Um projeto da empresa re.green pretende restaurar 12,8 mil hectares de áreas degradadas no bioma Amazônia, em propriedades no município de Maracaçumé, no Maranhão, e em municípios a serem definidos no estado do Pará.
A extensão e o tamanho desse desafio equivalem a mais de 13,7 mil campos de futebol e devem receber financiamento de R$ 186,7 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O apoio inclui R$ 80 milhões em recursos do Fundo Clima, como parte do investimento já anunciado pelo Banco ao programa Arco da Restauração, que prevê a destinação de até R$ 1 bilhão para ações de reflorestamento na Amazônia. Outros R$ 106,7 milhões do financiamento se darão por meio da linha BNDES Finem e estão destinados a projetos de recuperação e conservação de ecossistemas e da biodiversidade.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A re.green restaura florestas nativas em áreas historicamente degradadas, selecionadas a partir de inteligência espacial e com base em seu potencial de regeneração. As áreas plantadas receberão cerca de 100 espécies diferentes de vegetação nativa, contribuindo para a conservação da biodiversidade nas regiões, assim como para a captura de carbono. A estimativa é de que em torno de 4,1 milhões toneladas de CO2 equivalente sejam retirados da atmosfera em um período de 25 anos, o que equivaleria a quase dois anos de emissões dos carros em circulação na cidade de São Paulo.
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destaca que "o apoio ao projeto sinaliza a prioridade conferida pelo Banco às ações de restauração dos biomas brasileiros, que têm potencial de contribuir decisivamente para capturar carbono, conservar a biodiversidade do país e promover o desenvolvimento sustentável em regiões sensíveis". Campello lembra que o Arco da Restauração – anunciado pelo presidente Lula, pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na COP-28 – conta, além de R$ 550 milhões do Fundo Clima, com R$ 450 milhões do Fundo Amazônia.
Para a diretora financeira da re.green, Ana Luiza Squadri, o financiamento realça a importância das soluções baseadas na natureza para a economia. "Este é um marco importante para o setor da restauração florestal, que pode ser um dos mais proeminentes na economia verde, e o Brasil tem um potencial enorme para liderar esse processo. O financiamento do BNDES representa a atração de capital capaz de alavancar esse segmento promissor da economia. Na re.green acreditamos que é possível fazer a restauração em larga escala devolvendo serviços ecossistêmicos ao planeta e contribuindo com as populações locais", completa Squadri.
A empresa atua com parceiros locais, como coletores de sementes, produtores de mudas e viveiristas, ajudando a capacitar e movimentar uma cadeia de manejo florestal sustentável.
A iniciativa terá impactos positivos para a regulação do clima, conservação da biodiversidade e inclusão social de comunidades contempladas no projeto, que deve mobilizar aproximadamente 2,2 mil empregos diretos e indiretos durante o período de restauração das áreas.
A partir das áreas restauradas, a re.green poderá também gerar créditos de carbono para comercialização no mercado voluntário internacional. O projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nº 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e nº 15 (Vida Terrestre) da ONU.
Desde o início do atual governo, em 2023, oito países, entre atuais e novos parceiros, anunciaram a intenção de doar ao Fundo Amazônia, totalizando R$ 3,9 bilhões
O Japão formalizou doação de 411 milhões de ienes (cerca de R$ 14 milhões) para o Fundo Amazônia, maior iniciativa de redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal (REDD+) do mundo. O contrato foi assinado pela Embaixada do Japão e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gestor do Fundo, em cerimônia na sede do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em Brasília.
Desde o início do atual governo, em 2023, oito países, entre atuais e novos parceiros, anunciaram a intenção de doar ao Fundo Amazônia, totalizando R$ 3,9 bilhões.
Foto: Divulgação/Fundo Amazônia
Participaram da cerimônia de assinatura a ministra Marina Silva, o embaixador do Japão, Teiji Hayashi, o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, e o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Eduardo Saboia.
