O servidor público estadual da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), escritório local de Ouro Preto do Oeste, engenheiro agrônomo Jean Ramos dos Santos esteve participando como palestrante do Curso de Classificação Física de Café Grão Cru, em Rio Branco – Acre.
Seguindo o compromisso do governo do Acre com o programa de fortalecimento da cafeicultura no estado, a Secretaria de Agricultura (Seagri) realiza, ao longo desta semana, o Curso de Classificação Física de Café Grão Cru, em Rio Branco.
Evento teve início na segunda-feira, 15. Foto: Rafael Barros/Seagri
De acordo com o secretário de Agricultura, José Luis Tchê, o curso visa capacitar os técnicos do Estado para garantir o sucesso da cadeia produtiva do café: “Nosso objetivo é elevar a qualidade da nossa produção e, consequentemente, garantir a geração de empregos e melhorar a renda aos nossos cafeicultores”.
Segundo a coordenadora da Cafeicultura da Seagri, Michelma Neves, após a capacitação, os técnicos estarão aptos a julgar as amostras de cafés especiais da primeira fase do concurso QualiCafé, que visa incentivar a produção de cafés de alta qualidade, promovendo melhores práticas agrícolas, sustentabilidade e a valorização da cultura do café na região, agregando valor ao produto local e divulgando a diversidade de sabores e aromas do café acreano.
Coordenadora da Cafeicultura da Seagri, Michelma Neves ressaltou a importância da capacitação Foto: Rafael Barros/Seagri
“Na parte de classificação física, conseguimos identificar os defeitos dos grãos e, após isso, vem a fase da degustação da bebida. Com a capacitação, os técnicos do Acre estarão credenciados a fazer avaliações”, declarou Michelma.
Para engenheiro agrônomo do núcleo da Seagri de Manoel Urbano, Elio Ferreira, levar as competências adquiridas no curso para utilização em campo vai auxiliar o produtor.
Elio Ferreira é engenheiro agrônomo do núcleo da Seagri em Manoel Urbano. Foto: Rafael Barros/Seagri
“Nossa participação neste curso é importante, pois vai melhorar a qualidade e, consequentemente, a quantidade do café produzido aqui, o que leva a maior ganho financeiro do café em grão cru produzido no Acre”, declarou.
Técnicos da área de cafeicultura de diversos órgãos participam do evento. Foto: Rafael Barros/Seagri
O curso é fruto de parceria entre Seagri, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), Instituto de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sistema Faeac e Sicred Biomas.
Sergio Mattarella cumpre agenda no Brasil e destaca importância da COP 30 ser realizada em Belém no ano que vem
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, disse que “o mundo tem uma dívida para com o Brasil” por causa da Amazônia. “A Amazônia fornece uma atmosfera limpa para o mundo inteiro”.
Mattarella veio ao Brasil em meio às comemorações dos 150 anos do início da imigração italiana ao Brasil. Essa é a primeira visita de Estado de um presidente italiano ao país em 24 anos.
O presidente também falou que os italianos amam os brasileiros e que, assim que chegou ao Brasil, teve a sensação, “embora fosse a primeira vez, de visitar lugares que eu já conhecia”. “Há muitas afinidades entre os dois países. Não tem como os italianos não se sentirem em casa no Brasil e os brasileiros, na Itália”.
Em São Paulo, ele visitou instalações ligadas à imigração italiana na Capital Paulista e conheceu o tradicional “Circolo Italiano” no centro da cidade e conversou com a CNN.
LEIA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA
O senhor é o primeiro presidente italiano a fazer uma visita de Estado ao Brasil em 24 anos. Na reunião com o presidente Lula, o senhor assinou acordos de cooperação. O que o senhor pode nos falar sobre esses acordos e como eles aproximarão ainda mais a relação entre Brasil e Itália?
