« 1 ... 138 139 140 (141) 142 143 144 ... 1082 »
Brasil : Saiba como foi a participação dos Estados da Amazônia Legal na COP 28
Enviado por alexandre em 15/12/2023 00:29:44

Estados da Amazônia Legal discursaram em prol do desenvolvimento sustentável da região.


A Conferência das Partes (COP ) é o maior evento anual que discute as mudanças climáticas e busca soluções para a redução da interferência humana na natureza. A sua 28° edição ocorreu este ano em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e gerou diversos acordos e propostas. 

Mediante os recentes fenômenos climáticos extremos e dos desastres ambientais, observados com frequência cada vez maior nos últimos anos, esta edição da conferência contou com diversos colaboradores do mundo todo, de empresas privadas à representantes governamentais, obtendo diversos resultados positivos. 

Portanto, delegações de Estados da Amazônia Legal não poderiam deixar de apresentar projetos e propostas na COP (tendo em vista a relevância do bioma para a conservação climática mundial). Confira alguns destaques do que estas delegações apresentaram no evento:

Imagem: Divulgação/COP

Acre

A comitiva do Acre participou do evento levando sua expertise com a implementação da REDD+ jurisdicional. REDD+ é uma iniciativa desenvolvida pela ONU para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados relacionados à recuperação e conservação de suas florestas.

Além disso, os representantes do Estado enfatizaram seu compromisso em alinhar seu sistema de proteção ambiental ao sistema internacional seguindo os princípios do ESG (meio ambiente, social e governança) 

 Amapá

A comitiva do Amapá destacou o compromisso com a conservação ambiental da Amazônia, buscando parcerias que fortificassem sua perspectiva de bioeconomia sustentável. Foram contatados representantes da China, Noruega e Finlândia, em uma perspectiva de cooperação.

Ademais, a comitiva destacou a necessidade de se escutar as demandas das populações indígenas sobre a preservação de seus espaços e do meio ambiente, trazendo a tona problemáticas da região, como a forte estiagem de 2023. 

Leia também: Entenda como funciona o método de gestão de florestas apresentado pelo Amapá na COP 28

Amazonas

O governo do Amazonas apresentou seu novo projeto, 'Amazonas 2030', que visa reduzir o desmatamento no Estado por meio da receita adquirida a partir da venda de créditos de carbono, com lucro estimado em R$1 bilhão.

Em suas falas os representantes do Estado, enfatizaram a importância, e a necessidade, de apoio dos países mais ricos à Amazônia, contribuindo para a conservação de forma que gere renda para a população da região. 

Leia também: 'Amazonas 2030': projeto do Estado prevê arrecadação de R$ 1 bilhão com venda de créditos de carbono

Mato Grosso

O Estado destacou o incremento no combate ao desmatamento, graças a implementação de novas tecnologias, com autuações sendo realizadas de forma remota. Os representantes do Mato Grosso na COP destacaram, também, seu compromisso com a emissão de Carbono Neutro até 2035, quinze anos antes da meta global. Outro ponto destacado foi o monitoramento em tempo real da cobertura vegetal do estado, utilizando-se de satélites de alta resolução. 

Leia também: Mato Grosso apresenta ações para combate aos crimes ambientais

Pará 

O Estado escolhido oficialmente para sediar a COP 30, no ano de 2025, tratou de temas como restauração produtiva, agricultura familiar, regularização ambiental e combate ao desmatamento. 

A comitiva destacou, ainda, os projetos 'Plano de Recuperação da Vegetação Nativa', que visa a produtividade agrícola atrelada à sustentabilidade; e o 'Plano de Bioeconomia', que busca o crescimento econômico em congruência com a preservação ambiental.

Leia também: Governo do Pará defende pesquisa, inovação e bioeconomia para preservação da Amazônia

Rondônia 

O governo de Rondônia apresentou diversos projetos que aliam a conservação ambiental com a projeção de crescimento econômico no estado. O ABC +, um dos planos apresentados, visa atrelar a agricultura com a sustentabilidade, reduzindo a emissão de carbono e as alterações climáticas. 

Outro projeto em andamento no estado é o 'Rural Sustentável', que está na fase 1 e fomenta a ampliação de renda de pequenos e médios agricultores com a utilização de tecnologias de baixa emissão de carbono.  

Leia também: Rondônia apresenta programa que busca recuperar vegetação nativa na Amazônia durante a COP 28

Roraima 

Roraima teve representação de lideranças indígenas na conferência, que apresentaram propostas direcionadas para estas populações, relacionadas tanto à economia sustentável quanto à preservação ambiental. 

O principal projeto apresentado pelo Estado foi o 'Projeto Grãos', que estimula o cultivo de grãos nas áreas de comunidades, tanto indígenas quanto tradicionais.

Leia também: COP 28: Roraima defende valorização e precificação da conservação da Amazônia

Tocantins

A comissão de Tocantins reforçou o compromisso com a diminuição da emissão de carbono na atmosfera, propondo-se a zerá-la até 2050. Ademais, o Estado se comprometeu com a preservação ambiental e com o crescimento econômico voltado para a sustentabilidade. 

Resultados da conferência 

A COP 28 chegou ao fim no dia 13 de dezembro. Apesar de apresentar resultados positivos em alguns aspectos, os acordos mediados ainda não foram suficientes para que os países abandonassem os combustíveis fósseis - principais responsáveis pela emissão de carbono na atmosfera. 

