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Brasil : 9 destinos para curtir a natureza na Amazônia Legal
Enviado por alexandre em 01/03/2024 15:26:07

Enquanto uns querem viver novas experiências, outros precisam apenas estender uma rede e passar o dia se embalando. E a Amazônia oferece lugares para ambos.


Gosta de destinos turísticos onde a natureza é o destaque? Quando idealizamos uma viagem não pensamos apenas na diversão, mas também sobre aquilo que o lugar pode nos oferecer. Enquanto uns querem se arriscar e viver novas experiências e aventuras empolgantes, outros precisam apenas estender uma rede e passar o dia se embalando.

E a Amazônia oferece lugares para ambos! Conheça nove lugares na região amazônica que são ideais para entrar em contato com a natureza, seja descansando ou se aventurando:

Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (AP/PA)

O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque é a maior unidade de conservação brasileira de proteção integral. O local conta com trilhas e muitas cachoeiras, onde os visitantes podem ter contato direto com a natureza.

Para isso é necessário que o interessado peça autorização ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Geralmente os turistas entram na unidade através de agências de turismo, já que é necessário o auxílio de guias que conheçam a região, além do pagamento de pilotos de voadeiras (tipo de embarcação), por exemplo.

A unidade está localizada entre os estados do Amapá e Pará e abrange os municípios amapaenses de Calçoene, Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio. Já do lado paraense o município de Almeirim é alcançado pelo parque.

São trilhas, corredeiras, cachoeiras que proporcionam uma experiência única pra quem gosta de se aventurar com direito a contemplação da natureza.

Saiba mais: Conheça o PARNA Montanhas do Tumucumaque, considerado o maior parque do Brasil

Foto: Divulgação/ICMBio

Serra do Divisor (AC)

É o quarto maior parque nacional brasileiro e é considerado também o local de maior biodiversidade da Amazônia. Criada em 1989, a unidade de conservação (UC) é gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo governo federal.

O acesso à área é realizado pelo município de Mâncio Lima. O turista pode chegar por via terrestre, pela BR-364. Para diminuir o tempo de deslocamento, tem a opção de ir de avião até Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, e tomar a estrada para Mâncio Lima. Chegando lá, é necessário pegar uma embarcação pequena e fazer uma viagem de oito horas, em média, pelos rios Japiim e Moa até a serra.

Para entrar no parque, é necessário que o turista entre em contato com o ICMBio de Cruzeiro do Sul para requerer autorização de acesso. Caso seja fechado pacote com alguma agência, esse processo já é feito pelo instituto.

Saiba mais: Conheça a Serra do Divisor, paraíso natural do Acre que encanta com cachoeiras e trilhas

Foto: Marcos Vicentti

Museu da Amazônia (AM)

O Museu da Amazônia (Musa) ocupa 100 hectares (1 km2) da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus (AM). Uma área de floresta de terra firme, nativa, que há mais de 60 anos vem sendo estudada. Os resultados dessas pesquisas, reunidos em catálogos sobre temas como plantas, pássaros e rãs, são algumas das opções que integram a sociedade com a natureza.

No Musa, os visitantes podem encontrar exposições, viveiros de orquídeas e bromélias, aráceas, palmeiras, samambaias, serpentes, aranhas e escorpiões, borboletas, cigarras, cogumelos e fungos, além de jardim sensorial, lago das vitórias-amazônicas e aquários. Uma torre de 42 metros permite fruir uma privilegiada vista do dossel das árvores da floresta.

O horário de funcionamento atual é das 8h30 às 17h. Agendamentos e informações sobre valores podem ser verificadas pelo e-mail agendamento@museudaamazonia.org.br ou pelo WhatsApp (92) 99280-4205.

Saiba mais: 7 motivos para conhecer o Museu da Amazônia

Foto: Divulgação/MUSA

Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia (PA)

Situado na Avenida Almirante Barroso, em Belém (PA), o Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia é um dos principais cartões-postais da 'Cidade das Mangueiras'. Com uma área total de 15 hectares, o local é um pedaço da floresta amazônica literalmente 'preservado' no coração da cidade. O espaço é administrado pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e recebe, em média, 20 mil visitantes por mês.

O Bosque Rodrigues Alves abriga mais de 10 mil árvores, distribuídas em mais de 300 espécies. Dos 15 hectares, mais de 80% são compostos por áreas verdes, e apenas 20% são caminhos para circulação de visitantes. Também abriga 435 animais de 29 espécies que vivem em cativeiro e outras 29 em liberdade ou semi-liberdade distribuídas na área de mata. Entre os animais estão o peixe-boi amazônico, jacaré, tartarugas, jabutis, araras, macacos, entre outros.

