Magistrados rompem com a liturgia do cargo e expõem ativismo político progressista
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso (presidente da Corte), ousam romper reiteradamente com a liturgia do cargo se aventurando a exercer militância política e ideológica, aderindo publicamente às causas que interessam ao presidente Lula e todo o seu espectro progressista.
Em notória simbiose com a agenda esquerdista, os referidos magistrados não apenas fazem campanha pró-Lula, como nutrem evidente ojeriza ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos valores que ele defende. Agora, no que parece uma ação deliberada, disparam contra a religião evangélica – que goza de crescimento contínuo e vertiginoso no Brasil – e atacam valores caros aos cristãos, ao defenderem o aborto, por exemplo.
Oferecemos aos leitores do Pleno.News uma seleção recente de notícias que evidenciam a aderência militante dos juízes da Suprema Corte.
GILMAR DIZ HAVER ACORDO ENTRE TRAFICANTES E EVANGÉLICOS NO RIO O ministro Gilmar Mendes, em entrevista à GloboNews na última segunda-feira (11), disse que durante uma reunião na Suprema Corte, presidida pelo ministro Luís Roberto Barroso, falou-se sobre a existência de uma “narcomilícia evangélica” que atua no Rio de Janeiro. Sem dar nomes, nem apresentar qualquer prova, o decano maculou a fé de milhões de brasileiros.
BARROSO DEFENDE COMBATER “USO ABUSIVO” DA RELIGIÃO NA POLÍTICA Luís Roberto Barroso criticou a “manipulação política” da religião para canalizar votos em detrimento de opositores. De acordo com o presidente do STF, a fé deve ficar restrita à vida privada das pessoas em vez de se estender para um “uso abusivo” por parte de líderes políticos. A declaração foi feita durante aula magna na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na última sexta-feira (8).
Para o magistrado, criminalizar a prática não serve para nada. Segundo ele, “não se trata de defender o aborto, mas de enfrentar esse problema”.
“NÓS DERROTAMOS O BOLSONARISMO”, DISSE BARROSO Em 12 de julho do ano passado, enquanto discursava no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), o ministro Luís Roberto Barroso usou a frase “nós derrotamos o bolsonarismo” e disse que tal fato permitiu “a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.
– Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas – declarou.
GILMAR MENDES FALA EM ÊXITO DO STF CONTRA A “EXTREMA-DIREITA” O magistrado, em entrevista à GloboNews na última segunda-feira (11), não escondeu seu lado político e ideológico e atacou o que chama de “extrema-direita”.
– Li um relatório internacional que diz que de todos os países que tiveram problemas com a extrema-direita, o Brasil foi aquele que se saiu melhor graças à institucionalidade, e aí tem um papel importantíssimo para o Supremo Tribunal Federal (…).
“SE TIVEMOS A ELEIÇÃO DO LULA, FOI GRAÇAS AO STF”, DIZ GILMAR O decano do STF trocou farpas com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 14 de outubro do ano passado, durante um evento em Paris, França. Na ocasião, Pacheco defendeu uma reforma no Poder Judiciário para resolver o que chamou de “crise da legitimidade” das decisões judiciais, e Gilmar Mendes declarou:
GILMAR MENDES DIZ QUE LULA “RESGATOU A DEMOCRACIA NO BRASIL” Em entrevista ao programa É Notícia, da RedeTV!, em 30 de novembro do ano passado, Gilmar Mendes se mostrou satisfeito com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, a vitória do petista foi responsável por “resgatar” a democracia no Brasil. Na oportunidade, o ministro também criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro.
– Ele [Lula], na verdade, resgatou a democracia no Brasil. Essa sua eleição foi esse resgate. Não consigo imaginar o que seria do Brasil com a reeleição do Bolsonaro. Ou até consigo imaginar, mas a minha imaginação não é positiva.
LULA JANTA COM ZANIN NA CASA DE GILMAR MENDES Lula e Cristiano Zanin jantaram na casa de Gilmar Mendes, em Brasília. A recepção aconteceu não por um motivo qualquer, mas há dois dias da posse do ex-advogado pessoal do petista no STF, que assumiu a cadeira na Suprema Corte em 3 de agosto do ano passado.
Desde o início de seu terceiro mandato, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já pagou ao menos R$ 24 milhões em anúncios para o Jornal Nacional, o principal programa de jornalismo da TV Globo. As informações são da Folha de São Paulo.
Assim, a atração se torna a primeira no ranking de programas que mais receberam verbas do governo federal. Em segundo lugar está o Fantástico, também de TV Globo, que recebeu cerca de R$ 11,7 milhões em anúncios.
O Jornal da Record fica em terceiro lugar, com R$ 10,6 milhões de verbas federais. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o programa jornalístico da Record TV foi o que mais recebeu verbas federais.
Os dados são do portal da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), que divulga as campanhas publicitárias tanto da pasta, quanto dos ministérios, sendo elas autorizadas ou já realizadas. O valor, porém, não soma a verba de bancos públicos e estatais, como a Petrobras e outras.
No ano passado o Grupo Globo já estava como líder no topo dos canais que recebem publicidade federal do governo Lula. Tanto os programas de TV, quanto a internet receberam no ano passado ao menos R$ 118 milhões.