Ainda assim, o documento firmado propõe a diminuição da utilização destes combustíveis, mesmo que não especifique de que forma se dará este processo de transição energética. 

A falta comprometimento com a extinção do uso destes poluentes desagradou os ambientalistas, que esperavam um compromisso com a mudança total para fontes de energia mais sustentáveis.

O acordo prevê, ainda, triplicar a produção de energia renovável mundial e aumentar o financiamento de projetos que lidem com as mudanças climáticas. 


*Estagiário sob supervisão de Clarissa Bacellar


Brasil : Você sabe como o desmatamento da Amazônia é monitorado?
Enviado por alexandre em 15/12/2023 00:27:35

Pelo menos cinco iniciativas calculam a área de vegetação nativa suprimida anualmente e fornecem subsídios para a meta de zerar o deflorestamento até 2030.


Em 9 de novembro, o governo brasileiro repetiu pela 36ª vez na história um gesto aguardado pela sociedade brasileira e comunidade internacional: divulgou a taxa anual oficial de desmatamento na Amazônia Legal, área de aproximadamente 5 milhões quilômetros quadrados (km²), correspondente a 58,9% do território nacional. A notícia foi animadora.

Segundo estimativa do Programa de Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), uma iniciativa a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a extensão de área desflorestada entre agosto de 2022 e julho deste ano foi de 9.001 km² – 22,3% menor do que a do período anterior. De 2019 a 2022, a taxa tinha permanecido acima dos 10 mil km².

Criado em 1988, o sistema Prodes é a primeira e a mais antiga iniciativa dedicada a monitorar por sensoriamento remoto, com imagens de satélite, o desmatamento na Amazônia brasileira, que abriga a maior floresta tropical do planeta. Seus dados, reconhecidos em acordos internacionais firmados pelo país e citados em quase 1.600 artigos científicos, apontam que cerca de um quinto da floresta foi desmatado nas últimas décadas.

Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. Imagem: Coordenação Geral da Observação da Terra / Inpe

A partir de 2004, o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), também do Inpe, passou a funcionar e a atuar como um complemento ao trabalho do Prodes. O Deter emite alertas diários sobre trechos da floresta que estão perdendo cobertura vegetal. Os avisos se destinam aos órgãos de fiscalização ambiental, que, a partir dessas informações, podem atuar na repressão ao desmatamento.

"Temos tradição em sensoriamento remoto, área em que fazemos um trabalho de Primeiro Mundo", comenta o engenheiro e especialista em geoprocessamento Gilberto Câmara, que foi diretor-geral do Inpe entre 2006 e 2013 e hoje atua como consultor na área. "Na década de 1970, o Brasil foi o terceiro país a usar imagens dos satélites Landsat, depois dos Estados Unidos e do Canadá."

Depois do Prodes e do Deter, projetos coordenados por entidades científicas da sociedade civil, como o MapBiomas e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), passaram a acompanhar a dinâmica e a evolução do desmatamento na Amazônia brasileira por meio da análise de imagens de satélites.

Embora tenham pontos em comum com as iniciativas pioneiras do Inpe, cada sistema persegue objetivos ligeiramente diversos e adota metodologias próprias para produzir seus dados. Eles podem, por exemplo, usar satélites diferentes, com resolução espacial e tempo distinto de revisita a cada ponto da Amazônia. Também podem fazer a análise das imagens obtidas de forma automática, apenas com o emprego de softwares, ou com o auxílio do olho treinado de um especialista. Ainda assim, todos divulgam algum tipo de cálculo sobre o desmatamento mensal ou anual da Amazônia.

Gráfico: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP

Essas particularidades levam, forçosamente, a resultados que tendem a não coincidir em 100% com as informações do Prodes e do Deter. Os especialistas não consideram essas divergências preocupantes, desde que o cenário geral do desmatamento retratado por cada iniciativa seja parecido e aponte tendências semelhantes, como o aumento ou a redução da supressão de vegetação.

"O sistema público de monitoramento do desmatamento na Amazônia é bom e razoavelmente robusto", diz o físico Ricardo Galvão, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). "As iniciativas da sociedade civil são bem-vindas e fazem um trabalho complementar muito importante." Até 2030, o país assumiu o compromisso internacional de zerar o desmatamento na Amazônia.

Em agosto de 2019, Galvão foi exonerado da direção do Inpe depois de ter defendido publicamente a correção e a lisura dos dados produzidos pelo Inpe sobre o desmatamento da Amazônia de críticas infundadas feitas pelo então presidente Jair Bolsonaro e seus ministros.

Na ocasião, a taxa anual de desmatamento calculada pelo Prodes tinha passado dos 10 mil km, algo que não ocorria desde 2008. O governo federal questionou a veracidade do número e ameaçou contratar uma empresa privada para fazer o trabalho do Inpe. O caso ganhou repercussão em todo o mundo e a ideia de terceirizar o trabalho de monitoramento não foi adiante.

