Apesar da redução de 50% no desmatamento na Amazônia, a pior seca em 125 anos aumentou o fogo em outras regiões do bioma, elevando a área queimada total para 10 milhões de hectares, 36% a mais do que em 2022. Dados foram publicados Nota Técnica Amazônia em Chamas nº 12 (no fim da máteria), produzida por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e Nasa, publicada dia 28 de junho.
“Tivemos a redução do desmatamento e da área queimada nos municípios do chamado Arco do Desmatamento, mas houve um aumento no restante do bioma . A gente sempre pensa que reduzir o desmatamento vai ajudar a reduzir o fogo, mas os resultados deste estudo demonstram claramente os efeitos das condições climáticas nesse processo”, destaca Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM e uma das autoras da nota.
O estudo aponta que, dos 71 municípios considerados prioritários para ações ambientais do governo federal, todos localizados no Arco do Desmatamento, 62 viram uma redução na área desmatada, representando 88% de toda a redução no desmatamento em 2023. Além disso, dos 180 municípios amazônicos que conseguiram reduzir sua área queimada no ano passado, 47 eram prioritários e responderam por 68% da redução da área queimada registrada neste grupo.
Os dados confirmam uma redução do desmatamento e da área queimada na região do Arco, que vai do norte do Acre ao sudeste do Pará, passando pelo norte de Rondônia e sul do Amazonas. Ao todo, são cerca de 50 milhões de hectares de fronteira agrícola onde tipicamente encontram-se os maiores índices de desmatamento da Amazônia.
Apesar disso, a porção norte da floresta passou pelo caminho oposto: a área queimada aumentou em 245 dos municípios, sendo apenas 24 considerados prioritários pelo governo, totalizando um crescimento de 4 milhões de hectares nessa região. A mudança também pode ser percebida nos meses com mais alertas de fogo. Se em 2022 a floresta queimou principalmente nos meses de agosto e setembro, 2023 registrou uma área queimada maior em fevereiro e março, quando o norte da floresta está mais seco.
“Viemos de um ano com uma seca severa e estamos iniciando um ano mais seco do que o normal, anunciando que vamos ter dificuldades com o período de queimadas. Uma das recomendações é que prestemos atenção na geografia dos incêndios florestais e das áreas afetadas pela seca. A gente viu que teve essa diminuição no Arco do Desmatamento, mas uma outra região foi muito impactada e isso elevou bastante a área queimada”, alerta Ane.
Perfil das queimadas mudou
A combinação de redução do desmatamento e aumento da seca também trouxe mudanças nos perfis das queimadas, criando dificuldades para a estratégia de combate ao fogo. Em 2023, 57% do fogo atingiu áreas de vegetação nativa, principalmente campos e florestas, enquanto áreas de pastagem concentraram 43% da área queimada. O resultado é o inverso do registrado em 2022, quando 37% da área queimada era natural e 62% eram áreas de uso agropecuário.
A mudança reflete as diferenças entre o norte da Amazônia, mais preservado e coberto por florestas, e o sul, com uma agricultura consolidada e mais áreas de pastagem.
Dentro dos incêndios florestais, a área queimada em florestas aumentou 123%, passando de 1,3 milhão de hectares em 2022 para 3 milhões em 2023. Os campos naturais – que incluem campos alagados, campinaranas e lavrados – queimaram 93% a mais do que em 2022, passando de 2,3 milhões de hectares afetados pelo fogo para 4,5 milhões.
“É importante intensificar as medidas para conter o desmatamento na porção norte da Amazônia, de forma a reduzir as possíveis fontes de ignição para incêndios. Esse ponto de atenção se faz presente para a estação seca de 2024, em que a Amazônia, apesar da instalação do La Niña, que provoca mais chuvas na região, ainda apresenta riscos de sofrer com um meio de estação seca muito severa, devido ao estresse hídrico do ano anterior não ter sido suprido pelo período chuvoso no início de 2024, acendendo a luz crítica de alarme para a nova estação de fogo”, alertam os pesquisadores na nota.
