« 1 ... 115 116 117 (118) 119 120 121 ... 1147 »
Brasil : Pesquisadores realizam expedições para monitoramento de igarapés da BR-319
Enviado por alexandre em 15/07/2024 10:50:59

Investigar o efeito de gradientes ambientais nas assembleias de peixes de igarapés no Interflúvio Madeira-Purus, da rodovia BR-319, no coração da Amazônia. Esse foi o principal objetivo de uma série de expedições científicas realizadas, entre setembro e novembro de 2022, por pesquisadores do Laboratório de Ictiologia e Ordenamento Pesqueiro do Vale do Rio Madeira (LIOP), do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), e que são o destaque da seção Ciência do Informativo nº 55 do Observatório BR-319 (OBR-319), divulgado nesta semana.

Lideradas pelo Dr. Marcelo Rodrigues dos Anjos, as expedições visam entender quais os efeitos do desmatamento, ocupação humana e fragmentação de habitats aquáticos que advém da construção de pontes e estradas na rodovia sobre a fauna de peixes da região.

Com apoio da equipe do laboratório, foram feitas visitas em seis igarapés, sendo três pavimentados e três não pavimentados, próximos ao município de Humaitá (AM). No total, os pesquisadores coletaram mais de 330 peixes de 66 espécies, como traíra (Hoplias malabaricus), acará (Satanoperca jurupari), bicuda (Boulengerella maculata) e peixe cachorro (Acestrorhynchus falcatus).
As análises embasaram a dissertação de mestrado da Eng. Ambiental e Ma. em Ciências Ambientais, Jeissy Santana. Foto: Divulgação

As análises embasaram a dissertação de mestrado da Eng. Ambiental e Ma. em Ciências Ambientais, Jeissy Santana, “O efeito de gradientes ambientais em assembleias de peixes de igarapés da BR-319, Sudoeste da Amazônia”, defendida no final do ano passado.

“O monitoramento dos igarapés da BR-319 é importante para ajudar a entender a biodiversidade aquática e compreender a interação das espécies com as mudanças ambientais, fornecendo dados que possam auxiliar na tomada de medida de conservação ambiental e manejo dos recursos naturais”, explicou a pesquisadora.

Além disso, o estudo apontou que as condições da água nos igarapés estão dentro da normalidade, mas é necessário seguir realizando novas investigações regularmente.

“A estatística do trabalho permitiu mostrar a relação das espécies com os parâmetros da água, explicando o porquê de encontrarmos determinada espécie em um certo ambiente. O monitoramento na região deve ser contínuo, feito em períodos sazonais diferentes ou anuais, para que tenhamos informações de forma temporal da atual situação da fauna aquática destes igarapés”, conclui Jeissy. ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/pesquisadores-realizam-expedicoes-para-monitoramento-de-igarapes-da-br-319/

Brasil : Com estiagem antecipada, embarcações estão proibidas de navegar a noite em trecho do Rio Madeira
Enviado por alexandre em 15/07/2024 10:48:11

 Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC) decidiu proibir a navegação noturna na região do Rio Madeira devido a uma baixa no nível da água, que chegou a 3,75 metros na última segunda-feira (9), em Rondônia.

Segundo a marinha, a medida é necessária para garantir a segurança do transporte fluvial de passageiros e mercadorias, principalmente nos trechos mais complicados já mapeados.

A proibição ocorre no trecho de Porto Velho, em Rondônia, a Novo Aripuanã, no interior do Amazonas, por prazo indeterminado. De acordo com a capitania, a partir de agora, embarcações com calado (distância entre o ponto mais baixo do navio e a linha superficial da água) igual ou superior a 2,20 metros de altura não podem navegar no Rio Madeira durante a noite.

A capitania afirma que existem 24 pontos críticos de navegação no Madeira nesta época do ano, incluindo banco de areias e pedras.

Na semana passada, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou que a seca do Rio Madeira em 2024 pode ser uma das piores, caso ocorra um atraso no início da estação.

A expectativa era que o nível do rio ficasse abaixo de 4 metros só no fim de agosto.
 ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/com-estiagem-antecipada-embarcacoes-estao-proibidas-de-navegar-a-noite-em-trecho-do-rio-madeira/

Brasil : Garimpo já devastou 584 campos de futebol em três terras indígenas em 2024, diz relatório
Enviado por alexandre em 15/07/2024 10:43:38


Destruição provocada pelo avanço do garimpo – Foto: Reprodução

Um levantamento via satélite feito pelo Greenpeace Brasil revelou que o garimpo devastou 417 hectares nas Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami entre janeiro e junho deste ano, equivalente a 584 campos de futebol. Mesmo com os esforços do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para combater a atividade ilegal, ainda há muito a ser feito para proteger essas áreas. “Um dos grandes apelos dos povos originários é a desintrusão de seus territórios, que é a expulsão total dos garimpeiros de suas terras”, afirma Jorge Eduardo Dantas, porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace.

