Entenda por que, para homens e mulheres, os tipos de possíveis traições diferem em importância e peso para o ciúme
Você tem mais ciúme sexual ou emocional? Um estudo realizado pela psicóloga Andrea Stravogiannis, autora do livro Ciúme Excessivo & Amor Patológico, apontou não só que esses dois tipos de ciúme diferem, mas também que 69% dos homens têm mais ciúme sexual, enquanto 89% das mulheres têm mais ciúme emocional.
Segundo a estudiosa, essa diferença vem sendo estabelecida desde o evolucionismo.
“Isso passou a acontecer porque para a mulher, fisicamente, é muito mais custoso ter um filho. Ela consegue ter no máximo uma gestação por ano, enquanto o homem pode fazer milhares de filhos de uma só vez, sem percalços físicos. A partir disso, passou a ser mais custoso para as mulheres dividir algo emocionalmente”, explica.
Além disso, apesar de não ser definidor, há que se levar em conta também o modus operandi e crenças de uma sociedade patriarcal e machista. Muitas mulheres “aceitam” ser traídas porque são apenas aventuras, enquanto homens, apesar de infiéis, são contra relações não monogâmicas, por exemplo.
“Socialmente falando, é mais difícil para o homem encarar a liberdade sexual da parceira, uma vez que estamos numa sociedade conservadora que por muito tempo nos ensinou que os homens poderiam ter aventuras sexuais, enquanto as mulheres não tinham a mesma permissão”, diz.
Especialistas explicam que coloração amarronzada está associada aos sedimentos carregados pelo Madeira nos períodos em que ele está com altos níveis de água. Imagens revelam cor real do principal rio de Rondônia.
Com informações do g1 Rondônia
Com a seca histórica, o rio Madeira tem apresentando uma coloração diferente, substituindo seu marrom característico por um tom esverdeado. Mas o que causou essa mudança? Especialistas explicam que essa mudança das águas é mais normal do que se pensa, já que acontece normalmente no período de vazante (seca).
Segundo o chefe de departamento de geografia da Universidade Federal de Rondônia (Unir), doutor Michel Watanabe, a coloração amarronzada está associada aos sedimentos carregados pelo Madeira nos períodos em que ele está mais forte.
A tonalidade esverdeada, por outro lado, é a coloração natural do rio Madeira, mas só se torna mais visível durante períodos de secas extremas. A água adquire essa tonalidade devido à redução das cargas sedimentares e a criação mais evidente de microalgas.
"A oscilação em quantidade de água e sedimentos durante o período de seca e cheia é uma condição natural do rio. E a mudança na cor do rio também é uma consequência da diminuição e aumento da vazão",
explica o professor.
Foto: Reprodução
Quando acontece essa mudança?
Segundo Watanabe, essa mudança está relacionada à redução dos níveis da água, que ocorre durante os meses mais secos na bacia do rio, de junho a setembro, sendo outubro um mês de transição entre o verão e inverno amazônico.
No entanto, devido à seca extrema e fora dos padrões que a região Norte enfrenta, o período para a mudança na coloração também vem sofrendo variações.
Michel Watanabe explica que nessa diminuição extrema da vazão e mudança na coloração, há acúmulo de variáveis que podem afetar o ecossistema.
"A criação excessiva de algas, diminuição de oxigênio, mudança de temperatura da água, esse e outros fatores podem se tornar prejudicial para algumas espécies aquáticas", ressalta.
A cor mais escura e barrenta deve voltar a predominar no momento que os níveis da bacia voltarem a subir, que geralmente acontece no período chuvoso, previsto para começar entre o mês de outubro e novembro, de acordo com o professor e doutor.
