O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defende que o enfrentamento à desinformação sobre o processo eleitoral nas eleições municipais deste ano seja centralizado na corte. Ou seja, fake news sobre urnas eletrônicas, totalização de votos e manipulação de resultados serão analisadas diretamente por Brasília ao invés de serem tratadas pelos tribunais regionais.
O tema está nas minutas de resoluções da corte para as eleições de 2024, publicadas para consulta pública nesta quinta (4) e que contam com a relatoria da ministra Cármen Lúcia.
Os ataques às urnas eletrônicas e ao papel do TSE na totalização dos votos foram a tônica das eleições de 2022. Tanto que a primeira condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pela corte, tornando-o inelegível, ocorreu por causa de um ato de campanha realizado por ele no Palácio do Alvorada, no qual embaixadores estrangeiros foram chamados para ouvir mentiras sobre o sistema brasileiro de votação.
O tribunal tem competência para tratar das eleições presidenciais e de recursos de outras candidaturas que já passaram pelo juiz eleitoral e pelo tribunal regional. Caso a minuta seja transformada em resolução, o que é o mais provável, o TSE pode ser acionado imediatamente caso a primeira instância dê decisão contrária àquela que já tenha sido proferida pela corte sobre ataques aos sistema eleitoral.
“Imagine um vídeo circulando com falsa acusação de que ao digitar o número X, a urna registra voto no candidato do número Y. Esse vídeo é analisado em poder de polícia pelo TSE e tido por ilegal, determinando-se sua derrubada do perfil da pessoa A”, explica Fernando Neisser, professor de Direito Eleitoral da FGV-SP e doutor em Direito Penal pela USP.
“Na semana seguinte, o mesmo vídeo está circulando no perfil da pessoa B e o tema é trazido, também em sede de poder de polícia, ao juiz eleitoral de determinada zona. O que a resolução diz é que esse juiz eleitoral está vinculado à decisão já proferida, sobre o mesmo vídeo, pelo TSE.”
A resolução provocou discussões entre especialistas em direito eleitoral, que questionaram se isso não significaria supressão de competência dos tribunais regionais e ampliação das atribuições do TSE.
“Nada pode ser mais equivocado, não há qualquer alteração de competência ou supressão das atribuições dos tribunais regionais”, afirma Neisser.
Segundo ele, o decisão do Supremo Tribunal Federal já apontou que o exercício do poder de polícia relativo à desinformação sobre o sistema eleitoral e de votação permanece com o TSE, ainda que em eleições municipais ou estaduais.
“É preciso entender que os ataques sistemáticos à democracia e à normalidade eleitoral não acabaram. Seguem no submundo das redes, muitas vezes disfarçados de críticas técnicas à atuação firme e legítima da Justiça Eleitoral”, avalia.
Disponíveis no portal do TSE, as minutas das resoluções serão submetidas a audiências públicas nos próximos dias 23, 24 e 25 de janeiro. Depois, suas versões finais serão votadas pelo plenário. Valerão para a eleição deste ano caso aprovadas até 5 de março.
A lenda Mário Jorge Lobo Zagallo, o único tetracampeão mundial de futebol, morreu no Rio de Janeiro, aos 92 anos, na última sexta-feira (5). Sua trajetória excepcional como jogador e treinador é marcada por uma série de conquistas memoráveis.
Nascido em Maceió em 9 de agosto de 1931, Zagallo, conhecido como “Velho Lobo”, teve suas raízes no Rio de Janeiro, para onde se mudou ainda na infância, aos oito meses de idade, acompanhando sua família. Criado no bairro da Tijuca, iniciou sua carreira no futebol no América e depois brilhou no Flamengo.
Ele ficou no rubro-negro até 1958, assinou com o Botafogo e ganhou uma série de outros títulos, encerrando sua trajetória vencedora como atleta entre 1965 e 1966.
Como parte da Seleção Brasileira, Zagallo estreou em 1958, contribuindo para uma vitória marcante por 5 a 1 sobre o Paraguai. Sua jornada como ponta esquerda incluiu 36 jogos, registrando 29 vitórias, 4 empates e apenas 3 derrotas. Encerrou sua carreira pela seleção em 1964, com uma vitória de 4 a 1 sobre Portugal.