Ter vários sistemas dedicados a observar e calcular o processo de supressão da vegetação nativa na Amazônia permite que os dados oficiais possam ser confirmados, refinados ou mesmo refutados pela sociedade civil. Caso um dia, por qualquer motivo, o Prodes e o Deter venham a faltar, existem alternativas à mão. "Esses sistemas alternativos também podem funcionar como um backup, uma cópia de segurança, dos serviços do Inpe", diz o especialista em sensoriamento remoto Carlos Souza Jr., do Imazon.

Para entender as semelhanças e diferenças dos sistemas, Pesquisa FAPESP fez um resumo das principais características de cinco iniciativas que monitoram o desflorestamento da Amazônia, quatro nacionais e uma do exterior.

Padrão de desmatamento causado por diferentes atividades (da esquerda para a direita): queimada, área degradada, remoção da floresta e mineração. Imagens: Cbers4 / Amazozia 1 / Landsat 9 / Sentinel 2 / Inpe

Prodes

O especialista em sensoriamento remoto Cláudio Almeida, coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e outros Biomas do Inpe, conta uma história interessante sobre os projetos que antecederam e criaram a expertise para montar o Prodes. Na década de 1970, em meio a políticas públicas oficiais que visavam estimular a ocupação da Amazônia e a implantação de grandes projetos de agropecuária, uma das preocupações do governo federal era ter meios de se certificar de que seus incentivos estavam sendo bem empregados.

"Naquela época, o monitoramento da Amazônia por imagens de satélite foi concebido como uma forma de assegurar que os projetos estavam sendo realmente implantados, ou seja, que áreas da floresta estavam sendo desmatadas para abrir espaço para a agricultura e a pecuária",

diz Almeida.

Essa visão dominante de progresso começou a ser questionada fortemente a partir dos anos 1980, com a ascensão do movimento ambientalista. Dono da maior floresta tropical do planeta, o Brasil passou a ser cobrado internacionalmente pelos rumos da Amazônia, que, além de sua riqueza em biodiversidade, exerce papel importante na regulação do clima global. Nesse contexto, oposto ao que dominara a década anterior, foi criado o Prodes em 1988.

Seu objetivo é simples: estimar a taxa anual de desmatamento da floresta nativa na Amazônia Legal. Cabe ressaltar que a Amazônia Legal – uma designação criada em 1953 com a finalidade de estimular o desenvolvimento econômico numa região que se espalha por nove estados – abrange todo o bioma Amazônia em terras nacionais, 37% do Cerrado e 40% do Pantanal.

No Brasil, o bioma Amazônia, onde fica a floresta tropical, estende-se por uma área de quase 4,2 milhões de km², cerca de 49% do território nacional. Há uma diferença de cerca de 800 mil km², mais de 9% da área nacional, entre a extensão da Amazônia Legal e o bioma Amazônia. "É preciso tomar o cuidado de não se comparar dados de desmatamento de toda a Amazônia Legal com os do bioma Amazônia", comenta Almeida.

A taxa anual do Prodes exibe uma peculiaridade temporal. Segue o chamado calendário do desmatamento, que costuma se intensificar na época mais seca do ano. O ano Prodes inicia-se em agosto, com a chegada da estiagem, e termina em julho do ano seguinte. A taxa de 2023 recém-divulgada cobre o período de agosto de 2022 até julho deste ano.

O Prodes registra o desmatamento por corte raso, que resulta na remoção completa da cobertura florestal de um ano para o outro. Ocorre geralmente para abrir espaço para introdução de atividades da agropecuária ou estabelecimento de áreas urbanas ou projetos de hidrelétricas.

Desde 2022, o Prodes também passou a medir o desflorestamento que ocorre em razão da degradação progressiva da vegetação. Esse processo é lento, mais difícil de ser detectado por satélite, e pode se estender por alguns anos. Está associado a cortes seletivos de madeira e emprego de queimadas.

Entram no cálculo da taxa anual apenas os trechos de floresta desmatada que alcançam a extensão mínima de um polígono de 6,25 hectares (ha), ou seja, 62.500 metros quadrados (m2). A área equivale às dimensões de pouco mais de seis campos de futebol. Alguns críticos consideram o tamanho desse polígono muito grande, limitação que, em tese, poderia deixar escapar uma parcela do processo de desflorestamento.

"Na Amazônia, o desmatamento é feito para a implantação de grandes propriedades, de áreas de monocultura de soja ou de criação de gado. Não compensa abrir áreas pequenas, algo muito custoso e trabalhoso. Polígonos de 6,25 ha pegam a maior parte do desmatamento",

explica Câmara, que não considera uma limitação importante alterar o tamanho da área monitorada pelo Prodes.

Hoje o Prodes já monitora polígonos de desmatamento de 1 ha (10 mil m2), mas não os inclui no cálculo de sua taxa anual. É provável que passe a fazer isso em breve. 

O sistema usa imagens de cinco satélites: Landsat 8 e 9, da agência espacial norte-americana (Nasa) e do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS); Sentinel, da Agência Espacial Europeia (ESA); e os CBERS 4 e 4A, projeto conjunto do Brasil com a China.

As imagens dos Landsat formam a principal base de dados do sistema. São necessárias 229 imagens de satélites da família Landsat para cobrir toda a Amazônia Legal. Cada imagem, também denominada cena, cobre uma área imensa, de 32.400 km², pouco mais de quatro vezes a extensão da Região Metropolitana de São Paulo.

