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Brasil : Mais de R$ 400 mil: venda de pirarucu e tambaqui de manejo gera renda para pescadores no Amazonas
Enviado por alexandre em 15/03/2024 00:26:31

Ao todo, foram 35,73 toneladas de pescado comercializados, sendo 23,7 toneladas de pirarucu e 12,03 de tambaqui, beneficiando diretamente 178 manejadores.


Manejadores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, localizada no município de Fonte Boa, no interior do Amazonas, tiveram um faturamento de R$ 409.177,44 com a comercialização de pirarucu e tambaqui em feiras apoiadas pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em 2023. Ao todo, foram 35,73 toneladas de pescado comercializados, sendo 23,7 toneladas de pirarucu e 12,03 de tambaqui, beneficiando diretamente 178 manejadores.

As Feiras do Pirarucu e do Tambaqui ocorreram ao longo do ano na sede da FAS, em Manaus. Cerca de 2,6 mil pessoas compareceram aos eventos, onde adquiriram um peixe de qualidade e de origem sustentável, que contribui para a manutenção da floresta em pé.

Foto: Divulgação/FAS

Para o gerente do Programa Prosperidade na Floresta da FAS e organizador das feiras, Edvaldo Corrêa, o ano foi de superação de desafios, uma vez que a estiagem extrema, resultado das mudanças climáticas, dificultaram o acesso dos manejadores aos lagos para realizar a pesca, assim como o transporte do peixe até Manaus.

"Nossa avaliação é positiva, apesar das dificuldades que enfrentamos este ano com a grande seca. A feira é muito importante para os manejadores, pois é uma forma de ter um recurso direto. A FAS abre esse espaço, faz a divulgação e dá oportunidades aos manejadores para vender seu produto e explicar aos clientes o que é o manejo sustentável. A recepção dos clientes é muito boa",

afirma Edvaldo.

Um dos manejadores beneficiados é Gilvan de Souza Ferreira, morador da comunidade Mapurilândia, na RDS Mamirauá. Ele relata que, desde que a FAS passou a atuar na região do Médio e Alto Solimões, as comunidades passaram a ter mais autonomia sobre os produtos que comercializam, principalmente o pescado.

"Antes da FAS chegar, nós entregávamos o nosso produto para atravessadores e não víamos a parte de cada um, o que chegava [lucro] era muito pouco. Quando a FAS veio e falamos que seria interessante levar nosso peixe para Manaus, ajudou a ampliar muitas coisas. Hoje temos acesso direto ao consumidor final, é muito prazeroso, pois estamos mostrando nosso produto, dizendo de onde a gente veio. Isso tem gerado uma fonte de renda dez vezes maior do que se entregássemos esse peixe para o atravessador", relata Gilvan.

Se antes, com a figura do atravessador, os pescadores levavam de quatro a seis meses para ter retorno financeiro, nas feiras apoiadas pela FAS eles têm a renda garantida já nos eventos, conta Gilvan. 

"As feiras têm feito com que a gente se sinta realizado. Antes o esforço que fazíamos era muito grande, mas a renda era muito pouca. Hoje nos esforçamos um pouco mais porque temos que levar o produto ao consumidor final, mas sabemos que o nosso lucro é maior para cada família. Todas as feiras que fazemos dentro da FAS têm sido um sucesso e conseguimos escoar toda nossa produção. Assim, conseguimos ter uma vida melhor e mais justa para nossa comunidade",

finaliza o manejador.

As Feiras do Pirarucu e do Tambaqui são promovidas pela Associação dos Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurman), com apoio da FAS que é responsável pela infraestrutura, transporte, logística e divulgação. A venda do pirarucu e do tambaqui manejado também têm apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) e da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).

*O conteúdo foi publicado originalmente pela FAS

Brasil : Hetohoky: festa tradicional do povo karajá é rito de passagem dos adolescentes para a vida adulta
Enviado por alexandre em 14/03/2024 09:45:04

Festa é celebrada na Ilha do Bananal, em Tocantins, e reúne cerca de 3 mil indígenas.


