Setores de inteligência da polícia de São Paulo detectaram sinais de uma potencial nova facção criminosa, o Primeiro Comando Puro (PCP), que surge a partir de ex-aliados de Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC).
As informações sobre o PCP, embora consideradas preliminares, estão circulando nos bastidores do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), a unidade de elite da Polícia Civil de São Paulo, em meio a uma divisão interna na alta cúpula do PCC.
Especula-se que o preso Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, esteja à frente do PCP, desempenhando um papel central no conflito com Marcola. Há também relatos de tentativas de alianças entre o PCP e o Comando Vermelho, a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, historicamente rival do PCC.
Embora as autoridades policiais não confirmem oficialmente o surgimento do PCP, interceptações telefônicas sugerem sua existência.
Robinho, o ex-jogador de futebol brasileiro condenado por estupro coletivo na Itália em 2013, deu entrada no presídio de Tremembé, localizado em São Paulo, nesta semana, para cumprir uma pena de nove anos de prisão. Essa entrada ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que sua pena fosse executada imediatamente no Brasil. O ex-atleta agora enfrentará um “regime de observação” que se estenderá por 10 dias, em uma cela com dimensões de aproximadamente 8 metros quadrados.
Período de isolamento
Durante esse período de observação, Robinho está alojado em uma cela onde não terá a companhia de outros detentos nem receberá visitas de familiares.
Ao chegar ao presídio, ele passou pelo processo de inclusão, recebendo um número de matrícula que o identificará dentro da instituição. Além disso, foi providenciado a ele um kit de itens básicos, contendo uniforme, materiais de limpeza e produtos de higiene pessoal, como parte do protocolo de entrada no sistema prisional.
Rotina dentro da unidade prisional
Dentro do presídio, Robinho seguirá a rotina comum de alimentação, pautada pelo cardápio geral estabelecido pela Secretaria de Administração Penitenciária. Sua cela está equipada com os itens básicos de um ambiente habitável, incluindo um vaso sanitário, uma pia e uma cama. Vale ressaltar que essas condições fazem parte do padrão de alojamento oferecido aos detentos no sistema penitenciário.
Presídio de Tremembé
O presídio de Tremembé, situado a aproximadamente 130 km da capital paulista, tem uma história marcada pela custódia de figuras notáveis envolvidas em casos de grande repercussão nacional. Entre esses indivíduos estão Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves. Apesar disso, é considerado um ambiente prisional controlado, com menos ocorrências relacionadas a facções criminosas se comparado a outras instituições penais do estado.
Com uma capacidade para abrigar até 408 pessoas, a maioria dos detentos em Tremembé possui formação educacional de nível médio ou superior completo. Além de casos de grande destaque midiático, como o de Robinho, a penitenciária também recebe condenados por crimes de estupro e ex-profissionais ligados à área de segurança, como ex-agentes penitenciários e ex-policiais.
Um promotor do Ministério Público de Goiás (MPGO) insultou uma advogada durante um julgamento no Tribunal do Júri em Alto Paraíso de Goiás (GO). O episódio ocorreu na última sexta-feira (22) e causou revolta entre os presentes.
O promotor Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury dirigiu-se à advogada Marília Gabriela Gil Brambilla de forma pejorativa, referindo-se a ela como “feia” durante o julgamento. Ao g1, o promotor argumentou que a advogada tinha a intenção de anular o júri e, por isso, o interrompeu por diversas vezes e, nos momentos de fala dela, agia com ironia e “mandou um beijo” para ele, momento em que ele disse que não a beijaria.
“Na parte final do julgamento, ela sentou próximo de onde eu estava falando e me ofendeu mais uma vez. Provocou de forma sarcástica e fez o gesto com a boca, como quem está mandando um beijo. Aquilo me deixou revoltado. Eu tenho um casamento de 25 anos. Tenho uma esposa, eu tenho filhos. Eu falei para ela: ‘Olha, eu aceitaria um beijo de qualquer pessoa aqui, menos da senhora, até porque a senhora é feia’”, contou o promotor.
Após o primeiro comentário ofensivo, o promotor continuou a desferir insultos contra a advogada, provocando uma reação indignada dos presentes. Em resposta aos protestos, o promotor reiterou suas ofensas, sugerindo que tecnicamente ela não era uma mulher bonita. O incidente culminou na retirada de uma jurada do plenário, o que resultou na anulação da sessão de julgamento por decisão do juiz presidente do júri, Felipe Junqueira d’Ávila Ribeiro.