Nos setores da Amazônia que se encontram cobertos por nuvens quando são registrados pelos Landsat, são usadas imagens dos CBERS e do Sentinel para cobrir esses buracos do levantamento. Em média, cada área é observada por um satélite usado pelo Prodes a cada 16 dias. Na prática, o intervalo entre dois registros pode ser de 5 a 26 dias.

O menor ponto com informação dentro de uma imagem Landsat equivale a um quadrado de 30 por 30 metros (0,09 ha ou 900 m2), pouco maior do que duas quadras de basquete. Por isso, os especialistas em sensoriamento remoto dizem que a resolução espacial (pixel) dos Landsat é de 30 metros (m). O polígono mínimo de desmatamento levado em conta pelo Prodes, de 6,25 ha, é composto, portanto, por 69,4 pixels. O pixel dos CBERS e do Sentinel dá conta de registrar áreas ainda menores. Nos satélites sino-brasileiros, a resolução espacial é de 20 m. No projeto europeu, é de 10 m.

Para calcular a taxa anual de desmatamento, o Inpe conta com cerca de 25 técnicos em sua sede em São José dos Campos que comparam no computador, "manualmente", as melhores imagens disponíveis de como estava uma área antes do início e ao final do atual ano Prodes.

Esses especialistas delimitam os novos polígonos de desmatamento diretamente na tela do micro. Seguem um padrão de alteração da cobertura florestal com base em elementos visíveis nas imagens, como tonalidade, forma, textura e contexto das áreas desmatadas. "Nossa mão de obra é formada por muitos bolsistas do CNPq. Precisamos contar com mais pessoal contratado de forma estável", comenta Almeida.

 Deter

Concebido 16 anos depois do Prodes, em um momento de alta nas taxas de desmatamento da Amazônia Legal, o Deter nasce como uma ferramenta para auxiliar o combate à supressão de vegetação quase em tempo real. Emite diariamente avisos de desflorestamento que são enviados automaticamente a órgãos do ministério e secretarias estaduais do meio ambiente encarregados de combater o desmatamento.

São também disponibilizados publicamente na internet, geralmente às sextas-feiras, com defasagem de uma semana. O Deter divulga totais mensais e anuais de desmatamento, seguindo o calendário do ano Prodes. Esses números normalmente mostram a mesma tendência de desmatamento do Prodes, mas são diferentes devido a diferenças metodológicas.

Sua metodologia foi aprimorada e refinada ao longo do tempo. De 2004 a 2015, usou dados dos satélites Terra, da Nasa, CBERS-2b (Brasil-China), com resolução espacial de 250 m. Com essas imagens, era possível emitir alertas de desmatamento para áreas de no mínimo 25 ha. No entanto, elas não permitiam diferenciar os setores totalmente desmatados dos que apresentavam degradação progressiva.

A partir de 2015, passou a adotar imagens dos satélites CBERS-4 e CBERS-4A (Brasil-China) e Amazonia-1 (sem acento), concebido e operado pelo Inpe, com resolução espacial entre 56 e 64 metros. "Hoje usamos apenas satélites com tecnologia nacional para fornecer imagens para o Deter", comenta Almeida. A alteração permitiu reduzir a área mínima dos avisos mapeados para 3 ha e separar os alertas em duas classes, a de desmatamento e a de degradação. A cada um ou dois dias, um dos três satélites passa por cada faixa da Amazônia. A periodicidade garante o monitoramento contínuo da região e a emissão de alertas de desmatamento quase em tempo real.

A supressão, total ou parcial, da vegetação nativa em uma área sem registro anterior de redução da cobertura verde é considerada um desmatamento novo. Ainda que não seja possível definir o dia exato em que houve o corte de um trecho da floresta, a data em que a imagem de satélite foi gerada fica associada no sistema ao evento.

A identificação de novas áreas é feita diariamente de forma manual, como no Prodes, mas por outra equipe de especialistas. Dez técnicos do Deter trabalham na unidade em Belém do Inpe e analisam as imagens na tela do computador. Os alertas de desflorestamento são separados nas categorias corte raso, desmatamento com vegetação e desflorestamento decorrente de mineração. Os avisos de degradação são discriminados como corte seletivo geométrico, corte seletivo desordenado e cicatriz de incêndio florestal.

Com essa abordagem, o sistema é capaz de diferenciar um distúrbio natural de um provocado pela ação do homem. Os do primeiro tipo apresentam majoritariamente formas irregulares e não lineares, enquanto os do segundo exibem contornos geométricos e lineares.

Área de floresta preservada e desmatada perto do rio Capim, no Pará, em 2022. Imagem: CORPENICUS SENTINEL 2/ESA.

 SAD

Sediado em Belém, o Imazon criou em 2008 o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Seu objetivo é monitorar mensalmente a supressão de vegetação nativa e a degradação florestal na Amazônia Legal para entender sua dinâmica e tendências. "Ter sistemas alternativos ao Prodes/Deter dá segurança e autonomia para a sociedade civil caso venha a ocorrer alguma falha ou descontinuidade nessas iniciativas do Inpe", comenta Carlos Souza Jr., do Imazon.

O sistema registra o corte raso da floresta e a degradação da vegetação em áreas a partir de 1 ha. Usa imagens dos satélites norte-americanos Landsat 8 e 9 e dos europeus Sentinel 1A e 1B (ambos com pixel de 20 m) e Sentinel 2A e 2B (pixel de 10 m). Cada ponto da Amazônia é varrido por algum dos satélites a um intervalo de cinco a oito dias.

