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Brasil : Título de eleitor: prazo para tirar documento, cadastrar biometria e alterar domicílio acaba na quarta
Enviado por alexandre em 06/05/2024 16:04:44

Eleições 2024: Saiba como fazer o título de eleitor, transferir o documento para outro local de votação

O prazo para os eleitores regularizarem seus títulos termina nesta quarta-feira, dia 8 de maio. Aqueles que precisam emitir seu título pela primeira vez, incluindo o registro biométrico, devem fazê-lo diretamente no cartório eleitoral mais próximo antes dessa data. Após o prazo, quem estiver com pendências junto à Justiça Eleitoral não poderá participar das Eleições Municipais de 2024.

 

As eleições estão marcadas para o dia 6 de outubro (primeiro turno) e 27 de outubro (segundo turno). Quem não estiver com o título de eleitor em dia não poderá votar para prefeito neste ano.

 

Devido à situação de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul, decorrente das fortes chuvas recentes, o fechamento do cadastro eleitoral será estendido por mais 15 dias a partir de 8 de maio.

 

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Até 8 de maio, é possível resolver várias questões eleitorais, como quitar multas por ausência em eleições anteriores e regularizar títulos cancelados por falta de votação em pleitos consecutivos. Além disso, esse é o prazo final para transferências de domicílio eleitoral e revisões de dados, como inclusão de nome social ou mudança de local de votação dentro do município.

 

COMO TIRAR O TÍTULO DE ELEITOR?


Para os eleitores sem registro biométrico, a regularização deve ser feita presencialmente no cartório eleitoral. Para aqueles que já possuem biometria, é possível solicitar a regularização do título cancelado em uma unidade da Justiça Eleitoral ou pelo serviço de Autoatendimento Eleitoral no site do TSE.

 

Ao comparecer ao cartório eleitoral, é necessário apresentar um documento oficial de identificação com foto, comprovante de residência dos últimos três meses e, para homens que completem 19 anos em 2024, comprovante de quitação militar.

 

Antes de ir ao cartório, verifique se é necessário agendar o atendimento presencial no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou na unidade da Justiça Eleitoral da sua cidade.

 

COMO MUDAR MEU DOMICÍLIO ELEITORAL?


Para alterar o domicílio eleitoral através do site Título Net, comece digitalizando um comprovante de residência recente e um documento de identificação oficial com foto. Em seguida, acesse o site do TSE e navegue até a aba "Autoatendimento do Eleitor - Título Net". Lá, selecione "Atendimento ao eleitor" e depois "Atualize seu endereço". Em seguida, clique em "Autoatendimento do eleitor" e siga as instruções na página. Após concluir as etapas, certifique-se de anotar o número de protocolo de atendimento.

 

Depois de seguir as instruções no autoatendimento, aguarde a análise do pedido pela Justiça Eleitoral. Você pode acompanhar o processo online acessando a guia "Acompanhar Requerimento" e inserindo o número do protocolo gerado na primeira fase. Se necessário, você será informado para comparecer ao cartório eleitoral para concluir o atendimento.

 


 

COMO DESCOBRIR SE SEU TÍTULO ESTÁ VÁLIDO?


Você pode verificar sua situação eleitoral no Portal do TSE ou na unidade da Justiça Eleitoral mais próxima. Se sua situação estiver regular, significa que seu título está apto para votar; se estiver cancelada, você não poderá votar. 

 

Fonte: O Globo

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Brasil : Abate de jacaré e mergulho no rio Madeira: conheça profissões consideradas perigosas em Rondônia
Enviado por alexandre em 06/05/2024 15:55:29

Márcio sempre gostou de adrenalinas e hoje ele exerce a segunda profissão mais perigosa do mundo, já Naldo de Souza utiliza um barco raso e uma lanterna para capturar jacarés na escuridão.


Você já se imaginou capturando um jacaré em um barco raso no escuro ou mergulhando no rio Madeira, famoso por ser casa do candiru? Em Rondônia, essas e outras atividades fazem parte do dia a dia de dois profissionais que saem de casa e arriscam suas vidas para garantir seu sustento.

Naldo de Souza é manejador de jacarés há mais de 10 anos em uma Reserva Extrativista. Sua jornada começa após às 19h, em um barco raso. Ele tem apenas uma missão: capturar o réptil vivo.

Márcio Bueno sempre gostou de adrenalinas. Atualmente ele é mergulhador no Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia e segundo a Organização Internacional do Trabalho, essa é a segunda profissão mais perigosa do mundo.