Após conquistar o bicampeonato mundial em 1958 e 1962, Zagallo direcionou sua carreira para o treinamento. Ao liderar a Seleção por 131 jogos, obteve 97 vitórias, 25 empates e 9 derrotas, sendo consagrado campeão do mundo em 1970, no México. Além disso, em 1974, na Alemanha, alcançou a quarta posição na Copa do Mundo.
Além de comandar a seleção e os quatro times do Rio, Zagallo se aventurou no Kuwait, na Arábia Saudita e nos Emirados Arábes entre o fim dos anos 70 e início dos anos 90.
Ao longo de sua trajetória, Zagallo também atuou como coordenador da Seleção em 96 partidas, entre 1991 e 1994, e de 2003 a 2006, somando 53 vitórias, 32 empates e 11 derrotas. Em 1994, ao lado de Parreira, conquistou seu tetracampeonato com a equipe nacional nos Estados Unidos.
O ápice de sua carreira foi a formação da lendária Seleção de 1970. Zagallo se orgulhava enormemente desse período, lembrando a mudança de táticas implementada por Vicente Feola em 1958, e sua influência na transição para o 4-3-3. Esse time foi considerado um dos melhores da história do futebol.
Superstição com o Número 13
Zagallo, uma figura singular, sempre foi reconhecido por sua autenticidade e suas superstições, especialmente em relação ao número 13, que adotou como seu símbolo de sorte desde seus dias como jogador.
O número 13 tornou-se um marco em vários momentos da vida de Zagallo. Ele brincou com o fato de que o nome “Roberto Baggio”, o jogador italiano que perdeu um chute crucial e garantiu a vitória brasileira no tetra, possui exatamente 13 letras. Da mesma forma, expressões como “Brasil campeão” e “Argentina vice”, também com 13 letras, foram mencionadas por ele nos anos 2000 de forma humorística.
Além disso, as frases marcantes do multicampeão ganharam destaque em todo o mundo. Entre elas, a mais famosa é, sem dúvida, o icônico “Vocês vão ter que me engolir”. As palavras foram proferidas em alto e bom som após a conquista da Copa América de 1997 pelo Brasil.
Vale destacar que o momento de euforia na verdade representou um desabafo diante de toda a pressão que Zagallo vinha enfrentando em seu papel como treinador.
No entanto, em 2006, Zagallo enfrentou dificuldades devido a problemas de saúde e depressão ao retornar como coordenador técnico da Seleção na Copa do Mundo. Com o Brasil sendo derrotado pela França, o alagoano se despediu discretamente do campo de jogo.
Zagallo deixa quatro filhos, além de netos, bisnetos. A estátua do Velho Lobo, entretanto, será eterna. Ele ganhou, nos últimos anos, homenagens tanto do Botafogo quanto da CBF e já faz parte da galeria dos imortais do futebol.
Morre, aos 92 anos, Mario Jorge Lobo Zagallo, nome histórico do futebol brasileiro
Na noite da sexta-feira (05), morreu Mario Jorge Lobo Zagallo, ex-jogador e treinador, aos 92 anos, conforme anunciado em sua conta no Instagram.
A causa ainda não foi revelada. Zagallo, único brasileiro a conquistar a Copa do Mundo tanto como jogador quanto como treinador, estava aposentado desde 2006, após a Copa do Mundo na Alemanha, e enfrentou diversos problemas de saúde ao longo desse período.
Sua última hospitalização ocorreu em julho do ano passado devido a uma infecção respiratória.
O eterno ídolo do Botafogo permaneceu hospitalizado por quase quinze dias, mas foi liberado pouco antes de completar 90 anos.
Viúvo desde 2012 de Alcina de Castro, Zagallo deixa quatro filhos: Maria Emilia de Castro Zagallo, Paulo Jorge de Castro Zagallo, Mário César Zagallo e Maria Cristina de Castro Zagallo.
Ícone da Seleção Brasileira
Nascido em Maceió (AL) em 9 de agosto de 1931, o “Velho Lobo”, como era chamado, escreveu seu nome na história da Seleção Brasileira. Como atleta, fez parte da seleção brasileira que conquistou a Copa do Mundo de 1958 e 1962. Sua versatilidade em campo e habilidades táticas o destacaram como um dos melhores jogadores de sua época.
Além de seus feitos como jogador, Zagallo teve sucesso como treinador. Comandou a seleção brasileira na conquista da Copa do Mundo de 1970, tornando-se o único brasileiro a vencer a competição tanto como jogador quanto como técnico. Além disso, participou da comissão técnica do tetracampeonato, em 1994.
