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Regionais : Na prática, cristãos estão protegidos contra intolerância religiosa no Brasil?
Enviado por alexandre em 31/03/2024 13:40:04

Uma das expressões mais frequentemente utilizadas pelos intolerantes é ironicamente a palavra ‘intolerância’. Eles distorcem completamente a realidade ao acusar seus oponentes daquilo que eles próprios representam: intolerância.

Em 2012, Olavo de Carvalho observou perspicazmente que, após a associação do termo “fundamentalista” com o terrorismo islâmico, os meios de comunicação passaram a empregá-lo contra católicos e evangélicos, como se os cristãos fossem os autores e não as vítimas inermes da violência terrorista em todo o mundo.

Desde aquela época, já havia no ar uma narrativa cuidadosamente elaborada com o propósito de estigmatizar o cristianismo. Simultaneamente, ocorria uma espécie de superproteção em relação a outras religiões no Brasil, especialmente aquelas de matriz africana. E se você está se perguntando se esse movimento faz parte de uma estratégia revolucionária, a resposta é sim.

A esquerda muitas vezes critica o que chama de “colonialismo” e o “imperialismo cultural”, buscando desafiar a influência histórica do cristianismo ocidental em algumas regiões. Priorizar outras religiões é considerada uma forma de resistência a essas influências percebidas como dominantes.

Igreja Adventista foi vítima de vandalismo em Novo Progreso, no sudoeste paraense, em 2021.

O confronto direto e enfraquecimento do cristianismo são considerados elementos fundamentais para a implementação das agendas endossadas desde a esquerda marxista raiz até os “revolucionários de glitter” que consomem lixo cultural de artistas como Anitta e Pablo Vittar. Essa dinâmica revela uma abordagem estratégica que transcende as diferentes facções da esquerda, unindo-as em um objetivo comum de confrontar e desafiar a influência cultural e social do cristianismo.

Entretanto, alguns desses indivíduos que clamam por tolerância omitem que, a depender deles, esses nobres princípios aplicam-se apenas àqueles que compartilham de suas opiniões. Para os discordantes, se tivessem a oportunidade, não hesitariam em aplicar prontamente a pena da guilhotina.
Lei contra Intolerância religiosa protege cristãos?

Igreja Católica foi vandalizada e pichada com mensagens satanistas em Fortaleza no final do ano passado.

No último dia 18, o portal G1, do grupo Globo, noticiou que Lula sancionou uma lei que torna mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa. A matéria, ilustrada com uma foto de adeptos de religiões de matriz africana, traz dados do governo que afirmam que religiões de matriz africana são o alvo mais frequente de quem não respeita a liberdade de crença. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, em 2022 foram 1.200 ataques – um aumento de 45% em relação a 2020. A reportagem, porém, não menciona que tipos de ataques são esses e não cita dados relacionados à intolerância contra cristãos ou judeus no país.

Embora não apresente dados específicos relacionados ao cristianismo, o artigo menciona uma declaração da instituição de bispos de esquerda CNBB, alegando que, nos últimos anos, a religião tem sido frequentemente utilizada para respaldar discursos de ódio. No entanto, a declaração não esclarece o que seria considerado “discurso de ódio” pela CNBB.

Na teoria, sem dúvida alguma, a lei sancionada por Lula abrange todas as religiões, uma vez que não faz menção a proteção de um grupo religioso específico. No entanto, na prática, quando se trata de intolerância religiosa ou violência direcionada a grupos, tanto a mídia quanto o regime esquerdista excluem cristãos e judeus da lista de vítimas e, em muitas ocasiões, os retratam como agressores e indignos de proteção.

Existe um abismo entre a teoria e prática. Entre a lei e sua aplicação concreta. Entre a realidade e a narrativa.

Igrejas em Campina Grande também já foram alvo de ataques. Foto: Reprodução

Igrejas em Campina Grande também já foram alvo de ataques. Foto: Reprodução

Historicamente, militantes de esquerda foram responsáveis por perseguições violentas ao Cristianismo, desde os atos de terror durante a Revolução Francesa. Na Guerra Civil espanhola, integrantes de movimentos socialistas vandalizaram igrejas e patrimônio religioso, resultando no assassinato de milhares de pessoas. A União Soviética também conduziu campanhas antirreligiosas, demoliu igrejas e executou mais de mil sacerdotes em seus primeiros cinco anos de existência. Ainda assim não precisamos voltar muito no tempo. Atualmente, países como a Nicarágua, parceira do regime brasileiro, estão prendendo e condenando padres católicos e fechando igrejas cristãs.

