrancaram a cabeça de um jovem, no conjunto Porto Madeira III, porque ele vinha de uma área de inimigos, o Cristal da Calama. Jogaram a cabeça na frente de uma casa e saíram comemorando, além de mandar mensagens aos familiares da vítima, comemorando a brutalidade. Se com esse tipo de crime as autoridades rondonienses não tomarem medidas drásticas contra essa gente (gente?), com apoio do Ministério Público e do Judiciário, então temos que entregar os pontos mesmo e deixar que os criminosos dominem nossa cidade. O sistema de segurança rondoniense não pode deixar passar uma brutalidade como essa como se fosse um simples assassinato. É muito mais do que isso. É uma bofetada na cara de todos, sejam autoridades ou simples cidadãos, porque os bandidos cometeram uma brutalidade cruel e hedionda, deixando claro que não temem serem pegos ou punidos. Está na hora da reação. Ou agora ou perdemos o controle para a bandidagem.
MOSQUINI DESTACA CRIAÇÃO DO ABRIL VERDE PARA SE ANTEPOR ÀS INVASÕES DO QUE CHAMA DE “GRUPO TERRORISTA DO MST”
Estamos no Abril Verde. A informação é do deputado federal Lúcio Mosquini, um dos maiores defensores do agronegócio não só em Rondônia, como também no país. Ele começou um movimento, no Congresso, para se antepor ao Abril Vermelho, criado pelo MST, a quem ele chama de “grupo criminoso”. Num vídeo divulgado no Instagram e redes sociais, o parlamentar, que faz parte da Mesa Diretora da Câmara Federal, informou que no Abril Verde estão sendo apresentados projetos no sentido de defender a produção agrária; do aumento da luta pela regularização fundiária e, mais ainda, da ampliação do combate às invasões criminosas de propriedades produtivas. Presidente da Frente Parlamentar da Regularização Fundiária, Mosquini reafirma sua preocupação com a situação dos produtores, na medida em que, segundo ele, o Abril Vermelho é um perigo para os que realmente trabalham e vivem da terra. O Abril Verde, segundo o combativo deputado, é um movimento em defesa da propriedade e uma antítese às ameaças de novas ações anunciadas pelo MST. “Nosso movimento é contra essas invasões absurdas, que este grupo terrorista pratica em todo o Brasil”, analisa Mosquini.
LEVOU TRINTA ANOS, MAS AGORA STJ CORRIGE SENTENÇA QUE CONDENOU CARLINHOS CAMURÇA EM 1994 E O ABSOLVE
Uma condenação que durou nada menos do que três décadas, agora foi corrigida. Em 1994, o então deputado federal Carlinhos Camurça foi condenado pelo Tribunal de Justiça por suposto ato de improbidade administrativa. A acusação: ele teria nomeado servidores em benefício da sua campanha. Agora, o STJ deu provimento a um recurso proposto pelo advogado Nelson Canedo, que patrocinou a causa, afastando a condenação imposta por suposto ato de improbidade, que teria sido praticada em empresa pública do Estado. O caso envolveu contratação de servidores, conseguida por Camurça, quando buscava a reeleição para a Câmara Federal. As contratações teriam ocorrido na Empresa de Navegação de Rondônia, a Enaro, hoje extinta, em período vedado pela legislação eleitoral. Ao reformar a decisão, o ministro Paulo Sérgio Domingues entendeu que a condenação com base em genérica violação de princípios administrativos, descritos o artigo 11 de uma lei de 1992, utilizando o Tema 1199 para casos de condenação por casos semelhantes, acabou absolvendo Camurça, mesmo depois de mais de 30 anos. Ao comentar o assunto, o advogado Nelson Canedo lembrou que o próprio STF, decidiu pela possibilidade de aplicação da tese fixada pelo Tema 1199 neste tipo de caso, concluindo por estender a repercussão geral para ações semelhantes. Camurça foi prefeito de Porto Velho, com uma administração de várias melhorias para a Capital e também teve destacada atuação no Congresso Nacional.