Eu estou muito feliz de estar no Brasil depois de 24 anos da última visita de um presidente italiano. Esse ano de 2024 representa um ano, particularmente, significativo. É um ano que são celebrados os 150 anos da imigração da Itália para o Brasil e que depois foi muito ampliada. Também são celebrados os 80 anos da presença na Itália da Força Expedicionária Brasileira, que lutou com os aliados contra o fascismo e o nazismo e ajudou a libertar o país enviando muitos jovens brasileiros. E, por isso, eu continuo expressando a gratidão da Itália. 2024 marca também uma coincidência: a presidência do Brasil no G20 e a Itália na presidência do G7. Por isso, é um ano, particularmente, participativo. Com o presidente Lula, assinamos alguns acordos de cooperação que vão se juntar aos muitos outros acordos entre os nossos países. São acordos que abrangem vários âmbitos em diversos setores. Um, por exemplo, tem a ver com a vida social dos cidadãos italianos e brasileiros. O reconhecimento mútuo da carteira de motorista, o que vai tornar mais fácil a vida dos nossos cidadãos que moram na Itália e no Brasil. Há, também, acordos sobre avanços tecnológicos, há também protocolo de entendimento entre algumas universidades. Enfim, os acordos são muitos e todos eles se inserem nesse quadro de grande amizade que existe entre os dois países.
O Brasil ocupa, neste momento, a presidência do G20 enquanto a Itália preside o G7. Como a relação bilateral entre esses países pode colaborar para o crescimento econômico de ambos nos seus blocos econômicos? Há a possibilidade de Brasil e Itália trabalharem juntos para estabelecer o acordo entre União Europeia e Mercosul?
Entre a presidência do G20 e a presidência do G7, de fato, há muitas coincidências sobre os temas que são destaques e de relevância mundial. Existem alguns temas que parecem temas “gêmeos” como, por exemplo, alguns tratados que estão sendo tratados tanto no G20 como no G7. Mencionando alguns deles, por exemplo, a mudança climática –que é extremamente importante para garantir um futuro mais saudável e próspero para as próximas gerações –, o combate à fome, e a atenção com a inteligência artificial, que é um tema extremamente importante. Por que eu digo que são tão importantes que alguns desses temas de destaques sejam coincidentes nesse momento? Pois é só assim que poderão garantir que outros países se interessem e assumam a responsabilidade sobre esses temas.
O Brasil e a Itália com certeza estão no centro das atenções internacionais nesse momento. Com certeza, estão sendo tratados e discutidos os temas importantes para o futuro da comunidade internacional. Em relação ao acordo entre União Europeia e Mercosul, eu considero que seja absolutamente inevitável. Pois a integração intercontinental é fundamental para garantir segurança, crescimento, desenvolvimento para todas as partes. Quando foi constituída a União Europeia, ao longo desses anos todos, todos os países se beneficiaram. Foi uma ajuda mútua. Então essa integração entre continentes é importantíssima. No caso de um acordo entre União Europeia e Mercosul, com certeza, os benefícios seriam tanto para os países do Mercosul, assim como os da União Europeia. Essa rede poderia, inclusive, favorecer a paz no mundo.
Na reunião com o presidente Lula, os senhores também trataram sobre transição energética. De que forma Brasil e Itália podem trabalhar juntos para incentivar a produção de energia limpa nos dois países?
Com certeza, o tema da energia limpa e da transição energética são temas fundamentais que estão dentro das agendas do G20 e G7. É tratado, obviamente, dentro da colaboração entre Brasil e Itália. Ambas as nações, de fato, já colaboram nesse sentido. A energia limpa interessa muito aos países.
O que a Itália e a Europa em geral espera da COP30 que vai acontecer em Belém, aqui no Brasil, em 2025?
Com a COP30, que acontecerá em Belém, o Brasil vai lançar dois recados importantes. O primeiro, é com certeza, a importância da atenção e o cuidado com a preservação da natureza. Precisamos lembrar que as gerações futuras terão o direito de viver em um ambiente mais limpo e saudável. O segundo recado é que o Brasil, sediando a COP30 na Amazônia. vai chamar a atenção sobre o fato de que a Amazônia fornece uma atmosfera limpa para o mundo inteiro. O mundo não pode esquecer que tem uma dívida para com o Brasil por esse motivo. Tem outra coisa, Brasil e Itália esperam do mundo, inclusive depois da COP29 de Baku, compromissos mais concretos e que ao longo dos últimos anos, infelizmente, não foram adotados de formas tão firmes.
