Inscrições para o Sisu começam dia 22 e vão até 25 de janeiro
Sonhos, expectativas e escolhas. Tudo isso deve vir à tona, entre 22 e 25 de janeiro, para quem deseja ingressar em uma universidade pública no ano que vem. É nesse período que os estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vão concorrer a 264.254 vagas em 127 instituições públicas, para o primeiro ou até para o segundo semestre de 2024, via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o principal portão de entrada no ensino superior gratuito no Brasil. As datas e as informações foram divulgadas nesta sexta (29), pelo Ministério da Educação.
O resultado do processo seletivo está previsto para ser divulgado no dia 30 de janeiro, pelo Portal Único de Acesso. A matrícula dos selecionados deve ocorrer no período de 1º a 7 de fevereiro de 2024.
Uma novidade nesta edição é que o Sisu terá somente uma etapa de inscrição de candidatos às vagas nas instituições participantes para o ano. Serão ofertadas vagas de cursos com início previsto das aulas para o primeiro e o segundo semestre de 2024. Ingressar no segundo semestre leva em conta as vagas disponíveis e a ordem de classificação dos candidatos.
Segundo o MEC, o candidato não poderá escolher em qual semestre irá ingressar, já que isso depende da classificação no curso. Se selecionado, o candidato deverá realizar a matrícula na universidade no período indicado no edital.
O ingresso do estudante no curso, no entanto, dependerá da sua colocação em relação às vagas disponíveis e da ocupação efetiva das vagas pelos estudantes que estiverem mais bem colocados no curso pretendido. Assim, será a classificação do candidato que definirá o início do seu curso, no primeiro ou segundo semestre, conforme edital específico de cada instituição de ensino superior.
CONDIÇÕES
A condição para participar do processo seletivo do Sisu é que o candidato tenha participado da edição de 2023 do Enem e não tenha zerado a prova de redação. Quem participou do exame como treineiro não pode concorrer às vagas pelo Sisu.
HORA DA ESCOLHA
O edital prevê que o candidato possa se inscrever no processo seletivo do Sisu em até duas opções de vaga.Uma novidade no Sisu deste ano é que todos os candidatos se inscrevam primeiramente na modalidade de ampla concorrência .
Em seguida, é prevista a reserva de vagas ofertadas pela Lei de Cotas e pelas políticas de ações afirmativas das instituições de ensino. A ideia é que beneficie os candidatos realmente demandantes de política compensatória para acesso ao ensino superior.
LISTA DE ESPERA
Outra novidade é que a lista de espera possa ser utilizada durante todo o ano pelas instituições de educação superior participantes, para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular.
Segundo o MEC, o candidato que não for selecionado na chamada regular poderá manifestar interesse em participar da lista de espera, no período de 30 de janeiro a 7 de fevereiro, também pelo Portal Único de Acesso.
Sífilis é uma das mais antigas infecções sexualmente transmissíveis (IST) conhecidas; mas, antes considerada em declínio, doença está agora voltando em ritmo alarmante em várias partes do planeta.
A sífilis ganhou vários nomes desde o primeiro registro dela, na década de 1490 — a maioria deles pejorativos.Um nome, porém, permaneceu: "a grande imitadora". A sífilis é mestre em imitar outras infecções, e os primeiros sintomas são fáceis de ignorar.Mas, se a doença não for tratada, as consequências podem ser graves.
Tushar, um gestor de projetos de 33 anos que vive em Amsterdã, nos Países Baixos, teve sífilis duas vezes.Ele se lembra de ter recebido a notícia pela primeira vez via WhatsApp de uma pessoa com quem tinha relações sexuais na época. Tushar foi testado e tratado naquela semana.
