Um brasileiro teve sua entrada negada em Portugal e, em protesto, subiu no telhado do Aeroporto de Lisboa, causando tumulto e mobilizando a Polícia de Segurança Pública.
As autoridades acionaram medidas de segurança, incluindo a criação de um perímetro de proteção e o posicionamento de acolchoados para evitar lesões caso o homem decidisse pular.
O incidente ocorreu na Alameda das Comunidades Portuguesas, onde está localizado o Aeroporto Humberto Delgado, por volta das 10h40 de segunda-feira (29), segundo relatos da imprensa local.
A CNN Portugal relatou que o brasileiro, de aproximadamente 30 anos, teve sua entrada recusada, mas o motivo não foi divulgado pelas autoridades. Ele seria deportado para Belo Horizonte pela companhia aérea TAP, que já iniciava os preparativos para o retorno.
Bryn Spejcher, de 32 anos, acusada de matar seu namorado Chad O’Melia com 108 facadas, foi considerada culpada de homicídio culposo. No entanto, o juiz do Tribunal Superior do Condado de Ventura, David Worley, concedeu liberdade condicional por dois anos e 100 horas de serviço comunitário.
O assassinato ocorreu em maio de 2018 em Thousand Oaks, Califórnia, após o casal consumir uma variedade de maconha com alto teor de THC (31,8%). Apesar da condenação, o juiz determinou que Bryn “não tinha controle sobre suas ações” devido ao consumo da cannabis.
Segundo o Ventura County Star, os promotores alegaram que Bryn, sob psicose induzida pela cannabis, esfaqueou fatalmente Chad após fumarem maconha juntos. Durante o julgamento, um médico testemunhou que a psicose foi resultado do consumo da erva altamente potente. A cepa utilizada tinha um rótulo de advertência indicando ser “somente para usuários de alta tolerância”.
Alessandro Moretti, ex-número dois da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), demitido pelo governo federal nesta terça-feira (30), já foi o braço direito de Anderson Torres.
Ele atuou como secretário-executivo da Segurança Pública do DF entre 2019 e 2021, na primeira gestão de Torres, que chegou a ser preso sob acusação de omissão nos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Moretti também atuou como diretor de Inteligência Policial (2022 a 2023) e de Tecnologia da Informação e Inovação (2021 a 2022) da Polícia Federal na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ele ainda foi diretor de Gestão e Integração de Informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em 2020.
Bem antes, no início dos anos 2000, Alessandro Moretti era um dos responsáveis pela investigação da guerra dos caça-níqueis no Rio de Janeiro. Além disso, ele colaborou na investigação que culminou na prisão do maior contrabandista do país, o empresário Law Kin Chong, em São Paulo.
A demissão de Moretti ocorreu após a Polícia Federal apontar que a atual gestão tem prejudicado as investigações sobre o esquema de espionagem ilegal da agência. Marco Cepik, atual comandante da Escola de Inteligência do órgão, vai substitui-lo.
Na avaliação de membros de Executivo, apesar de não existir uma denúncia concreta contra Moretti, houve um processo de desgaste com o governo e existe uma desconfiança sobre sua relação com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Lula demite número 2 da Abin por interferência em investigação sobre espionagem ilegal
Alessandro Moretti, número dois da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), foi demitido pelo governo federal após a Polícia Federal apontar que a atual gestão tem prejudicado as investigações sobre o esquema de espionagem ilegal da agência. Marco Cepik, atual comandante da Escola de Inteligência do órgão, vai substitui-lo.
Na avaliação de membros de Executivo, apesar de não existir uma denúncia concreta contra Moretti, houve um processo de desgaste com o governo e existe uma desconfiança sobre sua relação com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Segundo a PF, há um possível “conluio” entre os investigados da gestão anterior e os integrantes da agência atualmente. A corporação avalia que essa interferência “causou prejuízo para a presente investigação, para os investigados e para a própria instituição”.
“A preocupação de ‘exposição de documentos’ para segurança das operações de ‘inteligência’, em verdade, é o temor da progressão das investigações com a exposição das verdadeiras ações praticadas na estrutura paralela, anteriormente, existente na Abin”, diz relatório da PF enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Moretti ocupava o posto desde março de 2023. Ele é delegado da Polícia Federal e assumiu a inteligência da corporação em março de 2022, durante o governo Bolsonaro. Antes, já havia atuado como secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal entre 2019 e 2021, na gestão de Anderson Torres.
