Nutricionista explica que a bebida faz bem para a saúde, mas quando consumida de forma adequada
O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, apreciada por seu sabor único e aroma delicioso. Além de ser uma fonte de prazer para muitos, o café também tem sido objeto de estudo por seus potenciais benefícios à saúde. O Dia Mundial do Café é comemorado no dia 14 de abril, a nutricionista clínica e funcional, dra. Gisela Savioli, explica quais são os benefícios dessa bebida que conquistou o planeta e que, se tomada em quantidades moderadas, não faz mal à saúde.
Diversos estudos sobre os benefícios do café já foram realizados. No mais recente, pesquisadores britânicos concluíram que pessoas com câncer de intestino que bebem de duas a quatro xícaras de café por dia têm menos probabilidade de ver a doença voltar. Em outras pesquisas, já foi demonstrado que a bebida tem a capacidade de aumentar a atenção, melhorar a concentração e a memória, além de possuir ação estimulante sobre o sistema nervoso.
CONHEÇA OS PRINCIPAIS BENEFÍCOIS DO CAFÉ:
Poder estimulante O café agrega benefícios estimulantes especialmente por causa da presença de cafeína. Pesquisas feitas pelo Instituto do Coração, o Incor, já confirmaram que em doses ideais não prejudica o coração e até protege o sistema cardiovascular.
– A ressalva é que para ter benefícios precisa ser consumido puro, sem açúcar e sem adoçante, estes sim prejudiciais. Para quem ainda adoça o café, uma sugestão é substituir por pitadas de temperos terapêuticos, como canela em pó – pontua a nutricionista clínica e funcional, dra. Gisela Savioli, especialista em Saúde da Mulher no Climatério pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSPUSP).
Rico em antioxidantes Além disso, o café é rico em antioxidantes, como ácido clorogênico e polifenóis, que ajudam a combater os radicais livres no corpo, reduzindo o risco de doenças crônicas e promovendo a saúde geral.
– O café tem sido associado a um menor risco de várias condições de saúde, incluindo doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 – diz a dra. Gisela Savioli.
Aumento da resistência física Para os atletas, a bebida é ainda uma boa aposta. Isso porque a cafeína presente no café pode aumentar a resistência durante o exercício físico, ajudando a melhorar o desempenho atlético e a reduzir a percepção de esforço.
Melhora a disposição Outro benefício é a melhora da disposição. Não à toa, quando acordamos cedo ou sentimos muito sono, é comum desejar um café para despertar.
– Além de seus efeitos estimulantes, o café também pode ajudar a melhorar o humor, graças à sua capacidade de aumentar a produção de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina.
CONSUMO CONSCIENTE Embora o café ofereça muitos benefícios à saúde, é importante consumi-lo com moderação, pois o excesso de cafeína pode levar a efeitos colaterais indesejados e até dependência em pessoas que não metabolizam bem a bebida, como nervosismo, insônia e palpitações cardíacas.
– Existe algo chamado individualidade bioquímica e cada pessoa pode reagir de uma forma. Uma dica para saber se você não metaboliza bem o café – ou tem exagerado na dose – é ficar três dias sem a bebida. Se sentir náusea, irritabilidade, dor de cabeça podem ser indícios de diminuição de dose ou busca de outras opções, como por exemplo o café descafeinado – aconselha Savioli.
A esse grupo, Gisela orienta o consumo do café descafeinado. E, no geral, é indicado limitar o consumo em até três xícaras por dia e tomar o último cafezinho até as 17h.
A gordofobia é uma realidade latente na sociedade, e interfere em diversas áreas na vida das pessoas, como na sexualidade
A gordofobia, ainda hoje, é uma realidade latente na sociedade, que interfere em diversas áreas na vida das pessoas, como na sexualidade. A atriz Fabiana Karla, durante participação no programa Surubaum, afirmou que existe um olhar sobre mulheres gordas de que elas não seriam sexuais ou interessantes o suficiente.
Além de toda a questão estética e do que a sociedade padronizou como “bonito”, existem preconceitos e crenças errôneas referentes a possíveis limitações dos corpos gordos em fazer sexo e sentir prazer — na mesma linha de pensamento de que pessoas gordas, necessariamente, não são saudáveis.
Segundo a psicóloga e terapeuta sexual Thalita Cesário, a raiz de toda a problemática é o padrão estético da magreza e dos corpos “perfeitos”, que se perpetuou com a internet e com as representações midiáticas, tanto no audiovisual tradicional quanto na indústria pornográfica.
Ao mesmo tempo em que marginaliza corpos gordos, a sociedade também os fetichiza, construindo um modus operandi que Fabiana Karla chama de “menina pantufa”: que servem e são boas para ficar dentro de casa, mas causam vergonha para sair com elas na rua. Isso surge da ideia de que se relacionar com mulheres gordas seria algo “errado” ou que precisaria ser feito “escondido”, criando uma aura de fetiche em torno delas.