Apesar disso, defender a liberdade religiosa dos cristãos está longe de ser prioridade para o regime em vigor.

No ano passado, pouco depois de Luiz Inácio Lula da Silva ser alçado ao poder, um de seus companheiros, o ex-guerrilheiro José Genoíno, abriu o jogo sobre suas estratégias em entrevista ao canal esquerdista Diário do Centro do Mundo (DCM). O petista respondia um questionamento de Sara Vivacqua, que chamou as igrejas de “máquinas de lavagem cerebral” e de “quinto poder”, questionando se não seria o caso de “regular”, leia-se censurar, as igrejas.

Genoíno respondeu: “Com relação a essas igrejas nós precisamos atuar de baixo para cima e não repetir o erro que cometemos quando governamos, de atuar com as cúpulas”.

Além disso, ele ressaltou que para que o governo Lula não fosse ser acusado de perseguição, seria necessário agir com “habilidade”.

“Nós vamos ter que atuar com muita habilidade para que eles não digam que nós estamos perseguindo as igrejas. (…) Eles querem fazer o maniqueísmo da guerra santa. Nós vamos ter que fazer uma batalha no plano das ideias para só depois chegar aos finalmentes“, completou.

O mesmo Genoíno voltou a criar polêmica nos últimos dias quando pregou boicote a empresas de judeus. O ex-deputado do PT disse em uma transmissão ao vivo no último sábado, 20, achar interessante “a ideia de boicote” a “determinadas empresas de judeus” e a “empresas vinculadas ao estado de Israel”.

“Acho interessante essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos, é uma forma interessante. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus”, disse, e em seguida acrescentou: “Há, por exemplo, boicote a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar com o Estado de Israel.”

A ideia de boicote a judeus não é nova. Em 1º de abril de 1933, Adolf Hitler declarou um boicote nacional aos negócios dos judeus, que foi a primeira ação coordenada do regime nazista contra os judeus na Alemanha. Os boicotes, os guetos, os campos de concentração e o Holocausto foram componentes de uma escalada macabra que terminou com o extermínio brutal de mais de 6 milhões de judeus.

Regionais : TRE-PR se prepara para decisão crucial sobre o futuro político de Sergio Moro
Enviado por alexandre em 31/03/2024 13:37:14

O senador Sergio Moro (União-PR) estará sujeito a julgamento a partir desta segunda-feira (1º) pelo TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) por questões relacionadas a possíveis irregularidades durante a pré-campanha eleitoral de 2022. As alegações incluem abuso de poder econômico, uso de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social. O tribunal analisará duas ações referentes à conduta do senador enquanto candidato, podendo resultar na cassação de seu mandato e eventual inelegibilidade por oito anos, se condenado. Moro terá direito a recorrer da decisão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), caso seja condenado pelo TRE-PR.

Em dezembro do ano anterior, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu um parecer favorável à cassação do senador, argumentando que o uso excessivo de recursos financeiros comprometeu a lisura e a legitimidade do pleito durante o período pré-eleitoral.

O julgamento experimentou vários adiamentos e foi reagendado após a nomeação do jurista José Rodrigo Sade pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga deixada por Thiago Paiva. Está prevista a realização de três sessões, durante as quais os magistrados apresentarão seus votos detalhados. O tribunal é composto por sete magistrados, cabendo ao presidente da Corte decidir em caso de empate. A expectativa é que um veredicto seja alcançado até 8 de abril.

Regionais : A Mensagem de Páscoa do Papa Francisco
Enviado por alexandre em 31/03/2024 13:34:40

Neste domingo, o Papa Francisco proferiu sua tradicional mensagem de Páscoa, conhecida como “Urbi et Orbi”, diretamente da sacada central da Basílica de São Pedro, em Roma, onde momentos antes havia presidido a Missa da manhã de Páscoa.

A cerimônia, juntamente com a mensagem e a bênção “Urbi et Orbi” (do latim: ‘Para a cidade e para o mundo’), foi transmitida ao vivo para audiências em todo o globo.

O Santo Padre iniciou suas palavras desejando alegremente a todos os presentes, incluindo os cerca de 60.000 peregrinos na Praça de São Pedro, uma “Feliz Páscoa!”

Francisco recordou que hoje ressoa pelo mundo a mensagem proclamada há dois mil anos em Jerusalém: “Jesus de Nazaré, que foi crucificado, ressuscitou!” (Mc 16,6).