O espaço é ainda um dos principais laboratórios do mundo e guardião de uma coleção de plantas vivas representativas da flora amazônica, que contribui para recuperação e/ou restauração de áreas que tenham perdido sua vegetação por qualquer ação, por meio da produção de sementes e mudas de plantas amazônicas.

Saiba mais: Bosque Rodrigues Alves: um pedaço da floresta na 'Cidade das Mangueiras'

Foto: Divulgação/Semma PA

Barreirinhas (MA)

Barreirinhas, no Maranhão, é conhecido por ser a 'porta de entrada' da região turística conhecida como Lençóis Maranhenses. O turista vai encontrar uma vasta área de dunas com areias brancas e diversos lagos, nesta região que também é denominada de 'Deserto Brasileiro'.  Alguns lugares que o visitante não pode deixar de conhecer são: Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Caburé, Atins e Mandacaru.

A cidade é um lugar pacato e acolhedor, que ao longo dos anos se transformou rapidamente em um polo turístico de renome internacional. Contam os mais antigos moradores, que o nome de Barreirinhas teve a sua origem devido às paredes de barro (argila) que existem às margens do Rio Preguiças, que às vezes eram ladeadas por dunas de areia e que foram denominadas popularmente de 'barreirinhas'. Este termo já era utilizado na região desde o final do século XVII.

Para chegar em Barreirinhas é necessário sair de São Luís pela BR-135, MA-402, em aproximadamente 250 km, quatro horas de viagem. O transporte de São Luís para Barreirinhas é realizado em diversos horários, saindo dos hotéis, rodoviária e aeroporto. 

Foto: Reprodução/Prefeitura de Barreirinhas

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT)

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães está localizado entre os municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, e seu acesso é feito pela Rodovia Emanuel Pinheiro – MT 251, que margeia e corta o parque em grande extensão.

De Cuiabá até a entrada principal do parque são 50 quilômetros. Se o ponto de partida for a cidade de Chapada dos Guimarães, a entrada está a 11 quilômetros de distância.

A rodovia, apesar de asfaltada, não tem acostamento e o trajeto é, em sua maioria, feito em pista simples com vários trechos de aclive. Recomenda-se atenção redobrada em período de férias e feriados, uma vez que o trânsito aumenta.

Para os que não estão de carro, é possível pegar um ônibus na rodoviária de Cuiabá para Chapada dos Guimarães. Há ônibus praticamente a cada 1 hora e trinta minutos, mas vale a pena confirmar os horários de saída e se o ônibus é direto (sem paradas no percurso) ou tem parada no Véu de Noiva (Parque Nacional). 

Saiba mais: Descubra a beleza natural e o charme de Chapada dos Guimarães

Foto: Reprodução/Governo Federal

Parque Nacional do Viruá (RR)

O Parque Nacional do Viruá foi criado em 29 de abril de 1998, em atendimento a compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção da Diversidade Biológica, possui cerca de 240.000 hectares. Localizado no município de Caracaraí, centro-sul de Roraima, o parque abrange um mosaico de florestas aluviais, campinaranas e florestas de terra firme, em uma região com características típicas de um pantanal, no norte da Amazônia.

Recebeu o título de Sítio Ramsar pela Convenção das Áreas Úmidas em 22 de março de 2017, tornando-se reconhecido mundialmente como sítio de importância internacional para a conservação da biodiversidade.

O parque funciona como um centro de referência para pesquisas ecológicas de longa duração e tem a missão de integrar atividades de pesquisa e conhecimentos de biodiversidade ao desenvolvimento local. Experiências de turismo de base comunitária estão sendo estimuladas, para assegurar a participação das comunidades no desenvolvimento do turismo no Parque Nacional do Viruá e entorno.

Foto: Reprodução/Governo Federal

Pedrona da Linha 10 (RO)

A 'pedrona' da linha 10 é conhecida por muitos como ponto turístico de Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho. O lugar que se destaca pela vista que revela a cidade a quem chega no topo, está localizada na área rural da cidade.

Para acessar o local é necessário seguir pela  Rodovia do Café até a placa que indica o início da Linha 10 e continuar por cerca de 60 quilômetros numa estrada de chão.