"A doação é um recurso inicial de outras cooperações que virão, a partir de agora, da relação bilateral entre o Japão e o Brasil", afirmou a ministra.
Segundo o embaixador, a transferência dos recursos ocorrerá até março: "Trata-se de um primeiro passo para apoiar o combate ao desmatamento no Brasil", afirmou Hayashi, que ressaltou o interesse japonês de aprofundar a cooperação nipo-brasileira em questões ambientais e climáticas.
Barbosa destacou que "com a doação, o Japão torna-se o primeiro país asiático a apoiar o Fundo, reforçando a parceria histórica entre os países". Hoje, Noruega, Alemanha, Reino Unido, Suíça e Estados Unidos formam o grupo de doadores internacionais.
O Fundo Amazônia é administrado pelo BNDES em coordenação com o MMA e apoia projetos alinhados ao Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), lançado em junho de 2023.
Doações
O Fundo foi retomado em janeiro de 2023, após quatro anos de paralisação por decisão do governo anterior. Desde então, oito países anunciaram novas doações, reflexo da confiança internacional na agenda do Brasil de combate ao desmatamento.
Em outubro, a Alemanha desembolsou R$ 107 milhões, uma parcela do valor contratado de aproximadamente R$ 187 milhões. No fim de 2023, doações de R$ 15 milhões dos EUA e de R$ 28 milhões da Suíça entraram no fundo.
Doações já contratadas de R$ 497 milhões do Reino Unido e de R$ 80 milhões da Alemanha irão ingressar nos próximos meses.
Há ainda recursos adicionais já anunciados, que estão em fase de negociação: R$ 107 milhões da União Europeia, R$ 245 milhões da Noruega, R$ 2,4 bilhões dos Estados Unidos, R$ 218 milhões do Reino Unido e R$ 107 milhões da Dinamarca.
O Fundo encerrou o ano de 2023 com R$ 3,5 bilhões em doações já recebidas no BNDES, considerando o montante acumulado desde a sua criação e os novos aportes já desembolsados.
Historicamente, a Noruega é o doador que mais contribuiu para o mecanismo, com 89,9% dos recursos já recebidos, seguida por Alemanha (8,4%), Suíça (0,8%), Petrobras (0,5%) e Estados Unidos (0,4%).
Fundo Amazônia
Criado em 2008, o Fundo já apoiou 107 projetos, em um investimento total de R$ 1,8 bilhão. As ações apoiadas já beneficiaram aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de 101 Terras Indígenas na Amazônia e 196 Unidades de Conservação (dados apurados até dezembro de 2022).
Uruguaio Luis Lacalle Pou é o mais bem pago em termos absolutos, e ganha sete vezes mais do que presidente boliviano, por exemplo
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva ganha menos que um terço do salário dos presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e da Guatemala, Bernardo Arévalo. Embora os três países façam parte da América Latina, as diferenças são grandes.
E para entender essa disparidade de salários presidenciais na região é importante comparar o vencimento do mandatário com o salário mínimo do país.
“Esse é um indicador interessante, pois é possível observar o nível de preços, as diferenças de renda e definir onde os presidentes realmente ganham mais ou menos”, explica Javier Rodríguez Weber, professor da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai.
De acordo com a plataforma de notícias Bloomberg Línea, a Costa Rica tem o salário mínimo mais alto da região, com 710 dólares. É seguida de Uruguai (580), Chile (520), México (445), Guatemala (420), Bolívia (342), Colômbia (335), Honduras (329), Panamá (326) e Brasil (283). O salário mínimo mais baixo dos países considerados para o estudo é o da Argentina, com 182 dólares por mês.
Levando em conta o indicador comparativo usado por Rodríguez Weber, verifica-se que, na Guatemala, Bernardo Arévalo ganha 46 vezes o salário mínimo mensal do país. Ele é seguido pelo uruguaio Luis Lacalle Pou, cuja renda mensal é 40 vezes maior que a renda mínima de seus compatriotas.