O levantamento mostrou que, embora o desmatamento tenha diminuído em comparação a anos anteriores, os garimpeiros têm aberto novas áreas no entorno de regiões já exploradas, dificultando a detecção por imagens de satélite. A terra Kayapó foi a mais afetada, perdendo 227 hectares no primeiro semestre deste ano, embora tenha havido uma queda de 60,18% na abertura de novas áreas em comparação ao mesmo período de 2023. A terra Yanomami perdeu 169,6 hectares, registrando uma redução de 5,92% em relação ao ano anterior, enquanto a Terra Indígena Munduruku contabilizou 20,2 hectares desmatados.

O Greenpeace alerta para o avanço da atividade perto de outras áreas protegidas, como o Parque Nacional do Pico da Neblina e o Parque Nacional dos Campos Amazônicos. As Terras Indígenas Apurinã, Sete de Setembro e Zoró também estão sob ameaça de novos focos de garimpo.

Brasil : FAB lança 336 mil litros de água para combater incêndios no Pantanal
Enviado por alexandre em 12/07/2024 10:19:46

Desde o fim de junho, força aérea fez 28 voos de apoio ao bioma

O Comando Conjunto da Operação Pantanal, da Força Aérea Brasileira (FAB) informa que, desde o dia 28 de junho, quando começou a atuar no combate às queimadas, já lançou 336 mil litros de água nos focos de incêndio na região. Somente nesta quinta-feira (11), em dois voos realizados, 24 mil litros despejados em áreas atingidas pelo fogo.

 

Os voos são operados com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). O equipamento conta com um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até 12 mil litros em áreas de incêndio.

 

De acordo com o major aviador Rafael Portella Santos, comandante da missão realizada no Pantanal Sul-Mato-Grossense, esta é a primeira vez que a FAB opera o sistema MAFFS instalado no KC-390 Millennium em situação real. “Fizemos diversos treinamentos simulados no decorrer da operação da aeronave para que, hoje, pudéssemos estar aqui com pilotos e tripulantes capacitados para este momento”, afirmou.

 

Veja também

 

Polícia Militar acha 64kg de drogas e homem alega que era usuário, não traficante

 

5 ideias criativas do que fazer com as crianças nas férias

 

Santos explicou que toda a operação com o sistema MAFFS é realizada em etapas. A primeira ocorre com a coordenação em solo do ponto onde há a necessidade de conter as chamas.

 

Na sequência, é preciso fazer a visualização do local, avaliar a redução de riscos para aeronaves que atuam de forma semelhante e manter o contato com a equipe em solo. A partir daí, ocorre a primeira passagem, objetivando a precisão e a segurança da operação e, depois, o sobrevoo para o lançamento da água.

 


 

Na sequência, a aeronave retorna para oeabastecimento, podendo decolar novamente em cerca de 40 minutos. Desde o início da missão, a FAB já realizou 28 voos de apoio ao bioma Pantanal, somando 28 horas e 35 minutos de voo.

 

Fonte:Agência Brasil
 

LEIA MAIS

Brasil : Origem amazônica do cacau é comprovada por meio de DNA e revela forte rede de comércio pré-colombiana
Enviado por alexandre em 12/07/2024 10:18:29

uem encontra um cacaueiro vicejando numa agrofloresta amazônica não imagina quanta história carrega o fruto. Por muito tempo se creditou a origem do cacau ao endereço errado. Evidências arqueológicas apontavam o sul do México e a América Central, a chamada Mesoamérica, como local onde se iniciou a domesticação do fruto há cerca de 4 mil anos. Acreditava-se que, apenas depois, o cacau teria sido levado à América do Sul.

“Ao percorrermos a selva do Alto Amazonas [no Equador], sempre encontrávamos cacaueiros, que lembravam os povos que viveram nesta região há milhares de anos, mas, na época, não sabíamos que o cacau era uma planta nativa da região”, conta Francisco Valdez, arqueólogo do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento (IRD) na França.

Foi no início dos anos 2000, junto com uma equipe de arqueólogos e antropólogos franceses e equatorianos, que Valdez começou a estudar evidências que pudessem trazer novos conhecimentos sobre os povos antigos que prosperaram no Alto Amazonas, parte andina da Bacia Amazônica localizada no Equador, Peru, Colômbia e Venezuela.

Entre diversas descobertas, os pesquisadores se surpreenderam ao encontrar o DNA do cacau em cerâmicas milenares de uso doméstico e para tradições funerárias. Isso levou a uma reavaliação da origem do fruto: com raízes sul-americanas, as evidências apontam que há cerca de 5.500 anos o cacau já circulava por 19 culturas pré-colombianas.

“A característica mais importante de nossa pesquisa é o fato de colocar as culturas do Alto Amazonas em seu devido lugar, como um povo inovador e fundamental no surgimento dos fenômenos civilizatórios”, diz Valdez. “Agora a sua importância é duplamente reconhecida. Os amazônicos foram capazes de grandes conquistas civilizacionais e a interação regional foi um fator importante”.
Escultura asteca do século 15 com fruto de cacau. Foto: Reprodução/Museu do Brooklyn
Cacau para além da vida

O trabalho dos pesquisadores revelou 400 sítios arqueológicos na região e evidenciou a interação que existia entre os habitantes da Amazônia, das terras altas dos Andes e das planícies e margens da costa do Pacífico.