Qual seu sentimento em relação ao Brasil?
O charme, esse fascínio que os italianos percebem no Brasil é, de fato, reconhecido e é enorme. A cultura brasileira, a música brasileira, esse desenvolvimento da arte que foi criado, meio que em conjunto, entre artistas brasileiros e italianos.
Eu mesmo conheço muitos casos! Assim que eu cheguei no Brasil, eu tive a sensação, embora fosse a primeira vez, de visitar lugares que eu já conhecia. Há muitas afinidades entre os dois países. Não tem como os italianos não se sentirem em casa no Brasil e os brasileiros na Itália. O senhor poderia mandar uma mensagem aos brasileiros? Os italianos querem muito bem os brasileiros. Amam os brasileiros.
Já em áreas privadas, cabe ao proprietário, responsável pelo imóvel ou condomínio, contratar um profissional para isso. A Energisa só realiza o serviço de podas quando os galhos tocam ou estão muito próximos aos cabos de energia.
Os galhos podem entrar em contato com a rede e provocar curtos-circuitos, rompimento de cabos, interrupção do fornecimento de energia e até mesmo energizar a árvore.
Além de embelezarem ruas e quintais, as árvores também são importantes aliadas no conforto térmico. Mas, antes do plantio, é importante se atentar a alguns detalhes. Galhos de árvores próximos à rede elétrica podem provocar acidentes e a interrupção do fornecimento de energia elétrica.
O supervisor de meio ambiente da Energisa Rondônia, José Meireles Carratte, explica que os serviços de manutenção no espaço público são de responsabilidade das prefeituras, conforme a legislação vigente. Já em áreas privadas, cabe ao proprietário, responsável pelo imóvel ou condomínio, contratar um profissional para isso. A Energisa só realiza o serviço de podas quando os galhos tocam ou estão muito próximos aos cabos de energia.
“A vegetação quando está sob a rede traz riscos. Os galhos podem entrar em contato com a rede e provocar curtos-circuitos, rompimento de cabos, interrupção do fornecimento de energia e até mesmo energizar a árvore, elevando os riscos e expondo mais pessoas a perigos. Em dias de chuva e ventania, é ainda mais perigoso”, pontua Carratte.
Confira algumas orientações que devem ser seguidas antes de plantar uma árvore:
-Não plante árvores próximo ou embaixo de redes previamente instaladas;
-Escolha plantas e árvores que não cresçam muito no seu jardim;
-Na área rural, respeite a faixa de servidão da rede elétrica, devendo ter uma distância mínima de segurança de 10 metros em relação ao traçado da rede.
-Redobre o cuidado ao subir em árvores ou utilizar varas e barras metálicas para tentar cortar galhos ou até mesmo colher frutos;
-Não faça podas de árvores que estiverem próximas ou em contato com a rede elétrica, pois os galhos podem tocar os fios e energizar a árvore. Nesses casos entre em contato com a Energisa.
-Em propriedades particulares, a responsabilidade da poda é do dono do imóvel. Caso a árvore esteja próxima à rede, o cliente deve entrar em contato com a Energisa e solicitar o desligamento da rede para que o serviço seja realizado com segurança pelo profissional contratado.
Em casos de galhos na rede, a população pode entrar com a Energisa por meio dos contatos: WhatsApp (Gisa): https://gisa.energisa.com.br/
Aplicativo Energisa On (disponível no Google Play ou App Store do celular)
Nos primeiros seis meses de 2024, o Brasil enfrentou um cenário devastador no que diz respeito aos incêndios florestais. Com um total de 4,48 milhões de hectares consumidos pelas chamas, o governo Lula registra um dos piores períodos de queimadas na história recente do país. Este número impressionante equivale a queimar uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro a cada 4,9 dias, segundo dados do levantamento Monitor do Fogo, do MapBiomas.
