Soldados, cabos, sargentos e subtenentes da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Rondônia expressaram profunda indignação diante da aprovação, de forma unânime, pela Assembleia Legislativa do Estado (ALE-RO), do reajuste salarial proposto pelo Governo do Estado. Considerado "histórico" para a segurança pública local, o aumento gerou controvérsias ao beneficiar exclusivamente oficiais de alta patente, em detrimento dos praças de patente mais baixa.
A aprovação do projeto, que não foi precedida por discussões detalhadas, causou revolta entre os praças, levando a categoria a manifestar seu descontentamento por meio de um protesto em frente ao prédio do governo estadual. Os praças simbolizaram seus prejuízos levando um caixão, representando os impactos que a proposta aprovada terá sobre eles.
Embora o reajuste esteja estimado em R$ 800 milhões para os cofres públicos, a disparidade nos percentuais de aumento tem sido objeto de críticas por parte dos praças. Enquanto os oficiais podem receber incrementos superiores a 100%, soldados, cabos e sargentos teriam ajustes de apenas 16%, o que gerou revolta e descontentamento entre os policiais que desempenham um papel crucial na manutenção da ordem e segurança da população.
A Assfapom denunciou a falta de debate prévio sobre o realinhamento salarial na ALE-RO, apontando uma estratégia de votação entre os parlamentares que impossibilitou qualquer discussão por parte das associações representativas. O projeto teria sido entregue momentos antes da votação, restringindo o diálogo e condicionando os deputados a apoiarem o reajuste.
A insatisfação dos praças, que se sentiram traídos, pode comprometer a efetividade da segurança pública nos próximos dias, refletindo negativamente na proteção da população. O desequilíbrio nos benefícios salariais levanta questões sobre a valorização de todos os profissionais que compõem as forças de segurança, destacando a importância de uma distribuição mais equitativa dos recursos destinados a esse setor crucial para o bem-estar da sociedade.