Lula lamenta a morte de Zagallo: “Exemplo de brasileiro que não desistia nunca”
“Zagalo era exemplo de brasileiro que não desistia nunca. É essa lição e espírito de carinho, amor, dedicação e superação que ele deixa para todo o nosso país e para o futebol mundial”, escreveu o presidente em sua conta.
Lula também destacou o passado vitorioso do ícone da seleção brasileira e “maior vencedor individual da história da Copa do Mundo”. Ele foi campão em quatro oportunidades: em 1958 e 1962 como jogador, em 1970 como treinador, e em 1994 como auxiliar técnico.
“Nesse momento de despedida, minha solidariedade aos familiares de Zagalo, seus filhos e netos, aos amigos e aos milhões de admiradores“, afirmou Lula.
Kleyton Manoel Dias, delegado da 8ª Delegacia Distrital de Goiânia, está sob investigação após acusações de estupro por parte de uma mulher trans, que anteriormente foi miss. O incidente teria ocorrido após o delegado oferecer carona à vítima ao saírem de uma festa na cidade de Goiânia, Goiás.
A Polícia Civil, por meio de nota, informou ter tomado conhecimento do caso e garantido a implementação de todas as medidas necessárias para a apuração do ocorrido. A investigação está sob responsabilidade da Delegacia da Mulher (Deaem), com apoio e supervisão da Corregedoria.
De acordo com relatos da vítima, o abuso teria acontecido na madrugada da última sexta-feira (5), após frequentarem uma festa realizada por um jornalista. O delegado teria se oferecido para dar carona à vítima e a outra mulher presente na ocasião. Contudo, ao ficarem sozinhos, ele teria conduzido a vítima até o porta-malas do veículo, onde teria cometido o abuso sexual.
Imagens obtidas pela TV Anhanguera mostram o delegado deixando a mulher em sua residência completamente nua. Um amigo da vítima relatou que ela chegou em casa desorientada e com ferimentos graves. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e a vítima foi levada para um hospital. Segundo relatos, a vítima teria ligado horas depois para o jornalista anfitrião da festa, sendo aconselhada a não denunciar o caso devido à influência do delegado.
Sondagem estimulada do instituto Data Continental avaliou os deputados federais de Rondônia. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Maurício Carvalho (União Brasil) aparece em primeiro lugar com 22,6%, seguido por Silvia Cristina (PL), com 18,9%. Empate técnico, portanto.
Coronel Crisóstomo (PL) aparece com 17,6%, Lucio Mosquini (MDB) com 13,6%, Fernando Máximo (União Brasil) com 9,8%, Cristiane Lopes (União Brasil) com 6,7%, Lebrão (União Brasil) com 5,6% e Thiago Flores (MDB) com 5,2%.
É bom lembrar que esses números abrangem todo o Estado e que não é necessário registrar essa sondagem na Justiça Eleitoral, pois as eleições deste ano são municipais e a pesquisa mostra a satisfação dos eleitores com os deputados federais. E nada de eleição federal por enquanto, portanto.
O curioso nos números apresentados não é propriamente quem está em primeiro ou em segundo, e sim o crescimento da deputada federal Silvia Cristina em Porto Velho, Ariquemes, Cacoal e Vilhena. Em Ji-Paraná ela sempre esteve bem, mas aumentou muito a popularidade em cidades com grande reduto eleitoral, principalmente a capital.
Silvia Cristina era praticamente desconhecida em Porto Velho há alguns anos, mas na pesquisa aparece com 8,7%. Isso seria explicado pelas emendas parlamentares que ela tem disponibilizado para o Hospital do Amor e o Hospital de Reabilitação. Há muitos pacientes que sofreram acidentes e se recuperam no Hospital de Reabilitação. Fica na estrutura do Hospital do Amor mesmo.
A estrutura do Hospital de Reabilitação foi montada com emendas parlamentares de Silvia Cristina. Os equipamentos adquiridos com esse dinheiro são de última geração. Coisa cara para atender gente pobre. E como a unidade ainda não foi credenciada no Estado, o custeio e a manutenção também são por conta das emendas dela. É o que explica o crescimento da deputada perante os eleitores de Porto Velho.
Silvia Cristina não tinha praticamente nada em Ariquemes, mas começou a divulgar os investimentos dela na cidade, e agora chegou aos 11% de aceitação perante os eleitores. Em Cacoal aconteceu a mesma coisa, e ela agora tem 12,9% de aprovação. Em Vilhena, caso idêntico, a deputada federal chegou aos 10,2%.