Em seguida, vem Gustavo Petro, da Colômbia, que recebe um salário equivalente a 30 vezes o salário mínimo colombiano. Javier Milei, por sua vez, ganha 26 salários mínimos argentinos.
Os presidentes Andrés Manuel López Obrador (México) e Luiz Inácio Lula da Silva têm uma remuneração mensal de cerca de 22 vezes o salário mínimo em seus respectivos países.
DO URUGUAI À BOLÍVIA, UMA ENORME DIFERENÇA
Todos os anos, cada país aprova uma lei orçamentária geral do Estado, que estabelece os salários de seus líderes e ministros. Esses dados são de livre acesso na maioria dos casos.
Por exemplo, o presidente do Uruguai recebe um salário mensal bruto de 22.288,67 dólares (cerca de R$ 112 mil). No outro extremo está o presidente da Bolívia, Luis Arce, que recebe 3.013,64 dólares por mês (aproximadamente R$ 15 mil).
Ricado Torres Pérez, economista e pesquisador do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Americana em Washington, explica que essa enorme diferença salarial se deve, entre outros fatores, ao “Uruguai ter um dos PIBs per capita mais altos da América Latina, enquanto a Bolívia tem sido historicamente um país muito mais pobre do que o Uruguai”.
Da mesma forma, o especialista ressalta que, no caso da Bolívia, as reformas promovidas pelo ex-presidente Evo Morales devem ser levadas em conta nessa análise comparativa.
“Morales foi um presidente austero e, talvez num país como a Bolívia, mergulhado há anos na pobreza, Evo tenha tentado promover uma transformação com ênfase nas questões sociais. Ele queria estabelecer salários no setor público que mostrassem que os fundos alocados ao governo estavam sendo usados corretamente e não para enriquecer políticos”.
Fotos: Gaston Brito/Getty Images
INDICADORES MACROECONÔMICOS A SEREM LEVADOS EM CONTA
De acordo com Rodríguez Weber, ao falar sobre essas diferenças salariais, é essencial analisar o tema a partir de indicadores macroeconômicos, pois os países latino-americanos têm níveis de preços diferentes.
“O Uruguai é um país mais caro do que a Bolívia, por exemplo. Quando são feitas comparações internacionais, falamos de dinheiro em paridade de poder de compra, ou seja, não comparamos dólares, porque com 100 dólares na Bolívia eu compro muito mais do que com 100 dólares no Uruguai”, esclarece.
Torres Pérez acrescenta que o tamanho da economia e o PIB per capita determinam, de certa forma, os salários de cada presidente, bem como os de outros funcionários públicos.
“Os países com PIB per capita mais alto têm níveis salariais melhores porque é assim que o mercado de trabalho funciona em geral, embora haja obviamente diferenças que têm a ver com questões como a estrutura jurídica ou institucional, as leis de cada país, entre outros fatores”.
O CASO DO PRESIDENTE DE CUBA
Segundo Torres Pérez, que também é ex-acadêmico do Centro de Estudos da Economia Cubana (CEEC), há pouquíssima transparência sobre a vida dos líderes em Cuba.
“Assim como na Venezuela, não há informações públicas sobre os salários de Fidel Castro e de seu irmão Raúl Castro, que o substituiu no cargo”. Também não há dados sobre a renda do atual presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
“Esse tipo de informação não existe. O mais próximo que se pode chegar é o item de despesa declarado no escritório Nacional de Estatística e Informação (ONEI)”, diz Mónica Baró Sánchez, redatora da revista digital El Estornudo.
“Em Cuba não há informação oficial sobre nada que comprometa financeiramente as instituições. A única coisa que existe como banco de dados anual é um relatório geral feito pela ONEI, mas os salários dos funcionários públicos não aparecem lá”, explica a jornalista Lianet Fleites.
A DW, após consultar relatórios da ONEI e várias edições do Diário Oficial de Cuba, não encontrou nenhum dado que revele o salário de Miguel Díaz-Canel ou de qualquer ministro que compõe seu governo.
O Parque Nacional de Anavilhanas foi criado com o objetivo de preservar o arquipélago fluvial de Anavilhanas bem como suas diversas formações florestais
REDAÇÃO
Vista aérea do arquipélago de Anavilhanas, no Rio Negro — Foto: Rede Globo
O Parque Nacional de Anavilhanas foi criado com o objetivo de preservar o arquipélago fluvial de Anavilhanas bem como suas diversas formações florestais, além de estimular a produção de conhecimento por meio da pesquisa científica e valorizar a conservação do bioma Amazônia com base em ações de educação ambiental e turismo sustentável. O foco é harmonizar as relações entre as comunidades do entorno e a Unidade com ações de bases sustentáveis.
No Parque, o Rio Negro apresenta um cenário singular que oferece inúmeras possibilidades de sensações, experiências e aprendizagem, em um labirinto de ilhas e águas negras espelhadas que se transforma com a variação do nível do rio, em um convite a desafiar nossos limites e ampliar nossa visão de mundo.
O Parque Nacional de Anavilhanas está aberto o ano todo. Na seca (setembro a fevereiro) é possível desfrutar das belas praias de areias brancas que emergem por todo o arquipélago. Na cheia (março a agosto) o vislumbre fica por conta das trilhas aquáticas de igapó, isto é, passeios de barco por dentro das florestas alagadas.
Em qualquer época, porém, é possível visitar o Flutuante dos Botos, apreciar a rica flora e fauna amazônica, fazer passeios de barco por um dos maiores arquipélagos fluviais do mundo, fazer trilhas terrestres, banhar-se nas belas águas do Rio Negro, conhecer comunidades tradicionais ribeirinhas e o belo artesanato de Novo Airão, entre outros atrativos.
Como chegar
A partir de Manaus, é possível chegar à Novo Airão - cidade sede do Parque - por via aérea, fluvial ou terrestre.
Via aérea – Novo Airão não possui aeroporto, somente Manaus, mas é possível fretar um hidroavião e pousar no rio Negro. Também é possível o pouso de helicópteros em áreas descampadas das comunidades, da Base 2 do PNA e de Novo Airão. Nas duas primeiras é preciso prévia autorização.
Via fluvial - Os barcos para Novo Airão saem do Porto de São Raimundo, em Manaus. No momento, não há opção de lancha rápida (3 horas de viagem), somente barco regional (9 horas de viagem).
De Manaus para Novo Airão, as partidas são à noite: terças e sextas às 20h. É importante confirmar os dias e horários, que ocasionalmente variam. A passagem custa por volta de R$ 35,00 por pessoa, e é necessário levar rede.
Via terrestre - A viagem pode ser feita de carro, táxi-lotação ou ônibus executivo.
Carro
A partir de Manaus, depois de atravessar a ponte sobre o rio Negro, o visitante deve seguir pela AM-070 por aproximadamente 86 km, sentido Manacapuru. Após passar pelo balneário do Miriti (há placa no local), haverá um entroncamento à direita, onde se inicia a rodovia AM-352. Desse ponto, o deslocamento é de 98km até Novo Airão.
Obs.: No entroncamento não há sinalização clara, de maneira que é preciso ficar atento. Contudo, caso não acerte, não se preocupe, o máximo que pode acontecer é você parar em Manacapuru e ter que retornar 5 km para entrar na estrada para Novo Airão.
Taxi-lotação
De taxi-lotação é mais rápido (por volta de 2 horas e meia de viagem), mas o serviço não é 24h. Geralmente o fluxo maior é no início da manhã ou da tarde. Sugerimos um contato prévio com algum prestador desse serviço.
É possível combinar com o taxista da lotação dele mesmo buscar o visitante em qualquer lugar de Manaus, devendo o preço ser acertado anteriormente. Pacotes para transporte exclusivo Manaus-Novo Airão também são possíveis.
