A colaboração firmada no protocolo acontecerá nas áreas temáticas de Clima e Saúde; Clima, Florestas e Serviços de Ecossistemas; e ainda Mobilidade Urbana, Cidades Inteligentes e Cadeias Logísticas Associadas.
Com informações do Governo de Rondônia
Durante encontro realizado em Portugal, no dia 2 de fevereiro, o Governo de Rondônia realizou a assinatura do 'Protocolo de Intenção' junto ao Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), referência mundial em inovação e tecnologias sustentáveis. A colaboração firmada no protocolo acontecerá nas áreas temáticas de Clima e Saúde; Clima, Florestas e Serviços de Ecossistemas; e ainda Mobilidade Urbana, Cidades Inteligentes e Cadeias Logísticas Associadas.
Cumprindo agenda no país europeu, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, enfatizou que o Estado tem desenvolvido ações voltadas à sustentabilidade.
''Estamos comprometidos em buscar o que há de melhor em inovação e tecnologia para fortalecer a sustentabilidade em Rondônia. Acreditamos que um futuro mais próspero se faz com a integração entre o cuidado com o meio ambiente, o clima e o desenvolvimento econômico, combinados ao emprego de inovações tecnológicas'',
defendeu.
Clima, Saúde, Florestas e Serviços de Ecossistemas foram temas abordados durante encontro. Foto: Divulgação/Governo de Rondônia
O protocolo inclui tratamento de dados geoespaciais e consultoria para planos de ação voltados à adaptação climática; desenvolvimento de políticas e projetos que mitiguem as emissões de carbono na mobilidade urbana; e a promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em consonância com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Relevância econômica e ambiental
Durante o cumprimento da agenda, o governador, após a assinatura do protocolo, manteve reunião com os representantes do CEiiA e da Comissão de Coordenação da Região Norte de Portugal (CCDR-N), para tratar de projeto sobre Sequestro Florestal de CO2.
Governo mantém reunião com os representantes do CEiiA e da Comissão de Coordenação da Região Norte de Portugal. Foto: Divulgação/Governo de Rondônia
A política de Sequestro Florestal de CO2 é debatida mundialmente como solução para amenizar o aquecimento global, que acontece naturalmente, especialmente pelas florestas, a partir da fotossíntese. Mas a tecnologia também pode colaborar nesse processo.
A remoção de poluentes atmosféricos possui relevância climática, ambiental e impacta o desenvolvimento, pois favorece as atividades econômicas, dando sustentabilidade aos negócios.
Janeiro de 2024 entrou para os registros como o mês mais quente já registrado, solidificando uma tendência que vem se intensificando desde o ano passado. Os dados foram constatados pelo Copernicus, instituto europeu de monitoramento.
Os cientistas confirmam que 2023 foi o ano mais quente da história, com os meses subsequentes mantendo uma sequência de recordes de calor. Janeiro de 2024 não foi exceção, marcando um novo ápice de temperatura global. Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), enfatiza a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa para conter esse aumento.
Os dados do observatório destacam que janeiro de 2024 registrou uma temperatura média do ar de superfície de 13,14°C, superando os registros anteriores. Além disso, o período de doze meses, de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, registrou a temperatura média global mais alta já documentada, destacando a tendência alarmante.
Os oceanos também não escaparam do calor crescente, com a temperatura média da superfície do mar em janeiro atingindo níveis recordes. Desde então, os registros diários de temperatura marinha continuam a quebrar recordes, sublinhando a urgência da crise climática global.
A cerimônia do Cocoa of Excellence, na Holanda, integra a missão paraense que busca potencializar e divulgar o cacau do Estado.
Com informações da Agência Pará
Apresentar as potencialidades e divulgar o cacau produzido no Pará é o objetivo da Missão Amsterdã 2024, na Holanda, que conta com a participação de representantes do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e de produtores locais. A equipe conta, também, com a participação de um representante da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
Além da participação no "Amsterdã Cocoa Week", a missão acompanhará, no dia 8 de fevereiro, a final do Concurso de Melhor Amêndoa do Mundo, premiação denominada de Cocoa of Excellence (Cacau de Excelência), onde concorrem dois produtores do Pará e um da Bahia.
