As cartilhas compõem uma série educativa multilíngue e intercultural, adaptada para atender às necessidades específicas dos povos indígenas.
COM INFORMAÇÕES DA UFMA
Com o objetivo de fornecer suporte educacional para professores e agentes indígenas de saúde, em um trabalho conjunto, o Núcleo de Extensão e Pesquisa com Comunidades Rurais, Negras, Quilombolas e Indígenas (NuRuNi), vinculado ao departamento de Sociologia e Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente (PPGSA) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) produziram cartilhas bilíngues que abordam temas relacionados à saúde, como IST/HIV/Aids, hepatites virais, covid-19, malária e tuberculose direcionados aos povos indígenas.
O material educativo foi desenvolvido pelo médico, antropólogo e professor da UFMA, István van Deursen Varga, e pela egressa do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult) Maria Alice Pires Oliveira Van Deursen.
Foto: Divulgação
As cartilhas compõem uma série educativa multilíngue e intercultural, adaptada para atender às necessidades específicas dos povos indígenas. Segundo os organizadores, foram realizadas oficinas com os povos indígenas das seguintes comunidades: Comunidade Embiral Cabeça-Branca, em Pedro do Rosário (Akroá Gamella); Terra Indígena Alto Turiaçu, (Awá-Guajá da Aldeia Cocal); Terra Indígena Alto Turiaçu, Aldeia Turuzinho (Ka´apor); e Aldeia Maçaranduba, Terra Indígena Caru (Guajajara).
"As oficinas foram planejadas e conduzidas com a participação ativa e o envolvimento das próprias comunidades, o que garantiu que suas vozes fossem ouvidas e que suas perspectivas, necessidades e preocupações fossem consideradas no desenvolvimento das cartilhas. Durante as oficinas, foi dada ênfase ao respeito pela cultura, tradições e seus saberes ancestrais sobre saúde, incluindo a valorização da língua, da espiritualidade, dos sistemas de conhecimento tradicionais e das práticas culturais",
explica a mestra Alice Pires.
De acordo com os organizadores, a produção das cartilhas envolveu um amplo trabalho de pesquisa e produção textual. As cartilhas foram elaboradas para criar materiais educacionais sobre a história e cultura dos povos indígenas, além de fornecer informações sobre várias doenças relevantes, como covid-19, hepatites virais e tuberculose, com o objetivo de apoiar professores e agentes de saúde indígenas.
Durante oficinas registradas em vídeo, áudio e fotografia, foram integrados conceitos da medicina ocidental e tradicional, contando com ilustrações feitas pelos próprios participantes indígenas.
Foto: Reprodução/Arquivo UFMA
As oficinas de trabalho levaram em consideração suas representações sobre processos de adoecimento e cura. Por meio do respeito e do reconhecimento dos saberes, das práticas e dos cuidados indígenas, a cartilha pretende contribuir para o combate ao estigma e ao preconceito vivenciado por esses povos.
Alice destacou a importância de apresentar informações de saúde na língua materna dos indígenas para garantir o respeito à cultura e identidade, facilitando a compreensão e adoção das práticas de saúde. "É fundamental para garantir o respeito à cultura e identidade indígenas. Ao apresentarmos informações de saúde na língua materna dos indígenas, as cartilhas tornam a comunicação mais acessível. Isso ajuda a superar barreiras linguísticas e culturais, garantindo que as mensagens sejam compreendidas corretamente e que as práticas de saúde recomendadas sejam adotadas de maneira mais eficaz", frisa.
Foto: Reprodução/Arquivo UFMA
István também enfatizou a importância da preservação da língua, tradição e história dos povos indígenas, defendendo a integração de conhecimentos da medicina ocidental e tradicional para fortalecer o trabalho dos professores e dos agentes de saúde indígenas.