Confira a Nota Técnica: Amazonia-em-Chamas-12_v01Baixar
corda do Círio de Nazaré, um dos maiores ícones da festividade, será novamente produzida integralmente no Pará, pela segunda vez, para ser usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões, o Círio e a Trasladação. A corda foi doada novamente pela empresa Castanhal Companhia Têxtil (CTC) à Diretoria da Festa de Nazaré (DFN).
Um novo protótipo, do mesmo material utilizado ano passado, malva e juta, foi produzido pela CTC e testado e aprovado pela DFN.
“Temos uma corda com atracações das argolas mais resistentes que a do ano passado. São essas argolas que são presas nas estações e onde se concentra a maior força. Tivemos o cuidado de tomar todas as providências para que os incidentes ocorridos ano passado não se repitam. É natural que esta corda, feita de um material diferente do sisal, utilizado durante muitos anos, seja aprimorada a cada ano, para se chegar a uma ideal para as duas procissões. E esperamos que com as mudanças deste ano ela esteja mais apropriada”, ressaltou o diretor de procissões, Antônio Sousa.
A corda utilizada nas procissões tem 800 metros de comprimento com partes de 400 metros, para cada romaria, e este ano terá 60 milímetros de diâmetro. Ela já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias. A previsão é que a entrega da corda pela CTC ocorra no início de setembro. Como é feita a corda do Círio
A corda utilizada no Círio e na Trasladação até 2022 era feita de sisal, uma fibra vegetal muito dura e resistente, e era produzida em Santa Catarina. Nesta nova proposta da CTC, a corda foi produzida por uma composição de fibras de malva e juta, todas elas plantadas e cultivadas na região Amazônica. Esta nova composição fica mais macia ao toque das mãos, pela presença da malva, sem, no entanto, perder resistência, em razão dos fios de juta. Quanto ao seu processo de transformação em fios, são muitos os estágios de fabricação, desde a colheita, realizada por diversas comunidades que fornecem o material à CTC, até a produção final. Histórico
A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis passassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis. O Círio 2024
O Círio de Nazaré é uma realização da Arquidiocese de Belém, Basílica Santuário de Nazaré, Diretoria da Festa de Nazaré, Governo do Estado do Pará e Prefeitura de Belém.
Até o momento, a Festa de Nazaré tem como patrocinador master o Banpará e patrocínio de Alubar, Belágua, Belém Bioenergia Brasil, Cresol, Econômico Comércio de Alimentos, Equatorial Energia, GAV Resorts, Gráfica Miriti, Grupo Mônaco, Guamá Resíduos, Hospital Porto Dias, ITA Center Park, Hydro, Reinafarma, Uniesamaz, Unimed e Tramontina. Como apoiadores master Alucar, Bagliolli Dammski Bulhões e Costa Advogados, CN Produções e Jefferson. E mais 76 apoiadores. ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/cultura/producao-da-corda-do-cirio-2024-sera-feita-mais-uma-vez-no-para/
Você conhece a história da corda utilizada no Círio de Nazaré?
Um dos principais símbolos da festividade religiosa católica, a corda possui 800 metros e foi introduzida no ano de 1855.
Um dos momentos mais especiais do ano para Belém, no Pará, é o Círio de Nazaré. A festividade religiosa católica em devoção a Nossa Senhora de Nazaré é celebrado anualmente há 200 anos na capital paraense. O Círio já foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
A história do Círio começa em 1700, quando a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi encontrada por uma figura conhecida como Caboclo Plácido, às margens de um riacho, próximo de onde é hoje a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. A primeira procissão aconteceu em 1793 e desde então vem atraindo os fiéis.