Mergulhador é a segunda profissão mais perigosa do mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Foto: Marcio Bueno/Arquivo pessoal

Barco raso e escuridão: capturador de jacaré

Naldo de Souza vive na Reserva Extrativista (Resex) Lago do Cuniã, situada no Baixo Madeira, em Porto Velho. Há mais de 10 anos, ele é membro da equipe de 'jacarezeiros' do único frigorífico com liberação para manejo de jacarés do Brasil. 

O frigorífico foi desenvolvido dentro da reserva para manter o controle da espécies de forma sustentável, além de ajudar na segurança da comunidade, que convive com mais de 36 mil jacarés. O abate acontece no período de liberação, que é estipulado pelos órgãos de fiscalização.

Naldo explica que durante o período de liberação de manejo dos répteis, as equipes são compostas por quatro embarcações com quatro trabalhadores em cada, onde realizam a captura, medições e sexagem da espécie: a missão é trazer, em média, quatro animais em cada barco.

Naldo em pé com uma fita na mão enquanto seu parceiro de trabalho segura com um cabo o jacaré durante uma simulação de captura. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

Os dias de captura são longos, isso porque Naldo e os outros 'jacarezeiros' (como são chamados os trabalhadores envolvidos no manejo dos jacarés) começam a trabalhar após às 19h. É nesse horário que os jacarés sobem à superfície e fica mais fácil visualizá-los.

Eles saem em um barco "raso" para que seja possível colocar o animal dentro de forma mais ágil. E na escuridão, Naldo utiliza apenas uma lanterna para focar a luz nos olhos do jacaré e temporariamente cegá-lo, o que permite a aproximação para a captura

Captura de jacarés é feita á noite após as 19h em um barco 'raso'. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

Em seguida é lançado um cabo de aço com uma presilha de modulação para ajustar ao tamanho do pescoço do jacaré.

Após vedar os olhos e a boca do animal com fita e amarrar os pés, os profissionais realizam a identificação sexual. Isso porque somente os machos podem ser abatidos. Se for capturada uma fêmea, ela é devolvida à natureza.

"Tudo é feito no escuro mesmo, mas a gente recebe treinamento, o que evita acidentes no abate e nos ajuda a conhecer melhor os animais",

explica o manejador.

Adrenalina no Madeira: o trabalho do mergulhador militar 

Márcio Bueno entrou na equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBM) em 2006, quando concluiu o curso de formação de soldados. Sempre fascinado pela adrenalina, decidiu investir na carreira de mergulhador.

No início, enfrentou dificuldades nos treinamentos aquáticos, mas buscou superá-los. Em 2011, ele foi aprovado no processo seletivo interno para o Curso de Mergulhador Autônomo (CMAUT) do CBM.

Mergulhador militar no rio Madeira. Foto: Márcio Bueno/Arquivo pessoal

Após 45 dias de desafios, recebeu o certificado. Para se ter uma ideia das exigências do curso, uma das provas é realizar a travessia do Rio Madeira.

"Atravessar o rio nem é a parte mais difícil. Precisamos ter muito controle emocional para gerenciar a fadiga e controlar o pânico quando estamos submersos",

explica Márcio.

As escalas de mergulho ocorrem em regime de sobreaviso, ou seja, cada mergulhador permanece uma semana de plantão: de terça-feira até segunda-feira seguinte. Durante esse período, Márcio precisa permanecer sempre disponível por telefone e não pode se afastar do local de trabalho.

Corpo de Bombeiros de Rondônia tem equipe de mergulhadores do rio Madeira. Foto: Marcio Bueno/Arquivo Pessoal

A equipe de mergulho, que geralmente é acionada para recuperar cadáveres ou objetos submersos, é composta por quatro mergulhadores no mínimo: dois ficam no fundo e dois na superfície.

Márcio explica que o principal equipamento de trabalho é o cilindro de ar respirável, que é o que lhe mantém vivo enquanto está submerso. Além de outros acessórios que facilitam no deslocamento e em situações de perigo.

O mergulhador conta que a profissão exige muito treinamento, mas ele é ainda maior quando se vive na região Norte, principalmente em Rondônia. Isso porque, mergulhar no rio Madeira é desafiador e já foi considerado 'inapropriado' para a atividade.

"Ele é um rio considerado inapropriado para mergulho, segundo Jacques Cousteau. Os perigos incluem fauna diversa, zero visibilidade, risco de soterramento, correntezas fortes, grandes embarcações e acidentes com toras. É um verdadeiro desafio",

explicou.

