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Regionais : Entenda o que muda no ensino médio após projeto aprovado na Câmara
Enviado por alexandre em 23/03/2024 11:00:00

A Câmara aprovou na quarta-feira (20) o projeto que prevê novas regras para os estudantes de ensino médio de todo o Brasil.

Os deputados aliados do governo Lula (PT) e os parlamentares de oposição fizeram um acordo nos bastidores e as novas diretrizes da última etapa educacional na formação escolar dos alunos foram aprovadas em votação simbólica, com resistências apenas do PSOL.

A matéria segue para o Senado Federal e, se a Casa fizer mudanças no texto, o projeto retorna para a Câmara antes de seguir para sanção presidencial.

O tema voltou à pauta do Congresso após o presidente Lula sofrer pressão de aliados e enviar um projeto de lei para revogar a reforma do ensino médio elaborada pelo então governo Michel Temer (MDB) e sancionada em 2017.

Agora, caso prevaleça o texto aprovado na Câmara, o sistema de educação terá que se adaptar para implementar as novas regras. Houve uma ampliação das disciplinas obrigatórias, aumento de carga horária para aulas do currículo comum de todos os alunos, mudanças nos itinerários formativos que os estudantes optam por se aprofundar, entre outras alterações.

A aprovação do projeto demandou muita negociação entre o relator, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), e o ministro da Educação, Camilo Santana. Ambos chegaram a se exaltar em uma reunião fechada e pediram desculpas recíprocas para tentar amenizar o clima.

O governo via como imprescindível a manutenção das 2.400 horas obrigatórias em todos os itinerários formativos. Mendonça, porém, conseguiu apoio da maioria dos partidos políticos e dos secretários estaduais de educação contra a proposta. A visão é que a falta de flexibilidade na carga horária inviabilizaria os cursos técnicos.

Ao final, o governo cedeu e fechou um acordo para evitar perdas maiores em relação ao projeto enviado ao Congresso ano passado. Entenda as mudanças:

1. Carga horária da grade curricular comum

Os deputados aprovaram uma carga horária mínima de 2.400 horas para o currículo comum, em que estão disciplinas tradicionais como português, matemática, história física, entre outras. Apenas estudantes que optarem por fazer curso profissionalizante terão a carga horária comum reduzida para 2.100. Alunos que escolherem cursos técnicos que demandem 1.200 horas, como de enfermagem, por exemplo, serão aproveitadas 300 horas do currículo comum -ao todo, são 3.000 horas no ciclo completo.

Hoje, devido à reforma aprovada em 2017, são separadas 1.800 horas para as disciplinas obrigatórias e 1.200 para o itinerário formativo escolhido pelo aluno.

2. Disciplinas obrigatórias

Caso as regras aprovadas pela Câmara virem lei, irão se tornar obrigatórias as seguintes disciplinas: língua portuguesa e literatura, inglês, artes, educação física, matemática, biologia, física, química, filosofia, geografia, história e sociologia. Atualmente, são matérias imprescindíveis segundo a base comum curricular o português, matemática, educação física, artes, sociologia e filosofia.

3. Itinerários formativos

Ao chegar ao ensino médio, os alunos precisam optar em qual itinerário formativo pretendem se aprofundar. Além do curso técnico, as outras quatro opções são linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e ciências humanas e sociais aplicadas. O governo tentou emplacar o nome da parte flexível do currículo como “percursos de aprofundamento e integração de estudos”, mas a Câmara retomou a expressão itinerário formativo. As escolas “deverão garantir que todas as escolas de ensino médio ofertem o aprofundamento integral” das quatro áreas, “organizadas em no mínimo dois itinerários”, conforme diz o texto aprovado.

4. Ensino a distância

A reforma do ensino médio de 2017 previa a possibilidade de aulas online e ainda permitia escolas a firmar convênios com instituições de educação a distância. O governo, porém, enviou o projeto ao Congresso sem essa previsão, permitindo apenas em situações específicas para os itinerários formativos. Ao final, a Câmara autorizou o ensino online, mas apenas em situações excepcionais e mediante regulamentação pelo Ministério da Educação.5. Enem

Embora não cite especificamente o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o projeto afirma que o governo federal deverá definir como serão abordados os conhecimentos dos itinerários formativos em provas de acesso a universidades. “A União desenvolverá indicadores e estabelecerá padrões de desempenho esperados para o ensino médio, que serão referência nos processos nacionais de avaliação”, diz a norma.