A determinação de acionar as termelétricas foi aprovada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)
Por Rondoniadinamica
SAE / Facebook
Porto Velho, RO – De acordo com informações divulgadas pelo site Climainfo.org, a controvérsia em torno do alto custo da energia produzida pelas termelétricas a diesel Termonorte 1 e 2, localizadas em Porto Velho (RO) e estimadas em R$ 1,2 bilhão por dois meses, tem gerado conflitos entre associações de consumidores e o Ministério de Minas e Energia (MME). A cifra em questão tem levado a intensas discussões, inclusive na ANEEL, responsável pela definição da operação desses empreendimentos e das tarifas a serem pagas pela eletricidade produzida.
Em uma decisão publicada na terça-feira (17/10), a agência reguladora aprovou um Custo Variável Unitário (CVU) de R$ 2.721,54/MWh para a Termonorte 1 e R$ 2.997,89/MWh para a Termonorte 2, de acordo com informações do Canal Energia. Como resultado, o custo da eletricidade gerada por essas duas usinas agora figura entre os três mais caros do país, conforme a epbr reporta, sem esquecer das preocupações em relação às emissões de carbono decorrentes da queima de diesel.
Para adicionar ainda mais complexidade a essa polêmica, a hidrelétrica de Santo Antônio, situada no rio Madeira, a apenas 7 km da capital de Rondônia, retomou suas operações após uma interrupção causada pela seca no curso d'água. Isso levou o MME a considerar a possibilidade de reavaliar a conexão das termelétricas a diesel, como destacado pela Folha.
A determinação de acionar as termelétricas foi aprovada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em uma reunião realizada em 4 de outubro. Essa decisão foi vista como uma alternativa para garantir o fornecimento de eletricidade em Rondônia e no Acre, diante da crise hídrica que impactou o rio Madeira.
O site menciona que as usinas Termonorte 1 e 2 fazem parte do portfólio da Termo Norte Energia, um grupo liderado pelo empresário Carlos Suarez, conhecido no setor energético, sobretudo no segmento de gás fóssil. Os valores propostos pela Termo Norte Energia e aprovados pela ANEEL para a operação das usinas têm gerado questionamentos. Especialistas apontam que, devido à sua antiguidade e ao uso de diesel como combustível, essas usinas são menos eficientes e consomem uma quantidade substancial de combustível, explicando o elevado custo associado a elas. A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) também levanta preocupações, argumentando que o abastecimento das usinas envolve o transporte de diesel por uma extensão de 3.000 km de rodovias, partindo de Paulínia (SP). Isso é considerado uma incoerência, considerando os aspectos relacionados aos custos e às emissões de combustíveis fósseis.
Novo comando da PGR defende apuração de suposto rastreamento ilegal da Abin; gestão Aras tinha pedido arquivamento
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou no Supremo Tribunal Federal a favor da operação deflagrada nesta sexta-feira (20) para investigar suposto monitoramento ilegal de celulares por parte de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O parecer favorável da PGR é assinado pela vice-procuradora-geral da República Ana Borges, com o aval também da atual chefe interina do órgão, Elizeta Ramos. E é uma mudança de posição em relação à gestão anterior, chefiada por Augusto Aras.
Em março, a então vice-PGR Lindôra Araújo havia defendido que a investigação sobre a conduta dos servidores da Abin fosse arquivada (veja detalhes abaixo).
Segundo a investigação, o grupo usou um software chamado FirstMile para rastrear a localização de pessoas – inclusive autoridades – a partir do GPS de celulares, sem autorização judicial e sem qualquer controle.
A operação foi pedida pela Polícia Federal ao STF e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Segundo os investigadores, há indícios de que o uso do sistema se intensificou nos últimos anos do governo Bolsonaro para monitorar ilegalmente servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes e integrantes do STF.
Em nota após a operação, a Abin informou que instaurou um procedimento para apurar a questão, que todas as solicitações da PF e do STF foram atendidas integralmente, e que colaborou com as investigações desde o início.
Cerca de 20 pessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos. Os depoimentos simultâneos serão tomados ainda na manhã desta sexta, na sede da PF.
