Ex-presidente discursou em ato pelo impeachment do ministro do STF na Avenida Paulista

Em seu discurso na manifestação pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), neste 7 de Setembro, na Avenida Paulista (SP), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre sua luta contra a corrupção sistêmica existente no Brasil, o que teria provocado um estrangulamento dos esquemas criminosos, produzindo uma caçada política contra ele.

Na oportunidade, o presidente de honra do Partido Liberal (PL) declarou que sua eleição em 2018 se deu graças a uma “falha do sistema”. Diante da multidão aglomerada no coração da capital paulista, Bolsonaro disse que existem dois tipos de ladrões: “o que rouba dinheiro”, em clara referência ao passado criminal do presidente Lula (PT), e “os que roubam o futuro, a liberdade”.

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O líder conservador voltou a afirmar, sobre a posse de Lula, em 2023, que ele jamais passaria a faixa para um ladrão, e voltou sua artilharia a Alexandre de Moraes, alvo do ato político deste sábado.

O ex-presidente declarou que Moraes, a quem se referiu como “ditador”, faz mais mal ao Brasil do que Luiz Inácio Lula da Silva.

Assista ao discurso:

Ministro do STF impôs multa de R$ 50 milhões ao senador

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) desabafou, na noite da última terça-feira (3), com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre sua delicada situação financeira após o bloqueio de suas contas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A sós, frente a frente no plenário do Senado, Do Val expôs sua condição vexatória. Relatou que teria de dormir no Senado, não por protesto, mas por necessidade, já que não tinha recurso para pagar os funcionários de seu apartamento, além de não ter como comprar comida.

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A conta do parlamentar está negativa em R$ 50 milhões, de acordo com ele, por consequência de uma multa aplicada por Alexandre de Moraes.

Ainda naquela noite, após a conversa com Pacheco, Moraes desbloqueou 30% do salário do senador.

Do Val já tinha levado suas malas para o Senado afirmando que escolheria um corredor para dormir.

Ministro do STF ignora a voz das ruas e enaltece o colega, alvo de uma série de denúncias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, saiu em defesa de seu par, o ministro Alexandre de Moraes. Neste sábado, o homem de confiança de Lula usou suas redes sociais para enaltecer Moraes, a quem se referiu como “mestre e amigo”.

– Defender uma Pátria Justa e Democrática, nos termos da Constituição, é o trabalho a que me dedico no Supremo, onde aprendo com mestres e amigos a exemplo de Alexandre de Moraes.

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Para o ex-ministro da Justiça deste governo Lula, Moraes é corajoso e independente em suas decisões.

– É um juiz que tem a coragem e a independência necessárias para fazer o certo. É o que verdadeiramente importa – declarou Flávio Dino.

Moraes é alvo de uma série de denúncia veiculadas pelo jornal Folha de S.Paulo, expondo o exercício marginal da atividade judicante em detrimento de seus desafetos políticos.

Neste 7 de Setembro, uma multidão tomou a Avenida Paulista, no coração da capital paulista, para pedir o impeachment de Alexandre de Moraes. O coordenador do ato, pasto Silas Malafaia, pediu a prisão do magistrado pelos reiterados crimes cometidos.

Um novo pedido de destituição do ministro será apresentado no Senado

O site Votos Senadores apresenta a lista da posição dos parlamentares sobre o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Atualizado diariamente, o site traz informações de como votarão os senadores no pedido.

No placar deste domingo (8), a maioria não revelou como votaria sobre o caso. São 34 senadores indefinidos, contra 31 a favor da destituição de Moraes e 16 contrários.

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A lista dos parlamentares que concordam com a saída de Moraes tem políticos de diversos partidos, como o Partido Liberal, Partido Novo, União Brasil, Progressistas, Republicanos e Podemos.

Na lista dos contrários, a maioria é do Partido dos Trabalhadores, segundo pelo PDT, PSD e PSB. Os senadores do chamado “Centrão”, são os indecisos sobre o assunto, como MDB, União Brasil, PSD, Republicanos, Podemos, Progressistas e outros.

NOVO PEDIDO SERÁ APRESENTADO
Um novo pedido de impeachment contra o ministro será protocolado na próxima segunda-feira (9).

O novo pedido se iniciou em 14 de agosto e é uma reação às denúncias contra Moraes, que foram publicadas pela Folha de S.Paulo, de suposto uso indevido da estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para perseguir aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro negou as acusações.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse na semana passada que os senadores não vão votar no pedido, para não serem considerados impedidos no processo de julgamento.