Notícias ao Minuto

Coluna Mulher : Não ler rótulos de cosméticos e outros hábitos cotidianos afetam a pele
Enviado por alexandre em 23/03/2024 02:03:32


Foto: Reprodução

Produtos com corantes e conservantes, além de estresse, falta de água e consumo excessivo de açúcar, contribuem para o envelhecimento precoce

Ao mesmo tempo em que o Brasil desponta no ranking mundial em tratamentos de beleza e harmonização facial, estudos revelam que a população não bebe água o suficiente. Além disso, segundo pesquisas divulgadas pela International Stress Management Association (ISMA), o Brasil é o segundo país com a força de trabalho mais estressada e com altos índices de depressão. Como se não bastasse, apesar da riqueza natural do país, a maioria ainda é adepta aos alimentos industrializados e não entende sobre rótulos de cosméticos. Tudo isso influencia na beleza da pele.

 

"Existe uma contradição enorme sobre alimentação e beleza da pele quando observamos a busca acelerada por tratamentos complexos faciais, inclusive, com nossos pacientes. Muitas pessoas estão dispostas a investir em opções de beleza de alto custo para corrigir um problema de forma rápida por conta de maus hábitos ao longo da vida. Porém, não investem no que deveria ser o óbvio, no alimento da pele desde cedo, e isso já começa com o consumo adequado de água. Rótulos com ingredientes prejudiciais, com informações que a população desconhece, embalagens sofisticadas e produtos muitas vezes caros, tanto na comida quanto nos cosméticos, não contribuem para uma pele mais saudável e bonita", explica Laís Theis, especialista em dermorenovação.

 

Laís, juntamente com a nutricionista Melyssa Esser, é responsável pela nova marca brasileira de cosméticos "Sem Rótulo", que tem como foco estimular as pessoas a utilizarem produtos sem ingredientes prejudiciais à saúde (e veganos) e a identificarem ingredientes nos rótulos que causam malefícios à pele. Ao iG Delas , as duas listaram seis atitudes práticas para manter a saúde e evitar o envelhecimento precoce. Confira a seguir:

 

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Cravos, espinhas, irritabilidade, envelhecimento precoce, oleosidade e assim por diante... O corpo é formado especialmente por água, e quando a quantidade de água ingerida durante o dia não é suficiente, isso afeta de forma significativa a qualidade de vida e a saúde da pele.

 

"Ao ajustar a água no dia a dia de nossos pacientes, já constatamos resultados surpreendentes", conta Laís Theis. A quantidade de água diária, segundo a especialista, varia de pessoa para pessoa, mas ela ensina uma regrinha básica. Multiplicar o peso corporal por 0,35 ml de água ajuda a orientar no volume a ser ingerido por dia e pode, inclusive, evitar tratamentos complexos para a pele.

 

 

Glicação é o processo em que as moléculas de açúcares e carboidratos se grudam às proteínas do corpo, o que deveria ocorrer de forma lenta e natural ao longo da vida. Porém, em excesso, contribuem para a formação de rugas, flacidez e envelhecimento precoce, além de doenças cardíacas, degenerativas e diabetes.

 

"Imagine a preparação de uma panqueca. Na panela, se você adicionar muito açúcar, ao cozinhar e se misturar com as proteínas e a massa, ela pode ficar pegajosa, caramelizar de forma exagerada e até estragar. Com a glicação além do normal, acontece o mesmo na pele", exemplifica a nutricionista Melyssa Esser.

 

Para minimizar ou até reverter os efeitos da glicação, ela orienta usar cosméticos com ativos que protegem o efeito indesejado, como a Niacinamida, vitamina E, vitamina C, e proteção solar, além de evitar consumo de açúcares refinados e alimentos industrializados e apostar em dieta equilibrada com ingredientes saudáveis.

 

O cacau é repleto de substâncias benéficas ao corpo e contribui também na regulação do humor, do sono e até do apetite, e tem várias outras vantagens, como ajudar na circulação sanguínea - tudo isso é aliado da pele. Especialistas indicam que, com cerca de uma colher rasa de sopa de cacau por dia, adicionada a frutas ou iogurtes, é possível se beneficiar das propriedades. O cacau, pela presença de flavonoides em sua composição, age no envelhecimento precoce.