Pope Francis at Urbi et Orbi

Ele reiterou que a Igreja revive o espanto das mulheres que foram ao túmulo ao amanhecer no primeiro dia da semana.

Enquanto recordava que o túmulo de Jesus havia sido selado com uma grande pedra, o Papa lamentou que hoje, também, “pedras pesadas bloqueiam as esperanças da humanidade”, especialmente “pedras” de guerra, crises humanitárias, violações dos direitos humanos, tráfico humano, entre outras.

Do túmulo vazio de Jesus, tudo começa de novo

Como as mulheres discípulas de Jesus, sugeriu o Papa, “nos perguntamos uns aos outros: ‘Quem vai remover a pedra para nós da entrada do túmulo?’”, e esta é a descoberta surpreendente daquela manhã de Páscoa, que a imensa pedra foi removida. “O espanto das mulheres”, disse ele, “é também o nosso espanto”.

“O túmulo de Jesus está aberto e está vazio! A partir disso, tudo começa de novo!”, exclamou.

“Além disso, ele insistiu, um novo caminho passa por aquele túmulo vazio, ‘o caminho que nenhum de nós, mas só Deus, poderia abrir’. O Senhor, disse ele, abre o caminho da vida no meio da morte, da paz no meio da guerra, da reconciliação no meio do ódio e da fraternidade no meio da hostilidade.

Jesus, o caminho para a reconciliação e a paz

“Irmãos e irmãs, Jesus Cristo ressuscitou!”, disse ele, observando que só Ele tem o poder de remover as pedras que bloqueiam o caminho para a vida.

Sem o perdão dos pecados, explicou o Papa, não há como superar as barreiras do preconceito, da recriminação mútua, da presunção de que estamos sempre certos e os outros errados. “Somente o Cristo ressuscitado, nos concedendo o perdão de nossos pecados”, disse ele, “abre o caminho para um mundo renovado.”

“Somente Jesus”, assegurou o Santo Padre, “abre diante de nós as portas da vida, aquelas portas que continuamente fechamos com as guerras que se espalham pelo mundo”, expressando seu desejo hoje, “em primeiro lugar, de voltar nossos olhos para a Santa Cidade de Jerusalém, que testemunhou o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, e a todas as comunidades cristãs da Terra Santa.”

Terra Santa e Ucrânia

O Papa começou dizendo que seus pensamentos vão especialmente para as vítimas dos muitos conflitos em todo o mundo, começando pelos de Israel e Palestina e na Ucrânia. “Que o Cristo ressuscitado abra um caminho de paz para os povos dilacerados pela guerra nessas regiões”, disse ele.

“Ao pedir respeito aos princípios do direito internacional”, continuou ele, “expresso minha esperança por uma troca geral de todos os prisioneiros entre Rússia e Ucrânia: todos em prol de todos!”

Ajuda humanitária para Gaza, libertação de reféns

O Papa então se voltou para Gaza.

“Faço novamente um apelo para que o acesso à ajuda humanitária seja garantido a Gaza e, mais uma vez, para a libertação rápida dos reféns capturados em 7 de outubro passado e para um cessar-fogo imediato na Faixa.”

O Papa apelou para o fim das hostilidades atuais que continuam a ter graves repercussões sobre a população civil, e acima de tudo, sobre as crianças.

“Quanto sofrimento vemos em seus olhos! Com esses olhos, eles nos perguntam: Por quê? Por que toda essa morte? Por que toda essa destruição?

O Papa reiterou que a guerra é sempre “uma derrota” e “um absurdo”.

“Não cedamos à lógica das armas e do rearmamento”, disse ele, enfatizando que “a paz nunca é feita com armas, mas com mãos estendidas e corações abertos.”

Síria e Líbano

O Santo Padre lembrou-se da Síria, que, lamentou, sofre há treze anos “uma longa e devastadora” guerra.

“Tantas mortes e desaparecimentos, tanta pobreza e destruição”, insistiu ele, “exigem uma resposta de todos, e da comunidade internacional.”

O Papa então se voltou para o Líbano, observando que há algum tempo o país enfrenta um impasse institucional e uma crise econômica e social cada vez mais profunda, agora agravada pelas hostilidades em sua fronteira com Israel.

“Que o Senhor Ressuscitado console o amado povo libanês e sustente todo o país em sua vocação de ser uma terra de encontro, convivência e pluralismo”, disse ele.

Haiti, Mianmar, África

Em seu mais recente apelo para o Haiti, ele rezou para que o Senhor Ressuscitado assista o povo haitiano, “para que logo possa haver um fim aos atos de violência, devastação e derramamento de sangue naquele país, e que possa avançar no caminho da democracia e fraternidade.”