PGR DEFENDIA ARQUIVAMENTO
O uso do sistema FirstMile, desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, foi revelado em março pelo jornal O Globo. Segundo a reportagem, a ferramenta permitia monitorar até 10 mil celulares a cada 12 meses – sem qualquer protocolo oficial ou autorização judicial.
Em manifestação ao STF naquele momento, a vice-PGR Lindôra Araújo argumentou que a apuração não deveria avançar porque foi determinada com base em matéria jornalística e de forma genérica.
A PGR foi consultada naquele momento depois que Moraes determinou que a Abin entregasse a lista de vigiados e demais informações pertinentes, incluindo as conclusões da apuração interna feita pela própria agência.
Se o entendimento da PGR tivesse sido acatado, o caso poderia ter sido arquivado sem as diligências adicionais que levaram à operação desta sexta.
A operação, chamada de "Última Milha", é um desdobramento do inquérito das fake news, que apura ataques e ações contra o Supremo e as instituições.
O objetivo dessa frente da investigação é descobrir se a Abin foi utilizada de forma clandestina e com desvio de finalidade.
Fonte: G1
Abin fez mais de 30 mil ações ilegais de espionagem durante governo Bolsonaro
Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizou um sistema de monitoramento de geolocalização, conhecido como FirstMile, de maneira indevida em mais de 30 mil ocasiões. A revelação foi publicada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo, nesta sexta-feira (20).
Entre os alvos monitorados, estão cerca de 1,8 mil pessoas, incluindo jornalistas, advogados, políticos, policiais e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que foram considerados adversários pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na Operação Última Milha, para investigar o uso indevido do software, a PF executou dois mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em vários estados, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e Distrito Federal. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi responsável pela expedição dos mandados.
Rodrigo Colli, especialista em contrainteligência cibernética da Abin, e Eduardo Arthur Izycki, oficial de inteligência, estão entre os detidos. Além disso, cinco diretores da agência foram afastados, incluindo Paulo Maurício Fortunato Pinto, secretário de Planejamento e Gestão da Abin.
De acordo com as informações reveladas pela agência, o contrato para uso do FirstMile teve início no final de 2018, na gestão de Michel Temer. O software, adquirido por R$ 5,7 milhões da empresa israelense Cognyte, permitia o monitoramento de até 10 mil celulares anualmente, com a capacidade de criar históricos de deslocamento e alertas em tempo real.
A Abin divulgou uma nota informando que o software em questão foi descontinuado em maio de 2021 e que uma investigação interna estava em andamento desde fevereiro deste ano. A agência afirmou que compartilhou informações com a PF e o STF e cumpriu as determinações de afastamento temporário dos servidores ordenadas pela Justiça.
Espionagem ilegal: PF apreende US$ 170 mil em dinheiro com diretor afastado da Abin
A Polícia Federal (PF) encontrou US$ 171 mil em espécie durante busca e apreensão na casa do secretário de planejamento de gestão da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Maurício Fortunato.
Ele é um dos alvos da Operação Ultima Milha, deflagrada nesta sexta-feira (20), que apura uso de equipamentos da Abin para espionagem ilegal quando a agência era presidida pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), no governo Bolsonaro.
Fortunato foi afastado de suas funções pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele desempenhou o cargo de diretor de Operações de Inteligência da agência durante a gestão bolsonarista.
O ex-dirigente agora afastado foi nomeado como secretário de Planejamento e Gestão, a terceira posição mais alta na estrutura da Abin, pelo atual chefe da agência, Luiz Fernando Corrêa, antes de ser alvo de investigação.
Há indícios de que o uso do sistema “FirstMile” se intensificou nos últimos anos do governo Bolsonaro para monitorar ilegalmente servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes e integrantes do STF.
Ao todo, a PF cumpre 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás e no Distrito Federal. A ação foi autorizada por Alexandre de Moraes.
Os investigados podem responder por crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial, ou com objetivos não autorizados em lei.