"As pessoas pensam erroneamente que a sífilis não pode ser curada. As pessoas não entendem o que significa ainda ter anticorpos contra a sífilis e não ter a infecção".Em abril, os Estados Unidos divulgaram os seus dados mais recentes sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST).Os casos de sífilis subiram 32% entre 2020 e 2021 no país. Foi o maior número de notificações em 70 anos. Também foi a IST de maior prevalência no período.A epidemia não mostra sinais de desaceleração, alertaram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A sífilis congênita — quando uma mãe transmite a infecção ao filho durante a gravidez, muitas vezes após a contrair do parceiro — avançou de forma particularmente acentuada, com os casos aumentando também 32% (assim como as infecções em geral) entre 2020 e 2021.
No Brasil, dados divulgados pelo Ministério da Saúde em outubro de 2023 mostraram que, de 2021 para 2022, a taxa de detecção de casos de sífilis adquirida por 100 mil habitantes cresceu 23% (de 80,7 casos por 100 mil habitantes em 2021 para 99,2 casos por 100 mil habitantes em 2022).A sífilis adquirida é aquela contraída durante a vida, após o nascimento, distinguindo-se da sífilis congênita.
Detecção de sífilis está aumentando em várias
partes do mundo (Foto: Divulgação)
De 2012 a 2022, houve aumento na taxa de detecção de sífilis adquirida no Brasil ano após ano, com exceção de 2020, provavelmente por conta da diminuição de diagnósticos durante a pandemia de covid-19.A detecção de sífilis em gestantes também aumentou no país no ano passado, saindo de uma taxa de 28,1 casos a cada mil nascidos vivos em 2021 para 32,4 casos a cada mil nascidos vivos em 2022, um aumento de 15% em relação ao ano anterior.Já a incidência de sífilis congênita ficou estável.
O ministério anunciou a compra de um novo teste rápido para detectar ao mesmo tempo infecções por sífilis e HIV que será distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), inicialmente para grupos de maior risco.Além disso, para conter a doença, o órgão afirmou que vai intensificar o preparo de profissionais de saúde para a prevenção.
O governo federal definiu como meta controlar ou eliminar, até 2030, 14 doenças com elevada incidência em regiões de maior vulnerabilidade social, entre elas a sífilis. Outro objetivo é eliminar particularmente a sífilis congênita.O quadro mundial está deixando muitos profissionais e pesquisadores de saúde alarmados.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está em discussões internas sobre a regulamentação do uso de inteligência artificial durante as eleições municipais de 2024. Os ministros expressam preocupação com o potencial uso dessa ferramenta para disseminar informações falsas sobre concorrentes e o processo eleitoral, segundo a colunista Carolina Brígido, do UOL.
Para as eleições do próximo ano, a ministra Carmen Lúcia, relatora das instruções normativas, planeja divulgar as minutas com sugestões de regras no dia 4 de janeiro. O período para envio de sugestões e ajustes nos textos das minutas se estenderá até 19 de janeiro.
O TSE agendou audiências públicas nos dias 23, 24 e 25 de janeiro para debater uma variedade de tópicos, incluindo pesquisas eleitorais, auditoria dos sistemas eleitorais, registro de candidatura, financiamento de campanhas, prestação de contas, propaganda eleitoral e ilícitos eleitorais.
Partidos políticos, representantes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e associações profissionais e acadêmicas estão habilitados a participar dessas audiências.
Com base nos debates, os ministros do TSE irão definir as regras para a disputa eleitoral, com previsão de aprovação das instruções no plenário da corte até 8 de março.
Vale destacar que as eleições municipais estão programadas para 6 de outubro, quando prefeitos e vereadores serão eleitos em todo o país.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, em dezembro, duas resoluções voltadas para ampliar a representação feminina no Judiciário e garantir a efetivação das cotas raciais, fortalecendo medidas já adotadas ao longo de 2023.
Sob a liderança da ministra Rosa Weber, o CNJ, em setembro, instituiu a alternância de gênero em promoções por merecimento de juízes de carreira nas Justiças estadual, federal e do trabalho. Esta ação será implementada nas cortes com menos de 40% de juízas de carreira no segundo grau.
