A campanha Março Lilás tem como objetivo, conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino
O mês de março marca um período de atenção especial à saúde da mulher. A campanha Março Lilás tem como objetivo, conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino. O câncer de colo de útero, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
"O câncer é uma formação maligna que acomete o colo do útero no fundo da vagina, onde ocorrem lesões inicialmente benignas, com o passar do tempo elas vão se agravando" afirma a Oncologista Najila Pinheiro.
Segundo a especialista a maior causa dessa neoplasia é a infecção pelo HPV, uma doença sexualmente transmissível no qual o vírus consegue causar alterações dentro da célula evoluindo para o câncer.
''A importância da conscientização sobre este tipo de câncer, é que na grande maioria das vezes ele pode ser evitado, uma vez que a paciente diagnosticada, as chances de cura é mais de 90%", afirma a Oncologista.
Foto: Gil Guedes
A principal forma de prevenção, é a vacina contra o HPV (disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos), podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.
Foto: Yuri Siqueira
Outra forma de prevenção está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação sexual.
Além disso, o exame preventivo (conhecido como Papanicolau), deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer.
Ao todo, foram 35,73 toneladas de pescado comercializados, sendo 23,7 toneladas de pirarucu e 12,03 de tambaqui, beneficiando diretamente 178 manejadores.
Com informações da FAS
Manejadores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, localizada no município de Fonte Boa, no interior do Amazonas, tiveram um faturamento de R$ 409.177,44 com a comercialização de pirarucu e tambaqui em feiras apoiadas pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em 2023. Ao todo, foram 35,73 toneladas de pescado comercializados, sendo 23,7 toneladas de pirarucu e 12,03 de tambaqui, beneficiando diretamente 178 manejadores.
As Feiras do Pirarucu e do Tambaqui ocorreram ao longo do ano na sede da FAS, em Manaus. Cerca de 2,6 mil pessoas compareceram aos eventos, onde adquiriram um peixe de qualidade e de origem sustentável, que contribui para a manutenção da floresta em pé.
Foto: Divulgação/FAS
Para o gerente do Programa Prosperidade na Floresta da FAS e organizador das feiras, Edvaldo Corrêa, o ano foi de superação de desafios, uma vez que a estiagem extrema, resultado das mudanças climáticas, dificultaram o acesso dos manejadores aos lagos para realizar a pesca, assim como o transporte do peixe até Manaus.
"Nossa avaliação é positiva, apesar das dificuldades que enfrentamos este ano com a grande seca. A feira é muito importante para os manejadores, pois é uma forma de ter um recurso direto. A FAS abre esse espaço, faz a divulgação e dá oportunidades aos manejadores para vender seu produto e explicar aos clientes o que é o manejo sustentável. A recepção dos clientes é muito boa",
afirma Edvaldo.
Um dos manejadores beneficiados é Gilvan de Souza Ferreira, morador da comunidade Mapurilândia, na RDS Mamirauá. Ele relata que, desde que a FAS passou a atuar na região do Médio e Alto Solimões, as comunidades passaram a ter mais autonomia sobre os produtos que comercializam, principalmente o pescado.
"Antes da FAS chegar, nós entregávamos o nosso produto para atravessadores e não víamos a parte de cada um, o que chegava [lucro] era muito pouco. Quando a FAS veio e falamos que seria interessante levar nosso peixe para Manaus, ajudou a ampliar muitas coisas. Hoje temos acesso direto ao consumidor final, é muito prazeroso, pois estamos mostrando nosso produto, dizendo de onde a gente veio. Isso tem gerado uma fonte de renda dez vezes maior do que se entregássemos esse peixe para o atravessador", relata Gilvan.
Se antes, com a figura do atravessador, os pescadores levavam de quatro a seis meses para ter retorno financeiro, nas feiras apoiadas pela FAS eles têm a renda garantida já nos eventos, conta Gilvan.
"As feiras têm feito com que a gente se sinta realizado. Antes o esforço que fazíamos era muito grande, mas a renda era muito pouca. Hoje nos esforçamos um pouco mais porque temos que levar o produto ao consumidor final, mas sabemos que o nosso lucro é maior para cada família. Todas as feiras que fazemos dentro da FAS têm sido um sucesso e conseguimos escoar toda nossa produção. Assim, conseguimos ter uma vida melhor e mais justa para nossa comunidade",
finaliza o manejador.
