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Coluna Você Sabia? : Ereções: o que cientistas aprenderam sobre saúde sexual com ratos
Enviado por alexandre em 15/02/2024 09:43:47

Artigo publicado pelo professor Christian Göritz, da Universidade Karolinska, da Suécia, no site The Conversation

Você já se perguntou como funciona a ereção do pênis, mas nunca ousou perguntar? Bem, imagine uma esponja seca em um preservativo. Agora despeje água sobre a esponja (que é o sangue que está fluindo). Aí está.


Essa “esponja” do pênis é cientificamente chamada de corpo cavernoso. As ereções dependem do influxo e da retenção de sangue. As células musculares lisas regulam o fluxo sanguíneo para a esponja e sua consequente firmeza. Em um estudo recente, meu colega e eu investigamos o papel dos fibroblastos penianos, as células mais abundantes no pênis humano, sobre as quais pouco se sabia anteriormente.

 

Descobrimos que os fibroblastos do pênis ajudam as células musculares lisas a relaxar. O uso de uma técnica para tornar as células sensíveis à luz nos permitiu ativar os fibroblastos ao aplicar luz azul de fora para dentro do pênis de camundongos.

 

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Descobrimos que a ativação dos fibroblastos induzida pela luz relaxou as células musculares lisas e aumentou o fluxo sanguíneo. A eficácia desse relaxamento depende do número de fibroblastos. Um número maior de fibroblastos facilitou o relaxamento e aumentou o fluxo sanguíneo.

 

Também aprendemos que o número de fibroblastos não é estático, e identificamos as moléculas de sinalização que regulam o número de fibroblastos no pênis. Ao excluir ou superexpressar as moléculas relevantes, pudemos aumentar ou diminuir o número de fibroblastos e, em resposta, observar as alterações correspondentes no fluxo sanguíneo do pênis.

 

Mas logo aprendemos que o excesso de fibroblastos tem consequências negativas. Camundongos com um número muito alto de fibroblastos no pênis apresentaram ereções que duravam várias horas. Nos homens, isso corresponde a uma condição patológica dolorosa denominada priapismo, que exige uma visita ao hospital.

 

A ereção do pênis pode ser treinada? Nos seres humanos, grande parte do “treinamento erétil” ocorre naturalmente durante o sono, com os homens apresentando de três a cinco ereções por noite, conhecidas como “tumescência peniana noturna”.

 

Para testar a importância do treinamento, alteramos artificialmente a frequência das ereções em camundongos, tendo como alvo a região do cérebro responsável por iniciar uma ereção. Essa técnica nos permitiu ativar e desativar as ereções simplesmente administrando uma droga projetada, que atuou especificamente nas células nervosas responsáveis pela ereção no cérebro do camundongo.

 

Surpreendentemente, descobrimos que o número de fibroblastos do pênis mudou em relação à frequência das ereções. Quanto mais frequentes as ereções, mais fibroblastos estavam presentes e melhor o fluxo sanguíneo. Isso significa que fica mais fácil iniciar e manter uma ereção com o aumento da frequência das ereções.

 

Sabe-se que o “treinamento” inconsciente durante o sono diminui com o aumento da idade. O envelhecimento é um dos principais fatores de risco para a disfunção erétil em homens.

 

Estudando pênis de camundongos idosos, descobrimos que eles tinham um número menor de fibroblastos em comparação com camundongos jovens. Ao reduzir o número de ereções recorrentes em animais jovens por mais tempo, observamos uma diminuição no número de fibroblastos e menor fluxo sanguíneo peniano.

 

Uma interpretação poderia ser que o treinamento reduzido afeta negativamente o número de fibroblastos e, consequentemente, torna-se menos eficiente para iniciar uma ereção.

 

Embora a ocorrência espontânea de ereções durante o sono seja certamente conveniente, nosso estudo não sugere nenhuma diferença entre ereções involuntárias e ativamente evocadas em relação ao número de fibroblastos penianos. Portanto, um declínio relacionado à idade da tumescência peniana noturna poderia ser um alvo em potencial para o tratamento futuro da disfunção erétil, ou compensado pela obtenção ativa de uma ereção.

 

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Nossa pesquisa revela um mecanismo para controlar as ereções penianas, abrindo a porta para uma maior exploração para entender e melhorar a saúde sexual dos homens. 