Anderson Silva chegou a ser candidato a deputado federal pelo PL, mas agora se diz arrependido da “bolsonarização”
O pastor Anderson Silva perdeu mais de 17 mil seguidores no Instagram desde o último sábado (9), quando publicou uma foto ao lado do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e do Secretário de Comunicação Institucional, Maneco Hassen.
Segundo acompanhamento do Pleno.News, no último sábado, o religioso tinha 318 mil seguidores na rede social. Nesta quarta-feira (13), o número está em 298 mil. A conta do pastor está trancada; o acesso era livre, anteriormente; e apenas quem o seguir poderá acompanhar o conteúdo publicado.
Silva foi candidato a deputado federal pelo Partido Liberal (PL) em 2022 e uma das principais vozes de apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) naquele ano. Porém, no final de fevereiro, o pastor gravou um vídeo dizendo estar arrependido da “bolsonarização” de seu ministério, pois isso prejudicou sua missão pastoral.
– Eu quero me arrepender da bolsonarização do meu ministério. Eu alertei sobre isso e preguei sobre isso. Eu sou bolsonarista, mas não sou bolsominion (…) se a gente esquerdizar ou bolsonarizar, a gente estará perdendo o Evangelho e, mesmo fazendo esse alerta, perdi gente. Eu não posso ser um pastor bolsonarista, eu sou um pastor – declarou.
Depois de confessar seu arrependimento, Anderson Silva passou a fazer lives confrontando o apoio de cristãos ao ex-presidente e dias depois aceitou se encontrar com representantes do governo Lula.
Ao comentar sobre o encontro, o pastor disse que pôde expor suas ideias e que acredita na pacificação dos três lados: Igreja, esquerdismo e conservadorismo. Anderson também declarou que conversou sobre a forma como o governo Lula ataca as igrejas com as críticas a Israel e com pautas morais e que, se o governo não ponderar essas falas, não será possível que a Igreja pondere as delas.
Notícia-crime aponta que Margareth Menezes cometeu ato de improbidade administrativa
O deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) denunciou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, ao Ministério Público Federal por ter fechado contratos e realizado shows bancados com recursos públicos, depois de já ter sido anunciada como ministra do governo Lula (PT).
De acordo com a notícia-crime, apresentada pelo parlamentar nesta terça-feira (12), a cantora cometeu ato de improbidade administrativa por suposto enriquecimento ilícito.
– Houve enorme vantagem econômica, decorrente da liberação de verba que beneficiava a si própria – afirmou Zacarias, que é vice-líder do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O deputado baseou sua denúncia em uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada na última semana.
De acordo com o veículo, Margareth se apresentou no carnaval de Porto Seguro, na Bahia, em fevereiro de 2023, com cachê pago pela prefeitura local. Antes desse evento, ela também fez um show de pré-carnaval em João Pessoa, na Paraíba, que segundo a ministra era bancado por verba pública. Em ambos os casos, os contratos foram assinados já após ela ser anunciada como ministra.
A Comissão de Ética chegou a autorizar as apresentações, mas ressaltou que Margareth não poderia receber dinheiro de nenhuma instituição pública. Por meio de sua assessoria, a ministra da Cultura afirmou que seguiu as recomendações do órgão e que, por essa razão, os shows não gerariam conflito de interesses.
A denúncia de Guto Zacarias foi encaminhada ao núcleo de combate ao crime e à improbidade administrativa da Procuradoria da República do Distrito Federal. Ao compartilhar a denúncia no Instagram, o deputado escreveu que “a farra vai acabar”.
Um grupo de 76 parlamentares bolsonaristas foi à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), para pedir uma apuração sobre supostos “atos atentatórios” praticados contra os envolvidos com o ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Eles acusam o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de praticar “atos tirânicos”.
“A condução dos processos pelo Supremo Tribunal Federal e em, em especial, os atos despóticos, tirânicos e arbitrários do Ministro Alexandre de Moraes, confrontam os pressupostos estatuídos nos artigos 5º, 7º, 8º e 9º, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos”, diz o documento produzido pelos bolsonaristas.
A petição do grupo diz que os processos conduzidos pelo STF são “eivados de vícios” e afirmam que a Corte é um “Tribunal de Exceção” que não segue “princípios da competência, independência e imparcialidade”.
“Imperioso que a CIDH intervenha, a fim de que sejam respeitados os Direitos Humanos da população brasileira, em especial dos acusados pelos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, requerendo que o Estado brasileiro adote providências para garantir a aplicação das leis e restabelecer os direitos fundamentais basilares do Estado Democrático de Direito”, prossegue.
O documento pede o envio dos processos relacionados ao 8 de janeiro à Justiça Federal, alegando “incompetência do STF para processar e julgar” os réus; relaxamento da prisão de todos os acusados; investigação sobre a morte de Cleriston Pereira da Cunha, morto na Papuda; e uma série de outras solicitações, como indenizações a golpistas.
Na petição, os parlamentares chamam o ataque terrorista de “baderna coletiva” e diz que o episódio foi promovido por “manifestantes descontentes com o resultado das eleições, desarmados e desprovidos de apoio bélico dos órgãos que integram as Forças Armadas”.
O documento é encabeçado pelo deputado Coronel Ulysses (União-AC) e conta com a assinatura do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros aliados do ex-presidente. Veja a lista completa: