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Brasil : Cultivo de soja fica proibido em Roraima até março de 2024
Enviado por alexandre em 22/12/2023 00:52:30

Estratégia agrícola tem como objetivo evitar a propagação da ferrugem-asiática nas áreas produtivas.


Durante os próximos 90 dias produtores de soja estão proibidos de cultivar soja em Roraima. A medida iniciou nesta terça-feira (19) e encerra em 18 de março de 2024. O objetivo é evitar a propagação da ferrugem-asiática nas áreas produtivas, quebrando o ciclo de produção de esporos do fungo.

A restrição é da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr), por meio da portaria nº 821, e segue determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esta é a segunda vez que a medida é aplicada em Roraima.

É uma estratégia agrícola, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), utilizada para quebrar o ciclo da praga do fungo Phakopsora pachyrhizi, agente causador da ferrugem-asiática (ou ferrugem-da-soja).
Foto: Lenito Abreu/Governo do Tocantins

"O principal dano dessa praga é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade", 

explicou o diretor de Defesa Vegetal da Aderr, Marcos Prill.
Ele também destacou que o controle com agrotóxicos, com o uso de produtos autorizados pelo Mapa, tem se mostrado eficiente na redução dos danos da praga na lavoura, entretanto o uso ininterrupto favorece a resistência do fungo ao controle químico. "Portanto, a quebra do ciclo da praga é a forma mais eficiente para reduzir a resistência da praga aos fungicidas". 
Vazio sanitário visa conter ferrugem asiática, praga considerada severa para o cultivo da soja. Foto: Divulgação/Embrapa

Ferrugem asiática em Roraima 

A ferrugem asiática já causou prejuízos bilionários no Brasil. Em Roraima, a doença foi identificada inicialmente em propriedades de Alto Alegre e Iracema em 2021, e logo chegou a todos os municípios que produzem o grão.

A identificação da doença ocorreu durante inspeção de rotina de plantios, quando foi realizada coleta de folhas de soja com sintomas pelos técnicos da Aderr.

A empresa acompanhou os procedimentos de coleta, acondicionamento e envio das amostras em atendimento ao termo de cooperação técnica entre as instituições. A confirmação oficial se deu após análise em laboratório oficial credenciado junto ao Mapa, confirmando a presença do patógeno no material amostrado.

Apesar da incidência da doença, o estado tem a previsão de safra para 2023/2024 de 140 mil hectares de soja. Além disso, há uma previsão de produção de 410.437 toneladas para 2023. Nos últimos quatro anos, a produção aumentou em 191%. 

Imagem: Reprodução/G1 Roraima

Brasil : Seca, ondas de calor e chuvas: meteorologistas revelam o que esperar deste verão
Enviado por alexandre em 22/12/2023 00:49:48


Praia carioca cheia de sombrinhas coloridas
Verão promete altas temperaturas em todas as regiões do Brasil – Reprodução/Agência Brasil

O verão que se inicia nesta semana promete temperaturas elevadas em todas as regiões do Brasil, de acordo com as previsões do Climatempo. A estação mais quente do ano terá início exatamente às 00h27 de sexta-feira (22) e se estenderá até 20 de março, às 00h06.

Neste verão, influenciado pelo fenômeno El Niño, esperamos as seguintes condições:

Temperaturas Acima da Média:

Na parte oeste do Brasil, especialmente nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, região central do Pará, e leste do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as temperaturas serão acima da média.
Espírito Santo, Bahia e sul do Piauí também experimentarão temperaturas elevadas.

Chuvas Abaixo da Média e Acima da Média:

Na região amazônica, em especial nos estados do Amazonas e Pará, as chuvas ficarão abaixo da média.
Por outro lado, prevê-se chuvas acima da média em boa parte dos estados do Sul, Sudeste e sul da região Centro-Oeste, além dos estados do norte do Nordeste.

O meteorologista Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), destaca que o verão continuará com temperaturas acima da média, com ondas de calor frequentes devido ao El Niño.

