Um colega jornalista me perguntou se ainda valia a pena viver em Portugal. Fiquei um dia refletindo antes de lhe enviar uma resposta. Realmente, a vida não está fácil para nós, trabalhadores. Parafraseando o compositor brasileiro Belchior: sou apenas uma garota latino-americana, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vinda do Brasil, um país colonizado.
Confesso que, quando recebi o convite para escrever no Setenta e Quatro, pensei em perguntar se teria algum problema redigir este artigo em Português do Brasil. É… Foi isso mesmo, quase que automaticamente.
O português, língua que nos foi imposta há mais de cinco séculos, possui variações de fala, pronúncia e escrita. E isso não é uma exclusividade somente entre a comunidade brasileira, mas algo que está arraigado em todos os outros povos colonizados por Portugal, incluindo os nossos irmãos africanos. Entretanto, boa parte dos veículos de comunicação ainda se mostram irredutíveis no sentido de aceitarem uma variação idiomática.
Mesmo tendo sido chamada para discorrer sobre a xenofobia contra brasileiros em Portugal, essa foi a primeira coisa que me passou pela cabeça, mesmo que apenas por alguns segundos. Porque é sob pressão constante que uma jornalista de nome Stefani – e não Estefânia – sobrevive por aqui. Pressão essa que vem das profundezas de um oceano manchado pelo sangue derramado das caravelas.
Provavelmente, se eu afirmasse isso nos tempos em que cheguei a Portugal, muitos daqui pensariam “mas o que eu tenho a ver com isso?!”. Hoje, no entanto, há uma parcela considerável de portugueses que não só pensam isso, como também falam e colocam o seu descontentamento em plena ação. Afinal, a prática é o critério da verdade.
É preciso, entretanto, reafirmar com firmeza que o pensamento colonial está na estrutura da sociedade portuguesa. Estrutura essa que não se constrange em destacar nos livros didáticos que “na África negra viviam povos muito atrasados” ou que, “no Brasil, os ameríndios [índios] eram pacíficos e de convivência fácil, desde que respeitassem a sua maneira de viver”.
No mês de setembro, estive em um festival de música a trabalho. Fui gravar uma entrevista com o Black Pantera, um trio crossover/thrash formado por três jovens negros da cidade de Uberaba, interior de Minas Gerais. Enquanto conversávamos sobre racismo e xenofobia em Portugal, uma criança brasileira era agredida por um homem branco nas dependências do evento.
Marc Van Eyck, produtor musical belga, acusou de roubo a filha de um palestrante convidado pela organização. Ele correu atrás da garotinha e a segurou pelos braços com força. A polícia, quando acionada, registrou a queixa da mãe que estava aos prantos, mas se negou a deter o agressor com a justificativa de que não havia flagrante.
Além disso, as forças de segurança prestaram escolta ao cidadão belga enquanto a família da vítima não recebeu nenhum suporte. Em entrevista, a mãe revelou que a menina a questionou sobre o que fazer quando um próximo homem branco correr atrás dela novamente.
No último dia 6 de novembro, uma mulher brasileira de 35 anos sofreu um ataque xenófobo no aeroporto do Porto enquanto regressava para Barcelona, cidade onde trabalha e reside. Além de insultá-la e xingá-la de “porca”, a agressora dizia aos berros ser “portuguesa de raça”, afirmação que caberia muito bem em discursos de líderes colonialistas e supremacistas, como Adolf Hitler ou Benjamin Netanyahu.
A vítima também ouviu o famoso “volta para a sua terra” seguido por “estão invadindo Portugal, essa raça de filhos da puta”. Assustada, a brasileira me contou em entrevista que nunca tinha visto tanta raiva e ódio saindo de uma pessoa: “Ela só se acalmou porque eu comecei a filmar”.
Infelizmente esse não é o primeiro e muito menos será o último caso de violência motivada por preconceito étnico e racial. Poderia escrever um livro com diversos capítulos narrando histórias de agressões físicas e psicológicas contra brasileiros e brasileiras. Sendo que esses são casos que vão desde exploração laboral, passando por espancamento seguido de afogamento, assassinato e até mesmo tortura em esquadra da PSP.