DENGUE MATOU 1.116 BRASILEIROS, MAS APENAS 600 MIL TÊM ACESSO ÀS VACINAS GRATUITAS. NAS FARMÁCIA, PREÇO BATE NOS 300 REAIS
Um total de 50 das 52 cidades de Rondônia já registraram casos de dengue e pelo menos uma morte foi constatada, embora outros óbito suspeitos estejam sob investigação. Mais de 300 casos de contaminação foram descobertos até meados do mês passado e em dez cidades, incluindo a Capital, estão em estado máximo de alerta. No país, onze Estados (por enquanto só o Acre, na região norte) já decretaram estado de emergência por causa da doença. Dos 5.568 municípios brasileiros, apenas 180 ou seja, cerca de 5 por cento, não tiveram casos de dengue. No país, o total registrado até agora já superou os 2 milhões e 500 mil, com o número recorde de 1.116 mortes até a segunda-feira, dia 8. Há vacina contra a doença, mas o governo brasileiro distribuiu apenas 1 milhão e 200 mil doses, para menos de 10 por cento (521) dos municípios. Como são necessárias duas doses para a que a imunização seja completada, o resumo é que penas 600 mil dos 210 milhões de brasileiros terão direito à cobertura vacinal. Não se encontra vacinas gratuitas, mas quem tiver 300 reais, pode ter acesso às duas doses, nas farmácias brasileiras. Rondônia é um dos muitos Estados que não receberam uma só dose do Ministério da Saúde.
PERGUNTINHA
Qual sua opinião sobre nova mudança na Constituição, a partir de interpretação dos ministros do STF que, por onze votos a zero, decidiram que as Forças Armadas não são mais um Poder Moderador em crises democráticas do país?
Um padre polonês, identificado como Tomasz Z, foi condenado a 18 meses de prisão por crimes sexuais e envolvimento com drogas. Ele foi acusado após um incidente durante uma orgia, na qual um garoto de programa desmaiou devido ao uso excessivo de pílulas para disfunção erétil.
A orgia ocorreu entre os dias 30 e 31 de agosto de 2023 em um prédio pertencente à paróquia da Santíssima Virgem Maria dos Anjos, em Dabrowa Gornicza. Após o desmaio do profissional do sexo, os frequentadores impediram a entrada dos paramédicos, exigindo a intervenção da polícia para prestar socorro.
Durante o julgamento, Tomasz Z contestou o número de padres presentes na reunião e afirmou que “vale a pena ler qual é a definição de orgia”. Ele foi condenado por crimes sexuais, fornecimento de drogas e por não prestar assistência ao garoto de programa desmaiado.
O caso gerou um grande escândalo envolvendo as dioceses de Sosnowiec e Dabrowa Gornicza. Embora não estivesse entre os acusados, o bispo Grzegorz Kaszak, que administrava a unidade de Sosnowiec, renunciou ao cargo. Kaszak abriu uma investigação que concluiu pela demissão de Tomasz Z de todas as funções clerigais.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou apoio a Francisco Mendes, conhecido como Chico Mendes, como pré-candidato à prefeitura de Diamantino, em Mato Grosso. Chico Mendes, filiado ao União Brasil e irmão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está negociando com o PL para indicar o vice na chapa.
Bolsonaro esteve em Diamantino na noite de segunda-feira (8) como parte de uma visita a cidades de Mato Grosso. Durante o evento, subiu ao palanque com Chico Mendes e tirou fotos ao lado dele.
Chico, que já foi prefeito de Diamantino de 2000 a 2008, decidiu concorrer novamente ao cargo. Ele compartilhou nas redes sociais diversas fotos e vídeos do encontro com Bolsonaro.
O ministro Gilmar Mendes, natural de Diamantino, comentou que o apoio de Bolsonaro ao irmão é algo típico de Mato Grosso. Essa movimentação política ocorre em um momento em que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, busca reduzir a resistência no STF, com indícios de retomada de diálogo com o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, contando com a mediação de Gilmar Mendes.
MPF-AC ingressou com ação civil pública contra Assuero Veronez. Além dos danos morais coletivo, órgão pede a reconstituição da área degradada na Fazenda Crixá II, em Capixaba.