 

CONSUMA FRUTAS ANTIOXIDANTES

 

Morango, mirtilo, romã, ameixa e outras frutas vermelhas são as "queridinhas" da pele por serem antioxidantes, combaterem os radicais livres e agirem na saúde da pele. O mamão também é mais uma indicação, já que também tem propriedades antioxidantes e ajuda no funcionamento do intestino. A dica das especialistas é consumir as frutas da forma mais natural possível para aproveitar ao máximo suas propriedades.

 

PRATIQUE EXÉRCICIOS FÍSICOS E DESCANSE

 

 Fotos: Reprodução

 

Já é mais do que comprovado que a prática de exercícios físicos é fundamental para um corpo e uma mente mais saudável e equilibrada. O estresse afeta o funcionamento do organismo e traz malefícios à pele. Portanto, as profissionais alertam para a importância de investir um tempo diário nos exercícios, bem como ao descanso e ao sono de qualidade.

 

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ENTENDA OS RÓTULOS DOS COMÉTICOS

 

Ao adquirir um cosmético, muitos não se dão conta que muitas das fórmulas, apesar da embalagem atrativa, estão repletas de produtos que agridem a pele e são prejudiciais à saúde, algumas, inclusive, cancerígenas. É o caso dos ftalatos, parabenos e petrolatos. Portanto, na dúvida, a dica é optar por biocosméticos, produtos veganos que evitam ao máximo o uso de corantes e conservantes. "O que vale é o que está dentro do rótulo e não fora", explicam as diretoras da marca Sem Rótulo.

 

Fonte: iG

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Coluna Qualidade de Vida : Nutricionista revela o queijo mais proteico e leve para perder peso
Enviado por alexandre em 23/03/2024 02:02:38

Segundo a nutricionista Marta Verona, existe um queijo com pouca gordura e muito rico em proteínas que é ideal para quem deseja perder peso

O queijo é uma excelente fonte de cálcio, desempenhando um papel fundamental na construção e reparação de tecidos. Apesar dos benefícios, algumas pessoas se preocupam com a quantidade de calorias. Pensando nisso, uma nutricionista revelou uma opção mais proteica e leve para quem deseja perder peso: a ricota.

 

Muitas vezes confundido com o queijo fresco, a ricota é fabricada a partir do soro do leite e tem uma textura delicada. De acordo com a nutricionista Marta Verona, em entrevista ao portal especializado em saúde e bem-estar Saber Vivir, esse alimento fornece menos gordura (13 gramas por 100 gramas de alimento) e menos calorias (174 calorias por 100 gramas de alimento) que outros tipos de queijo.

 

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Além disso, ao contrário de outros queijos que contêm caseína, a ricota contém lactoglobulina e lactoalbumina, proteínas de maior valor biológico por terem mais aminoácidos essenciais. Outra vantagem está no baixo teor de sódio.

 

Ricota - Metrópoles

( Foto: Reprodução) 

 

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Como se não bastasse, a ricota é um poderoso antioxidante que contém vitaminas B e vitamina A. Por isso, o alimento é ideal para a perda de peso. Vale a pena consumi-lo com um pouco de mel ou adicioná-lo a saladas.

 

Fonte: Revista Veja

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Ciência & Tecnologia : Gravidade de Marte influencia oceanos e o clima na Terra
Enviado por alexandre em 23/03/2024 01:59:46

A inteligência artificial como forma de ampliar o acesso à saúde pública

Foto: Reprodução

Ao melhorar a comunicação com os usuários e otimizar o agendamento de serviços, essa inovação pode otimizar todo o ecosistema de saúde

Imagine um mundo onde marcar uma consulta médica seja tão fácil quanto enviar uma mensagem pelo celular e onde cada interação com o sistema de saúde seja personalizada, eficiente e sem complicações. Esse não é um cenário distante: em inúmeras cidades brasileiras, a inteligência artificial está se consolidando como ferramenta estratégica para humanizar a saúde pública.


O contexto que mencionei refere-se à tecnologia de processamento de linguagem natural (PLN). São assistentes virtuais capazes de acolher os usuários e dar encaminhamentos a trabalhadores do SUS sobre as demandas apresentadas.

 

O uso de robôs na comunicação e na gestão de agendamentos médicos reflete uma inovação essencial, com implicações profundas tanto para a eficiência quanto para a experiência do usuário.