Neste ano, o rio atingiu a marca histórica de 1,10 m no dia 6 de outubro.
Com informações do G1 Rondônia
Foto: Thiago Frota/Rede Amazônica
Em estado de alerta, o rio Madeira atingiu nível histórico de seca, chegando a medir 1,10 m no mês de outubro, de acordo com o Boletim de Monitoramento Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SGB). A estiagem está ligada a dois fatores que impedem a formação de chuvas na região: o aquecimento das águas no Atlântico Norte e o fenômeno El Niño.
Segundo a meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Marília Nascimento, as temperaturas altas do Atlântico Tropical Norte, tendem a ressaltar as condições de movimentos de ar descendente sobre a Amazônia, que impedem a formação de chuvas. As mudanças climáticas podem ser um dos fatores que intensificam a variação de temperatura das águas.
"O Dipolo do Atlântico, que seria essa gangorra de aquecimento/resfriamento das águas do Atlântico tropical, é um fenômeno natural, porém não se descarta que o aquecimento global cause alterações nesse fenômeno", explica.
A meteorologista ressalta também o fenômeno climático El Niño, que altera temporariamente a distribuição de umidade e calor no planeta, principalmente na zona tropical, e desfavorece a ocorrência de chuva na região Norte do país, principalmente no norte e leste.
"Os principais efeitos do El Niño sobre o nosso país são o aumento das chuvas na região Sul e a diminuição das chuvas na região Norte e Nordeste. Porém, sobre a Região Norte essa diminuição das chuvas ocorre principalmente nos setores norte e leste e deverá ser percebida nos próximos meses",
informa.
Seca do rio Madeira
Marcus Suassuna, pesquisador em Geociências pelo do Serviço Geológico do Brasil esclarece que as chuvas em Porto Velho não causam um impacto significativo no nível do rio, pois cerca de 75% da bacia do rio Madeira está na Bolívia.
"Para o nível do rio Madeira aumentar em Porto Velho, o que importa, de fato, são as chuvas que caem sobre a Bolívia. Como os níveis estão mais baixos na bacia do Beni/Madre de Dios, é mais importante que chova sobre aquela região, pois é lá que vamos ter uma resposta mais rápida", destacou o pesquisador.
Foto: Thiago Frota/Rede Amazônica
Segundo o Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Madeira, realizado pelo CPRM, ao longo da última semana, os níveis dos rios em todos os pontos de monitoramento tiveram tendência de descida.
Em um comparativo anual do mês de outubro de 2020 e 2021, a bacia do rio Madeira atingiu níveis, respectivamente, de 2,39 m e 2,19 m. Em 2022 o nível estava em 2,32 m em Porto Velho. Neste ano, o rio atingiu a marca histórica de 1,10 m no dia 6 de outubro.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos ressalta que, no setor mais a oeste, onde está localizado o rio Madeira, o Dipolo do Atlântico acaba tendo maior influência, pois esse aquecimento maior das águas do Atlântico Norte desfavorece a formação de nuvens de chuva sobre esta região.
Quando volta a chover na região?
Segundo a CPTEC, o período de chuva na região inicia, geralmente, por volta de outubro e novembro, com o aumento gradual das pancadas de chuva.
Em Rondônia, há previsão de algumas pancadas de chuva nas próximas semanas no setor leste da Região Norte, lado contrário ao rio, mas não são esperados volumes de água muito significativos.
"As chuvas deverão ter um volume menor do que é esperado para essa época do ano".
Para a cabeceira do rio Madeira, na Bolívia, estão previstas algumas chuvas nas próximas semanas, mas o volume também vai ser abaixo do que é esperado para a época, devido, principalmente, ao aquecimento anormal das águas do Atlântico Norte e do Pacífico Equatorial, dando continuidade ao fenômeno El Niño.
*escrito pelo estagiário Marcos Miranda sob a supervisão de Daniele Lira, do Grupo Rede Amazônica