A Festividade de Nossa Senhora de Nazaré ocorre no mês de outubro com a realização do Círio e de outras procissões, como a Trasladação, a Romaria Rodoviária, a Romaria Fluvial, o Círio das Crianças e o Recírio, dentre outras.
Um dos grandes símbolos do Círio é a corda. Saiba como ela surgiu:
Foto: Adriana Spaca / Flickr A origem da Corda
A corda do Círio foi introduzida pela primeira vez na procissão em 1855 e tinha como objetivo puxar a berlinda que levava a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, já que naquele ano, uma enchente da Baía do Guajará acabou alagando a orla que se estendia até o Mercado Ver-o-peso até às Mercês.
Ao passar pela procissão, a berlinda acabou ficando atolada e nem os cavalos conseguiam puxá-la. Foi então que os animais foram desatrelados e um comerciante local cedeu a corda para que os fiéis pudessem puxar a berlinda.
Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis. Ela permanece adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.
A corda do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA), é de sisal e foi confeccionado em Santa Catarina com 800 metros de comprimento e 50 milímetros de diâmetro, dividida em duas partes de 400 metros.
Foto: Reprodução / Basílica do Santuário de Nazaré
Inicialmente, a corda tinha formato de “U”, com duas extremidades ligadas a berlinda, a configuração continuou assim até o ano de 2003. Em 2004, por motivos de segurança, a corda ganhou formato linear dividida em cinco estações confeccionadas em duralumínio que ajudam a dar tração à corda e ritmo às romarias.
Em cada uma das estações há a presença constante dos chamados “Evangelizadores da Corda” que têm a função de estimular os promesseiros por meio de palavras de ordem, cânticos e orações. Atualmente, o atrelamento à berlinda ocorre de forma planejada.
Nos últimos anos, devido a pandemia de Covid-19, a corda foi apenas exposta aos fiéis, sem procissões da trasladação, na noite de sábado, e também no domingo, dia do Círio.
Para o Círio 2022, a corda viajou cerca de 15 dias na estrada e chegou à capital paraense no dia 22 de setembro. Este ano ela voltará a ser usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões, o Círio e a Trasladação.
Parque temático religioso terá Bíblia gigante com 12 metros de altura e 22 de largura. Foto: Divulgação
A Prefeitura de Miguel Pereira (RJ) vai construir o maior parque religioso do Brasil no Sul Fluminense, chamado “A Cidade da Bíblia”. A ideia é impulsionar o turismo religioso e a obra deve ocupar uma área de 11 mil metros quadrados.
O parque temático terá uma Bíblia gigante, com 12 metros de altura e 22 de largura, além de árvores mencionadas nas escrituras, como amendoeira, aloés, alfarrobeira, acácias, cedros-do-líbano, figueira, oliveiras e palmeiras.
O município de Miguel Pereira abriga também o Vale dos Dinossauros, o maior parque com o tema no mundo, e está construindo outros cinco além do local religioso. As obras da “Cidade da Bíblia” devem começar ainda neste ano.
Além a Bíblia gigante, o parque terá eventos religiosos, um museu, um cinema de imersão, loja e souvenirs, restaurante, cafeteria e um grande estacionamento.
Estudos recentes revelaram que brasileiros associam o amor ao ciúmes, além de terem dificuldades em admitir a emoção nos relacionamentos
O ciúmes é algo muito comum entre os brasileiros. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, em parceria com QuestionPro, mais da metade da população acredita que quem ama de verdade sente ciúmes. No entanto, apenas 10% das pessoas admitem vivenciar esse sentimento com frequência.
É errado sentir ciúmes? E dá para ter ciúmes de uma forma saudável? O Metrópoles contou com a ajuda de psicólogos para esclarecer dúvidas que podem “alugar um triplex” nos pensamentos de muitas pessoas.
A neuropsicóloga especialista no tratamento de transtornos Roselene Espírito Santo explica que, embora possa surgir em relações amorosas, ele não é um indicador direto de amor.