A análise das imagens é feita inicialmente de forma automática, com o emprego da plataforma Google Earth Engine, mas validada por especialistas antes de os dados serem fechados. O SAD divulga mensalmente estatísticas de desflorestamento para toda a Amazônia e seus estados e também permite calcular uma taxa anual de desmatamento. "Normalmente, nosso dado representa de 70% a 80% do valor registrado pelo Prodes, um desempenho que consideramos muito bom dadas as diferenças metodológicas", comenta Souza Jr.

MapBiomas 

Em 2015, a rede MapBiomas começou a produzir mapas e dados sobre a evolução do uso da terra no país (existência de vegetação, de atividades agropecuárias ou estrutura urbana) baseados em imagens de sensoriamento remoto analisadas de forma automática na plataforma Google Earth Engine. A partir desse trabalho foi possível calcular uma taxa de desmatamento anual para todos os biomas nacionais, inclusive a Amazônia.

Quatro anos atrás a rede – uma iniciativa do Observatório do Clima, organização não governamental (ONG) que reúne universidades, empresas de tecnologia e entidades da sociedade civil brasileira – lançou um projeto específico para acompanhar a supressão de vegetação nativa no território nacional. Trata-se do MapBiomas Alerta, que valida e refina avisos de desmatamento emitidos por outros sistemas, como o Deter e o SAD, e produz um laudo público de cada área com vegetação suprimida.

Esses dados são publicados semanalmente pelo MapBiomas Alerta e, uma vez por ano, consolidados no Relatório do desmatamento (RAD).

"Apesar do nome, o MapBiomas Alerta não é um sistema que fornece avisos sobre desmatamentos que estão em curso", explica o geógrafo Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas. "Ele confirma em imagens em alta resolução que houve desmatamento em uma área e cruza essas informações com dados públicos para qualificar esse desflorestamento e produzir um laudo".

Quando tem evidências suficientes de que a vegetação foi realmente removida, o MapBiomas utiliza imagens de sensoriamento remoto da rede privada de satélites Planet. Segundo a empresa norte-americana, qualquer ponto do globo é registrado diariamente por algum de seus 200 satélites com uma resolução espacial de apenas 3,7 m. Em outras palavras, a menor área visível dentro de uma imagem Planet abrange aproximadamente 14 m2, o tamanho de um cômodo em uma casa.

Cada alerta validado e refinado produz um laudo com imagens de alta resolução de antes e depois do desmatamento. O sistema do MapBiomas também permite fazer cruzamentos das informações geográficas da área com vegetação suprimida com dados de vários bancos de dados públicos, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Sistema de Gestão Fundiária (Sigef). "Assim, conseguimos incluir no laudo informações sobre a área desmatada e inferir indícios de ilegalidade", comenta Rosa. 

Imagem de satélite de 2018 mostra a região em torno do rio Amazonas coberta de nuvens, particularidade que dificulta o mapeamento por sensoriamento remoto da floresta. Imagem: NASA/LANDSAT

GFW 

Projetos internacionais também divulgam dados regulares sobre o desmatamento na Amazônia brasileira. O Global Forest Watch (GFW) é possivelmente a iniciativa de maior impacto. Coordenado por pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, com financiamento do World Resources Institute (WRI), uma entidade não governamental sediada na capital norte-americana, o GFW monitora, desde 1997, o uso da terra e a remoção de áreas com vegetação arbórea, sobretudo em florestas tropicais, como a Amazônia.

A iniciativa usa registros de sensoriamento remoto dos Landsat e adota como a menor área de desmatamento monitorado a resolução espacial mínima desses satélites: 1 pixel de uma imagem Landsat, de 0,09 ha. O processamento de suas informações é automatizado.

"O sistema observa a copa das árvores acima de 5 m. Capta o corte de árvores e também queimadas sem corte", diz o geógrafo Jefferson Ferreira, coordenador do programa de floresta do WRI no Brasil. "Ele mostra a perda de cobertura florestal, que pode ou não ser decorrente de desmatamento." O GFW divulga uma vez por ano a taxa anual, calculada de janeiro a dezembro, para o desmatamento da Amazônia. 

Limitações dos sistemas

Não há sistema de monitoramento de desmatamento perfeito. Os registros de sensoriamento remoto fornecidos pelos satélites, que geralmente captam imagens em frequências do infravermelho e da luz visível, esbarram em um problema comum: uma nuvem entre o campo de visão de seus sensores no momento de obtenção de um take pode gerar uma imagem de pouca ou nenhuma valia. Daí a importância de haver redundância de dados e trabalhar com imagens de mais de um satélite.

O uso de radares instalados em satélites, que trabalham com frequências de microondas, pode minorar esse problema. Sua observação não é atrapalhada pela nebulosidade e pode ocorrer tanto de dia quanto à noite. "O satélite CBERS 6 contará com a tecnologia de radar em sua instrumentação", diz Galvão.