O blog apurou que isso está deixando de cabelos em pé quem tem cabelo, pois Silvia Cristina desponta como potencial candidata ao Senado em 2026. É capaz que ela tenha o primeiro voto de muitos, e o segundo voto da maioria, pois serão eleitos dois senadores. Olhem que assim ela fica em primeiro, e isso já estaria assustando muita gente.
Ela age direitinho, politicamente. É oposição a Lula, mas não dá uma de maluca. Assim, consegue trazer recursos para Rondônia. Tem um deputado federal que é militar da reserva, que tem sido um desastre, devido à sua atuação. Tal deputado lembra uma estória.
Teve o caso da mãe que foi ver o filho marchar em um desfile militar e ficou indignada. Ao final, a mãe foi até o comandante reclamar que todos os outros estavam marchando errado, e que somente o filho dela estava marchando certo. Assim está o deputado federal, militar da reserva. Só ele marcha “certo”, e nada traz para o Estado.
E ele não é tão distante do Lula, assim. Afinal, teria indicado para um cargo que ninguém queria, um político que responde a processo, sob acusação de supostamente ter abusado da enteada. Lá na repartição, em Porto Velho, tudo mundo sabe que foi o militar que indicou o cidadão. Como é que cresce indo na contramão?
O ex-governador do Estado, como já escreveu o Rondônia Dinâmica em outras ocasiões, tem o “dedo podre” na hora de apontar pupilos
Por Rondoniadinamica
Porto Velho, RO – O trio de irmãos Jaqueline, César e Ivo Cassol, todos membros do poderosíssimo clã regional e detentores de bagagem eleitoral, terão condições de influenciar o resultado das eleições municipais de 2024?
Em algum ponto, direta ou indiretamente, é provável que sim. A realidade é que o sobrenome carrega uma bagagem negativa em decorrência de o principal deles, Ivo, preservar-se engessado pela Justiça.
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Como ocorreu em 2022, quando lançou-se como opção à condução do Palácio Rio Madeira, tornando-se, lá pelas tantas, a principal frente diante de Marcos Rocha, do União Brasil (reeleito, no fim). Encurralado pelo Judiciário, abriu mão da candidatura.
Mas, mais do que desistir da candidatura, disse que, com a decisão da ocasião, também estava fora da política, soando uma deliberação de ordem definitiva.
“Eu quero dizer para vocês que eu estou fora da política. É a realidade. Saio de cabeça erguida, com dever cumprido. Fiz a minha parte. Eu poderia continuar, não vou continuar porque acho uma humilhação pelo que eu fiz, pelo que eu trabalhei, pelo que eu construí", entoou.
Já César, que já foi deputado estadual e também ocupou o posto máximo na Prefeitura de Rolim de Moura, prospera como empresário, e, por ora, não parece nutrir pretensões de ordem política.
Jaqueline, lado outro, acabou fazendo uma escolha arriscada quando trocou uma reeleição quase certa pela tentativa de ocupar a única vaga no Senado Federal deixada por Acir Gurgacz, do PDT.
Com isso, acabou sendo destronada por outra mulher, Mariana Carvalho, que ficou em segundo, com mais do dobro de votos, e o primeiríssimo, Jaime Bagattoli, do PL, pecuarista de Vilhena.
Possuidor do Toque de Midas às Avessas, como quando tentou apadrinhar nomes exóticos como Dj Maluco e Ivan da Saga, além do próprio genro, Júnior Raposo – isto sem contar quando lançou a esposa Ivone ao Senado –, não seria uma boa para Ivo participar do pleito como técnico, preparando alguém para representá-lo. Seria, pelo histórico, um caso natimorto.
No fim, a falta de interesse em si, a declaração do ex-senador da República, o sumiço na mídia e na participação político-social de modo geral, indica, para todos os efeitos, que a família Cassol perdeu parte de sua envergadura eleitoral.
Há duas décadas seria impensável dizer algo do tipo, porém, com o tempo, assistindo, ainda, quedas de grandes caciques políticos, como o próprio casal Raupp, é claro que o caminho está aberto, inclusive, para novas lideranças emergentes.
É preciso admitir que a rotatividade do eleitorado e a fluidez e rapidez das informações estão corroborando com a hegemonia das famílias tradicionais na política rondoniense.