“Existe a atração física e o desejo por pessoas gordas, afinal elas são também atraentes e desejáveis, mas há também um preconceito de assumir ou ser visto com alguém que está fora do padrão. Segue o mesmo raciocínio de sermos o país que mais mata pessoas trans ao mesmo tempo que somos o que mais consome pornografia com essas pessoas. Vem do fato de não assumir seu real desejo e vontades”, compara.
Foto: Reprodução
Além de interferir na forma como são enxergadas na sociedade, os padrões interferem também no jeito que mulheres gordas se enxergam. Em meio a isso, elas precisam encontrar ferramentas para alimentar a autoestima, aceitação e amor-próprio que não é incentivado pelo mundo exterior. Isso, fatalmente, pode prejudicar a sexualidade dessas mulheres.
“A autoaceitação corporal é fundamental na vida sexual das pessoas, promove confiança e permite uma exploração do prazer e da intimidade. A sexualidade está diretamente ligada à autoestima. Com autoconhecimento e autoaceitação, é possível se entender como ser ‘desejante’ e desejável.
Por este caminho é que se chega a uma relação íntima, amorosa, prazerosa e saudável consigo e com as outras pessoas”, elucida a especialista.Para isso, a sexóloga indica, além de psicoterapia e terapia sexual, buscar referências de beleza em pessoas que as representem. “Parar de seguir pessoas que não agregam nesse processo, que usam filtros e que fazem terrorismo alimentar e corporal é um bom passo. Sozinho é um processo mais difícil, mas não impossível. E com acompanhamento profissional, o trabalho se torna mais fácil e assertivo”, finaliza.
Há quase 20 anos, o povo Paiter Suruí tem investido na agrofloresta para restaurar as áreas desmatadas por invasores dentro da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro. Cerca de 1 milhão de mudas de frutos nativos já foram plantadas em aldeias localizadas em Rondônia.
"Nós juntamos os nossos conhecimentos tradicionais de manejo da floresta com a ciência de homens não indígenas e decidimos plantar as mudas para reflorestar nosso território", explica o líder indígena, Almir Suruí.
A TI Sete de Setembro, que é habitada por indígenas Paiter Suruí, está localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, em uma área de 248.146 hectares. O modo de vida tradicional do povo Suruí está ligado ao uso da floresta e às atividades extrativistas.
Paiter Suruí recuperam áreas desmatadas com cultivo de frutos nativos dentro de aldeias em Rondônia. Foto: Emily Costa/Rede Amazônica
Pamine - o renascer da floresta
De acordo com Almir Suruí, a ideia de reflorestamento surgiu por volta do ano de 2000, quando foi elaborado um plano de gestão de 50 anos do território com ajuda da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e outros órgãos ambientais. A principio, os levantamentos feitos revelaram que:
7% da floresta da TI Sete de Setembro estava desmatada; 17 espécies de árvores da região tinham sido extintas.
Isso porque durante o período de colonização e antes da demarcação das terras (por volta de 1920 até 1980), quando não indígenas habitavam a área, houve exploração dos recursos naturais, como extração ilegal de madeira.
Preocupados com a situação do território, o povo Paiter Suruí decidiu criar o projeto "Pamine", que na língua Tupi-Mondé dos Suruí, significa "o renascer da floresta'". O objetivo do projeto era devolver para a floresta tudo aquilo que dela foi retirado.
"Nós decidimos que íamos recuperar as áreas que foram desmatadas e plantar as árvores que foram tiradas pelos invasores e madeireiros. É o enriquecimento da floresta, são as metas que temos para cuidar do nosso território", explica Almir Suruí. A Kanindé destinou as mudas de espécies de madeiras nobres, recebidas por meio de uma doação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O plantio é realizado em formato de mutirão e envolve todos os indígenas da comunidade.
Almir Suruí explica que o projeto teve início com uma família do clã "Gamep Suruí", na aldeia Lapetanha, e se expandiu para várias aldeias do mesmo e de outros clãs.
De acordo com os dados do Terra Brasilis, plataforma desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 15 anos, cerca de 51,42 km² de áreas foram desmatadas dentro da TI Sete de Setembro: o que corresponde a 1,5% do desmatamento da Amazônia Legal nesse período.
Ainda de acordo com a plataforma, das 31 Terras Indígenas declaradas na Amazônia Legal, a Sete de Setembro é uma das que apresentam os menores índices de desmatamento, na 23º posição do ranking.
Povo Paiter Suruí trabalha com agricultura familiar e agroflorestal, sempre aliados a sustentabilidade. Foto: Emily Costa/Rede Amazônica
Agrofloresta e agricultura familiar
Uma das primeira espécies plantadas foi a palmeira tucumã: espécie que simboliza início do reflorestamento do povo Suruí. Atualmente a árvore é utilizada na confecção de artesanatos (feito por mulheres das aldeias) e na alimentação tradicional dos indígenas.