O Pará será representado pelos produtores Robson Brogni e Míriam Federicci Vieira, de Medicilândia, no sudoeste do Estado. O cacauicultor Luciano Ramos de Lima, de Ilhéus, no sul da Bahia, também concorre na premiação mundial.
Foto: Divulgação
O Cocoa of Excellence é uma plataforma global única que descobre, reúne, promove e recompensa produtores de cacau de excelência de todas as origens produtoras pela qualidade superior do cacau e diversidade de sabores. Participaram da seleção 222 amostras de grãos de cacau de 52 países, entre os quais o Brasil.
A participação dos produtores e da equipe técnica é financiada através dos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau). A equipe será liderada pelo secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, que fará uma apresentação sobre a cacauicultura no Estado do Pará durante a reunião da Fundação Mundial de Cacau no dia 8 próximo.
Miriam Federicci Vieira (na foto ao lado do marido) é uma das finalistas à premiação. Foto: Divulgação
Potencialidades
O coordenador do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura no Pará (Procacau) da Sedap, engenheiro agrônomo Ivaldo Santana, informou que a comitiva paraense estará participando não apenas da premiação como da programação paralela.
"A programação principal dessa equipe é acompanhar o Concurso Mundial de Melhor Amêndoa do Cacau, três produtores do Brasil - sendo dois do Pará - foram selecionados. Nós estamos levando esses produtores e a equipe para participar dessa importante programação, e o Pará terá a oportunidade de mostrar as potencialidades do nosso cacau, nossa equipe participará da feira do chocolate e do cacau além de encontros técnicos. A gente espera divulgar bem o nosso Estado, visando o comércio de amêndoa de cacau",
enfatizou Santana.
O Pará, segundo repassou o engenheiro agrônomo, produz em média 140 toneladas de cacau por ano – o que mantém o Estado como o maior produtor do fruto no Brasil. "A gente tem que colocar essa amêndoa fora do Brasil, alcançando logicamente melhores preços", observou Santana.
Conforme observou o coordenador do Procacau, a parceria entre as instituições de diferentes esferas governamentais tem sido de fundamental importância para o alcance de bons resultados. "A gente não credita esse feito apenas a nossa equipe, mas às instituições que lidam com essa cultura, como a Ceplac e Embrapa que fazem a pesquisa, a Emater e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), que fazem a assistência técnica; essas instituições apoiadas com recursos do Funcacau, levam os produtores e técnicos para participar dessas missões, quer sejam nacionais ou internacionais", ressaltou Santana.
A participação em eventos de renome, como é o caso do Salão de Paris, na França, do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau em Ilhéus, ou em Altamira e Belém, por exemplo, acaba incentivando a produção de amêndoas com maior e melhor qualidade, como observou o engenheiro agrônomo. "O mercado existe, e, principalmente este ano em que o preço da amêndoa nunca atingiu um valor tão alto (entre R$ 22,00 a R$ 24,00 o quilo), e nós estamos aproveitando a maré alta para comercializar a amêndoa dos nossos 30 mil produtores do Estado", enfatizou o coordenador do Procacau.
Robson Brogni também concorre na próxima quinta-feira à premiação. Foto: Divulgação
Projetadas e construídas pela empresa americana Chicago Bridge & Iron Works, sediada em Chicago (EUA), as caixas d'água foram instaladas em 1910 e 1912.
Com informações do Governo de Rondônia
As Três Caixas d'Água, em Porto Velho (RO), também conhecidas como as Três Marias, bem como a praça ao seu redor, têm um papel cultural e histórico importantes para o Estado. Considerado um dos principais pontos turísticos da Capital, o patrimônio histórico de Rondônia se tornou palco de eventos e aulas ao ar livre, proporcionando uma experiência única aos alunos da rede pública e privada.
Projetadas e construídas pela empresa americana Chicago Bridge & Iron Works, sediada em Chicago, nos Estados Unidos, as caixas d'água foram instaladas em 1910 e 1912, servindo tanto à população quanto às obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, até a década de 50. O local desperta o interesse e a curiosidade dos visitantes, que têm a oportunidade de conhecer e valorizar as raízes culturais do Estado, explorar a história e compreender como influenciaram o desenvolvimento de Rondônia e moldaram sua identidade.