Para chegar no topo, os moradores, turistas e aventureiros precisam percorrer um trajeto difícil. Antes do início da subida, há um curto caminho plano. Depois de alguns minutos de caminhada a subida começa, e dali em diante o trajeto começa a ficar mais difícil, e tem até gente que prefere subir sobre duas rodas (bicicletas ou motos). 

Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Jalapão (TO)

O Jalapão já se consolidou como um dos principais destinos de ecoturismo e turismo de aventura do Brasil. Localizada no leste do Tocantins, seus principais atrativos estão distribuídos pelos municípios de Ponte Alta do Tocantins, Mateiros, São Félix do Tocantins e Novo Acordo.

A região compreende 34 mil km², composta de chapadões, serras, dunas, rios encachoeirados, nascentes, praias e formações rochosas. Seus principais atrativos incluem a Pedra Furada, o Cânion Sussuapara, a Cachoeira do Lajeado, os fervedouros, a Cachoeira do Formiga, o Morro da Catedral e a Cachoeira da Velha.

Outros locais muito visitados são as dunas, compostas por areias finas e douradas que chegam a 40 metros de altura; e os povoados Mumbuca e do Prata, que são comunidades formadas por remanescentes de quilombo, onde é possível comprar o artesanato do famoso capim dourado. Os visitantes podem ainda fazer trilha subindo a Serra do Espírito Santo, fazer rafting no Rio Novo e ainda praticar atividades como o cicloturismo.

Para chegar ao Jalapão é necessário sair de Palmas pela rodovia TO-050, roda-se 64 quilômetros até chegar a Porto Nacional. De lá, percorre-se mais 116 quilômetros pela TO-255 até a cidade de Ponte Alta do Tocantins. Depois, é seguir as placas até os atrativos, sempre por estradas não pavimentadas, por isso é recomendável o uso de veículos com tração 4x4. 

Saiba mais: Dunas do Jalapão: o melhor pôr do sol do Tocantins

Foto: Daniel Andrade/Governo do Tocantins

Brasil : Iphan inicia pesquisa para registro do ofício de tacacazeira como Patrimônio Cultural do Brasil
Enviado por alexandre em 01/03/2024 15:24:26

Uma reunião foi realizada na superintendência do Iphan no Amazonas com o objetivo de escutar as detentoras e pensar estratégias de pesquisa e acompanhamento na análise do ofício.


O modo de fazer, servir e vender tacacá que caracteriza o trabalho das tacacazeiras pode se tornar Patrimônio Cultural do Brasil. No dia 24 de fevereiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Amazonas, em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Sociedades Amazônicas, Cultura e Ambiente da Universidade Federal do Oeste do Pará (Sacaca/Ufopa), reuniu-se com tacacazeiras e tacacazeiros amazonenses. O encontro faz parte da pesquisa sobre o tema, que será realizada também nos estados do Acre, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins para orientar o processo de registro do Ofício de Tacacazeira pelo Iphan.

A reunião na superintendência do Iphan-AM teve o objetivo de escutar as detentoras e pensar estratégias de pesquisa e acompanhamento na análise do ofício.

"Quando um bem, seja ele material ou imaterial, é registrado, ele oficialmente passa a ser protegido. Um esforço é direcionado para que ele possa continuar a ser passado de geração a geração, com uma política voltada para aquela atividade", 

explicou a superintendente do Iphan-AM, Beatriz Calheiro.

De acordo com o Inventário do Ofício de Tacacazeira na Região Norte, o registro tem o sentido de trazer à luz e valorizar um ofício e um saber especiais que dizem da riqueza cultural do país. Envolve a complexidade dos sistemas culinários amazônicos, de um paladar bem específico, amplamente disseminado em vários estados e cidades e imerso em um universo simbólico denso, e uma prática tradicional que é também meio de vida para muitas famílias.

Foto: Tássia Barros/Comus PA

"Eu vou tomar um tacacá"

Após a viralização por todo Brasil da música 'Voando Pro Pará' da cantora Joelma, o tacacá ganhou mais repercussão nacional do que já tinha e surgiram dúvidas sobre o que era o alimento que a artista colocou em seu verso e na boca de milhões de brasileiros. O tacacá é um prato produzido e consumido em diversas regiões da Amazônia brasileira com subprodutos da mandioca, entre os quais o tucupi e a goma, além de camarão seco, jambu e diversos temperos.