"A preservação da língua, o culto à tradição, o culto à história de cada um desses povos é fundamental e deve orientar o trabalho dos professores indígenas em sala de aula, assim como as concepções, as noções e as práticas tradicionais de saúde, que cada um desses povos indígenas desenvolveu no enfrentamento de cada uma dessas pandemias. Também são fundamentais para compor essa integração de conhecimentos, que a gente entende que deveria ser o princípio norteador do trabalho dos agentes indígenas de saúde e dos professores indígenas em sala de aula. É uma luta ainda longa, um trabalho grande ainda para que o subsistema de saúde indígena vigente no Brasil, que, inclusive, dispõe de uma Secretaria Especial de Saúde Indígena no Ministério da Saúde, chegue, efetivamente, a uma integração dos conhecimentos, das práticas e dos recursos da medicina ocidental, contemporânea, acadêmica e das medicinas tradicionais de cada povo indígena, isso seria o desejável. A Unesco, afinada com esse esforço, tomou essa bela iniciativa de desenvolver o material bilíngue, acho uma iniciativa muito, muito louvável, um material que, além de ser bilíngue, é um material também intercultural e interessantíssimo. Com isso, a Unesco consegue produzir um material que fique para o acervo, que fique à disposição da humanidade, que também é útil no dia a dia dessas comunidades", finaliza.
Atualmente, duas das cartilhas já estão disponíveis no site da Unesco, resultado das oficinas realizadas com os indígenas Awá-Guajá (Terra Indígena Turiaçu) e os Akroá Gamella da comunidade Embiral, localizada em Pedro do Rosário, Maranhão. Os trabalhos de tradução para as línguas nativas foram realizados por Auira Guajá e Raimundo Krikati.
As medidas ajudam a preservar a história e oferecer aos moradores e visitantes a oportunidade de conhecer e apreciar a história e o patrimônio cultural de Porto Velho
Com informações do g1 Rondônia
Prédios, praça, museu, sítio arqueológico e uma caverna foram reconhecidos como patrimônios históricos e culturais do município de Porto Velho (RO). As leis foram aprovadas pela Câmara de Vereadores e sancionadas pelo prefeito.
Conforme publicado no Diário Oficial dos Municípios de Rondônia, foram reconhecidos como patrimônio:
Palácio Presidente Getúlio Vargas,
Praça Marechal Rondon,
Memorial Jorge Teixeira e
Prédio da Unir Centro.
Todos localizados na região central da capital.
Prédio Monte Líbano, em Porto Velho, em 1974. Foto: Júlio Carvalho/Arquivo Pessoal
Além desses, a Serra da Muralha, um importante sítio arqueológico na divisa com o Amazonas, a Paleotoca de Vista Alegre do Abunã e o Museu Internacional do Presépio Padre Enzo Guarino, na zona Leste da cidade, também foram reconhecidos pela sua relevância histórica e cultural.
As medidas ajudam a preservar a história e oferecer aos moradores e visitantes a oportunidade de conhecer e apreciar a história e o patrimônio cultural de Porto Velho.
Palácio Getúlio Vargas em Porto Velho. Foto: Divulgação/Decom
História
Um dos prédios é o Palácio Getúlio Vargas, cuja construção teve início em 1948 e foi inaugurado em 1954, servindo como sede governamental até se transformar no Museu da Memória Rondoniense em 2015.
Ao lado, o prédio da Universidade Federal de Rondônia (Unir) no Centro, que começou como o renomado Porto Velho Hotel em 1953, foi um ponto de referência para hóspedes ilustres e também abrigou o famoso ponto de encontro da alta sociedade conhecido como Varanda Tropical entre 1964 e 1969, antes de se tornar a sede da reitoria da Unir na década de 80.
Foto: Ana Luiza Moreira/Rede Amazônica
Próximo ao prédio da Unir Centro fica localizada a Praça Marechal Rondon um dos locais mais antigos e conhecidos da cidade. A praça ficou conhecida popularmente como Praça do Baú devido a uma loja que ficava ao lado.
Outro marco é o Memorial Governador Jorge Teixeira, instalado na antiga residência oficial do primeiro governador de Rondônia. O memorial abriga o acervo pessoal e profissional de Jorge Teixeira de Oliveira, com exposições permanentes de fotos, documentos e objetos dos anos de estruturação do Território Federal de Rondônia.