*Com informações de G1 Acre
Após quatro anos de investigação, o Ministério Público Federal no Acre (MPF-AC) decidiu processar o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Doca Veronez, um dos maiores pecuaristas do estado, pordestruir geoglifos durante o processo de plantio de grãosna Fazenda Crixá II, em Capixaba, interior do Acre.
O pecuarista confirmou que recebeu com surpresa a ação civil pública, tendo em vista que já havia feito um acordo anterior, e que vai se defender na Justiça.
O MPF-AC foi acionado pelo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2019. Para apurar os danos causados aos sítios arqueológicos na localidade, o órgão federal instaurou um inquérito civil público e requisitou que a Polícia Federal no Acre (PF-AC) também investigasse o caso.
Os geoglifos são estruturas milenares escavadas no chão com formas geométricas que surpreendem pela precisão e são protegidos por lei federal. Apenas no Acre já foram descobertos mais de 800 sítios arqueológicos. O estado é o que tem mais número de geoglifos no país.
Na época, imagens de satélites divulgadas pelo Iphan mostraram a área antes e depois do plantio com os geoglifos aterrados.
Assuero Veronez está sendo processado por destruir geoglifo durante plantio de milho — Foto: Arquivo/Faeac
Também na época do início das investigações, Assuero Veronez justificou que o aterro foi um 'acidente' no processo de aragem para o plantio. Segundo ele, os tratoristas não observaram a estrutura no chão e fizeram o aterro.
O empresário afirmou que chegou a alertar a equipe responsável pelo trabalho sobre a existência do geoglifo, mas que a informação foi esquecida na hora do processo.
Ação civil pública
Nesta quarta-feira (3), o MPF-AC divulgou que ingressou com uma ação civil pública contra o pecuarista e pede à Justiça Federal que o condene ao pagamento de R$ 200 mil por danos morais coletivos e à reconstituição da área degradada, conforme as determinações do Iphan.
O órgão federal determinou ainda que não seja feita qualquer intervenção no sítio arqueológico sem aprovação do Iphan. Ainda na divulgação, o MPF-AC destaca que foi confirmado o aterramento e aplainamento do sítio, causando danos irremediáveis.
"O Iphan informou, por meio de ofício, que, mesmo a propriedade estando embargada pelo Instituto, o empreendedor continuou com as atividades de plantio, realizou cercamento da área do sítio arqueológico de forma arbitrária, pois não foi realizado o estudo para saber o real limite do sítio, e colocou placas de sinalização, ambos em desacordo com as normativas do Iphan", ressalta na publicação.
Acordo em 2021
Em 2021, o presidente da Faeac firmou um acordo de não persecução penal com o MPF-AC e pagou a quantia de R$ 22 mil, além de admitir a participação no crime contra o patrimônio cultural, delimitou a área do geoglifo e se comprometeu a fazer mais nenhuma atividade na região.
Assuero Veronez afirmou que o processo foi arquivado e foi surpreendido ao saber da ação civil pública. Ele explicou que foi proposta a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa a reconstrução do sítio arqueológico, contudo, segundo o pecuarista, a exigência é impossível cumprir.
"Não podia assumir esse compromisso de algo que é impossível porque querem, não apenas penas pecuniárias, mas também a restauração. Fizeram um projeto, tem que contratar arqueólogos e especialistas com currículo nessa matéria. Uma coisa difícil de se restaurar. É claro que os materiais antropológicos, objetos que estejam enterrados continuam lá porque ninguém cavou nada, foram apenas soterradas as valas. Mas, restaurar é impossível, não tem como deixar na forma original e por isso me recusei a assinar um TAC, sabendo que o MPF vai encaminhar para ser ajuizado", lamentou.
Assuero Veronez voltou a dizer que o soterramento foi um 'acidente', mas que está disposto a cumprir as medidas determinadas pela Justiça para reparar o dano. "Ajudar, por exemplo, na educação patrimonial, divulgação e instrução do pessoal da área de Capixaba para ressaltar da importância da preservação do geoglifo. O fato é que aconteceu um acidente, não foi nada premeditado e nem planejado", concluiu.