Por outro lado, quem escuta a música não imagina o que os detentores enfrentam para manter por gerações o modo de fazer, servir e vender. O preço dos ingredientes, as mudanças climáticas e a falta de garantia de direitos trabalhistas e previdenciários para as tacacazeiras foram algumas das ameaças levantadas no encontro em Manaus. Também foi sugerido incluir o tacacá na merenda escolar, criar políticas públicas para fomentar a atividade no estado e fortalecer a agricultura familiar.

"Minha mãe fazia tacacá pra mim desde que eu era criança e isso se tornou uma profissão por acaso, depois de um curso de empreendedorismo. É importante discutir as dificuldades e o que fazer para que nossa atividade não acabe", disse a tacacazeira Aline Damasceno.

O alimento ocupa lugar central dentro de sistemas de relações sociais, comerciais e de significados coletivamente compartilhados. Embora seja feita em datas comemorativas, o tacacá é uma comida de rua, consumida no final da tarde, após as chuvas, nos inúmeros pontos de vendas espalhados pelas cidades do Norte do Brasil.


Justiça : Polícia Civil deflagra operação contra suspeitos de homicídios em Rondônia
Enviado por alexandre em 01/03/2024 15:22:09

A Polícia Civil de Rondônia por meio da Delegacia Regional de Jaru deflagrou, nesta sexta-feira (01/02), a Operação SCUTUM, com objetivo de cumprir quatro mandados de busca e apreensão pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio ocorridos em Governador Jorge Teixeira e distrito de Colina Verde, em Rondônia.

A operação teve apoio da Polícia Militar local e cumpriu os mandados de busca e apreensão em desfavor dos suspeitos I.S.F. , investigado pela morte de Roberto Carlos Cardoso, além de tentar contra a vida de A.S.D com auxílio de L.S.S. Durante a execução dos mandados, um aparelho celular foi apreendido como meio de prova imprescindível para esclarecer os crimes.

A Polícia Civil de Rondônia reitera seu compromisso com a comunidade para resolução de casos como este, destacando o papel fundamental da sua equipe de investigações.

Fonte: Assessoria da Polícia Civil

Justiça : Morte de aluna de Medicina choca moradores do interior de SP
Enviado por alexandre em 01/03/2024 15:16:27

Jovem de 18 anos morreu durante atendimento em hospital


Beatriz Vidal Scabello era estudante de Medicina Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A morte repentina da estudante de Medicina Beatriz Vidal Scabello, de 18 anos, chocou os moradores do município de Matão, no interior de São Paulo. A jovem passou mal e, na noite de quarta-feira (28), teve uma parada cardíaca durante atendimento em um hospital particular da cidade.

De acordo com o atestado de óbito, Beatriz sofreu um choque séptico, que é o resultado de uma infecção grave que se alastra pelo corpo rapidamente, afetando vários órgãos.

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Um dia antes de ser atendida na unidade de saúde, a estudante havia procurado um posto de pronto atendimento em Araraquara. As informações são da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Matão, conforme o histórico de atendimento da universitária . Na ocasião, Beatriz relatou dores abdominais e na garganta. Após ser submetida a um teste de Covid-19, que deu negativo, ela foi liberada.

No dia seguinte, a jovem foi para Matão, onde vivia com a família, mas não estava livre das dores. Ela procurou outra Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foram solicitados exames complementares. Ela seria transferida para o Hospital Carlos Fernando Malzoni, que é particular, mas sofreu uma parada cardíaca e morreu antes mesmo de chegar à unidade.

Um material do corpo foi recolhido enviada para o Instituto Adolfo Lutz para investigar se ela estava com dengue. O município de Matão registra 66 casos da doença e uma morte.

O corpo da estudante foi cremado nesta quinta (29). Além de familiares, a morte de Beatriz causou comoção entre amigos e colegas da Universidade de Araraquara (Uniara). As aulas desta quinta foram suspensas por luto.

A Atlética de Medicina da instituição também lamentou a morte e interrompeu as atividades da semana.

Política : Dez dias após se desfiliar do PSB, Dino vota a favor do partido
Enviado por alexandre em 01/03/2024 14:38:37

Julgamento foi encerrado na última quarta-feira


Flávio Dino Foto: Jeferson Rudy/Agência Senado

Durante o julgamento das sobras eleitorais, que encerrou na última quarta-feira (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, votou a favor do PSB, partido do qual se desfiliou há pouco mais de uma semana. As informações são da revista Oeste.