Na verdade, a emoção pode estar ligada ao medo de perda ou à baixa autoestima. “É um sentimento comum. A chave está em como lidamos com ele. Reconhecer e entender o ciúmes pode ajudar a abordá-lo de maneira construtiva e saudável para manter o equilíbrio e a saúde da relação”, esclarece a psicanalista.
Uma das raízes do surgimento do ciúmes pode estar em fatores como insegurança, experiências passadas de traição e até mesmo o medo constante de perda ou abandono. E não tem correlação com escolhas pessoais do indivíduo. Assim, tirar o peso da culpa, admitir que está sentindo ciúmes e refletir sobre suas causas são alguns primeiros passos para entender o que essa emoção revela das noções que o indivíduo tem de si mesmo ou daquele relacionamento.
“Ele pode ser desencadeado por situações que ameaçam a percepção de segurança emocional em um relacionamento”, adiciona Roselene.
Segundo a especialista, a ideia de que há uma assimetria no relacionamento é uma das fontes do ciúmes. Uma percepção que nasce na perspectiva de que o outro tem qualidades das quais nós não temos, desde inteligência, diferentes esferas sociais, beleza física ou poder financeiro elevado. Ou seja, em que há uma distorção de valores e referências pessoais, causando gatilhos de inseguranças pessoais.
QUANDO O CIÚMES VIRA UM PROBLEMA?
É preciso se policiar em relação ao sentimento quando ele se torna um fator nocivo ao relacionamento. Roselene Espírito Santo explica que o amor, quando saudável, se baseia em confiança e respeito mútuo, enquanto o ciúmes pode refletir a necessidade de controle e possessividade.
Logo, comportamentos controladores, invasão de privacidade, acusações infundadas e conflitos constantes são um indicativo de que a emoção está fora de controle. “Quando o ciúmes leva a desconfiança crônica, possessividade ou violência psicológica, verbal e física, ele se torna prejudicial e pode minar a saúde emocional e o bem-estar do relacionamento”, afirma.
Fotos: Reprodução
De acordo com a psicóloga Cláudia Melo, o ciúmes excessivo pode minar a confiança, a intimidade e a liberdade na relação, causando sofrimento para ambas as partes. A ideia de posse e crenças culturais e familiares sobre relacionamentos também influenciam na forma em que percebemos o “normal” nos relacionamentos.
Melo, então, indica que uma das melhores maneiras de lidar com o ciúmes é por meio da comunicação aberta e honesta com o parceiro. Fortalecida, a comunicação gera confiança mútua no relacionamento, e são estabelecidos limites saudáveis nas questões pessoais que possam alimentar o ciúmes.
Se você acredita viver em uma relação em que há um desequilíbrio do bem-estar devido ao sentimento, o ideal é buscar o apoio de um profissional, como um terapeuta.
A seleção é baseada em procedimentos genéticos-estatísticos usando dados da avaliação fenotípicas das plantas, ou seja, da avaliação das características de interesse agronômico e ou agroindustrial.
Em Manaus, um estudo pioneiro apoiado pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), busca estabelecer uma população base para o melhoramento genético do açaí-do-Amazonas (E. precatoria). A pesquisa, que vem sendo realizada por cientistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Ocidental), pretende obter cultivares do açaí-do-Amazonas para contribuir no aumento de produtividade e qualidade do fruto dos plantios do açaizeiro no estado.
Coordenado pelo doutor em Agronomia, Ricardo Lopes, da Embrapa Amazônia Ocidental, o projeto “Formação de população base para o melhoramento genético do açaí-do-Amazonas”, amparado pelo Programa Estratégico de Desenvolvimento do Setor Primário Amazonense (Prospam/Fapeam), Edital Nº 008/2021, avalia progênies (descendência de um indivíduo) de meios-irmãos, provenientes de coletas realizadas em diferentes municípios do estado e que representam a variabilidade genética da espécie. O projeto já conta com aproximadamente 60 progênies em campo, provenientes de coletas em dez diferentes municípios do Amazonas.