Um surto populacional de insetos é um evento de alta complexidade, determinado por diversos fatores (bióticos e/ou abióticos) interligados, extremamente difícil de se prever.
COM INFORMAÇÕES DE EMBRAPA.
A mesorregião do Vale do Juruá corresponde a oito municípios do estado do Acre (Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão), com área de 85.448 km 2 e população aproximada de 250 mil habitantes. A farinha de mandioca desempenha importante papel socioeconômico para o meio rural acreano, especialmente do Vale do Juruá. Além de gerar trabalho e renda no campo, é componente básico da dieta alimentar de grande parte das famílias. Em 2018, uma farinha tradicional produzida em Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com selo de indicação geográfica, que atestam sua procedência e qualidade.
A produção de mandioca é uma atividade estratégica para a economia acreana, mas, como toda cultura agrícola, enfrenta entraves que podem representar ameaça ao fortalecimento desse arranjo produtivo local, destacando-se a influência de conseqüências. Atualmente os insetos-praga associados ao cultivo da mandioca no estado do Acre são: a mosca-das-galhas [ Jatrophobia brasiliensis (Rüebsaamen)], mosca-branca [ Bemisia tabaci (Genn.)], percevejos-de-renda [ Vatiga manihotae (Drake), Vatiga illudens (Drake) e Gargaphia opima (Drake)], formigas-cortadeiras [ Atta spp. e Acromyrmex sp.], broca-da-haste [ Sternocoelus sp.] e o mandarová-da-mandioca [ Erinnyis ello (L.)]. Esse último é considerado o inseto-praga mais importante da cultura, devido aos danos que provocam em altas infestações.
No Vale do Juruá, roçado sob ataque de mandarová-da-mandioca. Foto: Rodrigo Souza Santos/Divulgação
A mesorregião do Vale do Juruá corresponde a oito municípios do estado do Acre (Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão), com área de 85.448 km 2 e população aproximada de 250 mil habitantes. A farinha de mandioca desempenha importante papel socioeconômico para o meio rural acreano, especialmente do Vale do Juruá. Além de gerar trabalho e renda no campo, é componente básico da dieta alimentar de grande parte das famílias. Em 2018, uma farinha tradicional produzida em Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com selo de indicação geográfica, que atestam sua procedência e qualidade.
A produção de mandioca é uma atividade estratégica para a economia acreana, mas, como toda cultura agrícola, enfrenta entraves que podem representar ameaça ao fortalecimento desse arranjo produtivo local, destacando-se a influência de conseqüências.
Atualmente os insetos-praga associados ao cultivo da mandioca no estado do Acre são: a mosca-das-galhas [ Jatrophobia brasiliensis (Rüebsaamen)], mosca-branca [ Bemisia tabaci (Genn.)], percevejos-de-renda [ Vatiga manihotae (Drake), Vatiga illudens (Drake) e Gargaphia opima (Drake)], formigas-cortadeiras [ Atta spp. e Acromyrmex sp.], broca-da-haste [ Sternocoelus sp.] e o mandarová-da-mandioca [ Erinnyis ello (L.)]. Esse último é considerado o inseto-praga mais importante da cultura, devido aos danos que provocam em altas infestações.
Foto: Rodrigo Souza Santos/Divulgação
O mandarová-da-mandioca, conhecido como "gervão", "mandrová", "mandruvá" ou "lagarta-da-mandioca", é uma mariposa (ordem Lepidoptera) com 90 mm de envergadura, coloração acinzentada e faixas pretas no abdome. As asas anteriores são de coloração cinza e as posteriores são vermelhas com bordos pretos. Na fase jovem, os insetos causam danos às suas plantas hospedeiras, visto que as lagartas são herbívoras vorazes, podendo consumir até 12 folhas bem entregues em 15 dias. Por outro lado, quando adultos, se alimentam de néctar e não causam danos à cultura.
Todo inseto herbívoro é classificado como praga a partir de seu nível populacional e nível de dano que provoca na planta hospedeira. No estado do Acre, frequentemente são registrados surtos do mandarová em plantios de mandioca, especialmente na região do Vale do Juruá, mas também já houve registro de surto populacional desse insecto-praga em cultivos de seringueira. Entretanto, o mandarová é um inseto polífago, podendo ser alimentar de mais de 35 espécies de plantas.
