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Brasil : Pesquisa em Botânica Tropical da Universidade Federal Rural da Amazônia ganha prêmio internacional
Enviado por alexandre em 12/03/2024 00:19:57

Promovida pela Associação Internacional para Taxonomia de Plantas (IAPT), a competição anual de projetos científicos concedeu a Juliene Maciel, em 2023, o prêmio que destaca a importância da pesquisa para a área da botânica.


Com o intuito de reforçar os estudos taxonômicos na área da botânica, a doutoranda Juliene Maciel analisa e sistematiza as condições moleculares e morfológicas de espécies de plantas do gênero Bulbostylis (Cyperaceae) ocorrentes na região Neotropical.

Sob a dupla orientação do Dr. André do Santos Bragança Gil (Museu Goeldi), seu orientador desde a graduação, e da Dra. Isabel Larridon (Royal Botanic Gardens, Kew), a atual pesquisa de Juliene Maciel dá continuidade ao trabalho realizado durante o mestrado em ciências biológicas pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

As plantas do gênero Bulbostylis (Cyperaceae) são comumente encontradas em biomas tropicais como a savana e o cerrado, tem ampla distribuição pelo mundo, com ocorrências significativas no Brasil e no Pará. São plantas de pequeno porte e adaptadas, em sua maioria, a ambientes secos.

Algumas espécies do gênero Bulbostylis costumam ser associadas a benefícios em casos de disfunções no sistema urogenital e dores dentárias. Uma das principais atribuições ecológicas está relacionada a Bulbostylis paradoxa que floresce em áreas de queimadas recentes indicando um importante critério para a conservação ambiental.

Foto: Acervo do Museu Emilio Goeldi

Com o doutorado em andamento no Programa de Pós-Graduação em Botânica Tropical (PPGBot), Juliene Maciel adota procedimentos metodológicos que consistem em descrever novas espécies e extrair o DNA no Laboratório de Biologia Molecular do Museu Goeldi, localizado em seu Campus de Pesquisa.

Desafios da pesquisa 

Superar o cenário de baixo investimento em pesquisas voltadas para a biodiversidade na Região Amazônica e as lacunas no conhecimento é um desafio permanente. A desigualdade de financiamento se reflete também no desenvolvimento de trabalhos e projetos de pesquisas da região. E, por sua vez, a falta de informação científica afeta a possibilidade de sucesso das ações destinadas pelos gestores para a conservação ambiental.

Juliene Maciel pontua que a escassez de recursos pode inviabilizar, em muitos casos, a execução de etapas essenciais da própria pesquisa: 

"Um dos desafios metodológicos mais importantes ao longo da minha pesquisa é a amostragem limitada e o difícil acesso a áreas remotas aqui na Amazônia, que apresenta muitas espécies endêmicas de Bulbostylis. Realizar expedições de coleta a essas localidades acrescenta para uma reconstrução filogenética detalhada e para o incremento das coleções de herbário, porém isso demanda um grande financiamento do projeto, destacando a importância dos investimentos em pesquisa a nível regional e local".

Premiação internacional

Promovida pela Associação Internacional para Taxonomia de Plantas (IAPT), a competição anual de projetos científicos concedeu a Juliene Maciel, em 2023, o prêmio que destaca a importância da pesquisa para a área da botânica. A doutoranda foi uma das 22 pessoas selecionadas dentre as 105 concorrentes.

Juliene Maciel conta que o prêmio será utilizado para subsidiar os custos de visitas às coleções de herbários europeus, o que possibilitará obter uma boa compreensão da distribuição, dos padrões e da diversidade morfológica das espécies. E acrescenta: "Também fui contemplada com uma bolsa de doutorado sanduíche concedida pelo Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) – CAPES, que viabilizará a continuidade do estudo genético no Royal Botanic Gardens (Reino Unido) de maio a outubro de 2024."

Além da premiação concedida pela IAPT, Juliene Maciel também foi selecionada com o Bentham-Moxon Trust (2023) e NYBG Visiting Scientist Travel (2024), financiamentos para realizar a pesquisa no Royal Botanic Gardens, Kew e visitar a coleção de herbário de Nova York (The New York Botanical Garden).

Não é a primeira vez que pesquisas realizadas no PPGBot são premiadas na competição da IAPT. Em 2022, os discentes Karina Alves, Fúvio Oliveira e Rafael Gomes também foram contemplados por méritos dos seus respectivos projetos de pesquisa. Essas premiações indicam a qualidade dos trabalhos desenvolvidos no Museu Goeldi.