Na região leste da cidade, o Museu Internacional do Presépio Padre Enzo Guarino, inaugurado em 1998 na Vila de Nazaré, apresenta uma coleção que relata a história da salvação através de Jesus Cristo, conforme descrito na Bíblia Sagrada. Este museu, que também abriga o maior Museu Monumental Permanente do Brasil e o segundo maior do mundo é um ponto de destaque na preservação e divulgação da cultura em Porto Velho.
Pai ameaçava a criança, caso ela contasse sobre a situação. Caso foi denunciado pela mãe da criança, que dividia a guarda
Um pai acabou preso em flagrante por vender fotos e vídeos pornográficos da própria filha, de 8 anos, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. O caso foi denunciado pela mãe da menina, que dividia a guarda da criança. Segundo informações da Polícia Civil, os vídeos eram vendidos via Pix.
O homem de 32 anos, que não teve o nome revelado, foi preso na última sexta-feira (19/4), porém, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça no dia seguinte.De acordo com o delegado que apura o caso, Wallace Kaneko, o Judiciário concedeu a liberdade com a condição de cumprimento de medidas cautelares, como a comprovação do endereço do homem, telefone de contato, além de comparecer mensalmente, até o dia 15 de cada mês na comarca do município e comparecer em todos os atos do processo judicial.
O investigador ressaltou que os agentes encontraram os vídeos da criança no celular do suspeito. “A Polícia Civil representou pela conversão da prisão em flagrante para a prisão preventiva, com o objetivo do autor continuar preso. Porém, o juiz concedeu liberdade provisória com outras medidas cautelares”, disse ele.
De acordo com Kaneko, o homem ameaçava a filha, caso ela denunciasse a situação para outras pessoas. Segundo ele, o homem dizia que ia bater na menina e deixá-la sem alimentação.O crime foi descoberto após a menina chegar à casa da mãe com o celular do homem. Ao verificar o aparelho, a mãe da criança viu os vídeos.
Ainda segundo Kaneko, até o momento, não foi possível determinar por quanto tempo o homem estava cometendo o crime. Segundo ele, também não há informações sobre o valor que o suspeito cobrava pelas imagens, porém, havia várias transferências de Pix em valores pequenos como R$ 50, R$ 100, R$ 200 e R$ 300.Wallace Kaneko afirmou que as investigações continuam e que, dependendo dos resultados da perícia realizada no celular do homem, a Polícia Civil poderá solicitar sua prisão novamente.
O homem poderá responder pelos crimes de produção e venda de conteúdo pornográfico de menor de idade, previstos nos artigos 240 e 241 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Se condenado em pena máxima para ambos os crimes, poderá cumprir até 16 anos de prisão.
Os territórios indígenas mais ocupados por garimpeiros são as TIs Kayapó, Munduruku e Yanomami.
COM INFORMAÇÕES DO MAPBIOMAS
Dados do MapBiomas indicam que 77% das áreas de garimpo na Amazônia brasileira estão a menos de 500 metros de algum corpo d'água, como rios, lagos e igarapés. Os dados, referentes a 2022, fazem parte da 'Coleção 8' de mapas do MapBiomas sobre cobertura e uso da terra no Brasil e da 'Coleção 2' do mapeamento de superfície de água do MapBiomas Água no país até esse mesmo ano.
Em 2022, a Amazônia concentrava 92% de toda a área garimpada no país: 241 mil hectares. Desse total, 186 mil hectares ficam a menos de meio quilômetro de algum curso d'água.
"A proximidade do garimpo aos cursos d'água constitui o DNA da atividade de extração garimpeira na Amazônia, especialmente do ouro, que está quase sempre atrelado aos rios e seus depósitos aluvionares. É uma das características de alto risco, ambiental e social, que essa atividade oferece ao bioma. Enquanto o desmatamento fica circunscrito à área garimpada, o assoreamento gerado pela movimentação de terra na proximidade das bordas de rios e igarapés e a contaminação da água pelo mercúrio, e mais recentemente por cianeto, alcançam áreas muito maiores",
explica Cesar Diniz, da Solved e coordenador técnico do mapeamento de mineração no MapBiomas.