Pois é, já disse que a vida para nós aqui não tem sido nada fácil…
Se olharmos para os últimos quatro anos, poderemos notar o descaso do governo de Jair Bolsonaro. Esse que só degradou ainda mais a situação de cidadãos brasileiros no exterior em meio a numerosos problemas que se somaram vertiginosamente nesse percurso entre o golpe e a tomada do poder pelo fascismo. Sem contar a ajuda e o financiamento por parte de uma elite econômica forjada nas capitanias hereditárias.
Como em Portugal o socialismo é só de fachada (vide PS), a extrema-direita local soube bem como navegar por essa onda vinda do outro lado do Atlântico. É verdade que parte dos imigrantes não votam, porém fazem barulho e muita fumaça.
Brasileira terrorista
Em abril deste ano estive presente em uma manifestação pelo direito à habitação, tema que tenho descrito com frequência e ao qual me tornei também uma espécie de alvo. A gentrificação e a turistificação provocadas pela especulação imobiliária fizeram-me refém das minhas próprias pautas.
Obviamente sei que isso não é um fato isolado ou uma infeliz exclusividade. São centenas de pessoas dividindo quartos ou vivendo em tendas espalhadas pelas ruas das cidades. É notório que o custo de vida e a precariedade são adversidades que atingem uma enorme parte da população em Portugal. E sim, os imigrantes, claro, estão nesse contingente.
Ter agido com absoluta indignação diante da violência policial que tomou conta daquele ato no Martim Moniz, em Lisboa, não foi, estrategicamente, uma boa ideia. A primeira reação como imigrante oprimida, exigindo um direito constitucional, transformou-se em “terrorismo”. Sim! Ou vocês acham que só “é terrorista quem usa burca”? “Onde já se viu, uma brasileira, imigrante, trajada com camiseta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), exigindo casa para morar?! Quem é que lhe concedeu permissão para se revoltar contra a truculência da polícia em cima de duas jovens também indignadas com a falta de perspectiva futura?!”
A realidade tem dessas coisas. Principalmente para nós, nascidos, criados e ideologicamente moldados no Sul global (mais conhecido como a periferia do capitalismo). Até porque a ideia de periferia também tem que ver com xenofobia e racismo. Manter os “atrasados” distante dos “civilizados” é uma formatação social que se mantém. O tal “dividir para reinar” continua em voga.
Agora, antes de voltar à pergunta que deu início ao texto, preciso falar sobre outro tema que também navega por esse ‘mar de preconceitos e discriminação’: o feminismo.
Digo isso porque sou marxista e estou convencida que jamais existirá uma verdadeira emancipação das mulheres se anularmos a luta de classes e as questões econômicas dessa trincheira. Afinal, do que adianta ser mulher branca vinda do Brasil com diploma e não ter dinheiro no banco ou alguns ‘ilustres’ parentes portugueses sequer?
Como é possível uma “gaja” como essa escrever diariamente sobre o quanto Portugal é um Estado racista, colonial e com uma Justiça que acolhe neonazistas? “Onde já se viu uma brasileira ousar dizer que não existe liberdade no país do 25 de Abril?! Cadê a sua carteira de jornalista?! Sabia que usurpação de funções é crime?!”
Bom, se você chegou até aqui, deve estar igual ao meu colega, se perguntando o porquê dessa pessoa continuar falando tão mal de Portugal “em brasileiro” e permanecer vivendo neste país. Como se uma jovem trabalhadora pudesse realmente escolher o seu lugar no mundo… Principalmente quando ele é dominado por aqueles que sabem que, para a grande maioria, tudo não passa de uma corrida constante por sobrevivência, como se fôssemos ratos de laboratório girando as suas rodinhas. Uma sobrevivência que muitas vezes é alimentada pela ilusão de que, para vencer na vida, basta querer. E não basta.
Pessimismo da razão, otimismo da vontade
Apesar de todas as dificuldades que enfrentei, enfrento e enfrentarei como brasileira em Portugal, sei que existem outros imigrantes, em sua maioria mulheres, encarando situações muito mais extremas, expostas a um sofrimento inacreditável, bem maior do que o meu.
Só que isso não me impede de ter empatia e de me juntar a essas pessoas na linha de frente contra o racismo, a xenofobia, a misoginia e quaisquer outros tipos de discriminação e opressão. Se existem coisas que o capitalismo tenta implodir diariamente são as relações de solidariedade.
Existem muitos portugueses dispostos a nos ouvirem e outros tantos determinados a lutarem do nosso lado. Gente que não faz uso do termo “país irmão” como se fosse “uma camisa nova, uma carapuça vermelha e um rosário de contas brancas”.
No início do ano, quando questionei o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a respeito do crescimento da xenofobia contra a comunidade brasileira em Portugal, a resposta foi de que a relação entre os dois Estados é “muito boa” e que há uma “cumplicidade fraternal excelente”. Esse mesmo líder que em 2022, nas comemorações do Bicentenário de Independência, viajou para o Brasil e pediu que o país continuasse a ser uma pátria de liberdade, democracia, justiça e esperança. Mas vale salientar que o fez ao lado de um golpista genocida.
Hoje somos aproximadamente 8% da população em Portugal, país que também nos pertence, pois é impossível pagar uma dívida formada por séculos de exploração e escravidão. Resta apenas a reparação. E, para reparar, é preciso reconhecer. Reconhecer que, de 2017 a 2021, as queixas registradas por xenofobia contra brasileiros aumentaram 505%, segundo a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR). Que só em 2022, a comunidade brasileira em Portugal foi a que mais contribuiu com a Segurança Social, que arrecadou mais de um bilhão de euros de imigrantes, diz o Ministério do Trabalho.
Certamente, sei reconhecer tudo de positivo que essa experiência de vida nas terras de Cabral me proporcionou. Principalmente se tratando da consciência de classe adquirida com a convivência entre amigos e camaradas portugueses que me ajudam muito nesse processo. Sou grata.
Se ainda vale a pena viver em Portugal? Sim, vale. Até porque para nós, trabalhadores imigrantes, nem sempre existe uma escolha.
Durante a Black Friday, a Cannect, autodenominada como o “único e maior ecossistema de cannabis medicinal da América Latina” ofereceu reduções de até R$ 75 nos valores das consultas médicas, além de descontos progressivos no frete e em “produtos selecionados”, excluindo medicamentos.
A empresa também facilitou o processo para obtenção da autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para importação de medicamentos, intermediando com laboratórios estrangeiros e proporcionando acompanhamento online com uma equipe de enfermeiros especializados.
Apesar de a Anvisa indicar que uma análise técnica seria necessária para avaliar possíveis problemas em usar a Black Friday para atrair pacientes, a agência já havia publicado uma resolução proibindo a propaganda e comércio de produtos pela Cannect anteriormente. No entanto, não há irregularidades no processo de obtenção de receita médica e na mediação do pedido de autorização junto à Anvisa.
Para o CEO da Cannect, Allan Paiotti, os desafios com a Anvisa são considerados “ajustes naturais do início da operação”, uma vez que a empresa foi fundada em 2021. Paiotti destacou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que desde então, mais de 35 mil pacientes foram atendidos, e a ambição é transformar a Cannect em uma “espécie de Amazon” dos produtos derivados da cannabis.
O presidente Lula indicou o ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF) e o subprocurador Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda (27). O petista já encaminhou um documento que oficializa as indicações ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Os dois se reuniram com o presidente no Palácio da Alvorada nesta segunda (27), junto do ministro Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), e do líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT-BA).
Com a indicação, os dois precisarão ser aprovados pelo Senado para assumir o posto. Eles serão sabatinados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e terão que ser aprovados por ao menos 14 parlamentares do colegiado.
Na sequência, a votação definitiva ocorre no plenário do Senado e eles terão que conseguir a aprovação de ao menos 41 parlamentares.
Dino e Gonet já eram apontados como candidatos quando as vagas foram abertas, em setembro, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber e o fim do mandato de Augusto Aras. Nas últimas semanas, eles se tornaram favoritos e o presidente sinalizou que já havia batido o martelo sobre as escolhas.
Após a oficialização dos nomes, o governo Lula tentará garantir que o Senado avance nas votações antes do recesso do Legislativo, que tem início em menos de um mês. Caso o processo não seja concluído no período, as posses devem ocorrer em fevereiro ou março de 2024.
Dino, que vai herdar 345 processos que ainda estavam em aberto no gabinete de Rosa Weber, deve seguir despachando no Ministério da Justiça enquanto o Senado avalia a indicação. Ele disputou a vaga contra o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias.
A PGR tem sido chefiada pela interina Elizeta Ramos desde setembro. Ela deve seguir no posto até o fim dos trâmites da indicação de Gonet.
Dino agradece a Lula por indicação ao STF: “O presidente me honra imensamente”
O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi indicado pelo presidente Lula (PT) ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para a vaga deixada pela aposentadoria de Rosa Weber. Em sua conta no X, antigo Twitter, o ex-governador do Maranhão agradeceu pela escolha do seu nome e destacou que Lula o “honra imensamente” com a indicação.
“Agradeço mais essa prova de reconhecimento profissional e confiança na minha dedicação à nossa Nação. Doravante irei dialogar em busca do honroso apoio dos colegas senadores e senadoras”, escreveu em sua publicação.
Além de Dino para o STF, Lula também indicou o subprocurador Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira (27). O petista já encaminhou um documento que oficializa as indicações ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Os dois se reuniram com o presidente no Palácio da Alvorada, junto do ministro Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) e do líder do governo no Senado Federa, Jaques Wagner (PT-BA).
Com a indicação, Dino e Gonet precisarão ser aprovados pelo Senado para assumir o posto.
Paulo Gonet é tido como constitucionalista, conservador e religioso por seus pares, além de ser vice-procurador-eleitoral e ter atuado em ações que levaram à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Atua no Ministério Público Federal (MPF) desde 1987.
O indicado à PGR já foi sócio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). O subprocurador também chegou a ser cogitado para o posto em 2019, chegando a se reunir com Bolsonaro, mas não foi indicado porque o ex-presidente queria um PGR mais alinhado ao seu governo.
Moraes elogia escolha de Dino no STF e Gonet na PGR: “Dois grandes juristas”
“O Presidente Lula indicou dois grandes juristas e competentes homens públicos para o Supremo Tribunal Federal e para a Procuradoria Geral da República. Flávio Dino e Paulo Gonet são escolhas sérias e republicanas e, uma vez aprovados pelo Senado Federal, contribuirão para o fortalecimento de nosso Estado Democrático de Direito”, afirmou o magistrado.
Dino é advogado e foi juiz federal entre 1994 e 2006. Ele também já atuou como governador do Maranhão por dois mandatos e venceu a disputa pelo Senado em 2022, mas não chegou a despachar na Casa Legislativa porque foi escolhido para o Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Lula.
O Presidente Lula indicou dois grandes juristas e competentes homens públicos para o Supremo Tribunal Federal e para a Procuradoria Geral da República. Flávio Dino e Paulo Gonet são escolhas sérias e republicanas e, uma vez aprovados pelo Senado Federal, contribuirão para o…
Lula oficializou suas escolhas para as vagas deixadas pelo ex-PGR Augusto Aras e pela ex-ministra Rosa Weber nesta segunda (27). O presidente teve um encontro com Dino e Gonet no Palácio da Alvorada, e já encaminhou o documento com as indicações ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Com a escolha de Lula, os dois serão sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e deverão ser em votação no plenário da Casa. O governo espera que o processo seja concluído antes do recesso parlamentar, que começa em 23 de dezembro.
A Polícia Militar de Rondônia realizou no domingo, 26, com início às 17 horas, no espaço alternativo, em Porto Velho, solenidade em comemoração dos 48 anos de criação da Instituição. No evento, constou a entrega da mais alta comenda da PM, a Medalha do Mérito Forte do Príncipe da Beira, troféu ao Batalhão campeão das Olimpíadas internas e placas de agradecimento a parceiros que contribuíram com o desenvolvimento e atuação da Polícia Militar, bem como o evento, foi apresentada ao público uma simulação de atendimento à ocorrência de artefato explosivo encontrado por um cidadão que caminhava pela avenida. O evento contou com um público aproximado de oito mil pessoas e as presenças de autoridades do Legislativo, Executivo e Judiciário.
Durante a semana, foram várias as atividades, iniciando com a apresentação da Banda de Música no Shopping de Porto Velho, olimpíadas internas, almoço com a tropa de serviço nas dependências do Quartel do Comando-Geral e a formatura no espaço alternativo. Realizada por meio do Comando Regional de Policiamento I, CRP I, de 20 a 24 deste mês, tendo por vencedor das olimpíadas em comemoração aos 48 anos da PM, o 5º Batalhão da Polícia Militar, Batalhão Belmont. “Sei que foram dias corridos em que o momento em família teve que ser suprimido para que hoje pudéssemos estar aqui, curtindo essa grande festa, por isso quero agradecer aos trabalhos coordenados pela Diretoria de Comunicação Social da PMRO para a execução de um evento dessa magnitude”, disse o coronel PM Braguin.
Representando o governador, coronel PM Marcos Rocha, o secretário de Segurança, Defesa e Cidadania, coronel BM Felipe Vital, fez uma retrospectiva relacionada ao que era a Polícia Militar, anos atrás, em termos de pessoal, equipamentos, armamentos e ferramentas tecnológicas: “uma realidade, se olharmos para anos anteriores. Tudo isso, por termos um governador com um olhar especial, não só com a Polícia Militar, mas com a saúde, educação e demais setores sociais de nosso Estado”, disse ele.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel PM Regis Braguin, em sua fala disse que: “me sinto feliz e emocionado por esta comemoração. Agradeço a todos aqueles homenageados com a Medalha Mérito Forte do Príncipe da Beira que é concedida a militares e civis que prestaram relevantes serviços à Corporação de nosso Estado, sendo ela, a mais alta comenda da Instituição. E que esse reconhecimento seja um fator motivador para continuarem neste mister”.
O comandante-geral agradeceu o apoio do governador do Estado, coronel Marcos Rocha e do secretário da Sesdec, coronel BM Vital, pelos investimentos em aprimoramento da topa, parque tecnológico, segurança rural, entre outros.
Seguindo determinações do governador, Marcos Rocha, de ter um comando junto à tropa, o coronel Braguin disse estar rompendo paradigmas, e com isso, fortalecendo ações com a tropa altamente profissional no atendimento à população e à sociedade rondoniense, que é diferenciada e próspera. Deixamos nossas casas para proteger famílias. Este é o nosso legado.
Atendimentos
O coronel PM Braguin falou sobre a produtividade da Polícia Militar, de janeiro a novembro de 2023. E, segundo ele, foram 195 mil registros realizados, dois mil veículos recuperados, cerca de 1.100 pessoas presas por tráfico de drogas, 18 mil pessoas presas em flagrante delito, realizadas cerca de 50 mil abordagens, 44 mil lavraturas de ocorrências, mais de 1.500 boletins de acidentes de trânsito registrados, confeccionados 3.800 Termos Circunstanciados, ou seja, produtividade feita com muito empenho pelo policial militar. “Um policial que retrata o que é o cidadão rondoniense, um policial dedicado, abnegado, gosta do trabalho honesto e assim reflete em proteção e combate ao crime, preservar a ordem e cumprir a lei, esta é nossa missão. Estamos orgulhosos pelos números que apresentamos à sociedade, convictos de que o caminho está certo, e a política de governo adotada pelo governador do Estado é o caminho certo, desde a Secretaria ao policial mais moderno.”
Início
A Polícia Militar de Rondônia foi criada em 26 de novembro de 1975, após a extinção da Guarda Territorial. E neste ano, completou 48 anos servindo e protegendo a sociedade rondoniense. Desde o Território Federal de Rondônia, tem por finalidade executar, com exclusividade, o policiamento preventivo e ostensivo, assegurar a manutenção da ordem, o cumprimento da Lei e o exercício dos poderes constituídos no âmbito do hoje Estado de Rondônia. Com um efetivo atual de 5.000 policiais militares se faz presente em todos os 52 municípios e em 87 localidades, distribuídos nas diversas Unidades Operacionais e Administrativas.
Tendo como Comandante-Geral, coronel PM Braguin, o qual tem como metas de seu comando, o uso da tecnologia como ferramenta auxiliar na atuação policial-militar, a melhoria da eficiência operacional, a integração entre a polícia e a comunidade, e a valorização profissional dos integrantes da Corporação, oferecendo cada vez melhores serviços de Segurança Pública. composta por 11 Batalhões e três Companhias, NOA – Núcleo de Operações Aéreas e diversos outros tipos de policiamento para bem servir e proteger a você, cidadão de Rondônia.
Rondônia tem 52 municípios e distritos com plenas condições de serem municípios. Saiba como estão o trabalho dos prefeitos
Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Os políticos de Rondônia estão trabalhando nos bastidores das eleições municipais de outubro do próximo ano, quando estaremos reelegendo e elegendo prefeitos e vereadores. Rondônia tem 52 municípios e, apesar de ser um Estado em franco desenvolvimento, e estar entre os primeiros do País no segmento, municípios de economia forte como Ji-Paraná, segundo maior do Estado enfrenta crise política.
Dentro de um quadro lógico, o que não é muito considerado na política tentaremos fazer um balanço, uma perspectiva, nas próximas semanas, sobre o futuro da maioria dos municípios, destacando, dentro de nossa ótica no segmento, se o quadro atual é considerado positivo ou negativo. Na OPINIÃO de abertura um balanço sobre os cinco municípios que estão em ascensão, política, econômica e socialmente, e os cinco, que estão patinando ou dando ré, nos segmentos.
Não há como não citar na abertura o município de Porto Velho, de forma positiva. O estreante na segmento político-partidário nas eleições de 2016, Hildon Chaves, reeleito em 2020, sempre pelo PSDB, que passou pelo União Brasil (UB), nas eleições gerais de 2022, quando apoiou o atual governador, Marcos Rocha (UB) à reeleição vem realizando um trabalho dos mais eficientes no comando do município. Isso é fato.
São muitas as ações de Hildon e sua equipe em favor do desenvolvimento econômico, social e político da capital. A reforma da área da Madeira-Mamoré, ainda, não inaugurada; pavimentação e recape de ruas e avenidas no centro e nos bairros, atendimento eficiente aos distritos, a maior parte com infraestrutura de município, conservação e adequação de mais de 7 mil quilômetros de estradas vicinais, saúde, educação são destaques.
O novo Terminal Rodoviário, que deverá ser entregue até o final do próximo ano também mercê registro, além da inauguração da nova Avenida Santos Dumont, às imediações do Aeroporto Jorge Teixeira, também merece registro. Também não se tem denúncias de corrupção em sete anos e quase nove meses de mandato consecutivo, o que não é nenhum mérito, mas obrigação do político, mas raro nos dias de hoje, por isso chama a atenção.
Porém, nem tudo são flores. Um dos maiores problemas de a maioria dos municípios de Rondônia, o saneamento básico deixou a desejar. O problema é de praticamente todas as cidades da Região Norte.
A prefeita de Ariquemes, Carla Redano (eleita pelo Patriota), que está no primeiro mandato também vem cumprindo com eficiência sua função de administradora pública. Ela já foi vereadora, presidente da câmara e agora administra o município. Enfrentou alguns problemas com vereadores, mas de forma geral vem cumprindo sua função com regularidade e certamente buscará a reeleição.
Exercendo o segundo mandato consecutivo, o empresário João Gonçalves Júnior (PSDB) vem trabalhando bem em Jaru. Não poderá concorrer a mais um mandato, mas as perspectivas são das mais otimistas e dificilmente deixará de eleger o seu sucessor. João Júnior foi reeleito em 2020 com mais de 68% dos votos válidos.
O empresário Alex Testoni é o prefeito de Ouro Preto do Oeste pela terceira vez, sendo duas consecutivas e agora mais um mandato e caminhando com segurança para a reeleição no próximo ano. Testoni tem uma maneira de administrar um tanto pessoal e acompanha, de forma presencial, a tudo o que ocorre na cidade e no interior do município. Inclusive está em recuperação, após sofrer um acidente, ao cair do forro de um hospital que estava vistoriando e passou por momentos difíceis. A exemplo de Hildon Chaves em Porto Velho, não tem implicações com denúncias da corrupção em sua administração.
O município de Pimenta Bueno vem sendo administrativo por um prefeito-delegado, Arismar Araújo de Lima, que foi eleito pelo Patriota, que hoje não existe mais, porque se compôs com o PTB. Segundo pesquisas de opinião pública, não deverá ter dificuldades, caso busque um novo mandato.
Agora vamos aos municípios onde a crise é evidente e disparado Candeias do Jamari está na liderança. Um exemplo simples é a passagem de onze prefeitos em dez anos de mandato com assassinato, cassações e afastamentos. Está difícil saber qual prefeito está de plantão devido a rotatividade elevada. Por enquanto, o prefeito, até a conclusão da OPINIÃO, interinamente é o presidente da câmara licenciado, Aussemir Almeida (PSB) está no cargo.
O segundo maior e mais importante município do Estado, Ji-Paraná também passa por momento difícil na política. O prefeito eleito em 2020 Isaú Fonseca (UB) foi afastado devido a denúncias de corrupção e o vice, Joaquim Teixeira (MDB) está à frente da administração municipal. Isaú já tentou voltar, via judicial, mas não conseguiu.
Em Vilhena a instabilidade política não é tão forte, mas a câmara de vereadores não consegue se harmonizar e o prefeito, delegado Flori Cordeiro (Podemos) que assumiu desde o início do ano para um mandato-tampão teve problemas com o parlamento mirim. Deve concorrer à reeleição e certamente terá como adversário maior, além da pressão no legislativo municipal, algum membro da Família Donadon, que já deu as cartas na política regional.
Presidente Médici já teve maior representatividade política, principalmente na Assembleia Legislativa, com até dois deputados em uma mesma legislatura. Hoje está sem representante e o prefeito Edilson Ferreira de Alencar (PSDB) vem trabalhando sem muitas dificuldades. O processo eleitoral do próximo ano, ainda, não está entre as prioridades dos políticos locais.
Um dos municípios mais antigos de Rondônia, Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, já foi o Eldorado do Estado. Inclusive com a criação da Área de Livre Comércio, uma enorme porta aberta para atividades comerciais, que não foi solidificada, infelizmente, com o município abrindo mão de um importante suporte econômico e social. E não se tem expectativas de retomada do desenvolvimento, com a prefeita Raissa da Silva Paes (MDB) não conseguido realizar um trabalho que satisfaça a população. Certamente terá dificuldades se concorrer à reeleição. Guajará, que já teve prefeitos e políticos dos mais operantes, como o saudoso Isaac Bennesby, hoje tem muitas dificuldades no segmento.
Na próxima OPINIÃO vamos trazer aos nossos leitores mais um pouco sobre os trabalhos nos municípios de Rondônia, sejam positivos ou negativos.