Embora mais rápida e barata, a análise totalmente automatizada dos polígonos de desmatamento pode deixar escapar alguma forma de supressão de vegetação, que um olho humano treinado observaria, ou gerar alertas errados. É importante saber o contexto histórico e geográfico do lugar em que ocorre o aparente desmatamento", comenta Câmara. "Às vezes, os sistemas automáticos podem interpretar uma imagem de uma várzea de rio na Amazônia obtida na época de cheia como um flagrante de supressão de vegetação. Mas essa conclusão está errada." A imagem da área de várzea alagada se parece com a de um trecho cortado de floresta. Mas basta ver uma imagem subsequente da mesma área, só que na época de seca, para se certificar de que a vegetação ainda está lá.

Apesar da crítica, Câmara é um defensor da adoção de técnicas de aprendizado de máquina para auxiliar o trabalho de monitoramento por sensoriamento remoto da Amazônia. Em 2014, obteve apoio do programa eScience da FAPESP para um projeto de pesquisas sobre o uso de megadados de satélites para a classificação de uso e cobertura da terra com o auxílio de métodos de aprendizagem de máquina.

A partir do projeto, o especialista em sensoriamento remoto conseguiu financiamento de outras fontes para desenvolver o software livre sits (satellite image time series analysis), atualmente em fase final de testes para eventualmente substituir o Prodes. Segundo Câmara, a adoção de métodos no estado da arte da área de aprendizagem profunda permite obter 95% de concordância entre a interpretação visual de imagens e a feita por algoritmos.

Nunca houve tanta informação sobre a dinâmica do desmatamento na Amazônia, um insumo necessário para a implantação de políticas públicas em prol da gestão e manutenção da floresta. "Todo sistema de monitoramento faz o gestor e a sociedade olharem de forma diferente para o problema. Hoje sabemos a dimensão do desmatamento, onde ele está ocorrendo, qual sua velocidade. Às vezes, conseguimos até identificar quem está desmatando", comenta a geógrafa Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). "O grande desafio é entender o nível de ilegalidade do desmatamento e tomar ações mais ágeis de fiscalização, embargo e até restrição de acesso ao crédito [a quem suprime a vegetação nativa]."

Alexandra Affonso/Revista Pesquisa FAPESP.

Projeto

E-Sensing: análise de grandes volumes de dados de observação da terra para informação de mudanças de uso e cobertura da terra (nº 14/08398-6); Modalidade Projeto Temático; Programa eScience e Data Science; Pesquisador responsável Gilberto Câmara (Inpe); Investimento R$ 1.255.123,38.

*Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Brasil : Onda de calor que vai atingir 15 estados e o Distrito Federal não será tão intensa como a de novembro; veja previsão em cada região
Enviado por alexandre em 13/12/2023 00:45:38

Climatempo previa onda de calor em 7 estados e o DF de 14 a 20 de dezembro, mas o Inmet divulgou alerta de calorão mais abrangente, incluindo 15 estados e o DF, e por um período menor, até o dia 17

A nova onda de calor que vai atingir boa parte do país nos próximos dias não será tão intensa como a de novembro, que levou a recordes de temperatura, segundo os meteorologistas

 

Uma onda de calor acontece quando a temperatura fica cinco graus acima da média por um período de três a cinco dias.

 

O Climatempo já havia divulgado uma previsão de calorão em 7 estados e o Distrito Federal de 14 a 20 de dezembro, próximo à chegada do verão, no dia 22 de dezembro.

 

Veja também

 

Marina Silva diz que texto final em discussão na COP é insuficiente e pede mais ambição climática

 

Braskem é intimada a propor medidas para identificar impactos ambientais de rompimento de mina

Pela previsão do Climatempo, o fenômeno irá atingir o Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, sul do Mato Grosso, norte de São Paulo, grande parte de Minas Gerais, sul do Tocantins e oeste da Bahia.


Nesta terça-feira (12), o Inmet divulgou também um alerta de onda de calor, mas que abrange mais estados (chegando a 15 e o DF) e com duração mais curta: de 14 a 17 de dezembro.

 

Segundo o instituto, serão afetadas áreas do Tocantins, Rondônia, Maranhão, Piauí, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e os estados inteiros de Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal.

 

CONFIRA O MAPA ABAIXO COM A PREVISÃO DO INMET

 

Onda de calor começa na quinta-feira (14) — Foto: Inmet

 

A onda de calor não vai ser tão intensa e generalizada quanto a última. Com a proximidade do verão, temos mais umidade, que barra as temperaturas, impedindo que subam mais. Se a gente sobreviveu à última, vamos sobreviver a essa que vai ser menos intensa. — Fábio Luengo, que é meteorologista da Climatempo

 

Confira a temperatura por região, segundo o Climatempo:


Entre 40°C e 42°C

 

Mato Grosso do Sul;
Sul e leste do Mato Grosso, incluindo a capital Cuiabá;
Sul de Goiás;
Noroeste de Minas Gerais; e
Oeste da Bahia, na região do Vale do São Francisco.

 

38°C a 40°C

 

Interior do Piauí;
Maranhão;
Leste do Tocantins;
Sul e Leste de Santa Catarina; e
Interior de São Paulo.

 

37°C a 39°C

Norte e Oeste do Paraná;
Rio de Janeiro; e
Espírito Santo.

 

Em Cuiabá, por exemplo, a máxima anterior tinha sido em outubro, quando a cidade chegou a 44,2°C. No interior de São Paulo, algumas cidades registraram máximas acima dos 41°C. Nos dois locais, as máximas devem ser menores.