Foto: Chico Batata/Greenpeace
Dez porcento da área garimpada na Amazônia ficam dentro de Terras Indígenas (TIs): 25,1 mil hectares. Os territórios indígenas mais ocupados por garimpeiros são as TIs Kayapó, Munduruku e Yanomami. Na TI Kayapó, a área garimpada ocupa 13,79 mil hectares – dos quais 70% (9,6 mil) ficam a menos de 500 metros de algum curso d'água. Na TI Munduruku, o garimpo ocupa 5,46 mil hectares – 39% dos quais (2,16 mil) a menos de 500 metros da água. Na TI Yanomami, são 3,27 mil hectares de garimpo e 2,10 mil hectares (64%) a menos de meio quilômetro dos cursos d'água. No Brasil, de 1985 a 2022, as TIs perderam menos de 1% de sua vegetação nativa, enquanto nas áreas privadas 26%.
"As Terras Indígenas são as áreas mais preservadas da Amazônia. Ainda assim, no seu interior, a concentração de garimpos próximo aos cursos d'água é extremamente preocupante, uma vez que populações indígenas e ribeirinhas usam quase que exclusivamente dos rios e lagos para sua subsistência alimentar. A contaminação dos rios e lagos representa para ribeirinhos e indígenas a fome, a sede e graves riscos à saúde destas comunidades – todos muito mais graves nas fases iniciais da vida", ressalta César.
Pistas de pouso
O MapBiomas identificou também a quantidade de pistas de pouso em terras indígenas na Amazônia. A TI Yanomami lidera, com 75 pistas de pouso, seguida por Raposa Serra do Sol (58), Kayapó (26), Munduruku e Parque do Xingu (com 21 pistas cada). As imagens de satélite mostram que no interior das Terras Indígenas a proximidade entre as pistas e o garimpo é maior. No caso da TI Yanomami, por exemplo, um terço das pistas (28 do total de 75, ou 33%) está a menos de cinco quilômetros de alguma área de garimpo.
Percentual semelhante (34%) foi encontrado na TI Kayapó (9 de 26 pistas). Mas no caso da TI Munduruku, 80% das pistas (17 de um total de 21) estão a menos de cinco quilômetros de alguma área de garimpo. Das cinco terras indígenas com maior número de pistas de pouso, três são também as de maior área garimpada: Kayapó (13,79 mil ha), Munduruku (5,46 mil ha) e Yanomami (3, 27 mil ha).
A busca pelo corpo perfeito e dentro dos padrões tem feito com que muitas mulheres recorram aos mais diferentes procedimentos estéticos. Um dos mais famosos é o tal do “chip da beleza”, que nada mais é do que um implante hormonal.
De acordo com uma reportagem da BBC, o “chip” é colocado por baixo da pele e faz com que a pessoa que usa perca peso, além de retardar o envelhecimento, diminuir a gordura corporal, aumentar libido e a massa muscular. Os implantes são feitos em farmácias de manipulação e colocados no organismo em uma clínica médica, em um procedimento que demora poucos minutos.
Especialistas ouvidos pelo veículo afirmaram que o chip pode conter as mais variadas substâncias, como os hormônios testosterona e gastrinona, anabolizantes, inibidores de apetite, acelerador de metabolismo, entre outros. Mas, apesar de prometer tantos resultados positivos em pouco tempo, o chip da beleza é motivo de preocupação entre os médicos.
Os profissionais ressaltam o perigo de misturar tantos componentes e, por serem feitos em farmácias de manipulação, não possuem bula e informações suficiente sobre as substâncias presentes no implante. Apesar de famoso e queridinho de muitas celebridades, há algo que muita gente não sabe: o chip da beleza não tem aprovação da Anvisa para fins estéticos.
Os médicos ainda enumeram uma série de questões: a falta de controle do que é colocado no chip, doses adequadas, efeitos colaterais, etc. A procura pelo produto cresceu tanto que grupos de medicina enviaram uma carta à Anvisa para alertar sobre o uso indiscriminado do chip da beleza, que carece de mais estudos que garantam sua segurança.
Confira de segunda a sexta-feira às 15h30 o quadro Dicas de Saúde e Beleza na Rádio 93 FM.