As Três Caixas d'Água. Foto: Leandro Morais/Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
O titular da Secretaria de Estado de Patrimônio de Regularização Fundiária (Sepat), David Inácio ressaltou que, as Três Caixas D'Água estão instaladas em uma área que pertenceu ao então Território Federal, e que foi transferida ao Governo de Rondônia conforme a Lei Complementar Nº 41, de 22 de Dezembro de 1981.
"O Poder Público do Estado fez a cedência para o município de Porto Velho por um período de 20 anos, Cessão de Uso, publicada em 22 de julho de 2022. A partir dessa autorização, o município é o responsável pela preservação do local", enfatizou.
Ponto turístico
O secretário David Inácio destaca a importância das Três Caixas d'Água, que além de ser um ponto turístico de Porto Velho, representa um marco na história da cidade e do Estado. Ao longo dos anos, elas se tornaram um símbolo da luta e do desenvolvimento da região, testemunhando o crescimento e a transformação de Rondônia.
A coordenadora de Patrimônio Imobiliário da Sepat, Laura Betânia dos Santos disse que, a revitalização do patrimônio histórico é importante para preservar a memória da cidade e valorizar sua identidade cultural.
Além disso, a requalificação do local pode impulsionar o turismo na região, atraindo visitantes interessados em conhecer mais sobre a história e a cultura de Porto Velho e do Estado de Rondônia.
As Três Caixas d'Água. Foto: Leandro Morais/ Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
A coordenadora ressaltou que as Três Caixas d'Água são patrimônio do Governo do Estado e que foi feita a cessão de uso para o município, tendo em vista que as Três Marias são o símbolo da Capital. A preservação do patrimônio público também contribui para a valorização da identidade local e fortalecimento do sentimento de pertencimento da população. Também explicou que quando o Governo Federal transferiu a área das Três Caixas d´Água, outros imóveis pertencentes ao ex-território também foram transferidos para o Governo do Estado conforme a Certidão de Inteiro Teor, de 09 de Novembro de 1981.
A importância do patrimônio público do Estado vai muito além de sua relevância histórica e arquitetônica. O patrimônio é um verdadeiro tesouro cultural, que conta a história e a identidade da região, além de desempenhar um papel fundamental na preservação da memória coletiva.
Você sabia que as três marias de Porto Velho "nasceram" nos EUA?
As três caixas d'água são símbolos da cidade e estão estampadas na bandeira do município, por serem o memorial histórico do surgimento da cidade e uma homenagem à construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Quem visita Porto Velho, possivelmente já conhece ou ouviu falar nas famosas caixas d'águas da cidade, também conhecidas como Três Marias. Projetadas pela empresa americana Chicago Bridge & Iron Works de Chicago, a primeira "maria" foi erguida em 1910, três anos após a fundação da cidade de Porto Velho, no bairro do Caiary. O projeto foi concluído em 1912 com a construção dos outros dois reservatórios.
Cada reservatório possui capacidade para 200.000 litros e serviram para abastecer a cidade de Porto Velho por 47 anos, até 1957, funcionando por ação da gravidade. Foi tombada como patrimônio histórico em 1988.
Mas você sabe qual contexto histórico e quais foram as influências desse formato de reservatório que virou símbolo da cidade, estampado inclusive no brasão e na bandeira de Porto Velho? O Portal Amazônia trás curiosidades sobre o "berço" desse formato de caixas d'água.
Foto: Reprodução
Até o desenvolvimento do setor industrial nos Estados Unidos, no século XIX, não havia um sistema de drenagem urbana e de esgotos nas cidades. Isso fez com que fossem comum em grandes cidades, como Nova Iorque, observar piscinas de sujeira e água poluída a céu aberto.
Devido a esses fatores, um grupo de pessoas influentes de nova-iorquinos formasse uma associação que focou na melhora da qualidade da água e o acesso das pessoas a ela.
Com isso, em meados de 1870, o então departamento de obras públicas começou a utilizar tanques de armazenamento de água nos últimos andares dos prédios, o que mudou o visual urbano presente até então.
Foto: Reprodução.
Os tanques eram colocados nos telhados porque a pressão da água local era muito fraca para elevar a água aos níveis superiores. Quando as construções começaram a ficar mais altas, a cidade exigiu que os edifícios com seis ou mais andares fossem equipados com um tanque no telhado com uma bomba.