Em seu voto, Dino seguiu o entendimento de que as mudanças das regras de partilha das sobras eleitorais deveriam ser retroativas às eleições de 2022, mas essa posição acabou derrotada no julgamento.

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Se o PSB tivesse obtido maioria, teria conseguido uma vaga a mais para deputado federal.

STF FORMOU MAIORIA PARA MANTER DEPUTADOS E DEU ACESSO À SOBRA ELEITORAL
Na última quarta-feira, a Corte decidiu que todos os candidatos e partidos podem concorrer às sobras eleitorais. Os ministros derrubaram cláusulas, aprovadas em 2021, que condicionaram a distribuição das sobras ao desempenho dos partidos e exigiam um percentual mínimo de votação nos candidatos.

A maioria entendeu que os filtros violam os princípios do pluralismo político e da soberania popular.

A corrente majoritária foi formada com os votos de Ricardo Lewandowski (aposentado), Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Kássio Nunes Marques, Flávio Dino, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.

DISTORÇÃO
O julgamento girou em torno da divisão das vagas que restam após a distribuição pelo quociente eleitoral (índice calculado a partir do número de votos válidos e dos assentos disponíveis na Casa Legislativa).

Até aqui, as vagas remanescentes só podiam ser disputadas por partidos que alcançassem pelo menos 80% do quociente eleitoral e por candidatos que tivessem recebido no mínimo 20% desse quociente em votos.

A maioria dos ministros concluiu que as cláusulas causaram uma distorção na distribuição das vagas, porque privilegiaram o desempenho dos partidos em detrimento da votação individual dos candidatos. Em 2022, quando a mudança começou a valer, candidatos menos votados foram “puxados” por suas legendas e desbancaram rivais que receberam mais votos.

Os ministros também argumentaram que as regras fortalecem agremiações maiores e sufocam siglas menores.

DEPUTADOS ELEITOS EM 2022 MANTÊM MANDATOS
O STF definiu que a decisão que declarou o modelo inconstitucional não terá efeitos retroativos, ou seja, não afeta os mandatos em curso.

Sete deputados eleitos em 2022 corriam o risco de perder os cargos: Sílvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Professora Goreth (PDT-AP), Dr. Pupio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lebrão (União Brasil-RO) e Lázaro Botelho (PP-TO).

– Depois que os nomes já estão definidos, já se sabe quem perde e quem ganha, eu acho que essa é uma interferência no processo eleitoral – justificou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, ao votar para preservar os mandatos.

O ponto causou um debate acalorado entre os ministros. A ala derrotada – formada por Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Kássio Nunes Marques e Flávio Dino – defendeu que, ao manter os mandatos de parlamentares eleitos com base em uma regra considerada inconstitucional, o tribunal prejudica candidatos que deveriam estar no cargo.

– É um juízo de ponderação em relação a qual o dano que será infringido. E a conta qual é? Ou bem se tira quem está indevidamente ou se tira quem deveria estar lá – defendeu Dino em sua sessão de estreia no plenário.

COMO FUNCIONA O CÁLCULO PARA DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS
Ao contrário das eleições majoritárias, para prefeito, governador e presidente, em que o candidato mais votado é eleito, no sistema proporcional, para vereador e deputados, as vagas são distribuídas levando em consideração a votação não apenas dos candidatos, mas também dos partidos ou federações.

O primeiro passo é definir o coeficiente eleitoral. Esse valor é obtido a partir da divisão de todos os votos registrados na eleição pelo número de cadeiras a serem preenchidas na Casa Legislativa; a segunda etapa é calcular o quociente partidário, ou seja, quantos parlamentares cada partido pode eleger. O número é o resultado da divisão do total de votos na sigla pelo quociente eleitoral.

A distribuição de vagas obtidas pelo partido segue a ordem dos mais votados, desde que os candidatos tenham recebido pelo menos 10% do coeficiente eleitoral. Como nem sempre a quantidade de votos é um múltiplo exato do coeficiente eleitoral, a segunda fase do processo consiste na distribuição das chamadas sobras eleitorais. Pelas regras em vigor até aqui, só podem concorrer os partidos que obtiveram pelo menos 80% do coeficiente eleitoral e candidatos com votação mínima de pelo menos 20% do coeficiente.

Se nem todas as vagas fossem preenchidas nas etapas anteriores, havia uma nova rodada para concluir a distribuição. Neste momento, concorriam os partidos que obtiveram pelo menos 80% do coeficiente eleitoral, independentemente da votação mínima dos candidatos.

*Com informações AE

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