*Por Emily Costa, do g1 Rondônia

Brasil : Agenda de debates internacionais é definida em fórum online entre países amazônicos
Enviado por alexandre em 06/05/2024 10:02:01

Bolívia, Peru e Belém (PA) marcaram presença e debateram sobre interesses comuns no contexto da pré-COP 30.


O Fórum de Cidades Amazônicas, que reúne os gestores das cidades da Pan-Amazônia, definiu novos encontros internacionais para debater estratégias de desenvolvimento urbano sustentável.

Na reunião da presidência do fórum, realizada na última terça-feira, 30, em formato online, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, que preside a entidade, destacou a importância dos debates sobre interesses comuns no contexto da pré-COP 30. O financiamento de projetos é outra preocupação dos gestores.

A reunião ocorreu em formato on line e contou também com a participação do coordenador de Assuntos Internacionais (Corint), da Prefeitura de Belém, Luiz Arnaldo Campos, e dos prefeitos de Maynas, no Peru, Vladimir Chong; e de Cobija na Bolívia, Ana Lúcia Reis, que são vices-presidentes do fórum, com a participação da coordenadora da Rede de Cidades, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maria Camila Uribe. 

Foto: Reprodução/Agência Belém

Desenvolvimento urbano sustentável

Os participantes aprovaram a realização de três encontros, este ano: O primeiro será de 7 a 9 de agosto, em Iquitos, no Peru, que vai debater os recursos hídricos, as condições de saneamento e as mudanças climáticas nas cidades amazônicas; o segundo, de 9 a 11 de setembro, em Cobija, Bolívia, vai debater o desenvolvimento urbano sustentável e integração de cadeias em zonas transfronteiriças; e o terceiro, que ainda está por ser confirmado, será um simpósio sobre biodiversidade e as cidades para a vida da Amazônia, previsto para o período de 1 a 4 de outubro, em Letícia, na Colômbia.

A reunião em Letícia terá uma abordagem acadêmica, com a participação de universidades, institutos de pesquisa e governos municipais. Foi aprovado nesta terça-feira, que o fórum convidará as instituições de financiamento do desenvolvimento: o BID, a CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe), Banco Mundial, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brics (Banco de Desenvolvimento dos países de mercado emergente) para conhecer os projetos, as experiências e, eventualmente, apresentar fontes de desenvolvimento urbano das cidades amazônicas.

Propostas

Segundo o coordenador Luiz Arnaldo, "ficou decidido que o Fórum das Cidades Amazônicas vai participar ativamente de espaços internacionais, inclusive, levando proposições, como na na COP-16 da Biodiversidade, que acontecerá em Cali, na Colômbia, em outubro e novembro deste ano; no Fórum Mundial Urbano, no Cairo, Egito, em novembro - inclusive, onde a Prefeitura de Belém junto com a ONU Habitat vai apresentar seus projetos de rios urbanos; e na COP-29, em Baku, no Azerbaijão, de 11 a 24 novembro.

"A COP-30 terá um papel fundamental, não apenas porque acontecerá em Belém e, pela primeira vez, na Amazônia, mas porque, para a Organização das Nações Unidas (ONU), será a conferência decisiva para definir as novas metas, a estratégica fundamental com objetivos concretos para a mitigação da crise climática. A responsabilidade é global para evitar que cheguemos a um ponto de irreversibilidade desses danos", ressaltou o prefeito Edmilson Rodrigues.

Brasil : Rondônia é um dos estados com os maiores índices de segurança alimentar do país, aponta IBGE
Enviado por alexandre em 03/05/2024 15:39:14

O estado tem a maior taxa na Região Norte e fica atrás apenas dos estados da Região Sul. Entenda a diferença entre segurança e insegurança alimentar.


Foto: Daiane Mendonça/Governo de Rondônia

Rondônia é o quarto estado brasileiro com o maior índice de segurança alimentar - com 80% da população tendo acesso regular a alimentos de qualidade - ficando atrás apenas dos estados da Região Sul do país. Os dados são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa foi realizada no último trimestre de 2023 e divulgada na última semana.

A PNAD aponta que 80% dos domicílios permanentes em Rondônia estão em situação de segurança alimentar, 15% possuem insegurança alimentar leve, 2,2% insegurança alimentar moderada e 2,9% insegurança alimentar grave.