O presidente da Cooperativa Indígena Garah Itxa do povo Paiter, Celso Suruí, explica que foram selecionadas mudas que pudessem servir para alimentação, uso tradicional e também contribuíssem para a geração de renda das comunidades, como:
Babaçu
Pupunha
Castanha-do-Brasil
Manga
Abacate
Bananeira
Cacau
Sumaúma e outras.
Como tudo começou
Invasores que entraram na TI Sete de Setembro, fizeram plantações de café e as abandonaram quando foram retirados. Após o contato com a sociedade não indígena, os Paiter perceberam que esse café era uma cultura lucrativa que poderia contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade.
"A gente precisa de dinheiro para nos desenvolver, mas cultivamos café com a floresta em pé. Porque a floresta também nos traz qualidade de vida e o nosso desenvolvimento", explica Celso
Atualmente, o povo Paiter Suruí trabalha com agricultura familiar e agroflorestal, sempre aliados à sustentabilidade. Os frutos produzidos dentro da terra indígena, além de gerarem renda, também contribuem para alimentação e manutenção da forma de vida desses povos.
O pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, proprietário de 11 fazendas em Barão de Melgaço, Mato Grosso, é acusado de desmatar uma extensa área do Pantanal para plantar capim e fazer pasto para boi, conforme a reportagem do Fantástico, da TV Globo.
Durante um período de três anos, Lemes aplicou herbicidas extensivamente, conforme revelado por notas fiscais apreendidas, totalizando um gasto impressionante de R$ 25 milhões apenas em agrotóxicos. As áreas desmatadas abrangem 80 mil hectares, equivalente à dimensão da cidade de Campinas, São Paulo.
Os investigadores afirmam que o objetivo do fazendeiro era eliminar a vegetação mais alta, resultando em extensas manchas cinzas na paisagem, caracterizadas pela perda total de folhagem nas árvores. Esse fenômeno, conhecido como desfolhamento químico, é obtido através de pulverizações aéreas criminosas, despejando toneladas de agrotóxicos sobre a vegetação preservada.
De acordo com informações da Secretaria, Lemes utilizou 25 tipos diferentes de agrotóxicos, incluindo um com a substância 2,4-D, similar à presente no infame “agente laranja”, utilizado pelos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã. Este herbicida era empregado para desmatar florestas e expor soldados inimigos escondidos sob a vegetação.
Vale destacar que as propriedades de Claudecy vão ser administradas por uma empresa escolhida pela justiça até que terminem as investigações sobre o crime ambiental.
Percebeu que as crianças são mais próximas da espiritualidade? Saiba o motivo dos pequenos serem tão próximos do mundo espiritual
As crianças são grandes bênçãos que uma pessoa pode ter. Além de carregarem consigo uma imensa alegria, são tão doces e puras que se tornam naturalmente mais próximas do mundo espiritual. Conversamos com Luciene de Oliveira, jornalista e espiritualista, para entender esse comportamento ligado aos pequenos.
Por que as crianças são mais sensíveis ao mundo espiritual? A escritora defende que, nessa fase, o espírito ainda não está totalmente ligado ao corpo e fica transitando entre os dois mundos. “Somada à imaginação dos pequenos, a sensibilidade se expande. O caso de amigos imaginários é um misto de espiritualidade com essa imaginação”, acredita.
Luciene explica com a visão cristã a sensibilidade infantil ao mundo espiritual.“Jesus disse: – Vinde a mim as criancinhas. Ele se referia à pureza das almas nos primeiros anos de vida. Isso se explica pelo fato do processo reencarnatório durar em média sete anos. A ciência chama isso de primeira infância e se refere a um momento que deixa mais marcas profundas no ser humano, seu processo de construção”, afirma.
É essencial conhecer bem a criança e a interpretação vai variar de acordo com a crença dos adultos. “Muitas crianças falam e agem com uma empatia tão grande, que só podemos entender como uma boa influência vinda dos espíritos.O amigo imaginário pode ser só imaginário mesmo ou um mentor que se manifesta. Medo, pesadelos e terror noturno devem ser tratados com muita atenção”, alerta.
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Caso não acredite no mundo espiritual, a espiritualista recomenda apenas acolher e respeitar a criança. “Quem não acredita no mundo espiritual pode ajudar com abraços, palavras de carinho e incentivo. Assim, quem acredita, junta isso com orações e acompanhamento em casas religiosas”, diz.“Porque durante a infância o espírito não está 100% conectado ao corpo. À medida que crescemos, estamos mais ligados à matéria, portanto, menos sensíveis ao mundo espiritual”, reforça Luciene.
Através de orações e da prática de boas ações. “Nossos mentores estão o tempo todo ao nosso redor, dando conselhos e orientações. Aliás, quanto mais nos conectamos a eles, através da prece e da caridade, mais sensibilizados estamos e conseguimos atingir uma linda conexão”, finaliza.