 

Fonte: Metrópoles

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Ciência & Tecnologia : Com apoio da Nasa, SpaceX lança sonda lunar de empresa privada
Enviado por alexandre em 15/02/2024 09:43:07

Missão tem como objetivo enviar equipamentos para recolher dados sobre a Lua. Nasa deseja enviar astronautas ao satélite natural nos próximos anos

A SpaceX lançou um módulo lunar robótico, na madrugada desta quinta-feira (15), a bordo de um foguete Falcon 9. O lançamento faz parte de uma missão da empresa norte-americana Intuitive Machines e conta com o apoio da Nasa.

 

Anteriormente, a decolagem estava prevista para a madrugada de quarta-feira (14), mas acabou adiada.

 

O lançamento desta quinta-feira foi feito às 3h05, horário de Brasília. O foguete partiu do Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida. Até a última atualização desta reportagem, todas as etapas do procedimento aconteciam dentro do esperado.

 

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A previsão é que o módulo lunar chegue à Lua no dia 22 de fevereiro. Se o pouso acontecer, de fato, a missão marcará o retorno dos Estados Unidos ao satélite natural após mais de 50 anos.


A missão, chamada de IM-1, conta um módulo de pouso de mais de quatro metros de altura. Esta é a primeira tentativa de uma missão lunar da Intuitive Machines.

 

Com o objetivo de preparar o envio de astronautas à Lua nos próximos anos, a Nasa optou por contratar empresas para levar equipamentos até o satélite natural. A missão desta quinta-feira, por exemplo, conta com seis cargas de instrumentos que irão recolher dados do ambiente lunar.

 

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Em janeiro, a empresa Astrobotic tentou uma missão parecida, que acabou falhando após um vazamento de combustível. 

 

Fonte: G1

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Regionais : LAIANE PEDROSO É UMA NOVINHA OUSADA E SENSUAL, A GATA ESTÁ SUJEITA A SUBMISSÃO E DOMINAÇÃO ENTRE QUATRO PAREDES. VEJA FOTOS
Enviado por alexandre em 15/02/2024 09:42:14

Laiane Pedrosa

Laiane Pedroso está de volta ao Bella da Semana nos novos moldes da revista, como vocês pediram (muito mais ousada). Aos 19 anos, ela estreou seu primeiro ensaio na maior revista masculina do Brasil.

 

Alguns anos se passaram e agora ela retorna em uma versão mais mulher, ousada! Aprecie.Eu amo. Acho que toda mulher que conhece o seu próprio corpo é muito mais realizada sexualmente.

 

Bom, sou divertida, amo viajar, estar com os amigos, sou aventureira, e amo viver a vida intensamente.Aos que aguardam o meu retorno, e aos que me conheceram agora, tenho certeza de que esse ensaio irá surpreender vocês, muito obrigada por todo o carinho, a Lai está de volta e só tenho uma coisa a dizer: Divirtam-se!!!

 

 

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Laiane Pedroso 2022-0

 

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Laiane Pedroso 2022-2

 


 

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( Fotos: Reprodução)

 

Fonte: Bella da Semana

Com sua beleza de tirar o fôlego, Selena Garcia a musa do pornô, vem fazendo sucesso no OnlyFans e abalando a estrutura de todos. VEJA FOTOS DA BELDADE

Foto: Reprodução

Selena

Hoje é dia de conhecer uma morena de tirar o fôlego. A mineira Selena Garcia musa pornô do onlyfans chegou pra abalar as estruturas e se dedicar a criação de conteúdo adulto.

 

Ela diz que resolveu trabalhar com isso pois para ela nunca foi tabu. E é importante fazer o que gostamos.

 

Depois que gravou um vídeo porno para o canal no Xvideos do Loupan, teve mais vontade de começar a produzir suas próprias coisas.

 

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Fotos: Reprodução

Fonte: Testosterona

Sedutora e safadinha, Gi Genesinir é uma verdadeira tentação de mulher. VEJA FOTOS DA LOIRINHA

Foto: Reprodução

Gi Genesinir

Toda lambuzada de chocolate, nossa nova Bella da Semana Gi Genesinir promete deixar você com vontade de lamber a tela. Extremamente sensual, a loira mostrou durante a Live que sabe muito bem provocar (e mexer com a nossa imaginação). Destaque para os seus pezinhos tamanho 34, seios suculentos e um olhar hipnotizante!

 

Pode me chamar de Gi, as pessoas dizem que pareço alta, mas sou baixinha hehe... Sempre gostei de fotografar, criar conteúdo, ficar por dentro das redes sociais, faz parte da minha essência! Tenho o riso fácil, adoro brincar, me divertir, sair com os amigos, falar sobre tudo e todos. Sou muito eclética, gosto de vários gêneros musicais, sou muito indecisa com qualquer situação.