Ao descobrir as partículas de cacau nas cerâmicas de civilizações de mais de 5 mil anos, a pesquisa revelou que o cacau já era um alimento básico entre os povos daquele tempo. “Estas evidências apareceram no interior de vasos funerários que acompanharam vários indivíduos para a vida após a morte. As mesmas evidências foram também encontradas nas escavações domésticas”, conta Valdez.

Na época, o cacau era degustado em forma de polpa, como bebida, e em receitas elaboradas com o pó da semente torrada, além de ser usado como antisséptico para fins medicinais.

A descoberta foi publicada num artigo em 2018, mostrando que na Alta Amazônia o cacau já existia 1.500 anos antes do que na Mesoamérica.
Foto: Marlon del Aguila Guerrero/CIFOR.

A partir desta descoberta, os estudos sobre o cacau se intensificaram na região. A análise de DNA de mais de 350 peças arqueológicas de museus e de novas escavações, abrangendo um período de quase 6 mil anos, revelou que cerca de 30% delas guardam rastros do fruto.

“A genética é provavelmente a ferramenta mais valiosa que está revolucionando a ciência nos últimos 30 ou 40 anos, e a sequenciação do DNA tem mudado todas as ideias pré-concebidas sobre as espécies humanas e outras espécies biológicas”, aponta Valdez, um dos autores do artigo publicado em março de 2024.

O novo artigo relata que as partículas de cacau encontradas em cerâmicas de 19 culturas pré-colombianas revelam a mistura genética entre espécies de cacau distantes geograficamente entre si, apontando para as trocas e interações que devem ter ocorrido entre povos da Amazônia e costa do Pacífico e para a adaptação da planta em ambientes diversos.

“Esses dados mostram para nós que o cacau é uma planta sul-americana que foi levada há muito tempo, milhares de anos atrás, em redes de troca desde o centro de sua origem, que está ali na fronteira atual entre o Peru e Equador, no oeste da Amazônia, no sopé dos Andes, e foi levado dali para outras regiões da América do Sul e também para outras regiões das Américas”, avalia Eduardo Góes Neves, arqueólogo e diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP).

“Isso é muito interessante por duas razões: além de reforçar a ideia de que a Amazônia é um centro de produção de agrobiodiversidade, também mostra que havia redes de troca de comércio muito antigas conectando a América Central, a América do Norte e a América do Sul”, observa Neves.

Os pesquisadores sugerem que a história complexa da domesticação do cacau é a base das populações atuais de cacaueiros e este conhecimento pode contribuir para o gerenciamento dos recursos genéticos da planta em tempos de mudanças climáticas.
Entre rios e montanhas

Os primeiros registros históricos do cultivo do cacau na Amazônia brasileira estão ligados à colonização portuguesa e datam da segunda metade do século 17.

Fernando Mendes, engenheiro agrônomo que trabalha com cacau há 44 anos, conta que o fruto teria sido combustível de discórdias entre o Marquês de Pombal e os jesuítas, que na época viam na sua comercialização uma fonte substancial de renda.

Sempre se soube, no entanto, que a domesticação do cacau em terras ameríndias é muito mais antiga do que a invasão dos europeus. “Em sua segunda viagem à América em 1502, Cristóvão Colombo estava em Honduras quando encontrou uma canoa indígena e lá dentro tinha frutos de cacau. Ele ficou muito impressionado com aquele fruto que não conhecia”, conta Mendes, autor de diversos livros sobre o cacau e coordenador regional de pesquisa e inovação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).

Segundo o pesquisador, é difícil precisar quando o cacau entrou em terras brasileiras e igualmente complexo avaliar o início de sua domesticação, que deve ser mais antiga do que os 5 mil anos comprovados pelas partículas detectadas nas peças de cerâmica.

“Ele vem sendo trazido de mão em mão pelos rios ou pelas montanhas a partir das sementes, que eram trocadas e que os índios foram plantando. Então, a partir desse momento, começa a domesticação”, diz Mendes. “Essa data a gente não tem”.

Mendes aponta que a milenar domesticação do cacau por terras amazônicas tornou a espécie mais resistente às mudanças climáticas porque a planta se adaptou ao cultivo em sub-bosque, protegida da luz direta do sol.

Por ser uma planta perene e dispensar o uso do fogo, em sistemas agroflorestais o cacau contribui, inclusive, com a mitigação das mudanças climáticas e ajuda na regeneração da floresta.

“Desde 1996, a Ceplac, na Amazônia, tem como diretriz só oferecer assistência para os produtores que fazem um plantio em áreas antropizadas, nunca utilizando áreas de mata virgem”, diz Mendes. “A nossa contabilidade informa que, de 1996 a 2023, o programa de cacau no estado do Pará já recuperou cerca de 160 mil hectares de áreas”.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Mongabay, escrito por Sibélia Zanon
 ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/origem-amazonica-do-cacau-e-comprovada-por-meio-de-dna-e-revela-forte-rede-de-comercio-pre-colombiana/

« 1 ... 115 116 117 (118) 119 120 121 ... 1147 »
Publicidade Notícia