Brasil : Reforma do Código Civil chega a equiparar animais a filhos
Enviado por alexandre em 12/03/2024 00:17:13

Proposta diz que ex-cônjuges devem compartilhar as despesas destinadas à manutenção dos animais


Animais ganham espaço em projeto de reforma do Código Civil Foto: Pexels

Um dos pontos inseridos no projeto de reforma do Código Civil, que deve começar a tramitar no Senado em breve, é a ampliação dos direitos relacionados aos animais e a forma como eles são reconhecidos juridicamente. De acordo com alguns juristas, porém, há certa desconfiança se essas modificações poderiam abrir espaço para as chamadas “famílias multiespécies”.

No texto já conhecido da proposta, os animais são citados pouco mais de uma dezena de vezes. Na primeira delas, inserida no art. 19, eles, por exemplo, ganham o status de integrantes do “entorno sociofamiliar da pessoa”, algo que inexiste no atual Código Civil.

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– A afetividade humana também se manifesta por expressões de cuidado e de proteção aos animais que compõem o entorno sociofamiliar da pessoa, podendo dela derivar a legitimidade para a tutela correspondente desses interesses e pretensão reparatória de danos – diz o artigo em questão.

Em outro ponto da proposição, os animais chegam a receber uma seção inteira dentro da parte do Código Civil que trata sobre os bens. Nesse ponto, que seria inédito, os animais passam a ser classificados como “objetos de direito” e “seres vivos sencientes e passíveis de proteção jurídica própria, em virtude da sua natureza especial”.

O parágrafo 3° do art. 91-A, que faz parte dessa seção, reforça ainda que “da relação afetiva, entre humanos e animais, pode derivar legitimidade para a tutela correspondente de interesses, bem como pretensão reparatória por danos experimentados por aqueles que desfrutam de sua companhia”.

Os pets aparecem ainda na parte da reforma que trata sobre o casamento e a dissolução do matrimônio. Nesse ponto, mais especificamente no parágrafo 2° do art. 1566, é dito que os ex-cônjuges e ex-conviventes devem “compartilhar as despesas destinadas à manutenção dos animais de companhia”, obrigação que o novo código já aplicaria aos filhos do ex-casal.

ESPECIALISTAS FALAM EM “ABERRAÇÃO JURÍDICA”
Ao site do jornal Gazeta do Povo, a advogada e consultora jurídica Katia Magalhães diz que parece existir na proposta uma analogia entre animais de estimação e filhos. Ainda segundo ela, caso o novo entendimento prevaleça, os animais poderiam ganhar personalidade jurídica, o que seria uma “aberração”.

– Estão tentando fazer uma comparação entre os pets e a prole menor [filhos menores de idade]. Haveria toda uma reestruturação processual, porque hoje um pet não tem personalidade jurídica (…). A prevalecer esse novo entendimento para o Código Civil, dando personalidade jurídica aos pets, eles se fariam representar pelo seu humano tutor (…). Seria mais uma aberração jurídica – diz.

A advogada destaca também que as modificações poderiam fazer com que ocorresse uma normalização progressiva do conceito de família multiespécie e, “no auge, a abertura para a possibilidade de um matrimônio interespécie”.

A opinião de Magalhães é endossada por Alessandro Chiarottino, doutor em Direito Constitucional pela USP, que diz que a proposta de reforma do Código Civil pode ter como efeito a ampliação do “conceito de família para animais não humanos”.

– Se efetuada, essa mudança significaria um enfraquecimento do conceito de família, já bastante combalido nos dias atuais. Ao se “humanizar” os animais, corre-se o risco de “desumanizar” a família – conclui.

Justiça : Defesa de réus do 8 de janeiro pede impedimento de Flávio Dino
Enviado por alexandre em 12/03/2024 00:14:24

Ezequiel Sousa Silveira cobrou que o ex-ministro da Justiça de Lula não julgue essas ações


Flávio Dino, ministro do STF Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

O advogado Ezequiel Sousa Silveira, que representa alguns dos réus do 8 de janeiro, argumentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o impedimento do ministro Flávio Dino, recém-empossado, para julgar denunciados pelos atos radicais que depredaram a Praça dos Três Poderes.

O defensor afirma que Dino não pode ser julgador das ações do 8 de janeiro porque “até pouco tempo, figurava como parte” dos mesmos, vez que era ministro da Justiça do governo Lula. Segundo Silveira, Dino era uma das principais figuras do governo e foi interlocutor entre o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O pedido protocolado no dia 10 cita uma entrevista concedida pelo ministro Alexandre de Moraes ao jornal O Globo. Nela, o relator das ações do 8 de janeiro no STF diz que, por intermédio de Dino, falou com o presidente Lula no dia 8 de janeiro.