Com a ajuda da gravidade, a água era enviada para todos os apartamentos do edifício. Esses tanques de água geralmente duravam aproximadamente 35 anos. Esse modelo foi popularizado e trazido para a América do Sul.
Símbolo rondoniense
Com o início da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, de 366 quilômetros que liga Porto Velho a Guajará-Mirim e início da urbanização do atual estado de Rondônia, a companhia Chicago Bridge & Iron Works resolveram trazer o modelo estadunidense de reservatório, portanto, trouxeram as caixas d'água e a instalaram aqui.
Atualmente
Foto: Reprodução
As três Marias não passam por uma manutenção desde o início da década de 90. Mesmo tombada como patrimônio histórico, corre o risco de tombar pela ferrugem de suas bases de sustentação. Por ser um símbolo da história e identidade de Porto Velho e do estado de Rondônia como um todo, está presente na bandeira e no brasão da cidade.
Recentemente a empresa Engenho Café de Açaí fechou a venda de 2,5 toneladas do produto e já tem contrato para a venda na Alemanha.
Com informações da Agência Sebrae
Participar do Inova Amazônia proporcionou uma mudança no caminho da empresa Engenho Café de Açaí, do Amapá. No ano passado, a startup já havia conquistado o mercado alemão e agora fechou uma venda de 2,5 toneladas da bebida aromática para os Estados Unidos. O produto – que se assemelha ao café e é feito a partir do caroço do açaí – é um sucesso porque promove a redução de impactos ambientais com o descarte da matéria-prima e gera emprego e renda para a população local. O negócio dispõe de registro de marca, selo de origem, rastreamento, procedência e certificações.
"Fechar esse contrato para exportar 2,5 toneladas para os EUA foi realmente gratificante. Para mim e para a comunidade, representa não apenas um marco em nossos esforços de expansão internacional, mas também um reconhecimento do potencial e da qualidade do nosso produto, além de abrir portas para novas oportunidades de negócios",
conta a proprietária da Engenho Café de Açaí, Valda Gonçalves.
Foto: Divulgação
Como começou
A empresa foi criada em 2020, durante a pandemia. A ideia de investir no produto surgiu de um problema que a proprietária da Engenho Café de Açaí e o marido viam próximo de casa, com o descarte em lugares inadequados dos resíduos sólidos das agroindústrias do açaí.
A empresária estima que cerca 24 toneladas de caroços do açaí, somente nas cidades de Macapá e Santana, iriam para o lixo todos os meses. Passar pelo programa Inova Amazônia, do Sebrae, foi fundamental para a startup conquistar os resultados atuais.
"O apoio do Inova Amazônia foi fundamental para chegarmos aonde estamos. Foi através do programa que tivemos nossa primeira experiência internacional, e isso abriu muitas portas para nós. Estamos muito gratos por todo o suporte e a orientação que recebemos".
Valda Gonçalves, proprietária da Engenho Café de Açaí.
O programa é uma estratégia focada em fomentar, apoiar e desenvolver pequenos negócios, startups, empreendimentos e ideias inovadoras alinhadas à bioeconomia que tenham como premissa a atuação direta ou indireta para preservação ou uso sustentável dos recursos da biodiversidade do bioma. No total, já foram investidos R$ 23 milhões em ações de aceleração, bolsas, eventos, Sebraetec e missões internacionais.
"Resultados como o da Engenho Café de Açaí demonstram a capacidade que os produtos amazônicos têm de ganhar mercado nacional e internacional. Tenho certeza de que muito em breve teremos outros produtos tão conhecidos mundialmente como hoje é o açaí",
comenta o analista de inovação do Sebrae, Thyago Gatto.
"É um projeto efetivo e eficaz e mostra que recursos aplicados estão sendo importantes para a região e para o desenvolvimento de empresas da bioeconomia", completa.
Thyago Gatto também ressalta os ganhos com a promoção de negócios sustentáveis a partir da iniciativa. "Promover o surgimento e o fortalecimento de empresas inovadoras da bioeconomia é o melhor caminho para manter a floresta em pé, demonstrando que a busca pelo lucro deve ocorrer, mas é possível fazer isso em harmonia com a natureza".