Ônibus
Há ônibus executivos que saem da rodoviária de Manaus. A maior parte das rotas inclui uma parada em Manacapuru, fazendo com que a viagem dure por volta de 4 horas até Novo Airão. Nesse período de pandemia do COVID19 os dias e horários estão mais restritos. Sugerimos sempre confirmar os horários.
O artigo foi escrito com base em dados coletados em estações na Finlândia e no estado do Amazonas em períodos distintos ao longo do ano de 2016. As simulações revelam que os modelos comumente utilizados não são adequados para os estudos em clima tropical. "As simulações foram muito mais precisas para as florestas da Finlândia que para a floresta amazônica. Ou seja, temos muito trabalho pela frente para o entendimento adequado dos processos atmosféricos que ocorrem na maior floresta tropical do planeta", esclarece o professor.
Foto: Reprodução/IFPA
Professor Quaresma explica que o resultado dos dados trabalhados no artigo deixa claro que ocorreram avanços importantes nas previsões de modelos climáticos globais. "Contudo, as interações entre aerossóis, radiação solar e nuvens ainda requer melhoramentos. No cenário atual de mudanças climáticas globais e esse melhoramento precisa ser rápido para que tenhamos previsões precisas do clima futuro", avalia.
Os estudos sobre os aerossóis atmosféricos no Brasil não são inéditos e nem recentes. Estas partículas respondem por uma das maiores incertezas nas pesquisas dos cenários de mudança climática. Porém, este artigo é o primeiro a comparar os dados experimentais de aerossóis, temperatura e nuvens por meio de simulações oriundas de modelos climáticos globais. Graças ao monitoramento de longo prazo do projeto ATTO.
O projeto ATTO é uma torre pesquisa científica com altura de 325 metros situada em uma região de terra firme, em um planalto de 130 metros de altitude, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uatumã (RDSU) na Amazônia. Está instalada a 150 quilômetros de Manaus. E serve de base de estudos para diversos pesquisadores.
Quem é Cleo Quaresma?
O professor Cleo Quaresma Dias Júnior é paraense, conhece bem a floresta como poucos e se especializou por meio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Ele integra, desde 2011, o grupo de pesquisadores de micrometereologia do programa científico da Torre Alta da Amazônia (ATTO). E, desde 2023, é um dos pesquisadores membros do Conselho Nacional de Produtividade e Pesquisa (CNPq) e contemplado com a bolsa de produtividade.
O artigo publicado na Nature é um dos diversos artigos científicos resultantes das pesquisas desenvolvidas na região amazônica por meio de orientação de alunos. Ajuda a ampliar a fronteira dos conhecimentos sobre os processos atmosféricos na Amazônia.
O que são os aerossois?
Aerossol é o nome empregado pelos pesquisadores para se referir às partículas sólidas e líquidas suspensas no ar atmosférico ou meio gasoso. São partículas com tamanhos que podem variar de 0,001 a 100 micrômetros (μm), partículas inaláveis. Em outras palavras, são as nuvens, a neblina, o ar dos desodorantes e purificadores, assim como a poeira e a fumaça, que são extremamente finos, as vezes invisíveis aos olhos, porém perceptíveis ao olfato, respiração humana e aparelhos de estudos do ar.
Na atmosfera, estas partículas podem ser carregadas pelo vento de um lugar para outro e passar dias suspensas antes de voltar a superfície da Terra. Situação que pode gerar impactos a níveis local, regional e global.
Os aerossóis podem ser de origem natural ou proveniente da atividade humana. Os aerossóis atmosféricos têm, devido às atividades humanas, aumentado causando impactos ambientais e adversos à saúde humana e mudanças climáticas. Os modelos matemáticos e físicos desenvolvidos para estudar e prever o clima, o tempo e a qualidade do ar, passaram a considerá-los.
As fontes de aerossóis podem ser naturais como, por exemplo, os oceanos (sal), os desertos e vulcões (poeira), ou artificiais como, por exemplo, a queima de biomassa e combustíveis fósseis (fuligem e fumaça). As bactérias, vírus, fungos, esporos e pólens são os chamados bioaerossóis, por conta da origem biológica.