Crianças se refrescando em chafariz
Meteorologistas revelaram o que esperar para este verão – Reprodução/Agência Brasil

Para este verão, os meteorologistas ressaltam alguns pontos a serem observados nas diferentes regiões do Brasil:

1. Ondas de Calor Continuarão?

Sim. Apesar do clima abafado esperado em todo o país, novas ondas de calor podem ocorrer em janeiro no Sudeste e na região central do Brasil. No Oeste e Sul, as condições propícias para esse fenômeno devem ocorrer entre janeiro e fevereiro.

2. Região Amazônica e a Seca:

Sim. Embora as chuvas devam aumentar gradualmente até março, permanecerão abaixo da média em grande parte da região. O nível dos rios continuará subindo, mas em ritmo mais lento.

3. Maior Volume de Chuvas no Sul:

Sim. Temporais intensos são esperados na região, especialmente entre janeiro e março. Riscos de eventos de chuva excessiva e tempestades são elevados. No Sudeste, chuvas persistentes são previstas entre fevereiro e março, com tempestades atípicas em São Paulo.

4. Nordeste e a Seca Prolongada:

Não. Apesar do El Niño normalmente desfavorecer chuvas no Nordeste, as condições oceânicas do Atlântico Tropical devem aumentar a umidade na região.

5. Praias no Verão:

Sim. No litoral do Sudeste, espera-se calor mais intenso e constante do que em anos anteriores, especialmente no litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. As chuvas serão mais pontuais.

Os especialistas destacam que o El Niño desempenhará um papel crucial nas altas temperaturas e nos padrões de chuva neste verão. Segundo a meteorologista Andrea Ramos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o pico do fenômeno é esperado entre dezembro e janeiro, resultando em temperaturas acima da média.

Devido ao El Niño, espera-se um verão quente e chuvoso, com temperaturas elevadas, conforme observado nos últimos meses. No entanto, os especialistas destacam a complexidade das previsões, considerando a diversidade climática do Brasil. Vinicius Lucyrio, meteorologista do Climatempo, ressalta a anormalidade da influência do El Niño este ano, podendo trazer chuvas incomuns em regiões normalmente secas.

*Com informações do g1

Brasil : Resex Lago do Cuniã inicia estudo sobre capacidade e fluxo de turistas
Enviado por alexandre em 21/12/2023 00:29:24

A ação faz parte do plano de ação do turismo de base comunitária nos núcleos da unidade extrativista, gerenciada pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio). Atividade minimiza possíveis impactos sociais e ambientais na região.


Servidores da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur) realizaram na Reserva Extrativista (Resex) Lago do Cuniã, no baixo Madeira, em Porto Velho (RO), para iniciar a 4ª etapa de desenvolvimento do plano de ação do turismo de base comunitária nos núcleos da unidade extrativista, gerenciada pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio).

Uma comitiva multidisciplinar esteve na reserva: a secretária Glayce Bezerra, a diretora de fomento ao turismo, Tatiana Sadeck e assessora da Semdestur, mais os docentes da Universidade Federal de Rondônia (Unir) Haroldo Medeiros e Sandra Garcia, e o analista ambiental do ICMBio, Mauro Guimarães. Além das instituições envolvidas no projeto do turismo de base comunitária, uma equipe de imprensa local acompanhou a visita técnica, que também contou com apoio logístico da Associação de Moradores do Cuniã (Asmocun), com Tito e Hadegilton Lopes.

Reserva Extrativista (Resex) Lago do Cuniã, no baixo Madeira, em Porto Velho. Foto: Reprodução/Semdestur

O objetivo da visita técnica foi iniciar o processo do estudo de capacidade de carga na Resex, para tabular qual fluxo de turistas os núcleos suportam para minimizar possíveis impactos sociais e ambientais. Foram realizadas visitas técnicas nos Núcleos Pupunhas, Neves, Silva Lopes, Araçá e Bela Palmeira, com avaliações em equipamentos turísticos como pousadas, restaurantes, pontos de apoio, além de testes de produtos turísticos, como: alvorecer no lago, observação de jacarés e pássaros, revoada dos biguás, experiência com frutos amazônicos, gastronomia local, artesanato, levantamento de trilhas ecológicas, além da focagem noturna de jacarés.