As Feiras do Pirarucu e do Tambaqui são promovidas pela Associação dos Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurman), com apoio da FAS que é responsável pela infraestrutura, transporte, logística e divulgação. A venda do pirarucu e do tambaqui manejado também têm apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) e da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).
Festa é celebrada na Ilha do Bananal, em Tocantins, e reúne cerca de 3 mil indígenas.
Com informações do Governo do Tocantins
Momento de luta corporal entre os guerreiros das aldeias, durante Hetohoky. Foto: Mazim Aguiar/Governo do Tocantins
Indígenas da Ilha do Bananal se reuniram para realizar um dos eventos mais tradicionais do povo Karajá, o Hetohoky, nos dias 9 e 10 de março. A festa aconteceu na aldeia Santa Isabel do Morro, no sudoeste do Tocantins, próximo à divisa com o Estado do Mato Grosso, e contou com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot) e da Secretaria de Estado do Turismo (Setur). A comunidade é a maior do povo Karajá com mais de mil indígenas.
O Hetohoky é um rito de passagem dos adolescentes indígenas Iny para a vida adulta. Moradores de várias aldeias chegaram ao local em barcos de madeira e voadeiras atravessando o rio Araguaia.
Este é um dos momentos mais aguardados da festa, em que os guerreiros vizinhos chegam e já começam as provocações com cantorias e gritos que marca a rivalidade sadia entre as comunidades para o início das lutas e jogos.
A anfitriã, aldeia de Santa Isabel recebe os visitantes com cânticos e danças. Em seguida, todos se deslocam para a Casa Grande, Hetohoky, para o ritual da passagem. Neste momento, seguindo a tradição, as mulheres não podem se aproximar. Por sete dias os garotos ficam reclusos na Casa Grande e só saem para praticar a pesca ou caça.
Durante toda a madrugada, os guerreiros lutam e tentam derrubar o mastro erguido próximo à Casa Grande. A aldeia Santa Isabel defende o mastro para que os vizinhos não o derrubem, o que seria motivo de vergonha para a aldeia anfitriã.
A comemoração reuniu cerca de três mil indígenas da região do entorno da Ilha e contou com a presença de cerca de 300 visitantes.
A empresária, Katharina Brazil, veio de São Paulo, rodou mais de 2 mil km para chegar até a ilha para vivenciar a cultura do povo Karajá.
"Os indígenas vivem o momento, nós que vivemos na cidade não sabemos mais fazer isso. Sempre fazemos as coisas pensando no amanhã, mas o indígena vive o momento, e isso pra mim é muito interessante",
comentou a visitante ao enaltecer a cultura e o modo de vida dos indígenas.
Toda a preparação para a festa exige muito esforço, trabalho e dedicação da aldeia anfitriã para que possam receber as comunidades. O Cacique tradicional da aldeia Santa Isabel, Sokrowe Karajá, falou da valorização da cultura e de receber um evento de grande porte como esse. "A gente se prepara e se organiza antes. É muito trabalho para que tudo dê certo. Exige muito de nós , mas a gente gosta de fazer", comentou o Cacique.
Foto: Mazim Aguiar/Governo do Tocantins
Hetohoky
No Hetohoky, a Casa Grande, venerada pelos povos Iny (Karajá, Karajá-Xambioá e Javaé), os garotos a partir de 12 anos passam por uma cerimônia de transição para a vida adulta. Durante o ritual, os espíritos da mata, conhecidos como aruanãs, cercam a casa, entoando cânticos, vestidos com indumentárias feitas de palha de palmeira, decorados com adereços coloridos e penas, que representam os animais.
Os aruanãs orientam os adolescentes a participar das atividades e os ensinam sobre tradições e valores da cultura Iny. Ao longo da cerimônia, recebem lições de disciplina e respeito. No encerramento, participam de rituais simbólicos, como banho no rio, remoção de penas, cuidado com os cabelos e pintura corporal, simbolizando a transformação em adultos guerreiros.
"É muito importante manter essa tradição. A gente luta para não acabar. Eu sou um dos defensores da cultura dos Iny. As lutas, a dança, o canto, a pintura, toda a cultura é importante manter", disse o Cacique Iwraru Karajá, ao mostrar sua pintura corporal específica de guerreiro.
Fotos: Mazim Aguiar/Governo do Tocantins
Ilha do Bananal
A maior ilha fluvial do mundo está no Tocantins. Com quase 20 mil quilômetros quadrados de extensão, a Ilha do Bananal é cercada pelos rios Araguaia e Javaés, e é considerada um dos santuários ecológicos mais importantes do país e do mundo. Seu território preserva rara diversidade de animais e plantas típicas dos ecossistemas Cerrado e Floresta Amazônica.