 

Gosto de pessoas simples, como eu, que precisam de pouco pra ser feliz.Fumar um baseado, olhando uma paisagem bonita, escutando músicas que eu gosto, conectando comigo mesma. Isso é necessário pra mim hahah

 

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 Fotos: Reprodução

 

Fonte: Bella da Semana


 

 

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Coluna Meio Ambiente : Com clima e desmate descontrolados, Amazônia começa a colapsar em 2050, diz estudo
Enviado por alexandre em 15/02/2024 09:38:59


Foto: Reprodução

Pesquisa analisou dinâmica da chuva na região e indica que de 10% a 47% da mata remanescente podem não ter umidade suficiente para se sustentar dentro de 25 anos

A Amazônia pode estar mais perto de transformações irreversíveis do que se imaginava, e causar impacto para o clima mundial. Um novo estudo avaliando o impacto duplo do desmatamento e do aquecimento global sobre a floresta do bioma indica que quase metade da floresta pode entrar numa trajetória de degradação sem volta até 2050.

 

O trabalho publicado hoje, como tema de capa da revista científica Nature, fez uma análise combinando dados de simulações com observações do ecossistema local, e indica que o chamado "ponto de não retorno" pode ser cruzado até o meio do século em 10% a 47% do território do bioma que ainda tem mata em pé.

 

A floresta perderá sua função de produtora de água, que distribui umidade na atmosfera. E poderá passar de sumidouro para emissora de CO2, com impacto para o clima global, como a elevação da temperatura e da frequência e duração de secas.

 

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Esse caminho sem volta significa que parte das florestas pode se transformar em savanas empobrecidas de fauna e flora, sem capacidade de fixar carbono e produzir água. Savanas que nada lembram o Cerrado original e sim campos degradados. Outras podem ser degradadas ao ponto de se tornarem emissoras de CO2 em vez absorvedoras, coisa que já ocorre no Sudeste do bioma. Florestas altas e vigorosas podem dar lugar a matas mais baixas e disfuncionais.

 

Liderado pelos pesquisadores Marina Hirota e Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o estudo detalha as previsões de ponto sem retorno, apresentadas pela primeira vez, há mais de duas décadas pelo climatologista Carlos Nobre, também integrante do novo estudo.

 

Para estimar quantas e quais partes da floresta serão capazes de sobreviver, os pesquisadores analisaram os fatores que regulam o estresse hídrico sobre o bioma, ou seja, a quantidade de chuva para que o bioma amazônico sobreviva. Tipicamente, abaixo de um limiar de 1.000 mm a 1.250 mm de chuva por ano não existe floresta, e o novo estudo busca prever onde ficam as áreas que serão submetidas a essa transição.

 

Além do histórico de chuva anual, os pesquisadores usaram na análise um recorte por estação, consideraram a duração da estação seca e as taxas de desmatamento. A tudo isso foram somados ainda modelos de quanto a Amazônia deve esquentar devido ao aquecimento global.

 

— Nós usamos mapas desses fatores com uma resolução em que cada pixel representa 5 km, e fizemos uma sobreposição dos mapas — conta Bernardo Flores.


O trabalho é a mais completa análise sobre a suscetibilidade da floresta a um ponto de não retorno. Ele contou com a participação de 24 cientistas (dentre os quais 14 brasileiros) de universidades de Brasil, Europa e EUA e teve financiamento do Instituto Serrapilheira.

 

— A suscetibilidade varia nos diferentes ecossistemas amazônicos. Não é que as árvores morrerão de uma vez, mas ela começará um processo de degeneração, que não tem volta porque se retroalimenta — afirma a outra pesquisadora, Marina Hirota.

 

Os pesquisadores analisaram os cinco principais fatores de estresse climático sobre a Amazônia: desmatamento, aquecimento global, precipitação anual, intensidade da distribuição de chuva anual e duração da estação seca.

 

— Nas últimas décadas, mudanças do clima e do uso do solo impuseram uma pressão imensa sobre a floresta. Parte dela já dá sinais de que a resiliência está se esgotando. O combate do desmatamento, por exemplo, flutua ao sabor de governos. Ele tem que ser permanente — frisa Hirota.

 

ESTUDO EM FÓSSEIS


Além de dados observados e de projeções, o trabalho colocou na conta o resultado de estudos paleoecológicos, que mostram como a mata e a biodiversidade se comportavam milhões de anos atrás, quando condições climáticas eram diferentes. Os cientistas também consideraram quais áreas analisadas ficam dentro de unidades de conservação ou em terras indígenas, onde tradicionalmente o desmatamento é menor.