Momento de luta corporal entre os guerreiros das aldeias, durante Hetohoky. Foto: Mazim Aguiar/Governo do Tocantins

Indígenas da Ilha do Bananal se reuniram para realizar um dos eventos mais tradicionais do povo Karajá, o Hetohoky, nos dias 9 e 10 de março. A festa aconteceu na aldeia Santa Isabel do Morro, no sudoeste do Tocantins, próximo à divisa com o Estado do Mato Grosso, e contou com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot) e da Secretaria de Estado do Turismo (Setur). A comunidade é a maior do povo Karajá com mais de mil indígenas.

O Hetohoky é um rito de passagem dos adolescentes indígenas Iny para a vida adulta. Moradores de várias aldeias chegaram ao local em barcos de madeira e voadeiras atravessando o rio Araguaia.

Este é um dos momentos mais aguardados da festa, em que os guerreiros vizinhos chegam e já começam as provocações com cantorias e gritos que marca a rivalidade sadia entre as comunidades para o início das lutas e jogos. 

A anfitriã, aldeia de Santa Isabel recebe os visitantes com cânticos e danças. Em seguida, todos se deslocam para a Casa Grande, Hetohoky, para o ritual da passagem. Neste momento, seguindo a tradição, as mulheres não podem se aproximar. Por sete dias os garotos ficam reclusos na Casa Grande e só saem para praticar a pesca ou caça.

Durante toda a madrugada, os guerreiros lutam e tentam derrubar o mastro erguido próximo à Casa Grande. A aldeia Santa Isabel defende o mastro para que os vizinhos não o derrubem, o que seria motivo de vergonha para a aldeia anfitriã.

A comemoração reuniu cerca de três mil indígenas da região do entorno da Ilha e contou com a presença de cerca de 300 visitantes.

A empresária, Katharina Brazil, veio de São Paulo, rodou mais de 2 mil km para chegar até a ilha para vivenciar a cultura do povo Karajá.

"Os indígenas vivem o momento, nós que vivemos na cidade não sabemos mais fazer isso. Sempre fazemos as coisas pensando no amanhã, mas o indígena vive o momento, e isso pra mim é muito interessante", 

comentou a visitante ao enaltecer a cultura e o modo de vida dos indígenas.

Toda a preparação para a festa exige muito esforço, trabalho e dedicação da aldeia anfitriã para que possam receber as comunidades. O Cacique tradicional da aldeia Santa Isabel, Sokrowe Karajá, falou da valorização da cultura e de receber um evento de grande porte como esse. "A gente se prepara e se organiza antes. É muito trabalho para que tudo dê certo. Exige muito de nós , mas a gente gosta de fazer", comentou o Cacique.

Foto: Mazim Aguiar/Governo do Tocantins

Hetohoky

No Hetohoky, a Casa Grande, venerada pelos povos Iny (Karajá, Karajá-Xambioá e Javaé), os garotos a partir de 12 anos passam por uma cerimônia de transição para a vida adulta. Durante o ritual, os espíritos da mata, conhecidos como aruanãs, cercam a casa, entoando cânticos, vestidos com indumentárias feitas de palha de palmeira, decorados com adereços coloridos e penas, que representam os animais.

Os aruanãs orientam os adolescentes a participar das atividades e os ensinam sobre tradições e valores da cultura Iny. Ao longo da cerimônia, recebem lições de disciplina e respeito. No encerramento, participam de rituais simbólicos, como banho no rio, remoção de penas, cuidado com os cabelos e pintura corporal, simbolizando a transformação em adultos guerreiros.

"É muito importante manter essa tradição. A gente luta para não acabar. Eu sou um dos defensores da cultura dos Iny. As lutas, a dança, o canto, a pintura, toda a cultura é importante manter", disse o Cacique Iwraru Karajá, ao mostrar sua pintura corporal específica de guerreiro.

Ilha do Bananal

A maior ilha fluvial do mundo está no Tocantins. Com quase 20 mil quilômetros quadrados de extensão, a Ilha do Bananal é cercada pelos rios Araguaia e Javaés, e é considerada um dos santuários ecológicos mais importantes do país e do mundo. Seu território preserva rara diversidade de animais e plantas típicas dos ecossistemas Cerrado e Floresta Amazônica.

A maior parte da Ilha do Bananal está dividida em duas áreas de reserva ambiental. Ao norte, o Parque Nacional do Araguaia, ao sul, a Terra Indígena do Araguaia, que abriga povos originários das etnias Karajá e Javaé, reconhecidas como Povo Iny, além dos Avá-Canoeiro (Cara Preta).

Vale destacar ainda que as indígenas da Ilha são exímias artesãs e produzem peças como as bonecas Ritxokó, que reproduzem o modo de vida Iny e os animais do cerrado, e são certificadas pelo IPHAN como patrimônio cultural do Brasil. 

 

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Brasil : 'Escola do chocolate' visa ajudar crescimento sustentável da cultura do cacau em Rondônia
Enviado por alexandre em 14/03/2024 09:37:35

De acordo com o Ifro, ações voltadas para o cultivo, beneficiamento e processamento do cacau estão entre as atividades realizadas no projeto para mobilizar a cadeia produtiva regional.


Pensando no crescimento sustentável da cacauicultura de Rondônia, professores, alunos, técnicos e produtores rurais desenvolveram o projeto 'Escola do Chocolate'. O projeto é realizado no campus Jaru - município líder na produção do fruto no Estado -, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro).

De acordo com o Ifro, ações voltadas para o cultivo, beneficiamento e processamento do cacau estão entre as atividades realizadas no projeto para mobilizar a cadeia produtiva regional.

Foto: Divulgação/Ifro

Viveiro, mudas e processamento 

O projeto é desenvolvido em dois eixos: viveiros e mudas, e processamento do cacau.

No primeiro eixo, a coordenadora é a professora Andreza Pereira, do campus de Ji-Paraná. No município, ela, junto dos alunos, desenvolve testes para produção de mudas clonais por meio de estaquia, além de fazer pesquisas para aproveitamento dos resíduos do cacau.

O segundo eixo, voltado a atender produtores rurais, cacauicultores e chocolateiros da região, promove, em parceria com o Sebrae, oficinas e minicursos sobre processamento do chocolate, análise sensorial e classificação do cacau.

De acordo com o Ifro, um projeto de agroindústria para processamento do cacau com 745 metros quadrados já foi desenvolvido. Segundo a Instituição, o projeto será licitado no primeiro semestre de 2024 e será construído no Campus Jaru.

Títulos 

A 'Escola do Chocolate' foi pensada depois que vários produtores de Rondônia foram destaque em competições nacionais que avaliam a qualidade do cacau de todo o Brasil. Em 2023, dois produtores rondonienses ficaram em 1º lugar no V Concurso Nacional de Qualidade do Cacau Especial do Brasil:

- O produtor Deoclides Pires da Silva, de Jaru, foi campeão na categoria Varietal, com a variedade CCN51;

- O produtor Robson Tomaz, de Nova União, foi campeão na categoria Mistura.

Indicação Geográfica

O cacau produzido em Rondônia recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG) na espécie Indicação de Procedência (IP). O registro foi publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O selo de Indicação Geográfica é concedido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem.

De acordo com o Inpi, o cacau produzido em Rondônia "possui sabor inconfundível e uma gordura de qualidade diferenciada para a produção de alimentos achocolatados de consistências e sabores diversos".

*Por Thaís Nauara, do g1 Rondônia

Brasil : Anatel vai tirar do ar sites que o TSE considerar antidemocratas
Enviado por alexandre em 14/03/2024 09:35:45

Garantia foi dada pelo presidente da agência


Alexandre de Moraes cumprimenta Carlos Baigorri, presidente da Anatel Foto: Luiz Roberto/Secom/TSE

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está disposta a usar o poder de polícia para derrubar sites e apps que forem considerados propagadores de fake news, segundo critérios estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações foram dadas pelo presidente da agência, Carlos Baigorri, nesta terça-feira (12).

– A Anatel irá usar a plenitude de seu poder de polícia junto às empresas de comunicações para retirar do ar todos os sites e aplicativos que estejam atentando contra a democracia por meio da desinformação e do uso de inteligência artificial para deepfakes – disse durante cerimônia de inauguração do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde).

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Segundo Baigorri, o novo departamento estará “irmanado 24 horas por dia” com o TSE e outros agentes para garantir eleições “limpas”.

A Anatel também prepara um “sistema 2.0” para remover fake news das redes a partir de decisões da Corte presidida pelo ministro Alexandre de Moraes.

O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, por sua vez, disse que a repressão poderá ser aplicada durante as campanhas eleitorais; mas, no entanto, a função principal do novo órgão é “educativa”. Ele esteve presente ao evento.