Os índices são os melhores do Norte, sendo o único estado da região acima da média nacional de segurança alimentar (74,2%). Considerando todas as unidades da federação, fica atrás apenas de Santa Catarina (88,8%), Paraná (82,1%) e Rio Grande do Sul (81,3%).

A pesquisa ainda apontou que no cenário nacional houve um aumento de 9,1 pontos percentuais na comparação com o último levantamento realizado pelo IBGE sobre o tema, em 2017-2018, que apontava 63,3% dos domicílios em situação de segurança alimentar. Mas ainda não chegou ao patamar de 2013, nível máximo atingido no Brasil, quando 77,4% das famílias tinham acesso regular e permanente a alimentos.

Imagem: Reprodução/IBGE

O que é segurança alimentar?

É considerado que uma família ou domicílio possui segurança alimentar quando tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Já a insegurança alimentar é dividida em três níveis:


  • Insegurança alimentar leve: Preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro; qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos.
  • Insegurança alimentar moderada: Redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.
  • Insegurança alimentar grave: Redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.
  • Após quase 5 anos, Complexo Estrada de Ferro Madeira Mamoré é revitalizado; Fotos

    Depois de cinco anos de espera, a população de Porto Velho (RO) poderá visitar o Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) a partir de sábado (4). O Grupo Rede Amazônica visitou o local antes da abertura oficial e preparou uma galeria com "spoiler" da revitalização

    A reabertura ainda não inclui todos os espaços do complexo. Segundo a prefeitura, a população terá acesso somente às praças e ao museu, que ficará aberto de quarta-feira a sábado, das 10h às 18h e no domingo, das 10 às 16h.

    A EFMM é parte da história de Rondônia e também ajudou a construí-lo, transportando os seringueiros, garimpeiros, passageiros e mercadorias que fizeram a região se desenvolver. O complexo foi fechado em 2019 para passar por uma revitalização. Confira as imagens:

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    "Restauração de patrimônio histórico é um desafio": Complexo da Estrada de Ferro em RO é reaberto em maio




Brasil : Pomada cicatrizante para pets é criada a partir de produtos naturais da Amazônia
Enviado por alexandre em 03/05/2024 08:43:10

Pesquisadores acreditam que em até dois anos a pomada possa ser produzida e comercializada em grande escala.


Foto: Reprodução/Rede Amazônica

A partir de produtos naturais da Amazônia, pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) desenvolveram uma pomada cicatrizante para cães e gatos: a CicaPet. O medicamento, livre de petrolatos e parabenos, substâncias de origem do petróleo e comuns na indústria desse segmento, está em fase de testes e já se mostrou eficiente.

Os pilares da bioeconomia e a soberania da Amazônia são os os temas da edição de 2024 do projeto 'Amazônia Que Eu Quero' que vai abordar a 'Amazônia Continental'.

Os testes da pomada com alto poder cicatrizante para ser utilizada em pets, especialmente cães e gatos, estão sendo feitos por pesquisadores do laboratório Bionorte, da Ufac.

O uso tópico da pomada totalmente natural, é feita com produtos da Amazônia ele foi capaz de regenerar o tecido da pele machucada de forma muito eficiente e muito mais rápido na comparação com produtos à base de petróleo.

A pesquisa faz parte do trabalho de doutorado da Adna Maia. Ela conta que o estudo une o conhecimento empírico de comunidades tradicionais da Amazônia com a ciência.

Foto: Reprodução Rede Amazônica

"Já fizemos esse teste em vitro, testamos em laboratório para ver a ação bactericida, ação anti-inflamatória, e aí agora já partimos para em vivo, que foram testes em camundongos, e assim a gente tem seguido e tem observado de fato o processo de cicatrização acontecendo, com 60% mais ativo que as pomadas convencionais vinculadas no comércio. 100% natural, com a possibilidade de entrar no mercado, com potencial enorme de também gerar fontes de renda para a comunidade local", 

explica Adna Maia. 

A planta que dá origem ao princípio ativo da pomada, ou seja, o principal produto que garante a cicatrização, não pode ser revelada agora porque a pesquisa está em fase de patenteamento. Já a base da pomada é feita a partir de outro produto que existe em abundância na região: o bambu.

O professor do Ifac, Marcelo Ramon Nunes, explica o processo de desenvolvimento da pomada.