 

POR QUE A ONDA DE CALOR SERÁ MENOS INTENSA?


A onda de calor acontece uma semana antes da chegada do verão. E, ao contrário do que se imaginaria, é exatamente por isso que ela será menos quente do que a que vimos em novembro.

 

Em novembro, estávamos no meio da primavera. Uma das características é que se trata de uma estação seca, com pouca chuva e nuvens. Sem nuvens para impedir a passagem do calor e umidade para dissipar as máximas, as temperaturas ficaram muito altas em um fenômeno de onda de calor.


Agora, nos aproximamos do verão. Com isso, temos mais umidade, mais nuvens, o que faz com que o calor não seja tão intenso como o que vimos antes.


Geralmente, os picos de temperaturas mais altas do ano ocorrem nas estações secas. Agora, começa a estação chuvosa. Então, é menos provável que ocorram temperaturas tão altas. — Estael Sias, meteorologista do Inmet

 

ENTÃO, A ONDA DE CALOR NÃO VAI DEIXAR O VERÃO MAIS QUENTE?


Os especialistas explicam que uma coisa não tem relação com a outra, mas que o verão vai ser mais quente que o normal.

 

A onda de calor acontece quando temos uma alta de até 5°C na temperatura média do período por vários dias. Só que esse é um fenômeno isolado, que não interfere na temperatura da estação.

 

O que vamos ter esse ano é uma influência do El Niño forte sobre o verão. Isso não acontece há três anos, quando passamos a estação com La Niña, que suaviza as temperaturas extremas.

 


 

"Já esquecemos o que é um verão sob El Niño forte. Então, podemos esperar um verão com máximas intensas. Em média, 3°C acima da média em boa parte do país”, explica Luengo. 

 

Fonte: G1

LEIA MAIS

Brasil : "Eu vou tomar um tacacá": comida típica da Amazônia é a mais procurada no Google em 2023
Enviado por alexandre em 13/12/2023 00:36:48


Além da comida paraense, outra amazônida apareceu no top 10 da categoria: o arroz de cuxá, prato típico do Maranhão, que ficou na sétima posição.


Em sua Retrospectiva 2023, o Google revelou nesta segunda-feira (11) as 'Buscas do Ano' com os temas que mais atraíram o interesse do público, divididos em 15 categorias, por país. No Brasil, a Amazônia ganhou destaque:

"Eu vou tomar um tacacá
Dançar, curtir, ficar de boa
Pois quando chego no Pará
Me sinto bem, o tempo voa…"

Na música 'Voando pro Pará', da cantora Joelma, o prato típico amazônida, o tacacá, conquistou não somente o paladar, mas também atiçou a curiosidade, tornando-se a comida mais procurada no sistema de busca da plataforma após "viralizar" com memes na internet.

E além da comida paraense, outra amazônida apareceu no top 10 da categoria: o arroz de cuxá, prato típico do Maranhão, que ficou na sétima posição.

Imagem: Reprodução/Google Trends

Saiba mais sobre os pratos típicos:

As eleitas foram anunciadas pela Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) durante a terceira edição da Copa em Belém.


Sabe o que os Estados do Amazonas, Pará e Rondônia têm em comum? Os três possuem as melhores cervejas da Região Norte. A conquista foi anunciada pela Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) durante a terceira edição da Copa Cerveja Brasil realizada na Cervejaria Cabôca, em Belém (PA).

"A Região Norte é, segundo o anuário do Mapa, a que tem a menor quantidade de indústrias, mas em compensação foi a que mais cresceu de 2021 para 2022. Além disso, é também uma das mais criativas, com frutas que conferem sabores e características únicas", avalia o presidente da Abracerva, Gilberto Tarantino.

Cervejas da marca Rio Negro. Foto: Divulgação

Ao todo, foram distribuídas 20 medalhas sendo sete de ouro, cinco de prata e oito de bronze, além das premiações Best of Show (BOS).

Segundo avaliação técnica dos jurados a melhor cerveja do concurso, medalha de ouro Best of Show, foi a Belgian Blond Ale, da cervejaria Rio Negro, de Manaus (AM).

A medalha de prata Best of Show ficou com a Guajará Ciclon, uma Juicy IPA da Cervejaria Cabôca, de Belém (PA), e o bronze foi para a German Pilsner, da Cervejaria Louvada, de Porto Velho (RO). As três Best of Show ganharam inscrições para a Copa Cervezas de America.


Foto: Reprodução/Cervejaria Louvada

Quem recebeu o título de melhor cervejaria, com base na quantidade e no tipo de medalhas recebidas, foi a Cervejaria Louvada. A melhor micro cervejaria do concurso, prêmio para fábricas com volume anual de até 600 mil litros, foi a manauara Rio Negro Já a melhor cigana foi a Araguaia, de Marabá (PA).

Todas as medalhistas da Etapa Norte participam em dezembro da final nacional da Copa Cerveja Brasil. Cervejarias que receberem medalha de ouro neste momento ganharão uma inscrição no concurso internacional World Beer Cup. 

Foto: Reprodução/Cervejaria Cabôca

A fruta foi eleita a sétima melhor fruta do mundo em ranking elaborado pela Taste Atlas.