A maior parte da Ilha do Bananal está dividida em duas áreas de reserva ambiental. Ao norte, o Parque Nacional do Araguaia, ao sul, a Terra Indígena do Araguaia, que abriga povos originários das etnias Karajá e Javaé, reconhecidas como Povo Iny, além dos Avá-Canoeiro (Cara Preta).
Vale destacar ainda que as indígenas da Ilha são exímias artesãs e produzem peças como as bonecas Ritxokó, que reproduzem o modo de vida Iny e os animais do cerrado, e são certificadas pelo IPHAN como patrimônio cultural do Brasil.
De acordo com o Ifro, ações voltadas para o cultivo, beneficiamento e processamento do cacau estão entre as atividades realizadas no projeto para mobilizar a cadeia produtiva regional.
Com informações do g1 Rondônia
Pensando no crescimento sustentável da cacauicultura de Rondônia, professores, alunos, técnicos e produtores rurais desenvolveram o projeto 'Escola do Chocolate'. O projeto é realizado no campus Jaru - município líder na produção do fruto no Estado -, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro).
De acordo com o Ifro, ações voltadas para o cultivo, beneficiamento e processamento do cacau estão entre as atividades realizadas no projeto para mobilizar a cadeia produtiva regional.
Foto: Divulgação/Ifro
Viveiro, mudas e processamento
O projeto é desenvolvido em dois eixos: viveiros e mudas, e processamento do cacau.
No primeiro eixo, a coordenadora é a professora Andreza Pereira, do campus de Ji-Paraná. No município, ela, junto dos alunos, desenvolve testes para produção de mudas clonais por meio de estaquia, além de fazer pesquisas para aproveitamento dos resíduos do cacau.
O segundo eixo, voltado a atender produtores rurais, cacauicultores e chocolateiros da região, promove, em parceria com o Sebrae, oficinas e minicursos sobre processamento do chocolate, análise sensorial e classificação do cacau.
De acordo com o Ifro, um projeto de agroindústria para processamento do cacau com 745 metros quadrados já foi desenvolvido. Segundo a Instituição, o projeto será licitado no primeiro semestre de 2024 e será construído no Campus Jaru.
Títulos
A 'Escola do Chocolate' foi pensada depois que vários produtores de Rondônia foram destaque em competições nacionais que avaliam a qualidade do cacau de todo o Brasil. Em 2023, dois produtores rondonienses ficaram em 1º lugar no V Concurso Nacional de Qualidade do Cacau Especial do Brasil:
- O produtor Deoclides Pires da Silva, de Jaru, foi campeão na categoria Varietal, com a variedade CCN51;
- O produtor Robson Tomaz, de Nova União, foi campeão na categoria Mistura.
Indicação Geográfica
O cacau produzido em Rondônia recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG) na espécie Indicação de Procedência (IP). O registro foi publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O selo de Indicação Geográfica é concedido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem.
De acordo com o Inpi, o cacau produzido em Rondônia "possui sabor inconfundível e uma gordura de qualidade diferenciada para a produção de alimentos achocolatados de consistências e sabores diversos".
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está disposta a usar o poder de polícia para derrubar sites e apps que forem considerados propagadores de fake news, segundo critérios estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações foram dadas pelo presidente da agência, Carlos Baigorri, nesta terça-feira (12).
– A Anatel irá usar a plenitude de seu poder de polícia junto às empresas de comunicações para retirar do ar todos os sites e aplicativos que estejam atentando contra a democracia por meio da desinformação e do uso de inteligência artificial para deepfakes – disse durante cerimônia de inauguração do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde).
Segundo Baigorri, o novo departamento estará “irmanado 24 horas por dia” com o TSE e outros agentes para garantir eleições “limpas”.
A Anatel também prepara um “sistema 2.0” para remover fake news das redes a partir de decisões da Corte presidida pelo ministro Alexandre de Moraes.
O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, por sua vez, disse que a repressão poderá ser aplicada durante as campanhas eleitorais; mas, no entanto, a função principal do novo órgão é “educativa”. Ele esteve presente ao evento.
A ideia do Ciedde é que o centro auxilie os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) no enfrentamento da desinformação e ajude os órgãos a acompanhar discussões sobre o uso de Inteligências Artificias (IAs) nas eleições.