Segundo o pesquisador, a espécie E. precatoria, conhecida popularmente pelos nomes de açaí-do-Amazonas, açaí-solteiro ou açaí-da-mata, tem ocorrência natural nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e em parte do Pará.
O método de melhoramento genético que o projeto propõe é a seleção recorrente, cujo objetivo é obter ganhos genéticos aumentando a frequência de genes favoráveis em uma população através de sucessivos ciclos de seleção a partir de uma população inicial de plantas.
A seleção é baseada em procedimentos genéticos-estatísticos usando dados da avaliação fenotípicas das plantas, ou seja, da avaliação das características de interesse agronômico e ou agroindustrial.
Foto: Divulgação/ Ricardo Lopes
“Esses ganhos genéticos são representados por aumento de produção e qualidade de frutos, precocidade de produção, redução do crescimento das plantas em altura, resistência a pragas e doenças, entre outras características que forem favoráveis para o cultivo, a agroindústria ou para o mercado”, explicou Ricardo Lopes.
O coordenador da pesquisa destaca que entre os fatores que motivaram o desenvolvimento da pesquisa está o potencial produtivo e a qualidade diferenciada dos frutos da espécie E. precatória, que é nativa, portanto adaptada às condições locais, e principal fonte do açaí produzido no Amazonas.
“Acreditamos que com o desenvolvimento de tecnologias para cultivo do açaí-do-Amazonas haverá maior interesse no plantio da espécie, e os produtores terão uma excelente oportunidade para melhor uso de áreas já antropizadas (cujas características originais foram alteradas) e subaproveitadas ou utilizadas com culturas exóticas com menor rentabilidade do que o açaí”, enfatizou.
Além dos ganhos econômicos para os produtores, que serão obtidos com aumento de produtividade e qualidade dos frutos, por apresentar ciclo de produção diferenciado das cultivares do açaizeiro E. oleracea (Açaí-do-Pará), o pesquisador destaca que as agroindústrias poderão fazer melhor aproveitamento das instalações de processamento e armazenamento, que ficam ociosas no período de entressafra dessa espécie.
PROCESSO
O primeiro plantio foi realizado em 2019. Atualmente, as plantas mais velhas estão saindo da fase vegetativa e entrando na etapa produtiva, emitindo as primeiras inflorescências (conjunto de flores), que vão produzir os cachos que serão avaliados para determinar o potencial produtivo e a qualidade dos frutos.
Ricardo Lopes enfatiza que a atividade é recente e pioneira, uma vez que ainda não existem cultivares melhoradas da espécie. Para a maioria das culturas agrícolas de expressão econômica, o melhoramento genético foi responsável pela maior parte dos ganhos em produtividade e qualidade já obtidos, mas ele reforça que o melhoramento genético é um processo longo e que exige recursos constantes para manutenção das populações em campo.
O grupo de pesquisa tem registrado informações relacionadas acerca do crescimento das plantas, ocorrência de deficiências nutricionais, pragas e doenças, além de entender como a espécie se comporta em condições de cultivo.
Além disso, o projeto também contribuiu para despertar o interesse de pesquisadores de outras áreas para realizar estudos com a espécie. No momento, o projeto conta com a parceria de cientistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) de Manaus e de Itacoatiara, e também do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), que tem auxiliado na identificação e coleta de sementes nos municípios do interior do estado.
“O apoio financeiro recebido pela Fapeam foi imprescindível para conseguirmos realizar as coletas de sementes em municípios do interior do estado, formação das mudas, plantio e manutenção das plantas no campo”, finalizou.
PROSPAM
O Programa apoia pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação, ou de transferência tecnológica, que representem contribuição significativa para o desenvolvimento do setor primário do estado do Amazonas, visando à produção sustentável e adequada à realidade regional.