O governo vai fazer uma ampla reestruturação na Abin. Além de Moretti, diretores de sete departamentos também serão substituídos. O próximo número dois da agência, Cepik, é cientista político e já foi diretor-executivo do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) em Porto Alegre (RS).
Se condenado, o ex-juiz da Lava Jato perderá o mandato e poderá ficar inelegível
O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), liberou nesta segunda-feira (29) as duas ações que podem levar à cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Ele pede que os processos sejam incluídos na pauta para julgamento após o recesso, na “primeira data possível”. Cabe à presidência do TRE definir o dia.
As ações que pedem a cassação de Moro são movidas pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV). Se for condenado, o ex-juiz da Operação Lava Jato perde o mandato e pode ficar inelegível.
Ao liberar as ações para julgamento, o desembargador compartilhou, como é de praxe, o relatório dos processos. O documento é técnico e reconstitui em detalhes o andamento das ações, mas não entra no mérito do caso.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) é a favor da cassação do senador por abuso de poder econômico nas eleições de 2022. O órgão afirma que os gastos na pré-campanha excederam o limite razoável.
O MP considerou investimentos do Podemos e do União Brasil. O Podemos foi o primeiro partido a filiar Moro quando o ex-juiz entrou oficialmente na vida político-partidária com a pretensão de se lançar candidato a presidente. Ele migrou ao União Brasil, após ver derreterem suas chances de vitória na corrida presidencial, para lançar candidatura ao Senado. Os gastos na pré-campanha alcançaram a marca de R$ 2 milhões.
Outro ponto levantado pelo Ministério Público é que Moro teria sido beneficiado pela pré-campanha presidencial. Os procuradores concluem que os investimentos para lançar o ex-juiz na corrida a presidente geraram “alta exposição” e desequilibraram a disputa ao Senado, depois que ele decidiu mudar a estratégia e concorrer a senador.
Em depoimento à Justiça Eleitoral, Moro negou que a pré-candidatura a presidente tenha impulsionado sua campanha ao Senado e que o movimento tenha sido premeditado.
– Eu já era sobejamente conhecido no Paraná ou no Brasil inteiro sem uma pré-candidatura presidencial – afirmou na ocasião, referindo-se à Lava Jato que, em seus primeiros anos de existência, o colocou na condição de “herói” do combate à corrupção.
O advogado Gustavo Guedes, que representa o senador, defende que despesas eleitorais fora do Paraná não podem ser consideradas. Também argumenta que gastos com segurança não deveriam entrar na conta.
O senador também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao mandar investigar o ex-juiz, o ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional do CNJ, começa a pavimentar o caminho para uma possível cassação do mandato, com base no mesmo precedente que deixou Deltan Dallagnol inelegível.
O Conselho Nacional de Justiça vai investigar se Sergio Moro usou a magistratura com fins político-partidários e se cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Lava Jato.
Investigadores querem quebra de sigilos fiscal e bancários
A Polícia Federal (PF) disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigações sugerem que existe um esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do deputado André Janones (Avante-MG). As informações são do G1.
A polícia solicitou ao Supremo a quebra de sigilos bancário e fiscal de investigados, incluindo Janones, a fim de continuar as investigações.
Segundo a PF, há inconsistências nos depoimentos prestados por servidores do parlamentar e apontou que “a análise conjunta das declarações obtidas nas oitivas com o conteúdo dos áudios (e com as diligências empreendidas) revela uma série de inconsistências e contradições”.
– Embora os assessores neguem envolvimento no esquema de “rachadinha”, as discrepâncias em seus depoimentos evidenciam a necessidade de um aprofundamento nas investigações. Afinal, é crucial considerar que todos os assessores investigados ainda mantêm vínculos com o deputado federal André Janones, dependendo de seus cargos ou para a sua sobrevivência política ou para a sua subsistência – disse a polícia.
A equipe responsável pela apuração do caso defende que para “investigar adequadamente esse tipo de conduta, deve-se rastrear o fluxo financeiro e analisar o patrimônio dos suspeitos. Nesse contexto, o afastamento do sigilo bancário e fiscal se torna um passo essencial, pois possibilita um exame minucioso das transações financeiras e dos bens que possam ter vínculos com as práticas ilícitas em questão”.