 

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O objetivo desses serviços é confirmar agendamentos para exames e consultas, um passo crucial no combate ao absenteísmo na rede pública, que atinge índices preocupantes em inúmeras situações, representando um grande desperdício de recursos e oportunidades perdidas para outros usuários. Ao confirmar a presença dos pacientes e lembrá-los de seus compromissos, os chatbots contribuem significativamente para a otimização dos serviços de saúde.

 

Além de reduzir o absenteísmo, essa tecnologia também permite um melhor gerenciamento de recursos. Quando pacientes desmarcam, o SUS pode reagendar essas vagas para outras pessoas, aumentando a resolutividade do sistema e reduzindo o tempo de espera por atendimento.

 

Ao melhorar a comunicação com os usuários e otimizar o agendamento de serviços, essa inovação tem o potencial de aumentar a resolutividade, reduzir o desperdício de recursos e melhorar a experiência da população no SUS.

 

Além disso, essa iniciativa destaca o papel cada vez mais importante da tecnologia na transformação dos serviços de saúde, promovendo uma abordagem mais integrada e responsiva às necessidades dos pacientes.

 

A tecnologia empregada nos chatbots vai além de simples comandos binários de “sim” ou “não”. Eles são capazes de interpretar respostas mais complexas. Essa capacidade de compreender a linguagem humana de maneira mais sofisticada é fundamental para garantir uma interação mais eficaz e menos frustrante para os usuários.

 

A expansão da inteligência artificial para outras demandas do SUS é um passo promissor. Em ambientes hospitalares, por exemplo, procedimentos como cirurgias são marcados e a precisão na confirmação de agendamentos é ainda mais crítica.

 

A utilização desses robôs não só otimiza o processo de confirmação, mas também libera recursos humanos para outras tarefas importantes em saúde.


A inteligência artificial tem ido além, permitindo o desenvolvimento de estratégias promissoras em saúde preventiva, em campanhas e com a customização de recomendações a usuários conforme sua fisiologia e necessidades.

 

Redes Neurais Convolucionais (CNNs), que são um tipo de rede neural artificial que se especializa em processar dados estruturados em grade, como imagens e séries temporais, têm sido usadas para identificar padrões nas imagens e as classificam como normais ou anormais, facilitando diagnósticos e agilizando tratamentos.


Sistemas de apoio à decisão clínica sugerem opções de tratamento com base em diretrizes de saúde e evidências científicas. Tudo isso aponta para um futuro no qual a saúde pública será capaz de proporcionar mais qualidade de vida a todos os cidadãos.

 

Campinas, uma cidade marcada por sua história de inovação e promoção dos saberes científicos e tecnológicos, também marca presença nessa infinidade de avanços. Criamos a assistente virtual “Ana”, que está abrindo um novo capítulo na história da saúde pública.

 

A medida faz parte do programa “Acesso Fácil”, que busca ampliar a oferta dos serviços de saúde e agilizar o atendimento. O chatbot já tem começado a fazer a diferença em nossa cidade, para o bem-estar e qualidade de vida da população.


O desafio de aquisição dessas novas tecnologias é vasto, mas as possibilidades são ainda maiores. A integração da inteligência artificial na saúde não é apenas uma melhoria operacional; é um compromisso com um futuro em que cada indivíduo tem acesso a cuidados de saúde de qualidade.

 

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Podemos, com as nascentes tecnologias, garantir que todos tenham acesso aos cuidados de que precisam, quando precisam. A saúde pública é, e sempre será, nossa prioridade máxima. Vamos avançar com mais profissionais de saúde, mais leitos, mais exames, mais vacinas, mais prevenção e mais tecnologia. Este é o momento de agir, de inovar e de transformar. O SUS merece nada menos que nosso melhor esforço e nossa mais brilhante inovação. 

 

Fonte: Metrópoles


Gravidade de Marte influencia oceanos e o clima na Terra

Foto: Reprodução

Apesar do tamanho reduzido e da distância, Marte pode provocar mudanças na circulação oceânica profunda e afetar o clima da Terra com sua atração gravitacional.

 

A descoberta está no estudo feito por cientistas das universidades de Sydney (Austrália) e Sorbonne (França) publicado na Nature Communications no dia 12 de março.