Em caso da não declaração de impedimento por parte de Dino, Silveira pede a oitiva do ministro, da Procuradoria-Geral da República e de uma série de testemunhas, incluindo Lula e Moraes, para que ao final do processo, o STF declare que o magistrado recém-empossado não possa julgar os réus do 8 de janeiro.

A petição foi protocolada no bojo da ação penal aberta contra Cirne Renê Vetter, acusado de envolvimento com os chamados “atos golpistas”. Ele responde ao processo em liberdade.

*AE


Justiça : Criminosos levam carro de deputado do PT no Rio de Janeiro
Enviado por alexandre em 12/03/2024 00:11:34

Dois funcionários do deputado estavam no veículo no momento do assalto

Funcionários de deputado são rendidos em assalto no RJ Foto: Reprodução/Câmeras de Segurança

O deputado federal Reimont Luiz Otoni Santa Barbara (PT) teve seu carro levado por assaltantes neste domingo (10), na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria do parlamentar, quem estava no veículo no momento do assalto eram dois funcionários do petista. Ninguém ficou ferido.

O motorista e a assessora do deputado estavam no carro, estacionado na rua Professor Gabizo, aguardando o deputado, que cumpria agenda no bairro. Eles foram abordados por criminosos, em uma ação que durou apenas 20 segundos.

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Câmeras de segurança registraram o episódio. Três homens descem de uma SUV preta e anunciam um assalto. A mulher desce do banco de trás com as mãos erguidas, assim como o motorista. Os assaltantes entram no carro e deixam o local. Além do veículo, todos os pertences das duas vítimas foram levados.

O veículo foi encontrado horas depois no Rio Comprido, em um dos acessos ao Morro do Fogueteiro. Não houve prisões até o momento. O caso foi registrado na 18ª DP. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas já foram ouvidas, e as imagens da câmera de segurança serão analisadas.

– Dois queridos companheiros da minha equipe vivenciaram a violência, que tem múltiplas causas e tristes consequências. Sinto como se também fosse comigo – disse o deputado ao jornal O Dia.


Justiça : Gilmar Mendes diz haver no Rio uma “narcomilícia evangélica”
Enviado por alexandre em 12/03/2024 00:09:09

Ministro expôs a religião de milhões de brasileiros sem apresentar qualquer prova


Ministro Gilmar Mendes, decano da Corte Foto: Carlos Moura/SCO/STF.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (11) e disse que durante uma reunião na Suprema Corte, presidida pelo ministro Luís Roberto Barroso, falou-se sobre a existência de uma “narcomilícia evangélica” que atua no Rio de Janeiro.

– Recentemente, o ministro Luís Roberto Barroso presidiu uma reunião extremamente técnica sobre essa questão, e um dos oradores falou de algo que é raro de se ouvir: uma narcomilícia evangélica, que aparentemente se dá no Rio de Janeiro, onde, portanto, haveria hoje já um acordo entre narcotraficantes, milicianos e pertencentes ou integrados a uma rede evangélica. É algo muito sofisticado – disse Gilmar.

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Em seu comentário, o ministro expõe a fé de milhões de brasileiros sem apresentar qualquer comprovação das acusações levantadas.

Nesta última sexta-feira (8), outro ministro do STF mirou contra os cristãos no que parece uma ação coordenada para macular e enfraquecer e religião evangélica – que tanto cresce no Brasil e traz consigo a predominância conservadora, de direita.

Luís Roberto Barroso, presidente da Suprema Corte, teve a ousadia de propor o combate ao que chamou de “uso abusivo” da religião na política, durante palestra na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

De acordo com Barroso, a fé deve ficar restrita à vida privada das pessoas em vez de se estender para um “uso abusivo” por parte de líderes políticos.

– Precisamos combater a captura da religião para servir a causas políticas temporais e não espirituais, a instrumentalização de líderes religiosos para captar votos e dizer “o meu adversário é o demônio, quem votar nele
não vai para o céu”. É uma forma bárbara, anticristã, de lidar com a religião – disse o ministro durante aula magna na PUC-Rio.

Em sua fala, o ministro citou a religião amplamente, mas em seguida fez referência apenas à fé cristã, revelando o alvo de seu objetivo retórico.

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