Ao se voltar para a Ásia, ele rezou para que em Mianmar “toda lógica de violência seja definitivamente abandonada”, na nação, que, segundo ele, tem sido há anos “destroçada por conflitos internos”.

O Papa também rezou por caminhos de paz no continente africano, “especialmente pelos povos sofredores no Sudão e em toda a região do Sahel, no Corno de África, na região de Kivu na República Democrática do Congo e na província de Cabo Delgado em Moçambique”, e pelo fim da “prolongada situação de seca que afeta vastas áreas e provoca fome e miséria.”

Presente precioso da vida e crianças não nascidas descartadas

O Papa também lembrou dos migrantes e de todos que enfrentam dificuldades, rezando para que o Senhor lhes ofereça consolação e esperança em seu momento de necessidade. “Que Cristo guie todas as pessoas de boa vontade para se unirem em solidariedade, a fim de enfrentarem juntas os muitos desafios que pairam sobre as famílias mais pobres em sua busca por uma vida melhor e felicidade”, disse ele.

“Neste dia em que celebramos a vida concedida a nós na Ressurreição do Filho”, disse ele, “lembremos do amor infinito de Deus por cada um de nós: um amor que supera todo limite e fraqueza.”

“E ainda assim”, lamentou ele, “quanto o presente precioso da vida é desprezado! Quantas crianças nem mesmo podem nascer? Quantas morrem de fome e são privadas de cuidados essenciais ou são vítimas de abuso e violência? Quantas vidas são tornadas objetos de tráfico para o crescente comércio de seres humanos?”

Apelo para não poupar esforços

No dia “em que Cristo nos libertou da escravidão da morte”, o Papa apelou a todos que têm responsabilidades políticas para “não pouparem esforços” no combate ao “flagelo” do tráfico humano, “trabalhando incansavelmente para desmantelar as redes de exploração e trazer liberdade” para aqueles que são suas vítimas.

“Que o Senhor console suas famílias, especialmente aquelas que aguardam ansiosamente notícias de seus entes queridos, e lhes assegure conforto e esperança”, disse ele, enquanto rezava para que a luz da Ressurreição “ilumine nossas mentes e converta nossos corações, e nos faça conscientes do valor de cada vida humana, que deve ser acolhida, protegida e amada.”

Papa Francisco concluiu desejando a todas as pessoas de Roma e do mundo uma Feliz Páscoa.

Regionais : Polícia Federal utiliza tecnologia avançada para combater extração ilegal de ouro em reservas indígenas
Enviado por alexandre em 31/03/2024 13:32:02

A Polícia Federal (PF) está utilizando tecnologia para identificar se amostras de ouro apreendidas foram extraídas ilegalmente de reservas indígenas no Brasil. A busca pelo “DNA do ouro” foi realizada com o auxílio do Sirius, um superlaboratório que atua como um tipo de “raio X superpotente”.

Essa iniciativa inédita no país tem como objetivo ampliar as medidas de rastreabilidade para combater a extração e o comércio ilegal do metal, que está avançando em terras indígenas e unidades de conservação.

Agentes da PF de Brasília (DF) estiveram no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), onde 57 amostras de ouro, muitas suspeitas de origem ilícita, foram analisadas com o auxílio do acelerador de partículas.

O trabalho, realizado em colaboração com pesquisadores de quatro universidades, incluindo a USP, tem como objetivo identificar a origem dessas amostras de ouro.

“O ouro é ouro, mas dependendo de onde foi formado, pode carregar impurezas de maneira distinta. A análise dessas impurezas e suas quantidades, bem como o entorno delas, fornece informações sobre o local onde o ouro foi formado. O Sirius consegue identificar com alta precisão esses elementos estranhos à pepita de ouro”, explica Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM.

De acordo com o Instituto Escolhas, uma organização que investiga operações ilegais de ouro no país, até 54% da produção nacional pode estar relacionada a atividades ilegais. Em 2021, foram produzidas 52,8 toneladas de ouro com “graves indícios de ilegalidade”.

O resultado da análise realizada no Sirius, que deve ficar pronto em até dois meses, será comparado com o banco de dados que a Polícia Federal possui desde 2021, o Banpa (Banco Nacional Forense de Perfis Auríferos).

Erich Adam Moreira Lima, perito da Polícia Federal, destaca que a utilização dessas ferramentas irá aprimorar significativamente o banco de dados existente, melhorando a eficiência das análises e a qualidade dos laudos produzidos.

Os materiais analisados são provenientes de diversas regiões do Brasil. O trabalho aborda duas frentes: a associação com o local de origem, como terras indígenas, onde são coletadas amostras de referência, e a análise de materiais com suspeita de origem ilícita.

Os pesquisadores têm a expectativa de desenvolver um sistema eficaz capaz de identificar a origem do metal mesmo após processos como fundição e fabricação de joias.

“A meta do programa Ouro Alvo é determinar se o ouro de uma mina pode ser rastreado até uma joia. Se conseguirmos alcançar isso, acredito que a sociedade como um todo se beneficiará”, afirma Fábio Salvador, pesquisador da USP.

Para Larissa Rodrigues, pesquisadora do Instituto Escolhas, o avanço na análise e identificação de amostras de ouro é crucial e está relacionado a uma medida proposta em um projeto em tramitação no Congresso Nacional para controlar o comércio de ouro no Brasil.

Uma das medidas previstas é a criação de uma Guia de Transporte e Custódia de Ouro, na qual o documento é emitido pelo vendedor para transportar o metal até uma instituição financeira, e unidades comercializadas sem a guia ou com informações falsas poderão ser apreendidas.

“Se a Polícia Federal intercepta uma carga e faz a análise, identificando que aquele ouro não corresponde à documentação fornecida, isso se torna uma prova criminal para responsabilizar o infrator, o que atualmente não ocorre”, destaca a pesquisadora.

Segundo Larissa, a extração ilegal é um problema antigo que se agravou nos últimos anos, com a área dos garimpos dobrando de tamanho na Amazônia entre 2012 e 2022. “Estamos começando a ver os impactos dessa expansão”, ressalta.

Ela aponta três fatores cruciais para essa aceleração na última década: o uso de máquinas pesadas na abertura de novos garimpos, uma legislação conivente e a alta do preço do ouro no mercado internacional.

Em maio de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu por unanimidade a chamada presunção da “boa-fé” no comércio de ouro. Além disso, um projeto aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado também revoga essa medida.

O Sirius, considerado o principal projeto científico brasileiro, é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração que atua como um “raio X superpotente”, analisando diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.

Para observar as estruturas, os cientistas aceleram os elétrons quase na velocidade da luz, fazendo-os percorrer um túnel de 500 metros de comprimento 600 mil vezes por segundo. Depois, os elétrons são desviados para uma das estações de pesquisa, ou linhas de luz, para os experimentos.

Esse desvio é realizado com ímãs superpotentes, responsáveis por gerar a luz síncrotron, que, apesar de extremamente brilhante, é invisível a olho nu. Segundo os cientistas, o feixe é 30 vezes mais fino que o diâmetro de um fio de cabelo.

O Sirius faz parte do CNPEM, uma organização privada sem fins lucrativos que opera sob supervisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e que opera quatro laboratórios nacionais (biociências, biorrenováveis, nanotecnologia e luz síncrotron), além de construir e operar o Orion, um laboratório de biossegurança máxima (NB4) de R$ 1 bilhão, único no mundo.

Regionais : Prepare o bolso: Remédios ficam mais caros a partir de hoje
Enviado por alexandre em 31/03/2024 13:30:01

Os preços dos medicamentos serão reajustados em até 4,5% pelos fabricantes a partir deste domingo (31). O aumento deve começar a refletir para o consumidor nas próximas duas semanas. O percentual foi definido pelo conselho da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do período de março de 2023 a fevereiro de 2024.

Neste ano, o reajuste do preço máximo foi equivalente ao índice da inflação e deve afetar cerca de 13 mil produtos. O aumento já era esperado pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).

O Ministério da Saúde ressaltou que o reajuste é o menor praticado desde 2020 e que o percentual não representa um aumento automático nos preços, mas sim uma definição de teto permitido de reajuste.

“O Brasil adota atualmente uma política de regulação de preços focada na proteção ao cidadão, estabelecendo sempre um teto para o percentual do aumento para proteger as pessoas e evitar aumentos abusivos de preço”, afirmou Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde da pasta.

As indústrias farmacêuticas têm permissão para alterar os preços de seus produtos apenas uma vez por ano, para compensar os aumentos do custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores.

Cabe à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) elaborar um cálculo que garanta o reajuste. O controle ao qual o setor farmacêutico é submetido estabelece como teto o aumento de 4,5% em todos os níveis.

As farmácias têm a opção de realizar os incrementos de uma só vez ou ao longo do ano, desde que não ultrapassem o limite estabelecido.

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