 

Ao final, a análise mostrou que uma parte significativa do centro da Amazônia (abrangendo leste do Amazonas, Oeste do Pará, sul de Roraima e norte do Mato Grosso) está sob grande risco. Nesses locais, se o desmatamento ou a mudança climática não forem freados, a floresta deve se converter em ambientes não florestais ou em floresta degradada.

 

Mapa mostra em tons de laranja e vinho as áreas da Amazônia mais propensas a perder floresta; a mata é mais resiliente nas áreas em tons de azul — Foto: Flores et al./Nature

Mapa mostra em tons de laranja e vinho as áreas da Amazônia

mais propensas a perder floresta; a mata é mais resiliente

nas áreas em tons de azul (Foto: Flores et al./Nature)
 

Mais de 15% da floresta amazônica já foi efetivamente derrubada. Somados a outros 10% (no mínimo) que o estudo de Flores projeta, o total de área não florestal já pode chegar a 25% no meio do século.

 

CONSENSO E INCERTEZAS 


A trajetória atual da ação humana porém, afasta a Amazônia do melhor cenário, e a aproxima do pior, com emissão de gases-estufa, desmatamento e queimadas descontroladas.

 

— Se a floresta entrar mesmo em um ponto de não retorno, a gente perderia o controle, e seria tarde demais para tentar interferir. A Amazônia entraria a partir daí num 'loop' de perda de floresta e umidade.

 

Há uma grande incerteza sobre qual é o limiar desse ponto, mas estudos de Carlos Nobre indicam que talvez ele seja tão baixo quanto 20% da Amazônia. Segundo Flores, a projeção feita no trabalho na Nature leva em conta uma tendência de aquecimento global e de desmatamento regional tal qual foi observada nos últimos anos.

— Se a gente conseguir zerar o desmatamento até 2030 e zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050 em nível global, a Amazônia com certeza vai estar segura — diz o cientista.

 

O ponto de não retorno é hoje uma ideia razoavelmente consensual entre cientistas, mas estimar quando exatamente ele será cruzado envolve ainda uma grande incerteza.

 

Entre as variáveis das quais essa projeção depende estão o entendimento de como balanço de carbono da floresta está sendo alterado, ou seja, quanto CO2 está sendo absorvido ou emitido. Outra cientista coautora de Flores, Luciana Gatti, do Inpe, tem obtido resultados preocupantes mostrando que a porção sul do bioma já emite mais gás-estufa do que absorve.

 

Outro elemento de incerteza na equação é a chamada "fertilização de carbono", um efeito que faz plantas acumularem mais massa numa atmosfera mais rica em CO2. Esse fenômeno é, em princípio, benéfico, mas estudos do ecólogo David Lapola, da Unicamp, mostram que talvez ele não tenha uma dimensão tão relevante. Lapola, que conduz um grande experimento sobre o tema, é outro cientista líder em sua área de pesquisa coautor do estudo de hoje.


O resultado publicado agora na Nature é preocupante porque, reunindo dados em maior qualidade e quantidade, o cenário que se antevê é pior, não melhor do que o antes imaginado.

 

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"Embora os modelos mais recentes concordem que um colapso em grande escala da floresta amazônica seja improvável no século XXI, as nossas descobertas sugerem que as interações e sinergias entre diferentes perturbações (por exemplo, frequentes secas extremas e incêndios florestais) podem desencadear transições inesperadas de ecossistema", afirmam os pesquisadores no estudo. 

 

Fonte: O Globo

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Regionais : Devastação na Amazônia pode chegar a ponto de não retorno até 2050, alerta estudo
Enviado por alexandre em 15/02/2024 09:38:12

Pesquisa mostra que quase metade da floresta amazônica pode estar exposta a fatores de degradação que levariam a Amazônia a um processo de transformação irreversível.

Quase metade da floresta amazônica pode estar exposta a fatores de degradação que levariam a Amazônia a um ponto de não retorno até 2025. A conclusão é de um estudo liderado por pesquisadores brasileiros publicado na revista científica "Nature" nesta quarta-feira (14).

 

 Contexto: o ponto de não retorno é um estágio a partir do qual se inicia uma transformação irreversível. No caso da Amazônia, seria o ponto em que a floresta passaria a morrer de maneira acelerada, com modificações no bioma e extensas áreas começando um processo de colapso.

 

A pesquisa mapeou os principais fatores de estresse aos quais a Amazônia está exposta e como os diferentes tipos de degradação interagem entre si. O estudo estima que entre 10% e 47% da floresta amazônica esteja exposta a ameaças graves até 2050, que podem levar a transições no ecossistema.