Se você já esteve na Amazônia Brasileira é provável que já tenha experimentado uma das principais iguarias, motivo de orgulho - e inclusive competição nos Estados do Amazonas e Pará - o açaí.

Para quem duvidou do sabor desse fruto tão peculiar e único na culinária amazônica, a fruta foi eleita a sétima melhor do mundo no ranking elaborado pela TasteAtlas, uma enciclopédia gastronômica internacional, que cataloga comidas e restaurantes ao redor do mundo. As avaliações são feitas pelos usuários do site.

Nativo da região, sua fama conquista cada vez mais outras regiões do Brasil - e do mundo. Confira no Portal Amazônia quatro benefícios dessa iguaria para a saúde.

Foto: Reprodução/Taste Atlas

1. Prevenir o envelhecimento precoce

Devido às suas propriedades antioxidantes e vitamina E, que são capazes de proteger as células do corpo do dano causado pelos radicais livres, evitando o envelhecimento precoce. Além disso, ajuda a manter a saúde do cabelo e da pele, prevenindo a formação de rugas; 

2. Fortalecer o sistema imune

Por ser rico em vitamina C, vitamina E, ômega-9 e anticitocinas, o açaí consegue melhorar o sistema imunológico, aumentando as células de defesa do corpo e melhorando o processo de cicatrização. 

3. Melhorar a saúde do coração

Por causa do efeito antioxidante e anti-inflamatório, e por ser rico em gorduras monoinsaturadas como o ômega-9, o açaí ajuda a equilibrar os níveis de colesterol circulantes, prevenindo a aterosclerose, por exemplo, além de evitar a formação de coágulos e promover o relaxamento dos vasos, melhorando a circulação e a pressão arterial.

4. Melhorar o funcionamento do intestino

 Por ser um fruto rico em fibras. O consumo do açaí promove um aumento do volume das fezes e estimula o intestino, sendo excelente para pessoas que sofrem de constipação, conhecida como prisão de ventre.

Ranking

Confira a lista do Top 10 pela TasteAtlas:

  1. Mangostão;
  2. Jabuticaba;
  3. Deglet Nour (Tâmara);
  4. Rodakina Naoussas (Pêssego);
  5. Truskawka kaszubska (Morango);
  6. Wiśnia nadwiślanka (Cereja);
  7. Açaí;
  8. Lúcuma;
  9. Limão de Sorrento;
  10. Manduri Chiou.
Foto: Agência Pará/Divulgação

Brasil : Saiba como comprar passagens de ônibus de forma fácil e barata
Enviado por alexandre em 13/12/2023 00:17:20

Plataforma disponibiliza passagens de ônibus para diversos destinos no Brasil e na América Latina

Saiba como comprar passagens de ônibus de forma fácil e barata

Movimentação em rodoviária Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Você já imaginou poder comprar sua passagem de ônibus com desconto sem sair de casa e sem enfrentar filas? Essa é a proposta do BlaBlaCar, um portal de venda de passagens que só trabalha com empresas 100% regulares e já possui parceria com mais de 175 empresas de ônibus.

A plataforma oferece passagem de ônibus barata para diversos destinos no Brasil e na América Latina, além de viagens de carona compartilhada entre os usuários do serviço. Você pode escolher a viagem que mais se adapta às suas necessidades, seja por economia, tempo, conforto ou opções de horários.

Leia também1 Apresentadora Luciana Barreto pede demissão da CNN Brasil
2 Pai é preso por matar a filha de oito anos a golpes de cinto
3 Opositor de Putin, Alexei Navalni desapareceu de prisão na Rússia
4 Lula defende criminalizar quem divulgar fakes sobre vacinas
5 Correa reencontra filho 30 dias após denúncia de Ana Hickmann

Para comprar uma passagem de ônibus pelo BlaBlaCar, basta seguir os seguintes passos:

1. Acesse o site www.blablacar.com.br/bus ou baixe o aplicativo no seu celular;

2. Informe o seu local de origem, destino, data da viagem e número de passageiros;

3. Clique em Procurar para encontrar as opções de viagem disponíveis;

4. Escolha a empresa de ônibus, o horário e o assento de sua preferência;

5. Faça o login na plataforma ou cadastre-se gratuitamente;

6. Escolha o método de pagamento e finalize a compra;

7. Você receberá um email com a confirmação da reserva e o código da passagem;

8. No dia da viagem, apresente o código da passagem no guichê da empresa de ônibus ou no embarque do motorista.

Pronto! Você já garantiu sua viagem de ônibus pela internet. Agora é só aproveitar a estrada e o seu destino.

A BlaBlaCar é uma plataforma inovadora que facilita a vida dos viajantes, oferecendo uma forma simples, segura e econômica de comprar passagens de ônibus pela internet. Além disso, o serviço contribui para a sustentabilidade do transporte rodoviário, já que a rede de transporte da BlaBlaCar, segundo dados da empresa, economiza 1,6 milhão de toneladas de CO2.

Além disso, a plataforma ainda tem uma página especial onde você pode ter acesso às promoções de passagens. Para conferir, basta acessar esse link www.blablacar.com.br/l/desconto-onibus. Se você quer conhecer mais sobre o serviço, acesse o site www.blablacar.com.br ou baixe o aplicativo.

« 1 ... 138 139 140 (141) 142 143 144 ... 1082 »
Publicidade Notícia