 

Para achegar à conclusão, os autores analisaram o comportamento das correntes oceânicas nos últimos 65 milhões de anos por meio de amostras de sedimentos de águas profundas.

 

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A distância entre Marte e Terra varia conforme as posições orbitais de ambos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

 

Enquanto a sedimentação contínua indicava condições mais calmas no fundo dos mares, as quebras representavam correntes marítimas mais fortes.

 

De acordo com os pesquisadores, o aumento e a diminuição da força dessas correntes marítimas ocorria a cada 2,4 milhões de anos, o que foi batizado como “grandes ciclos astronômicos”. Ao comparar as variações com eventos astronômicos, eles fizeram uma descoberta inesperada.

 

Cada um dos grandes ciclos astronômicos coincidiu com registros de interações gravitacionais entre o Planeta Vermelho e a Terra. “Só há uma maneira de explicá-los: eles estão ligados a ciclos das interações de Marte e da Terra orbitando o Sol”, observou a líder do grupo de pesquisa, Adriana Dutkiewicz, em comunicado.

 

COMO A GRAVIDADE DE MARTE INFLUENCIA A TERRA?

 

As marés também são influenciadas pela Lua. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

 

Embora sutil, a influência gravitacional marciana modifica a excentricidade planetária, ou seja, o quão circular é a órbita terrestre ao redor do Sol. Isso significa que a cada ciclo, o planeta enfrenta períodos de maior ou menor exposição à radiação solar, com o clima ficando mais quente durante a época de alta luminosidade.

 

Quando havia mais calor na atmosfera, a quantidade de correntes oceânicas fortes aumentava, formando “redemoinhos gigantes” que em algumas ocasiões atingiam o fundo do mar abissal, erodindo a área e provocando grandes acúmulos de sedimentos. Já nos momentos de exposição reduzida ao Sol, este mecanismo perdia força.

 

Mesmo não tendo relação com o aquecimento global recente, as mudanças causadas pela interação dos campos gravitacionais dos dois planetas (ressonância) podem ajudar a entender o momento atual. É que o estudo desses movimentos permite compreender melhor como as altas temperaturas impactam a circulação oceânica.

 

DIMINUINDO OS IMPACTOS DO COLAPSO DA AMOC

 

As interações gravitacionais podem auxiliar na manutenção de temperaturas amenas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Fotos:Reprodução

 

Caso a teoria sobre Marte se confirme, é possível que os redemoinhos gigantes mitiguem parcialmente a estagnação oceânica prevista com o colapso da Circulação Meridional do Atlântico (AMOC). Este sistema de correntes colabora com a estabilidade das temperaturas em diferentes regiões.

 

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Em uma eventual ausência da AMOC, o ciclo cósmico que impulsiona as correntes no fundo do mar permitiria manter o sistema de circulação das águas pelo menos em parte, diminuindo os impactos do colapso previsto para algum momento neste século. 

 

Fonte:Mega Curioso

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Coluna Meio Ambiente : Peixe-elétrico misterioso segue sem ser encontrado por pesquisadores na Amazônia
Enviado por alexandre em 23/03/2024 01:57:34


Um dos quatro exemplares de Iracema caiana depositados no Museu de Zoologia da USP em 1968. Desde então, nenhum outro exemplar foi coletado. Foto: Thiago Loboda/MZ-USP

O mistério continua. Os pontos onde o pesquisador Tyson Roberts teria coletado os únicos quatro exemplares conhecidos de Iracema caiana passaram por uma intensa varredura pela equipe da Expedição DEGy Rio Negro, que percorreu tanto este local como parte do rio Jauaperi para a coleta de peixes-elétricos, mais conhecidos como poraquês e sarapós.

Depois de três dias e mais de 60 espécies coletadas, 15 delas de sarapós, a equipe encerrou as buscas no rio Jauaperi. A embarcação Comandante Gomes ficou atracada uma noite na comunidade de Tanauaú e duas na de Itaquera, no município de Rorainópolis, em Roraima. Além da mudança provisória de rio, a equipe também mudou temporariamente de Estado.

"Visitamos os mesmos pontos indicados por Tyson Roberts em que ele teria coletado Iracema caiana. Coletamos dezenas de espécies de diferentes famílias, inclusive sarapós, mas encerramos essa parte da viagem sem encontrar essa espécie enigmática de peixe-elétrico", explica Osvaldo Oyakawa, técnico de apoio à pesquisa do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), que coordenou os trabalhos da expedição.