A ideia do Ciedde é que o centro auxilie os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) no enfrentamento da desinformação e ajude os órgãos a acompanhar discussões sobre o uso de Inteligências Artificias (IAs) nas eleições.

Brasil : Garimpo devastou área de quatro campos de futebol por dia em terras indígenas em 2023, afirma Greenpeace
Enviado por alexandre em 13/03/2024 09:30:13

Exploração nos territórios indígenas é ilegal. Nenhum tipo de atividade como desmatamento, queimada ou garimpo pode ser desenvolvida nestas terras que são protegidas pela legislação.


O garimpo ilegal invadiu uma área equivalente a quatro campos de futebol por dia ao longo de todo o anos de 2023 nas terras indígenas Yanomami, Kayapó e Munduruku. Os dados são do Greenpeace Brasil e foram divulgados nesta segunda-feira (11).

O levantamento foi feito por imagens do satélite Planet, observando áreas de mineração. Segundo os dados, foram abertos mais de mil hectares de áreas para garimpo nos territórios. As terras indígenas são protegidas por lei e, por isso, qualquer atividade exploratória nestas áreas considerada é ilegal.

Foto: Divulgação/Polícia Federal

O garimpo é uma das principais ameaças à vida indígena no país. O governo federal anunciou no início de 2023 uma ofensiva contra os garimpeiros, principalmente na Terra Yanomami, mas as áreas seguem vulneráveis.

A Amazônia concentra quase todo o território de garimpo do país. Segundo os dados do MapBiomas, até 2022, última atualização do relatório, 92% de toda a atividade estava na floresta.

Neste cenário, as terras indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami são os territórios indígenas com a maior concentração de garimpos.

"Cada hora que passa com os garimpeiros dentro dos territórios indígenas significa mais pessoas ameaçadas, uma porção de rio destruído e mais biodiversidade perdida. Precisamos, para já, de uma Amazônia livre de garimpo", 

afirma o porto-voz do Greenpeace Brasil, Jorge Eduardo Dantas.

Áreas devastadas pelo garimpo em 2023

TERRAS INDÍGENAS ESTADO NOVAS ÁREAS EM 2023 ACUMULADOS ATÉ 2023
Kayapó
Pará 1.019 ha
15.430 ha
Munduruku
Pará152 ha
7.094 ha
Yanomami
Roraima239 ha
3.892 ha



Fonte: Greenpeace Brasil

Kayapó 

O pior cenário está na terra indígena Kayapó, que fica no Pará. No território, foram devastados mil hectares no último ano.

Com isso, a área desmatada para a atividade ilegal chegou a 15,4 mil hectares. Segundo o Greenpeace, o garimpo está concentrado em uma área onde estão quatro aldeias.

 Yanomami

Segundo os dados do Greenpeace, foram invadidos em 2023 mais de 200 hectares na Terra Yanomami. A área tem mais de 200 vezes o tamanho do estádio do Mineirão, por exemplo.

O território, que fica em Roraima, vem sendo alvo do garimpo ilegal há anos. O governo federal mobilizou vários ministérios e prometeu ações permanentes, mas representantes indígenas e entidades dizem que os Yanomami ainda são vítimas da atividade e o garimpo seguiu avançando.

Em janeiro, o Grupo Rede Amazônica mostrou com exclusividade imagens de crianças indígenas desnutridas e entrevistas com lideranças que contaram viver sob a ameaça do garimpo que impede, inclusive a chegada de insumos e atendimentos de saúde.

O relatório mostra que em fevereiro de 2023, depois do anúncio do governo federal, houve uma queda drástica na mineração. No entanto, a atividade voltou a crescer em março.

Mundukuru 

O povo Munduruku é o mais populoso do Pará, com mais de 9,2 mil pessoas. No território, foram 152 hectares de áreas invadidas pelo garimpo.

Eles são também o território com a maior área acumulada de garimpo: até dezembro de 2023, somava 7 mil hectares, sendo que 5,6 mil hectares foram destruídos nos últimos cinco anos (entre 2019 e 2023).

Um estudo recente da Fiocurz mostrou que os indígenas da aldeia estavam com níveis alarmantes de mercúrio no corpo, resultado do garimpo.

Segundo o relatório, o ponto de atenção na região é que as áreas onde há concentração de garimpo ficam próximas a pelo menos 15 mil aldeias.  

 

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