Foi abordado com os moradores levantamento quanto ao potencial econômico local, aceitação da comunidade com plano de ação e entrega do material promocional da unidade desenvolvido pela Prefeitura de Porto Velho, através da Semdestur. Em breve, serão instaladas placas e mapas turísticos do Cuniã para auxiliar na localização, melhorando a experiência e segurança do visitante.

A ação faz parte do plano de ação do turismo de base comunitária. Foto: Reprodução/Semdestur

O resultado desse estudo será avaliado pelo ICMBio, para uma possível liberação de grupos de visitantes conduzidas por agências de turismo. A partir da consolidação dos estudos e da anuência do ICMBio, as atividades turísticas poderão iniciar, com o credenciamento das empresas interessadas, capacitações e eventos testes que irão prepará-los para prática ao turismo sustentável, com orientações sobre a boa prática do turismo conforme o Plano de Manejo da Resex.

Para a secretária da pasta, Glayce Bezerra, "esse processo de construção é fundamental para fomentar um turismo responsável, que proverá uma renda extra aos moradores, como também uma ferramenta de preservação ambiental e da cultura centenária do baixo Madeira". 


Brasil : Empresários acreanos sondam importação de peixes andinos
Enviado por alexandre em 21/12/2023 00:27:53

A Abrasel no Acre afirmou que o intercâmbio possibilitou a aprovação da qualidade de pescados que podem produzir diversos pratos na culinária acreana.


Ceviche, chicarrón de truta, sushis e pratos com o "peje rey" foram alguns quitutes tradicionais da cozinha peruana degustados no laboratório da cozinha demonstrativa da Escola de Gastronomia e Hospitalidade do Estado do Acre, na Cidade do Povo, em Rio Branco, como parte da rodada de negócios entre empresários peruanos e acreanos, promovida pela Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), em parceria com o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec).

A partir da degustação, foram promovidas rodadas de negócios com a participação de produtores das federações norte e sul do Lago Titicaca, da região de Puno, no Peru, com empresários da rede de alimentos do Acre. A delegação de empreendedores peruanos foi acompanhada do cônsul-geral do Peru em Rio Branco, Pedro Rubín.
Empresários acreanos prospectam importação de peixes andinos. Foto: Mel Silva/Seict AC

A presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Acre, Patrícia Parente, afirmou que o intercâmbio possibilitou a aprovação da qualidade de pescados que podem produzir diversos pratos na culinária acreana. 

"A gastronomia está feliz por esse passo, o início de uma caminhada que pode atrair outros produtos, como os crustáceos e os legumes. O Peru é muito rico em produtos que podem ser importados",

acrescentou Patrícia.

O empresário José Martins também aprovou a qualidade da truta salmonada e do 'peje rey'. Destacou que a possibilidade de encurtar mais de 3,5 mil km no transporte de pescados que chegam do Peru ao Acre vai diminuir custos, preços e possibilitar o aumento da concorrência. "Estamos aproximadamente a 1.200 km da produção de truta e torcemos que essa parceria incentivada pelo governo aconteça, porque para o empresário acreano é muito importante", disse Martins.

Representando o setor produtivo de Rondônia, a empresária Ivanilda Frazão parabenizou o governo do Acre pelo fortalecimento da política econômica e cultural. Para ela, o estado será a porta de entrada de produtos alimentícios importados do Peru.

Ceviche, chicarrón de truta, sushis e pratos com o "peje rey" foram alguns quitutes tradicionais da cozinha peruana degustados. Foto: Mel Silva/Seict AC

"Já importamos do Peru, por que não incrementar a parte do pescado? Fica muito mais barato. Essa visão que o governo oportuniza para o empresário do Acre e Rondônia fortalece toda região amazônica", 

acrescentou Ivanilda.

O presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Luiz Gonzaga, lembrou que a agenda na área de gastronomia é a continuidade de políticas públicas para fomentar o comércio exterior. "Essa união entre o Estado, o Parlamento e o setor produtivo vêm dando certo, o comércio bilateral entre Brasil e Peru tem uma importância para os estados da Amazônia. O transporte que leva produtos nossos tem que voltar carregado, para diminuir custos e gerar qualidade", afirmou Gonzaga. 

Foram promovidas rodadas de negócios com a participação de produtores das federações norte e sul do Lago Titicaca, da região de Puno, no Peru. Foto: Mel Silva/Seict AC

O titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, lembrou que a agenda com a delegação peruana continua nesta terça-feira, 19, com um dia de campo na Fazenda Mariana, visita e reunião técnica ao Distrito Industrial de Rio Branco, com rodada de negócios no setor de proteína animal. "Serão dois dias produtivos e de novos negócios, para fortalecer ainda mais o corredor interoceânico e a nossa balança comercial", destacou Mesquita.

Participaram da agenda o subsecretário de Agricultura, Edvan Azevedo; a representante da Agência de Negócios do Acre, Jaurícia Ferreira; o diretor de Indústria Albert Azenha; a representante do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kajiane Pereira; e o representante do grupo Perbra Holding, Alejandro Salinas. 

Brasil : Conheça famílias que escolheram viver dentro de reserva ambiental em Rondônia
Enviado por alexandre em 21/12/2023 00:25:15

Jorge Lopes largou tudo para voltar para suas origens, já Adenias e a esposa sempre viveram na região mas não trabalham mais com o extrativismo. Elissandra viu quase todos os amigos irem para a cidade estudar, mas decidiu ficar.


"Nasci e me criei aqui, mas fui para a cidade. Quando voltei para passear, senti que tinha voltado para as minhas origens. Eu sou filho, neto e irmão de extrativista, esse é o meu legado".

É com essas palavras que Jorge Lopes, de 61 anos, relembra como foi retornar para o lugar onde foi lhe dada a vida: a comunidade Silva Lopes, dentro da Reserva Extrativista (Resex) Lago do Cuniã, em Porto Velho (RO). Lá vivem descendentes de indígenas que habitavam o entorno do lago e migrantes que vieram para Rondônia em busca de trabalho em seringais.

Uma das principais características da região é mata verde e a presença de mais de 36 mil jacarés nos lagos. O local é monitorado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio).

Comunidade é formada por descendentes de seringueiros. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

As famílias são divididas em cinco núcleos dentro da Resex: Araçá, Neves, Pupunhas, Silva Lopes Araújo e Bela Palmeira.

Na Reserva Extrativista Lago do Cuniã em Porto Velho a existência e o sustento dependem da preservação da Amazônia. Confira a história dos moradores: 

Comunidades são divididas em cinco núcleos dentro da Resex. Foto: Emily Costa/g1 RO

'Esse é o meu legado' 

Jorge Lopes nasceu e viveu na reserva até os 12 anos. Quando sua mãe faleceu, ele teve que mudar para Porto Velho e morar com uma tia. Durante esse período, trabalhou em diversas atividades até encontrar estabilidade como atendente de farmácia.

Em 1994, quando voltou à comunidade para uma visita, Jorge tomou a decisão de permanecer e preservar seu legado. Ao relembra o retorno, há 28 anos, ele descreve a comunidade como um "lugar rico e povo pobre".

Jorge notou que a riqueza do local era a natureza, que permanecia da mesma forma desde sua mudança para a cidade. No entanto, a população carecia de diversos serviços. Foi quando ele percebeu que tinha algo errado: faltava liderança e união.
Sr Jorge é descendente de extrativistas e retornou há 26 anos para a Resex

Ele decidiu conversar com os moradores e acabou se tornando líder da Associação de Moradores do Cuniã (Ascomun). No inicio, o principal objetivo da associação era lutar pelo direito de permanecerem no lugar de origem.

Isso porque, nos anos 80, a região do Lago do Cuniã foi declarada Estação Ecológica de proteção integral e não permitia a presença humana. Após uma longa batalha pelos direitos territoriais, a população local conseguiu transformar parte da Estação Ecológica em Reserva Extrativista, em 1999.