Aumento Drástico das Queimadas
O aumento de 529% nas queimadas em comparação com anos anteriores expõe a gravidade da situação sob a atual administração. A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 2,97 milhões de hectares queimados, representando 66% de toda a área consumida no Brasil. Em seguida, o Cerrado registrou 947 mil hectares destruídos pelo fogo, um aumento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado.
No Pantanal, a situação é igualmente alarmante. Em apenas seis meses, 468 mil hectares foram devastados, com 79% dessa área queimada somente em junho. O bioma ainda enfrenta uma seca histórica, a mais severa em 70 anos, segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o que agrava ainda mais o risco de incêndios.
O Silêncio dos Autores e Compositores
Enquanto o país arde, chama atenção o silêncio de figuras públicas que, em outros tempos, se mostravam vocalmente críticas a questões ambientais. Autores e compositores, que frequentemente utilizam sua arte para abordar problemas sociais e ecológicos, parecem ausentes no debate sobre as queimadas que assolam o Brasil sob o governo Lula. Essa omissão contrasta com períodos anteriores, onde a classe artística se manifestou fortemente contra a destruição ambiental.
Falta de Ações Eficazes
Eduardo Rosa, coordenador da equipe Pantanal do MapBiomas, enfatiza a necessidade de estratégias mais robustas e integradas para prevenir e combater o fogo. Entre as ações sugeridas estão o manejo integrado do fogo, queimadas controladas, aceiros, monitoramento e detecção precoce, educação ambiental, sensibilização social e capacitação de brigadas. No entanto, a implementação dessas medidas parece insuficiente frente à magnitude do problema atual.
Outras Regiões Atingidas
Além dos biomas mencionados, a Mata Atlântica, a Caatinga e o Pampa também enfrentaram incêndios significativos. A Mata Atlântica teve 73 mil hectares queimados, enquanto o Pampa registrou 1.145 hectares, o menor valor dos últimos seis anos. Na Caatinga, a situação é ainda mais preocupante, com um aumento considerável de queimadas, totalizando 16.229 hectares.
A doença atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana
Monilíase do Cacaueiro (Moniliopthora roreri)
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que confirmou, no dia 2 de julho, a ocorrência de um novo foco de monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri) no município de Urucurituba, no Amazonas.
A suspeita de ocorrência da praga foi verificada no dia 24 de junho durante ações de vigilância fitossanitária conduzidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), e confirmada por meio de análise laboratorial realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO).
Medidas emergenciais foram discutidas e implementadas em conjunto com autoridades locais, antes mesmo da confirmação oficial da doença. “Procedemos com a interdição imediata da propriedade afetada para evitar qualquer propagação da praga, implementamos técnicas de erradicação para eliminar a monilíase na propriedade foco e proibimos o trânsito de frutos e amêndoas do município afetado para outras regiões”, relata a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da SDA, Edilene Cambraia.
Ainda com objetivo de evitar a dispersão da praga para as áreas que ainda não tem presença da doença, foram aumentadas as fiscalizações do trânsito de materiais vegetais (frutos, plantas) hospedeiros da monilíase. “Aumentamos a fiscalização sobre o trânsito de vegetais e iniciamos campanhas de conscientização e treinamento em Urucurituba e em 10 municípios vizinhos entre Itacoatiara e Parintins na divisa com o Pará, maior produtor de cacau do país, que estão em plena execução”, acrescentou Edilene.
Outra ação coordenada pelo Mapa para reforçar a vigilância e o controle fitossanitário é a prorrogação da declaração de emergência fitossanitária para os estados do Acre, Rondônia, Amazonas e inclusão do estado do Pará em virtude do aumento do risco fitossanitário. Também já foi encaminhado ao governo do Amazonas o pedido de restrição da emissão de notas fiscais interestaduais de amêndoas de cacau provenientes do estado.
A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
Devido ao seu potencial de danos, o Mapa alerta que é fundamental a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais.
A doença atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana.
Focos
O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021 em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Em novembro de 2022, o segundo foco foi detectado no município de Tabatinga, no estado do Amazonas, dessa vez, em comunidades rurais ribeirinhas.
Ambos os estados se encontram sob ações permanentes de controle, com vistas à sua erradicação.
Na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.