A Expedição DEGy Rio Negro fez buscas na área da coleta de Iracema caiana, segundo registrou Tyson Roberts no final da década de 1960, mas não encontrou o peixe-elétrico. Foto: Thiago Loboda/MZ-USP

A Expedição DEGy Rio Negro ocorreu no âmbito do projeto 'Diversidade e Evolução de Gymnotiformes' (DEGy), apoiado pela FAPESP. Os relatos compõem a nova edição da série Diário de Campo.

"A raridade de exemplares de Iracema disponíveis em coleções científicas para estudos dificulta estabelecer com mais precisão as relações de parentesco com outras espécies da ordem dos peixes-elétricos. Daí o esforço realizado para obter mais espécimes em seu ambiente natural, ainda desconhecido",

esclarece Naércio Menezes, professor do MZ-USP e coordenador do projeto.

A Agência FAPESP buscou por informações na comunidade de Itaquera sobre a possível visita de Roberts em 1968, mas não obteve sucesso. Por e-mail, o pesquisador, ainda na ativa aos 84 anos, afirma que não se lembra dos detalhes da coleta, ocorrida nos seus primeiros anos de carreira.

"Muitas pessoas me ajudaram a coletar espécimes de peixes, normalmente pescadores locais cujos nomes eu não obtive. Se tive ajudantes regulares que me acompanharam em longas viagens, eles não deviam ser de lá [Itaquera], e não se lembrariam de coletas que me ajudaram a fazer em vários lugares. Sinto muito não conseguir fornecer nenhuma informação útil", disse Roberts, de Bangkok, na Tailândia, onde vive atualmente.

Pesquisadora Angela Zanata procura por peixes durante coleta em igarapé no rio Jauaperi. Foto: André Julião/Agência FAPESP

Seca

"Nessa coleta, de modo geral, encontramos uma quantidade muito menor de peixes, em termos de diversidade de espécies e biomassa. Uma hipótese é que a grande seca ocorrida no final do ano passado pode ter levado os peixes que não morreram a migrar para as cabeceiras dos rios", avalia Carlos David de Santana, pesquisador associado ao Museu Nacional de História Natural, da Smithsonian Institution, nos Estados Unidos, parceira do projeto.

"Por exemplo, dois gêneros comuns nos ambientes aquáticos que prospectamos (Gymnorhamphichthys e Rhamphichthys) não foram capturados [até aquele momento da expedição], o que pode ser um indicativo do impacto da seca nas comunidades de peixes que vivem na região. Da mesma forma, sinais elétricos não foram detectados com os equipamentos próprios para isso", completa.

No que se refere à Iracema caiana, elucida Santana, outra possibilidade é que os espécimes coletados em 1968 tenham sido levados até Roberts de outro local, talvez mais próximo às cabeceiras.

O inverno amazônico, que é a estação das chuvas, vai de setembro a fevereiro. Em outubro de 2023, porém, o rio Negro chegou ao menor nível dos últimos 121 anos em que os registros são realizados. Foram 12,70 metros em Manaus, sendo que o recorde anterior, de 2010, era de 13,63 metros.

Ainda que tenha voltado a chover e o volume do rio aumentado, a quantidade de chuvas é bastante inferior à dos outros anos. Em janeiro, o volume de chuvas de 110 milímetros era considerado "muito seco", dada a média das duas últimas décadas. Enquanto a expedição percorria a bacia do Negro, em fevereiro, as chuvas foram ainda mais escassas, 104 milímetros.

Equipe da Expedição DEGy Rio Negro faz arrasto para coleta de peixes em igarapé no rio Jauaperi. Foto: André Julião/Agência FAPESP

"As áreas onde foram realizadas as coletas apresentam um alto grau de preservação, não sendo encontrados sinais de alterações ou impactos provocados por humanos. Precisamos investigar agora se a espécie, na verdade, ocorre em outra área ou se simplesmente não foi encontrada, o que é bastante comum nesse tipo de estudo",

esclarece Lucia Rapp Py-Daniel, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (Inpa), que também fez parte da expedição.

Saindo de Itaquera, a equipe rumou para Barcelos (AM), onde foram obtidos mais combustível e alimentos. O próximo destino seria o rio Preto, no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM).

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Agência FAPESP, escrito por André Julião para o especial Diário de Bordo

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