 

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A variação na porcentagem está diretamente ligada a como os fatores de impacto vão se combinar e interagir. Há uma heterogeneidade na atuação desses fatores em diferentes locais da Amazônia


— Marina Hirota, professora do departamento de física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).


De acordo com os pesquisadores, ao atingir o ponto de não retorno, a Amazônia passaria por transformações significativas, com implicações para a biodiversidade e alteração na disponibilidade de recursos.

 

Para entender o potencial de colapso da floresta amazônica a médio prazo, os pesquisadores analisaram as principais causas de degradação do bioma, considerando especialmente o estresse hídrico.

 

Parte da floresta degradada depois de incêndios na região. — Foto: Divulgação/Brune Nelson

 

Os fatores de impacto analisados na pesquisa foram:

 

Aquecimento global


Precipitação anual


Intensidade da sazonalidade de chuvas


Duração da estação seca


Desmatamento


Bernardo Flores, pesquisador de pós-doutorado em ecologia da UFSC e um dos líderes do estudo, destaca que é fundamental considerar também a ação humana em meio a todo o estresse que a Amazônia vem sofrendo.

 

"A Amazônia toda está esquentando significativamente. A temperatura média da estação seca pode aumentar quatro graus até 2050 e isso é muito prejudicial para o bioma", alerta o pesquisador.


Ele afirma que a combinação de secas extremas, calor e queimadas pode acelerar o processo de colapso da região, contribuindo para uma mudança de grande parte da Amazônia.

 

A pesquisa também aponta que, ao se aproximar do ponto de não retorno, se estabeleceria na Amazônia um sistema que se retroalimenta, com a aceleração de perda de florestas.

 

Nesse cenário, o estudo projeta três possíveis caminhos de transformação do ecossistema:

 

Se estabelece quando há a recuperação da floresta, mas em estado degradado, isto é, dominada por espécies nativas oportunistas, como cipós ou bambus. Essas plantas causam danos às árvores e têm se expandido sobre florestas queimadas na região.

 

Esse tipo de ecossistema é antigo na Amazônia e ocorre normalmente em áreas que ficam sazonalmente inundadas. Evidências de satélite e de campo revelaram que as savanas de areia branca estão se expandindo onde a floresta foi destruída por incêndios. Depois do fogo, a camada superficial do solo nesses locais passa de argilosa para arenosa.

 

Ocorre em regiões em que a floresta não se recupera mais e permanece em estado de vegetação aberta, com incêndios recorrentes. Muitas vezes esse ecossistema é dominado por espécies tolerantes ao fogo e espécies invasoras. Estima-se que no sul da Amazônia 5% a 6% da paisagem já se transformou em ecossistemas degradados devido ao desmatamento e incêndios.

 

Bernardo também alerta que a transformação do bioma impactaria diretamente o clima da região. "A degradação contribui para a redução da ocorrência de chuvas na Amazônia. Haveria uma diminuição na capacidade do ecossistema de reciclar as águas das chuvas e a floresta precisa disso para viver", analisa.

 

Além do impacto para o meio ambiente, os pesquisadores destacam os efeitos que todas essas mudanças já têm para as populações locais.

 

"Essas pessoas vão sentir as consequências antes de todo o Brasil. São as pessoas que vivem na Amazônia, os povos que vivem da floresta e que mantém a floresta em pé", lembra a pesquisadora Marina Hirota.

 

Parte da população local faz da floresta sua fonte de renda. — Foto: Divulgação/André Dib

Foto: Reprodução

 

Para as demais regiões do Brasil, a devastação da Amazônia pode significar uma alteração significativa no regime de chuvas.

 

"Há um impacto nos locais que recebem um fluxo de umidade da Amazônia. Esse fluxo abastece muitas chuvas nas Cataratas do Iguaçu, no Pantanal e na Bacia do Prata", destaca Marina.

 

Com a situação preocupante exposta pela pesquisa, os pesquisadores entendem que é urgente que medidas sejam tomadas para que se evite uma transformação irreversível da floresta.

 

Para eles, são necessárias ações locais dos países que compreendem a Amazônia para reduzir o desmatamento e expandir áreas de restauração florestal. Além disso, eles reforçam a importância de ações globais, com todos os países se comprometendo com a redução da emissão de gases do efeito estufa.

 



 

"Considerando a gravidade desse ponto de não retorno e as incertezas sobre quanto tempo isso poderia demorar, é preciso usar o princípio da precaução e evitar ao máximo chegar perto de limiares críticos", avalia Bernardo. 

 

Fonte: G1

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