Em uma sessão posterior, datada de 12 de dezembro, o conselho aprovou uma mudança para assegurar a paridade de gênero nas atividades administrativas dos tribunais.
O que define a nova resolução
A nova resolução redefine a política de incentivo à participação institucional de mulheres no Judiciário, estipulando que os tribunais devem ter, no mínimo, 50% de mulheres, incluindo mulheres transexuais e de gênero fluído, em diversas funções, como designações de juízes como auxiliares, preenchimento de cargos de chefia, assessoramento e direção, quando de livre indicação. A regra também se estende à composição de colegiados, mesas de eventos institucionais, contratação de estagiários e de empresas prestadoras de serviços terceirizados.
A relatora da ação, a então conselheira Salise Sanchonete, destacou que a subrepresentação feminina exige políticas públicas eficazes e transformadoras para equilibrar as desigualdades.
A juíza auxiliar da presidência do CNJ, Karen Luise de Souza, por sua vez, enfatizou que a nova regra é um avanço na promoção da igualdade de gênero e da representatividade feminina em espaços tradicionalmente ocupados por homens.
“É um passo significativo para atingir a igualdade de gênero e a representatividade feminina em espaços tradicionalmente ocupados por homens, promovendo justiça, equidade e enriquecendo o processo de tomadas de decisões”, disse.
Diálogo, resistência e implementação
Ao contrário da regra de gênero para promoções, a mudança não encontrou resistência, sendo dialogada pelo presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, com as cortes para alcançar um consenso. A resolução entrará em vigor em março, não afetando imediatamente tribunais que mudam de presidência no início do ano.
A resolução também fornece parâmetros para o banco de dados do CNJ, facilitando a seleção de mulheres com experiência no Judiciário e na academia. A inscrição é voluntária, e as cortes podem criar sistemas próprios.
Outra resolução aprovada em 2023 estabelece regras para a criação de comissões de heteroidentificação em concursos públicos do Judiciário. Negros e indígenas terão uma nota de corte diferenciada de 50%, enquanto os demais concorrentes deverão acertar ao menos 70% das questões da prova.
A normativa, que passa a valer em abril, define os parâmetros para o funcionamento dessas comissões e de demais concursos. Os grupos serão compostos por cinco integrantes, com maioria negra, com requisitos como formação em um curso sobre relações raciais e enfrentamento ao racismo. A resolução também cria um banco de dados para cadastramento de profissionais interessados em compor as bancas.
Fernando Haddad comentou sobre sua possível sucessão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante do sucesso de sua gestão como ministro da Economia. Haddad, durante entrevista ao Globo, negou que almeje o posto e disse que disputou a Presidência em 2018 por uma questão atípica.
O senhor teve atuação decisiva para o governo este ano com a aprovação da agenda econômica no Congresso. Muita gente diz que isso o coloca como possível sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como avalia essa ideia?
Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute.
Mas em algum momento o presidente precisará de um sucessor.
O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta.
Ao mesmo tempo que é um trunfo ter uma figura política dessa estatura por 50 anos à disposição do PT, também é um desafio muito grande pensar o day after.
Eu não participo das reuniões internas sobre isso. Mas, excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso.
Porque a natureza da liderança do Lula é diferente da de outros fenômenos eleitorais. O bolsonarismo tem uma dinâmica muito diferente.
O senhor pensa na possibilidade de um dia ser sucessor do presidente Lula?
Eu não penso. E só passou pela minha cabeça em 2018 porque era uma situação em que ninguém queria ser vice do Lula. E aí, um dia, ele falou: “Haddad, acho que vamos sobrar só nós dois”. Dentro da cadeia. Eu disse: “Pense bem antes de me convidar, porque vou aceitar”. E acabou acontecendo.
Mas era um momento particular. Eu próprio me engajei na sensibilização do Ciro Gomes e do Jaques Wagner para que eles fossem vice. Porque entendia que eram figuras mais consensuais. Sobretudo o Jaques Wagner dentro do PT.