A partir desse ponto, ocorreram diversas transformações dentro da comunidade, como a implementação de energia elétrica, rede de água e acesso à internet. Surgiu também algo único: o manejo de jacarés, com frigorífico dentro de unidade de conservação.

Núcleo Silva Lopes dentro da Resex Lago do Cuniã — Foto: Emily Costa/g1 RO

Jorge ficou na liderança da Asmocun por quase uma década, até 2004. Depois disso, dedicou seu tempo à culinária regional. Atualmente, ele é especialista em pratos feitos com jacaré e peixes. É apaixonado pela reserva e não pretende voltar para a cidade.

A vida do extrativista e as mudanças

No Lago do Cuniã, as populações, em sua maioria, trabalham na extração de frutos nativos, como o açaí e a castanha-do-brasil, além do manejo de peixes e dos jacarés açu e jacaretinga.

Um desafio ainda persiste na região é a renda local. Isso porque a maioria das famílias depende das épocas produtivas de diferentes frutos. Por exemplo, a renda proveniente da castanha só ocorre entre outubro e abril. 

Comunidades locais vivem de extração de furtos e manejo de picaruru e jacaré. Foto: Emily Costa/g1 RO
Outro desafio é a crise climática: o Adenias dos Santos, filho e neto de seringueiro, dedicou mais de 25 anos da sua vida à pesca na região. Contudo, nos últimos anos, devido aos impactos da seca e a escassez de algumas espécies, ele teve que buscar outras fontes de renda.

Atualmente ele é piloto de transporte escolar (que é feito por voadeira) e conta que essa foi a forma que encontrou para ajudar no sustento da família. Além disso, ele e a esposa criam galinhas para a própria alimentação e para ajudar a complementar a renda. 

Adenias, sua filha e a esposa Valdivania moram na comunidade Silva Lopes. Foto: Emily Costa/g1 RO

Adenias vive na comunidade Silva Lopes com a esposa Valdivania, que era pescadora e agora realiza serviço de censo de pescado. A filha do casal também trabalha com o transporte escolar. 

'Quero permanecer aqui'  

Gesuíta Gomes mora no núcleo Araça e chegou à reserva com apenas um ano de idade. Aos 63 anos, desempenha o papel de dona de casa: sua rotina inicia às 5h da manhã. 

Gesuíta é dona de casa e vive na comunidade há mais de 60 anos

A cozinha é o coração da casa de Gesuíta. Entre as panelas e pratos, a equipe encontrou a Luarinha, uma arara muito simpática que faz companhia para a dona de casa nos afazeres domésticos.

Luarinha é a arara de estimação da família. Foto: Emily Costa/g1 RO

Elissandra de Oliveira, filha de Gesuíta, tem 25 anos e participa da liderança do programa "Jovem Extrativista" promovido pelo Icmbio. O objetivo é aprender a monitorar e preservar a floresta. 

"A nossa tarefa é cuidar da floresta e da comunidade, não jogar lixo, cuidar dos animais. Eu acho que somos nós (moradores) que precisamos manter a reserva em pé",

explica.

Embora tenha visto muitos amigos se mudando para a cidade para estudar e trabalhar, Elissandra não pensa em sair da reserva. A jovem busca oportunidades para construir sua vida dentro da própria comunidade.

Segundo Mauro Guimarães, analista ambiental do ICMBio, observa-se uma crescente tendência de esvaziamento nas Reservas Extrativistas. Isso se deve à migração dos jovens para áreas urbanas, deixando apenas os casais mais idosos. Essa evasão é uma realidade nacional.

A permanência nas reservas é restrita aos parentes próximos dos moradores e a venda de imóveis dentro da reserva não é permitida. Além disso, eles têm o direito de realizar o extrativismo do pescador e dos frutos nativos. A mineração e a atividade madeireira também não são permitidas. 

*Por Emily Costa, do g1 Rondônia

Essa reportagem faz parte da série "Vivendo da floresta" do g1 Rondônia, que conta as histórias de moradores que vivem dentro da Reserva Extrativista Lago do Cuniã, em Porto Velho.

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