"A gente conseguiu desenvolver no nosso laboratório a Carboximetilcelulose, que é a base dessa pomada, que substitui bases de pomadas convencionais à base de petróleo, que geralmente apresentam alto teor e toxicidade, e pode ser até cancerígeno, e a gente conseguiu desenvolver no IFAC, juntamente com a parceria da Bionorte, durante o meu estágio de doutorado",

esclareceu Nunes.
Foto: Reprodução/Rede Amazônica

O coordenador laboratório Bionorte/Acre, Luis Maggi, reforça que o mais importante do estudo é a agregar valores aos produtos naturais e levar melhores condições de vidas às comunidades indígenas e tradicionais que moram na Amazônia.

"Esse é um dos grandes princípios da Bionorte hoje em dia. Nós sabemos que várias instituições internacionais vêm para o Brasil pegar nossos produtos e comercializar lá fora e deixando as comunidades sem seus grandes lucros, sem saber o seu valor agregado. Então, a ideia da Bionorte, bem como da UFAC e de todas as instituições que trabalham dentro da região Norte, é valorizar os produtos que são da Amazônia para dar maiores condições de vida às comunidades da Amazônia", concluiu.


Pesquisa amazonense aponta alternativa na produção de filmes de hidrogel para aplicação em doenças de pele

Uma pesquisa, realizada no Amazonas, analisa os óleos essenciais advindos da floresta amazônica com princípios ativos para aplicação em filmes de hidrogel com potencial para auxiliar no tratamento de doenças de pele. O estudo é realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), via Programa de Apoio à Ciência, Tecnologia e Inovação em Áreas Prioritárias para o Estado do Amazonas (CT&I Áreas Prioritárias), apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

O filme de hidrogel, ou biofilme, é um polímero de cadeias longas de carbono, que formam uma rede entrecruzada, com a finalidade de reter uma grande quantidade de moléculas de água, que armazenam cerca de 90% de água em sua estrutura reticulada, e possuem eficiência durante sua aplicação. São muito utilizados na área biológica para a liberação controlada de água e princípios ativos que ficam retidos em sua rede cristalina.

No estudo coordenado pela doutora em Ciências, Cristina Gomes da Silva, da Ufam, a principal motivação do projeto é o desenvolvimento de materiais curativos inovadores, de modernas tecnologias e baixo custo, visando um produto final de aplicação tanto em ambiente hospitalar pós-cirúrgicos, quanto doméstico de uso comum.

Foto: Cristina Gomes da Silva/Acervo pessoal

Segundo a pesquisadora, os óleos essenciais possuem princípios ativos em sua composição que agem no mecanismo de quebra da parede celular dos microrganismos, interrompendo seu processo de multiplicação e crescimento, promovendo a recuperação mais efetiva dos ferimentos e em menores intervalos de tempo, contribuindo para o bem-estar do paciente.

"Resultados preliminares apontam que o óleo essencial do pau rosa, extraído de árvore nativa da região amazônica, apresenta cerca de 97% do ativo de linalol, um importante componente que age efetivamente na ruptura da parede celular dos microrganismos", 

destacou Cristina Gomes.
Foto: Cristina Gomes da Silva/Acervo pessoal

O estudo contribuiu para a adequação da melhor concentração para o preparo dos filmes de hidrogel no combate aos fungos e bactérias que crescem em feridas dérmicas.

Os hidrogênios ativos com óleo essencial de pau rosa foram testados em relação às propriedades físico-químicas, composição química, resistência mecânica, capacidade de intumescimento e liberação de ativos controlados.

A pesquisa enfatiza que tanto os óleos essenciais quanto os filmes ativos foram testados com relação às propriedades biológicas, apresentando excelentes resultados de crescimento de zona de inibição e morte das bactérias.

A pesquisadora afirma que o suporte aos projetos de pesquisa científicos é relevante para o desenvolvimento do conhecimento acadêmico, do estudo de novos materiais que tragam o bem-estar e evolução da sociedade. "O avanço das pesquisas científicas e a formação de novos profissionais capacitados para a pesquisa, no estado do Amazonas, corrobora para o desenvolvimento regional e o avanço da sociedade de maneira abrangente, em diferentes níveis socioeconômicos", acrescentou.

CT&I Áreas Prioritárias

O Programa visa apoiar propostas de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, ou de transferência tecnológica, nas diferentes áreas do conhecimento, coordenadas por pesquisadores residentes no estado do Amazonas, vinculados às instituições de pesquisa ou ensino superior ou centros de pesquisa de natureza pública ou privada sem fins lucrativos, que busquem o avanço e o aprofundamento das áreas do conhecimento e o estudo de seus problemas e desafios, contribuindo com o desenvolvimento do ecossistema científico, tecnológico e de inovação no Amazonas.

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