Um surto populacional de insetos é um evento de alta complexidade, determinado por diversos fatores (bióticos e/ou abióticos) interligados, extremamente difícil de se prever. No entanto, algumas situações certamente isoladas para ocorrência desse evento, tais como: 1) monocultivo – sistema de produção que simplifica o ecossistema e permite aos insetos acessarem grande quantidade de recurso alimentar, geralmente em plantas com baixa diversidade genética; 2) temperatura, umidade, umidade e variação – as amostras aleatórias de condições abióticas ideais para se desenvolverem e reproduzirem; 3) controle biológico natural – os inimigos naturais (predadores, parasitoides e entomopatógenos) são responsáveis pela regulação da regulação de insetos herbívoros em condições naturais. Assim, a ausência de inimigos naturais permite que os herbívoros se proliferem mais rapidamente; e 4) potencial biótico do inseto-praga – cada espécie de inseto possui uma capacidade máxima de reprodução, que é determinada, dentre outros fatores, pela duração do seu ciclo de vida e tamanho do seu perfil, em condições ideais.
Foto: Rodrigo Souza Santos/Divulgação
A literatura aponta que o primeiro surto de mandarová no cultivo de mandioca no Acre ocorreu em 1980, seguido de outros dois em 1993 e 1998, com perdas de até 60% na produção. Posteriormente, datam surtos de menor magnitude em 2002 e 2007, e surtos mais recentes na região do Vale do Juruá registrados em 2019, na Terra Indígena Carapanã, localizada à margem do Rio Tarauacá, e em 2023, em propriedades rurais de Cruzeiro do Sul. Em 2014 foram registrados surtos do mandarová em seringais comerciais de sete municípios acreanos.
O monitoramento do cultivo é essencial para a tomada de decisão sobre a época e formas de controle do mandarová. Armadilhas atrativas, com uso de luz incandescente comum, inseridas em um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revogadas das mariposas, bem como para reduzir o número de mariposas adultos na área.
A catação manual, com eliminação das lagartas por esmagamento ou corte com tesoura, é recomendada para cultivos de mandioca de até 2 ha. A eliminação de plantas invasoras hospedeiras em praga, presentes na plantação ou em suas imediações é outra alternativa para minimizar os riscos de surtos. No que tange ao controle químico, atualmente 22 produtos estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária para o controle do mandarová na cultura da mandioca. É importante ressaltar que a aquisição e utilização de qualquer inseticida deve ser recomendada por um engenheiro-agrônomo, observando-se o recebimento agronômico adequado, além da observância quanto ao uso de equipamento de proteção individual (EPI).
Foto: Rodrigo Souza Santos/Divulgação
Existem estudos e parasitóides associados ao mandarová presente no controle biológico do inseto em campo. No entanto, o principal agente de controlo biológico natural é o Baculovirus erinnyis , um vírus específico do insecto, que não causa danos em humanos. Aproximadamente 4 dias após a ingestão do vírus pelas lagartas surgem os primeiros sintomas de infecção no organismo do inseto (descoloração da lagarta, perda dos movimentos e da capacidade de se alimentar). No estágio final da infecção, as lagartas morrem e ficam dependentes dos pecíolos das folhas.
Para produção desse inseticida biológico, lagartas recém-mortas são coletadas e maceradas com uso de aproximadamente 5 mL de água pura. Essa mistura deve ser cozida em um pano fino e limpo, resultando em um líquido viscoso que pode ser acondicionado em embalagem plástica tipo "sacolé" e congelado por prazo indefinido. Para ser utilizado, o produto deve ser descongelado e diluído em água limpa, na proporção de 100 mL do extrato por hectare, para pulverização no campo. O uso do baculovírus pode controlar até 98% das lagartas nos primeiros 3 dias após a aplicação, quando realizada em lagartas jovens, entre o primeiro e terceiro instar (até aproximadamente 3 cm de comprimento).